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sexta-feira, 29 de março de 2013

Sobre a páscoa



Textos e refeições específicas têm importância central na celebração da páscoa judaica.

Segundo a tradição judaica, há mais de quatro mil anos, Abraão – o grande patriarca dos judeus – era um dos habitantes da cidade de Ur. Nessa época, toda aquela região era tomada por religiões politeístas que prestavam rituais e as mais variadas homenagens a uma extensa gama de deuses. Foi nesse tempo que, seguindo ao chamado divino, este lendário patriarca abandonou a sua terra natal em busca de Canaã, a terra prometida aos que seguissem o chamado do único e verdadeiro Deus.

Atendendo ao chamado do seu Deus, Abraão alcançou a terra de Canaã e por lá fundou os primeiros descendentes do povo judaico. No entanto, um período de grande estiagem e falta de alimentos forçou os judeus a se transferirem para o Egito em busca de melhores condições de vida. Após uma chegada relativamente amistosa, os hebreus acabaram sendo transformados em escravos dos egípcios e, desse modo, estiveram subjugados durante um bom tempo.

Em tempos de opressão, o governo egípcio ordenou certa vez que toda a população de bebês hebraicos fosse exterminada. Foi nessa época que o jovem Moisés escapou desse terrível decreto ao ser colocado em um cesto que vagueou pelas águas do rio Nilo. Encontrado pela filha do faraó, o jovem acabou sendo criado como um dos súditos da família real. Ao atingir a idade adulta, Deus teria surgido em um arbusto ordenando que ele promovesse a libertação definitiva dos judeus do Egito.

Negando-se a atender ao pedido divino, o faraó foi alertado que sua intransigência seria severamente castigada com o envio de dez pragas que assolariam a população egípcia. Após sofrer com tamanha maldição, o governo egípcio permitiu que os hebreus saíssem daquela terra e voltassem até Canaã. Ao conseguirem tamanha proeza, os judeus determinaram aquela data como uma das mais importantes de seu calendário religioso.

Conhecida como pessach, a Páscoa Judaica celebra a libertação do Egito e reitera o laço para com o Deus que teria possibilitado a execução daquela memorável vitória. Ao longo do tempo, observamos que essa celebração vai ganhando contornos mais estáveis e se aproximando dos eventos e rituais que hoje marcam tal celebração. Para alguns estudiosos, a celebração de tal evento foi crucial para que a comunidade judaica preservasse seus laços nos mais diferentes lugares em que viveram e ainda vivem.

Na noite de celebração da páscoa, as casas devem estar limpas e arrumadas, e todo um conjunto específico de talheres é utilizado na celebração. Além disso, qualquer tipo de alimento fermentado tem o seu consumo proibido. No dia antes do pessach, a família deve jejuar em homenagem aos primogênitos que não foram atingidos pela última das maldiçoes egípcias. Daí em diante, várias refeições e narrativas são intercaladas como forma de se reforçar o significado da páscoa para os judeus.

Cada um dos alimentos empregados relembra a experiência que os judeus tiveram no tempo em que viveram no Cativeiro do Egito, as dez pragas impostas e os milagres divinos que os retiraram daquele lugar. Em diversas ocasiões, vemos que a participação das crianças reforça o ideal de renovação das tradições e sugere que elas internalizem o significado daquela solenidade.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

Fonte: http://www.brasilescola.com

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Páscoa judaica tem polêmica da "libertação dos legumes"DIOGO BERCITODE JERUSALÉM

A insurgência se ergueu em Israel. Entre disputas e debates, foi fundada a Frente de Libertação -dos Legumes.

Criado no Facebook, esse grupo de rebeldes do "kasher" (os rituais de alimentação, no judaísmo) anuncia seu objetivo como sendo "libertar todos os judeus que querem estar a salvo desse costume questionável que causa divisões desnecessárias entre famílias e amigos".

Isso porque há um debate se os "kitniyot" são permitidos durante o Pessach, a Páscoa judaica. "Kitniyot" são um grupo de vegetais que inclui arroz, feijão e milho.

"Essa é uma questão simbólica que toca um grande número de pessoas", afirma Quinoa McGee, criador do movimento, à reportagem da Folha. O nome é fictício, pois ele não quis se identificar.

"A religião está viva? Ou a história acabou e tem de ser preservada como um museu de nostalgia pelo que foi?"

As discussões sobre o que é tradicional ou não são relevantes para o judaísmo, em que costumes são transmitidos pelas comunidades.

Por isso a celeuma em torno desses vegetais, já que eles são considerados proibidos para a semana de Pessach pelos grupos ashkenazim (os judeus da Europa Oriental) -mas permitidos pelos sefaradim (os ibéricos).

Assim, diz o insurgente, as comunidades são separadas por seus costumes em um dos feriados mais importantes do calendário judaico.

A proibição aos "kitniyot" está relacionada a outro impedimento observado durante o Pessach -a ingestão de alguns grãos.

No século 13, judeus franceses temiam que, durante o transporte e o armazenamento, eles se misturassem aos legumes, tornando-os portanto impuros.
http://www1.folha.uol.com.br


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