Antes de adentrar propriamente no tema, afirmo que gosto muito de samba e que não sou contra a cultura, outrora negra, hoje de todos os brasileiros, que tal ritmo representa, com grande expressão.
Todavia, a mídia está a noticiar um número igualmente expressivo de escolas com tetos a desabar e outros incontáveis problemas, ou seja, que estão a carecer de reparos, os quais só serão possíveis com recursos públicos.
Então, que tal as escolas sacrificarem os desfiles deste ano e postularem ao Município que destine as gordas verbas que vindicam para que as escolas das crianças - notadamente das mais carentes - sejam devidamente reparadas, ampliadas e equipadas?
Bem que o Zeca Machado poderia dar uma lição de cidadania, concitando as escolas a fazerem um desfile despojado - o que não significa que iriam perder a musicalidade que lhes é inerente -, abdicando das verbas que estão a suplicar, encabeçando um movimento no sentido de que as escolas públicas sejam atendidas prioritariamente.
Faço tal proposta acreditando que os pais dos alunos mal atendidos pela rede pública de ensino priorizam a educação dos seus rebentos, em relação à cultura carnavalesca. Se, todavia, o meu pensamento não corresponde à realidade, com os pais preferindo exibir-se na avenida, enfeitados, em detrimento das condições de estudo dos filhos, não poderão reclamar da administração municipal, por destinar vultosas quantias para as agremiações dos sambistas.
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Escolas de samba de Florianópolis cobram verba para carnaval 2013
Agremiações fizeram acordo com prefeitura para receber em parcelas.
Prefeitura ainda estuda como fará o repasse às escolas de samba.
Joana Caldas e Francis Silvy Do G1 SC, com informações da RBS TV
Os presidentes das escolas de samba de Florianópolis foram na tarde desta segunda-feira (19) à prefeitura para cobrar a verba destinada para a realização do carnaval 2013. De acordo com o presidente da Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf), Zeca Machado, a Secretaria de Turismo deveria repassar R$ 440 mil para cada agreamiação em três parcelas.
Devido à ausência do secretário de turismo, que estava em viagem, as escolas foram recebidas pelo procurador-geral do município, Jaime de Souza. Ele afirmou que está analisando o caso junto com a equipe de transição do próximo prefeito."Nós estamos analisando conjuntamente como se dará esse repasse e esse auxílio às escolas de samba. Reconhecemos que estamos em cima do prazo, se já não ultrapassamos, mas o ano nos exige essa cautela e a lei de responsabilidade fiscal também", disse o procurador-geral.Segundo o presidente da Liesf, "no ano passado, nós já tínhamos recebido, nessa época, duas parcelas. Em dezembro, estaríamos recebendo a terceira parcela". Ainda de acordo com ele, o convênio entre a prefeitura e as escolas também não foi assinado ainda e a qualidade do carnaval pode ser comprometida.
Fonte: G1-SC
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De qualquer forma, não dá para acreditar que, ficando as escolas sem a subvenção pública para realizar o desfile, venham a desaparecer, muito menos o samba a morrer.
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