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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Mecenato e desenvoltura política eram a receita do sucesso de banqueiros


Acusados de quebrar alguns dos mais importantes bancos do país, 271 executivos tiveram apenas a cassação da licença para operar no mercado




A mansão onde Ferreira morava, projetada por Ruy Ohtake

Bens bloqueados, dívidas bilionárias e ameaça de prisão não foram capazes de jogar banqueiros falidos na pobreza. Pelo contrário, o carro Mercedes-Benz continua na garagem e, se os gastos cotidianos não impressionam como antes, ainda garantem um estilo de vida mais confortável que o da maioria dos brasileiros. No segundo dia da série sobre empresários que apostaram no convívio com políticos e celebridades, mas acabaram quebrados, o Correio revela o resultado de mais de 30 anos de ações na Justiça contra crimes financeiros.

Acusados de quebrar alguns dos mais importantes bancos do país, 271 executivos tiveram apenas a cassação da licença para operar no mercado. Poucos dos que protagonizaram casos de fraudes foram também condenados à prisão, e, mesmo entre eles, nenhum está hoje atrás das grades. Somente as penas somadas dos três mais emblemáticos episódios já registrados — Banco Santos, Econômico e Nacional — totalizam 390 anos e quatro meses de cadeia.



Para se verem livres da cela, esses executivos se valem até hoje de um número incontável de medidas cautelares cujo único objetivo é retardar o desfecho da Justiça. E, mesmo tendo deixado um enorme rastro de prejuízos a seus credores, a situação financeira de cada um deles pouco lembra a de quem perdeu tudo, apesar de se esforçarem para dizer o contrário. “A última vez em que comprei cuecas foi em 2004. Sou absolutamente pobre, não tenho um tostão”, conta o ex-controlador do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira.

Para contar como é a nada dura vida de um banqueiro falido, o Correio conversou com autoridades do governo, ex-dirigentes de instituições liquidadas e também com interventores de bancos que foram à lona, deixando um enorme rastro de dívidas e ações de cobrança movidas por fundos de pensão, empresas e até o Banco Central (BC).

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE

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