Arcebispo defende a continuidade de ‘Deus’ em notas do real
Dom Scherer diz que descrentes
não deveriam se importar
Dom Odilo Scherer (foto), arcebispo metropolitano de São Paulo, criticou a ação que o MPF (Ministério Público Federal) enviou à Justiça Federal solicitando a determinação no sentido de que a expressão “Deus seja louvado” deixe de constar nas cédulas do real.
Em nota, Scherer disse: "Questiono por que se deveria tirar a referência a Deus nas notas de real. Qual seria o problema se as notas continuassem com essa alusão a Deus?"
Argumentou que, “para quem não crê em Deus, ter ou não ter essa referência não deveria fazer diferença. E, para quem crê em Deus, isso significa algo”.
O promotor Jefferson Aparecido Dias, autor da ação, defendeu a supressão da expressão porque o Estado brasileiro é laico e, por isso, não pode ter envolvimento com nenhuma religião, mesmo as cristãs, que são professadas pela maioria da população.
Scherer, em sua nota, não fez menção ao Estado laico, que está previsto na Constituição. Ele preferiu ressaltar que os que “creem em Deus também pagam impostos e são a maior parte da população brasileira".
No entendimento de Dias, a expressão “Deus seja louvado” nas cédulas é tão descabida como seriam “Deus não Existe”, 'Alá seja louvado', 'Buda seja louvado', 'Salve Oxossi', e 'Salve Lord Ganesha'.
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