Postado por Paulo Lopes
Médica deu a paciente um
remédio para "cura da alma"
A médica Marisa Judith Bordin, do Hospital Manoel Francisco Guerreiro, de Guaporé (RS), receitou água benta e ajuda espiritual a M.M.R. que tinha tentado o suicídio naquele dia, 7 de abril de 2009.
Abalada, a paciente tinha procurado o atendimento de emergência do hospital na expectativa de receber a aplicação de Dolantina, que é um remédio usado para dores fortes. Mas a médica teria dito que a paciente precisava de "cura de alma".
O caso teve desdobramento judicial, porque, na ocasião, M. pediu a seu namorado que fosse comprar água benta em uma farmácia, onde ele foi motivo de deboche dos atendentes.
Por isso, a paciente entrou na Justiça contra a médica pedindo uma indenização por danos morais.
A juíza Andreia da Silveira Machado, de primeira instância, negou o pedido porque, para ela, não ficou comprovado que M. tivesse sofrido qualquer danos por causa da prescrição de Marisa.
A juíza avaliou que talvez a médica tenha “pecado” ao receitar a água benta, mas não foi um “agir ilícito”.
M. recorreu ao TJ (Tribunal de Justiça) do Rio Grande do Sul, que confirmou a decisão de Andreia, negando a indenização.
No entendimento da desembargadora Íris Helena Medeiros Nogueira, relatora do caso no TJ, Marisa ofereceu uma alternativa de tratamento psiquiátrico a M., mesmo a prescrição de água benta não ser um procedimento médico.
Com informação do TJ-RS.
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