As pessoas que agem como ateus não escolheram sê-lo. Apenas não acreditam na existência de "Deus", por considerar que não são suficientes as evidências da existência dele.
Mesmo aqueles que são induzidos, de forma impiedosa, pelos pais e pelos pregadores religiosos, a acreditarem, desde a tenra infância, na existência de um suposto "criador", quando passam a ter capacidade de questionar as idéias que lhes inculcaram e acabam se convencendo da insustentabilidade da existência de um deus, não buscam ser ateus.
Afirmar alguma qualidade é atitude, posicionamento positivo. Portar-se como ateu é, via de regra, situação de simples descrença e não de afirmação da sua inexistência. Se houvessem sinais inequívocos da existência de Deus, certamente muitas pessoas que se portam como ateus mudariam de idéia.
Assim, os argumentos do doutor Anderson Alves, que seguem reproduzidos, são falhos, inconsistentes.
Claro que, como sacerdote formado por uma universidade da ICAR, busca confundir os ateus e desacreditá-los, afirmando-os pessoas incoerentes.
A velha e rançosa posição assumida pela ICAR, que rotula as outras religiões como seitas, arrogando-se a qualidade de única e verdadeira, também sempre foi adotada contra os ateus, considerados infiéis, hereges, etc...
Para nós ateus, a pretensiosa sapiência dos membros do clero católico não passa de falácia. Buscam predomínio sobre as idéias das outras pessoas, agindo de forma intolerante e até violenta (lembram-se da "Santa Inquisição"?), simplesmente porque não possuem argumentos fortes o suficiente para convencer-nos da plausibilidade das suas teses.
Os padres, bispos e hierarquias superiores são agentes do capitalismo de forma mais perversa que se conhece, aquele que tira proveito financeiro da inocência e da ingenuidade de um grande contingente de seres humanos. A religião católica - como todas as outras - atenta contra os direitos humanos de forma perniciosa, explorando, sem o menor escrúpulo, a fragilidade de gente em situação de miséria material e/ou espiritual.
Os ateus são pessoas que não se deixam intimidar pelas quimeras cuja existência as religiões sustentam: deus, céu, inferno, paraíso, purgatório, demônio, anjos e outras invencionices, simplesmente porque perceberam que tudo aquilo não passa de artifício para iludir pessoas mais frágeis, ou indivíduos que preferem o comodismo da crença à coragem da descrença.
A velha e rançosa posição assumida pela ICAR, que rotula as outras religiões como seitas, arrogando-se a qualidade de única e verdadeira, também sempre foi adotada contra os ateus, considerados infiéis, hereges, etc...
Para nós ateus, a pretensiosa sapiência dos membros do clero católico não passa de falácia. Buscam predomínio sobre as idéias das outras pessoas, agindo de forma intolerante e até violenta (lembram-se da "Santa Inquisição"?), simplesmente porque não possuem argumentos fortes o suficiente para convencer-nos da plausibilidade das suas teses.
Os padres, bispos e hierarquias superiores são agentes do capitalismo de forma mais perversa que se conhece, aquele que tira proveito financeiro da inocência e da ingenuidade de um grande contingente de seres humanos. A religião católica - como todas as outras - atenta contra os direitos humanos de forma perniciosa, explorando, sem o menor escrúpulo, a fragilidade de gente em situação de miséria material e/ou espiritual.
Os ateus são pessoas que não se deixam intimidar pelas quimeras cuja existência as religiões sustentam: deus, céu, inferno, paraíso, purgatório, demônio, anjos e outras invencionices, simplesmente porque perceberam que tudo aquilo não passa de artifício para iludir pessoas mais frágeis, ou indivíduos que preferem o comodismo da crença à coragem da descrença.
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O ATEÍSMO É UMA ESCOLHA RACIONAL?plorando, inescrupulosa
Três famosos ateus respondem
Pe. Anderson Alves
ROMA, Tuesday, 15 January 2013 (Zenit.org).
A pergunta que colocamos aqui deve ser bem entendida: não perguntamos se os ateus são racionais, coisa que seria absurda; nem mesmo perguntamos se os ateus são inferiores aos teístas, ou se a crença em Deus “não necessariamente torna uma pessoa melhor”, como apareceu numa recente pesquisa no Brasil[1]. O que questionamos agora é se o ateísmo, enquanto sistema de pensamento seja coerente. Mais precisamente, nos perguntamos se é sensato afirmar a não existência de Deus e contemporaneamente o relativismo. Poderia ser verdade que não haja nenhuma verdade e, ao mesmo tempo, ser verdade que Deus não existe?
Talvez haja quem pense que a questão aqui proposta seja absurda. E pode vir à mente do leitor a recordação do jovem Ivan, personagem de Irmãos Karamázov, que defendia que se Deus e as religiões não existissem, tudo passaria a estar permitido. Aquele personagem manifestava assim o desejo de uma liberação: ao livrar-se da crença em Deus, o homem ficaria livre de todo dogmatismo, tanto teórico, quanto moral. A negação de Deus traria o fim da “lei natural” e do dever de amar o mundo e ao próximo. A mesma liberação quis experimentar F. Nietzsche ao declarar a morte de Deus, ou melhor, ao dizer que os homens o haviam assassinado. De modo que para eles a negação ou “morte” de Deus não estaria fundamentada no relativismo, mas seria a origem mesma do relativismo. A afirmação da não existência de Deus seria uma escolha, algo indiscutível e impossível de ser demonstrado a partir de verdades anteriores. E aceitá-lo seria assumir a crença num novo dogma que faria desmoronar todos os demais dogmas. O ateísmo fundaria assim o relativismo na moral e no conhecimento humano.
Embora isso seja claro, é comum pensar que o relativismo funde o ateísmo; que as pessoas que não aceitam Deus, fazem-no porque não querem aceitar a existência da verdade, à qual deveriam se submeter. Isso é um absurdo. O ateísmo parte de uma afirmação que tem valor de verdade absoluta: Deus não existe. Se essa afirmação não fosse tomada pelos ateus como verdade, eles simplesmente deixariam de ser ateus. O relativismo para eles se dá somente nas “verdades” inferiores e todos deveriam se submeter ao imperativo único da nova moral: é proibido estabelecer regras morais.
O interessante é que F. Nietzsche e outros conhecidos filósofos ateus reconheceram que afirmar o relativismo cognoscitivo e o ateísmo é em si mesmo contraditório. O motivo seria que o relativismo implica a afirmação da não existência de verdades absolutas; mas isso se funda, por sua vez, numa verdade absoluta: a não existência de Deus.
Sendo assim, a afirmação da não existência de Deus implica a afirmação da sua existência. Outros pensadores ateus que perceberam bem as contradições do ateísmo contemporâneo foram M. Horkheimer e Th. Adorno. De fato, eles diziam numa obra conjunta, A Dialética do Iluminismo, citando a Nietzsche: «Percebemos “que também os não conhecedores de hoje, nós, ateus e antimetafísicos, alimentamos ainda o nosso fogo no incêndio de uma fé antiga dois milênios, aquela fé cristã que era já a fé de Platão: ser Deus a verdade e a verdade divina”. Sendo assim, a ciência cai na crítica feita à metafísica. A negação de Deus implica em si uma contradição insuperável, enquanto nega o saber mesmo»[2].
Esses autores, ateus e relativistas, que se reconhecem como “não conhecedores e antimetafísicos” alimentam a verdade de sua fé ateia naquela cristã, já presente em Platão: a fé na existência da verdade divina. De modo que só pode afirmar a não existência de Deus, quem aceita que há uma verdade absoluta, divina. Em outras palavras, só pode negar a Deus quem previamente o afirma. Por isso, o ateísmo, ao negar a Deus e a verdade das coisas (que é sempre relativa ao sujeito que a conhece e é progressiva), reinvindica para si mesmo o caráter absoluto, próprio do mesmo Deus[3], estabelecendo assim um novo dogmatismo. Portanto, o ateísmo não existe; nada mais é do que uma espécie de idolatria que consiste no colocar-se a si mesmo e as próprias convicções pessoais, por mais contraditórias que possam ser, no lugar de Deus, o único que garante toda a verdade.
Pe. Anderson Alves, sacerdote da diocese de Petrópolis – Brasil. Doutorando em Filosofia na Pontificia Università della Santa Croce em Roma.
[1] Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1206138-tendencia-conservadora-e-forte-no-pais-diz-datafolha.shtml[2] Cfr. F. NIETZSCHE, La gaia scienza, Mondadori, Milano 1971, p. 197; M. HORKHEIMER e Th.ADORNO, Dialettica dell’illuminismo, Einaudi, Torino 1966, p. 125.[3] Para a elaboração do presente texto me foram úteis as reflexões presentes em: U. GALEAZZI, Il coraggio della ragione. Tommaso d’Aquino e l’odierno dibatitto filosofico, Armando, Roma 2012, pp. 22-38.
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ATUALIZAÇÃO:
Papa afirma que ateus desejam ver a face de Deus
Declaração gerou críticas de grupos ateístas
por Jarbas Aragão
No seu discurso da quarta-feira (16), o papa Bento 16 enfatizou que o desejo de realmente conhecer Deus está em todos os homens, incluindo os ateus.
Diante de milhares de fiéis que compareceram ao Vaticano, falou sobre a Encarnação de Jesus e asseverou: “o desejo de realmente conhecer a Deus, isso é, de ver a face de Deus é inerente a todos os homens, também nos ateus. Temos talvez inconscientemente este desejo de ver simplesmente quem é Ele, o que é, quem é para nós. Mas este desejo só se realiza seguindo Cristo… Deus está certamente acima de todas as coisas, mas se dirige a nós, escuta-nos, vê-nos, fala, estabelece aliança, é capaz de amar. A história da salvação é a história de Deus com a humanidade, é a história deste relacionamento de Deus que se revela progressivamente ao homem, que faz conhecer a si próprio, a sua face”.
Na parte final, Bento 16 ressaltou que os cristãos devem caminhar nesta terra na constante expectativa da revelação da face do Senhor que só acontecerá plenamente no Reino de Deus, ou seja, no Céu.
Vários grupos ateístas se manifestaram na internet, dizendo que o líder católico não pode se pronunciar em nome dos ateus.
Com informações Asia News, via GOSPEL PRIME
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