Cartaxo gasta verba da cultura
para agradar religiosos
A prefeitura de João Pessoa (Paraíba) incluiu dois shows religiosos na programação do Extremo Cultural, que é um evento realizado na orla da cidade. No dia 17, haverá apresentação de músicas evangélicas e no dia 21, de católicas.
A ALPP (Academia de Livres Pensadores da Paraíba) divulgou carta criticando o uso de recursos da cultura na promoção de eventos religiosos, o que é inconstitucional porque desrespeita a laicidade do Estado brasileiro.
O Extremo Cultural é organizado pela Funjope (Fundação Cultural de João Pessoa), uma entidade ligada à prefeitura cujo presidente é Maurício Burity.
Para a academia, a prefeitura, ao introduzir na festa cultural eventos de cunho religioso, quebrou a neutralidade que deveria ter diante de crenças.
A ALPP afirmou que o envolvimento com a religião sugere que os servidores municipais “estão submetidos a outros princípios que não aqueles que regem a administração pública no Brasil”.
Além disso, segundo a entidade, quem não tiver religião, ou não for devoto de nenhuma daquelas duas denominações, poderá se sentir constrangido, porque eventos religiosos, mesmo festivos, são sempre sectários, excluem automaticamente quem não segue seus dogmas.
João Pessoa tem mais de 700 mil habitantes. Seu prefeito é Luciano Cartaxo
(PT), na foto acima. Durante a campanha eleitoral ele prometeu respeitar a laicidade do Estado.
Com informação da ALPP.
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