Argentina decreta moratória das dívidas interna e externa por causa do coronavírus
Publicado em 6 abril, 2020
O
presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretou nesta
segunda-feira (6) moratória das dívidas internas e externa até 2021.
A moratória de um ano tem como objetivo garantir fundos
para o país vizinho enfrentar a pandemia do coronavírus. A mexida é para
reforçar o orçamento público da saúde.
O governo argentino
publicou um Decreto de Necessidade e Urgência para congelar desde
dezembro de 2020 os pagamentos de dívidas contraídas em moeda local e o
pagamento da dívida externa com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Os pagamentos de credores locais e privados, de US$ 9,8 bilhões, serão reprogramados para 2021.
Fernández
tenta adiar, também, o pagamento de títulos da dívida emitidos em moeda
americana. O presidente busca uma solução negociada com os credores
internacionais.
A moratória pode ser uma saída para o Brasil
O Brasil não tem mais dívidas com o FMI, como a Argentina. O governo Lula em 2016, mas o tesouro nacional ficou refém de banqueiros e agiotas.
Neste ano de 2020, os brasileiros irão pagar R$ 1,6
trilhão de juros e amortizações da dívida interna cujos beneficiários
são os especuladores de fundos de investimentos. Esse valor equivale a
45% do Orçamento da União estimado em R$ 3,6 trilhões.
Portanto, à
luz do Covid-19, nada mais justo que o Brasil decretar moratória de sua
dívida interna até 2022. Nesse período, por óbvio, caberia ainda uma
auditoria independente sobre os valores.
Fonte: https://www.esmaelmorais.com.br/2020/04/argentina-decreta-moratoria-das-dividas-interna-e-externa-por-causa-do-coronavirus/
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