A algumas semanas a imprensa de Florianópolis, tem abordado com seriedade o grande problema da falta de segurança pública em Florianópolis, em especial junto ao Norte da Ilha.
Os postos da PM/SC na região estão todos fechados e abandonados. As explicações são sempre as mesmas; falta efetivo, falta equipamentos, falta tudo.
Enquanto isso, proliferam assaltos, furtos, sequestros, tráfico de drogas e todo tipo de violência que vem proliferando exponencialmente, aproveitando o váculo deixado em nossas ruas pelas forças de segurança pública.
A vista desses problemas, a sociedade civil sempre apoiou e contribuiu para auxiliar as forças de segurança. Foram criados diversos CONSEG´s que desempenham papel fundamental hoje na sociedade e foram providenciados recursos públicos e privados para criar uma rede de câmeras de monitoramento, em especial no bairro de Canasvieiras e Ingleses, que tiveram seu funcionamento possibilitado pelo aporte de recursos privados advindos de empresas, entidades associativas e outros.
Ocorre que diante do crescente número de ocorrências criminais no Norte da Ilha, o comando da PM/SC nbo Norte da Ilha, toma uma decisão surpreendente. Determinou e efetivou o desligamento de todas as câmeras de monitoramento existentes em Ingleses, Canasvieiras e parte de Jurerê, de forma que nestemomento, se um ilícito ocorrer,não há mais como recorrer a estes importantes equipamentos para apuração dos envolvidos.
Não se compreende como uma força de segurança pública como a PM/SC, pode tomar esta atitude, no intuito de apenas se eximir da responsabilidade de prever e/ou reprimir a violência, dado que a partir de agora, não tem mais como monitorar as imagens geradas por estas câmeras, de forma que não pode mais ser responsabilizada por sua inércia.
Trata-se de um desrespeito ao trabalho desenvolvido em parceria com a sociedade civil e que já demonstrou sua eficácia para reduzir o número de crimes.
A situação de insegurança atinge patamares insuportáveis.
Está na hora da sociedade discutir o papel da Polícia Militar e participar ativamente na sua forma de atuação.
Está na hora de centenas de policiais militares, deixarem suas atividades de segurança de órgãos públicos, como fóruns, câmaras, prédios de órgãos públicos e autoridades estaduais, atividades estas em claro desvio de função de acordo com as finalidades da PM/SC prevista na Constituição Estadual, e efetivamente ganharem as ruas, para realizar sua mais óbvia função, que é dar segurança ao cidadão.
Att.
Everton Balsimelli Staub
Everton Balsimelli Staub
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