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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Áreas pobres do país ainda sofrem com doenças 'esquecidas'

JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA

Tracoma, hanseníase, filariose, esquistossomose, leishmaniose, doença de Chagas e geohelmintíases. Aprendidas nas escolas, mas muitas vezes esquecidas, as doenças ainda fazem vítimas no país.

Elas são classificadas pelo Ministério da Saúde como doenças negligenciadas ou, ainda, doenças transmissíveis relacionadas com a pobreza.

Muitas vezes, essas doenças têm pouca atenção do setor farmacêutico e de governos. A esquistossomose, por exemplo, é transmitida onde há água contaminada.
Em comum, matam pouco ou devagar, afetam mais pobres e se concentram em áreas rurais ou marginalizadas. No país, a maior parte está no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

"Você não precisa fazer advocacia de epidemia, dizer 'dengue é importante'. Já essas doenças, a sociedade não percebe mais", diz Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do ministério.

Em 2010, por exemplo, 34,9 mil novos casos de hanseníase foram registrados. Doenças que provocam mobilização, como os casos graves de dengue e de Aids, tiveram 17,5 mil e 34,2 mil registros, respectivamente, no mesmo ano.

Os desafios são medicamentos mais modernos, políticas de governo mais afinadas e, ainda, uma maior mobilização dos médicos, aponta Eric Stobbaerts, diretor-executivo da DNDi (Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas) no país.
Editoria de Arte/Folhapress 


TESTE EM MASSA

Barbosa diz que ajustes nas estratégias permitiram que o país esteja perto de eliminar a filariose na região de Recife e a oncocercose entre Yanomamis -últimos focos dos males.

É possível que se atinja neste ano a meta para 2015 de menos de um caso de hanseníase para cada 10 mil habitantes.

Em março, o ministério fará campanha em escolas de ao menos 800 municípios para achar casos de hanseníase. Filariose, tracoma e geohelmintíases também serão tratadas.

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