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terça-feira, 28 de abril de 2020

HIGIENIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO SÃO MEDIDAS URGENTÍSSIMAS

É certo que as cidades são importantes, como bem salientou famoso escritor estrangeiro: 

- (...) no puede haber progreso sin la posesión permanente del suelo, sin la ciudad, que es la que desenvuelve la capacidad industrial del hombre y le permite extender sus adquisiciones. 

En las llanuras argentinas no existe la tribu nómade: el pastor posee el suelo con títulos de propiedad; está fijo en un punto, que le pertenece; pero, para ocuparlo, ha sido necesario disolver la asociación y derramar las familias sobre una inmensa superficie. Imaginaos una extensión de dos mil leguas cuadradas, cubierta toda de población, pero colocadas las habitaciones a cuatro leguas de distancia unas de otras, a ocho, a veces, a dos, las más cercanas. El desenvolvimiento de la propiedad mobiliaria no es imposible; los goces del lujo no son del todo incompatibles con este aislamiento: puede levantar la fortuna un

soberbio edificio en el desierto; pero el estímulo falta, el ejemplo desaparece, la necesidad de manifestarse con dignidad, que se siente en las ciudades, no se hace sentir allí, en el aislamiento y la soledad. Las privaciones indispensables justifican la pereza natural, y la frugalidad en los goces trae, enseguida, todas las exterioridades de la barbarie. La sociedad ha desaparecido completamente; queda sólo la familia feudal, aislada, reconcentrada; y, no habiendo sociedad reunida, toda clase de gobierno se hace imposible: la municipalidad no existe, la policía no puede ejercerse y la justicia civil no tiene medios de alcanzar a los delincuentes. - SARMIENTO - Facundo.

Já que não se pode prescindir das cidades, cvumpre atentar para os inimigos invisíveis que a concentração enseja. 
De um deles, dessa virose que aí está, ceifando incontáveis vidas, deveríamos aprender a lição de que a aglomeração de  pessoas e de animais, muitos  portadoras de doenças transmissíveis,  em centros urbanos (cidades), sem que se cuide de higienizar os logradouros públicos, criteriosamente, em períodos determinados em leis municipais, não é mais possível. 
Ademais, a proibição de circulação de ônibus e o isolamento forçado apontam para outra necessidade urgente, nos centros maiores, qual seja, a de se implantar a proibição, igualmente periódica, do uso de veículos automotores, de sorte a permitir-se a regeneração do ar, pela ausência temporária de poluição, pois tais medidas, adotadas por força da virose, serviu para mostrar que a qualidade do ar que se respira nas cidades restou sensivelmente melhorada. 
Tais medidas afetarão a economia? Sem dúvida alguma, Mas é induvidoso que a  saúde pública, a vida, em última instância, é mais importante que tudo.
De que adianta termos uma economia vibrante, se não houver quem compre os produtos e serviços ofertados? 
Precisamos repensar seriamente a prática de aglomeração de pessoas, animais e veículos em espaços exíguos, distribuindo os serviços públicos pelos bairros, de sorte a diluirmos as concentrações.
Está lançado o desafio para os vereadores: pensarem e planejarem, com auxílio dos técnicos em urbanismo e serviços públicos, a desconcentração. E isto implica pensar, inclusive, nos centros urbanos deslocados, já existentes em distritos como Canasvieiras, Ingleses, Santo Antônio de Lisboa, por exemplo, pois tais localidades ganharam dimensão de cidades, também, com todos os problemas de mobilidade, sujeira, poluição do ar, aglomeração de pessoas e animais, sem medidas profiláticas de higienização periódica, com a circunstância agravante de que recebem turistas, os quais, certamente,  trazem e levam perigosos agentes de mortandade. 

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A título de ilustração: relendo TESCHAUER (História do RS ...), no vol. 1, p. 184, encontrei a afirmação de que o vocábulo TAPE, originariamente, significou CIDADE. O mesmo historiador, como já noticiei neste blog, deu informações sobre uma epidemia(peste) terrível, que vitimou grande parte dos povos guaranis concentrados em núcleos, pode-se dizer, urbanos, por obra dos jesuítas, que os doutrinavam e os usavam como mão de obra, nas denominadas "reduções", num amplo projeto de conquista dos povos daquela etnia, projeto aquele combatido pelos denominados mamelucos (mestiços de brancos com índios), vindos de S. Paulo e que também almejavam ganhar com a escravização dos índios.

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