Papa alerta para o ‘fenômeno perigoso’ do 'ateísmo prático'
"Viver como se Deus não
existisse é destruidor"
Ao falar em português aos peregrinos lusófonos, em uma audiência pública na semana passada, o papa Bento 16 (na caricatura) fez um alerta sobre o “fenômeno perigoso” que é o “ateísmo prático”.
Para ele, esse tipo de ateísmo não só nega a “verdade da fé ou os ritos religiosos, mas "simplesmente" os considera irrelevantes para a "existência quotidiana”.
Afirmou que o “viver como se Deus não existisse” acaba sendo “ainda mais destruidor” do que a recusa do divino, “porque leva à indiferença em relação à fé e à questão de Deus”.
“Numa sociedade em que o ateísmo, ceticismo e indiferentismo não cessam de questionar e pôr à prova a fé, é importante afirmar que existem sinais que abrem o coração do homem e o levam para Deus”, disse.
Ele afirmou que a crítica à religião “se intensificou” desde o Iluminismo e que, agora, a humanidade está marcada por “sistemas ateístas” para os quais Deus é “uma mera projeção do espírito humano, uma ilusão em uma sociedade já falseada por tantas alienações”.
Para ele, trata-se de um desvio de compreensão sobre o que é fé cristã, porque o cristianismo não é um “mero sistema de crenças e de valores”, mas a verdade divina que perpassa a história. “É um acontecimento de amor” na relação com a “pessoa de Jesus”.
outubro de 2011
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