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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Eleição presidencial - Os derrotados

Crivela, Malafaia  e Feliciano, mesmo valendo-se da ingenuidade de boa parte dos seus rebanhos de  ovelhas, como o fazem para arrancar dízimos e outros valores, acabaram derrotados, sinal positivo de que nem todos os evangélicos deixam-se enganar, em matéria de política, pela pregação pegajosa dos tais pastores e bispos. Conservadores de carteirinha, a exemplo do candidato tucano, foram vencidos.
Terá pesado na derrocada daqueles a circunstância de que a maioria dos evangélicos é de extração social pobre e de classe média?

A Igreja Católica, que apoiou abertamente o candidato "branco" - com o Arcebispo Orani João Tempesta,  do Rio de Janeiro, fazendo aparições de última hora ao lado de Aécio (o Caprilli brasileiro) e o portal da Arquidiocese do RJ veiculando matéria assinada por um padre sob o título  "Política e religião se misturam? Se sou católico, em quem votar?", cujo desiderato, indisfarçável, era fazer campanha contra Dilma, ou a favor de Aécio -, também viu-se derrotada.

Chego a pensar que alguns evangélicos mais radicais, vendo o apoio do Arcebispo católico a Aécio, resolveram votar em Dilma, porque abominam a "hidra papista" ou "prostituta de Roma".

Mas, a derrota daquelas poderosas forças nas urnas não significa que o governo ficará livre para "pintar e bordar". 
A corrupção está endêmica e os petistas precisam criar alguma vergonha na cara, se quiserem ter futuro político. A defenestração de Tarso Genro - pelo eleitorado do RS, que é bastante esclarecido, mesmo diante da Dilma com uma cuia de chimarrão nas mãos - parece sinalizar que a tolerância dos brasileiros, com as sacanagens reveladas pela mídia (por interesse eleitoreiro ou não, pouco importa) não será mais tolerada. 
Em Minas Gerais, do outro lado, o candidato da direita aecista também não logrou êxito, sendo derrotado pelo petista, talvez diante da revelação de que Aécio desviou um bilhão da saúde, de que construiu aeroporto em terras da família, etc...Afinal, a corrupção, por óbvio, não perpassa só a administração petista. Costa revelou que os procedimentos de rapina, na Petrobras, remontam ao governo de Fernando Henrique Cardoso, como se supunha, porque o PSDB sempre quis detonar a PETROBRAS para privatizá-la. Os olhudos do "mercado" internacional estão de olho na maior empresa brasileira há muito tempo e o PSDB é conhecido agente dos esganados capitalistas internacionais.

Dilma que trate, pois, de por em prática as promessas de combate à corrupção que anunciou na campanha, ou se verá numa saia justa que passará por processos judiciais e poderá até resultar num impeachment (Haddad se engana quando afirma que "não se ganha no tapetão"). As forças conservadoras não lhe darão trégua. Perderam nas urnas, tentarão derrubá-la no tapetão que é o Judiciário, igualmente conservador e entreguista.

A vitória apertada é outro sinal inequívoco de que mesmo os pobres, beneficiários (?) de uma série de programas populistas, estão de olho nos ladrões de colarinho branco em que se converteram grande parte dos petistas que assumiram cargos relevantes, para imensa decepção das hostes mais idealistas do Partido.

Ou Dilma muda essa quase cultura de corrupção que se enquistou nos quadros privilegiados do PT, ou o PT será definitivamente banido no próximo pleito, mesmo que lance o cacique Lula como candidato, como vislumbram alguns.

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