Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quinta-feira, 21 de março de 2013

Com novo prazo, Plano Diretor de Florianópolis é retomado



Discutido desde 2006, deve ser enviado à Câmara até julho de 2013

Letícia Kapper da Silva
FLORIANÓPOLIS


As discussões do novo Plano Diretor serão retomadas, mais uma vez. As diretrizes que guiarão a ocupação e uso do solo de Floria­nópolis serão assunto no Seminá­rio da Cidade, nos dias 25 e 26 de março, quando haverá palestras e debates sobre planejamento e de­senvolvimento urbanos. O novo prazo de envio do documento para apreciação da Câmara de Verea­dores é julho de 2013, informou Dalmo Vieira, superintendente do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) e secre­tário da SMDU (Secretaria Muni­cipal do Meio Ambiente e Desen­volvimento Urbano).


Marco Santiago/ND
Alteração de zoneamento na entrada do Cacupé ainda tramida na Câmara


Estão em vigência o Plano Di­retor dos Balneários, de 1985, e o Plano Diretor do Distrito Sede, de 1997. Enquanto isso, acumulam-se 161 alterações de zonea­mento na Capital nos últimos dez anos. Atual­mente, tramitam na Câ­mara 55 PLCs (projetos de lei complementar), que propõem alterações de zoneamento.

Sendo construído desde 2006, a conclusão do novo plano chegou a ser anunciada para o ano passa­do, mas o período eleitoral teria atrapalhado o processo. Há exata­mente um ano, em reunião aber­ta à população, no Clube 12, foi apresentado um anteprojeto com 373 artigos. Na ocasião, represen­tantes da sociedade civil alegaram que o documento não atendia aos anseios das comunidades.

À frente do processo de cons­trução do novo Plano Diretor, Dalmo Vieira enfatiza que o do­cumento “ainda tem muitas lacu­nas”. Segundo ele, uma equipe de técnicos foi formada e trabalha na sistematização do que já foi fei­to nos últimos sete anos. Depois da finalização do documento por parte da prefeitura, o projeto de lei será submetido a audiências públicas, que não necessariamen­te passarão pelos 13 dis­tritos onde até então as discussões ocorreram. A metodologia da consulta popular poderá ser defi­nida até 26 de março, no Seminário da Cidade. “A cidade não pode esperar mais”, disse Vieira, des­tacando que o município agirá com objetividade.

Mudanças pontuais em discussão

Enquanto o novo Plano Diretor está sendo construído, a cidade sofre alterações de zoneamento pontuais, o que a transforma numa colcha de retalhos. Atualmente, 55 projetos de lei complementar que propõem alterações de zoneamento na cidade tramitam na Câmara de Vereadores.

O último episódio marcante neste sentido ocorreu em setembro do ano passado. Oito projetos de lei complementar, com a finalidade de alterar zoneamento em pontos específicos da Capital catarinense, foram votados em bloco (juntos, sem a descrição individual) e aprovados em primeira votação.

Na segunda votação, em novembro de 2012, cinco passaram e seguiram para sanção ou veto do poder executivo municipal. Três foram sancionados e outros três foram vetados pelo então prefeito Dário Berger. Desses, apenas o veto ao projeto que permitiria construção de prédio público com até quatro pavimentos na Baía Sul foi mantido. Dois vetos foram derrubados e as leis promulgadas pelo então presidente da casa legislativa, Jaime Tonello.

Alteração no Cacupé tramita na Câmara

Polêmicos, os projetos de lei tiveram pareceres contrários de técnico da Prefeitura, e mesmo assim foram adiante, com aprovação das comissões da Câmara por onde passaram, todas compostas por vereadores. As decisões do legislativo municipal repercutiram, pessoas envolvidas na construção do novo Plano Diretor se manifestaram.

Um dos resultados da pressão popular foi o fato de o vereador Dalmo de Meneses (PP) retirar seu projeto de votação e fazer uma emenda. No princípio, o projeto previa construção de prédios de quatro e seis pavimentos na rodovia Haroldo Soares Glavan - geral do Cacupé (até o restaurante João de Barro), onde atualmente são permitidos apenas dois pavimentos, por força de moratória. Na emenda, diminuiu a abrangência da alteração para 20% da área inicial, se restringindo aos lotes que estão entre a SC-401 e a servidão Natalina Machado. O projeto tramita na Câmara de Vereadores.

Fique por dentro

Entenda os conceitos

Zoneamento - É o que indica as especificidades de cada região, tendo como base parcelamento do solo - lote mínimo e largura mínima do terreno -, número máximo de pavimentos permitidos naquela área, índice de aproveitamento, taxa máxima de ocupação e densidade média de habitantes por hectare. São cerca de 40 zoneamentos estabelecidos para o Distrito Sede e 20 para os balneários, de acordo com os planos diretores vigentes.

Plano Diretor - É o instrumento bási­co de um processo de planejamen­to municipal para a implantação da política de desenvolvimento urba­no, norteando a ação dos agentes públicos e privados. (ABNT, 1991)

PLCs tramitando em 2013

- 20, de autoria do poder executivo (todos das Legislaturas anteriores)

- 35, de autoria poder legislativo (apenas um da Legislatura atual)
Publicado em 20/03-18:25 por: Redação ND. 
Atualizado em 20/03-19:34

Fonte: NOTICIAS DO DIA


Nenhum comentário: