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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Brasileiro desconhece danos do sal à visão


Brasileiro desconhece danos do sal à visão. 15470.jpegA Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE mostra que 7 em cada 10 brasileiros consome mais sal do que o recomendado - 5 gramas/dia para crianças e idosos ou 6 gramas/dia para adolescentes e adultos com até 60 anos. O problema é que a maioria desconhece os problemas de saúde que podem resultar desse hábito.
Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, a falta de informação e o envelhecimento da população estão aumentando o número de pessoas com alterações na retina.
O especialista explica que o consumo exagerado de sal facilita a evolução da hipertensão arterial em mais da metade dos 57 milhões de brasileiros que são portadores da doença. Dependendo do grau de evolução, destaca, a hipertensão pode provocar alterações nos vasos e artérias da retina, membrana no fundo do olho onde as imagens se formam. Significa que sem tratamento adequado facilita a perda da visão. A questão é que a maioria dos pacientes chega à primeira consulta oftalmológica quando a retina já está comprometida. Isso porque, a doença não apresenta sintomas e acaba sendo ignorada pelos portadores. A boa notícia é que a fundoscopia, ou exame de fundo de olho, permite o diagnóstico em estágio inicial. "O olho é a porta de entrada para prevenir os danos da hipertensão porque é a única parte do corpo que permite visualizar seus efeitos", afirma.

Causas de baixa da visão

Queiroz Neto diz que na retina as alterações vasculares decorrentes da hipertensão arterial que provocam baixa da visão são causadas por:

Arteriosclerose - enrijecimento e estreitamento dos vasos e artérias por conta de lesões causadas pela formação de placas nas paredes internas.

Isquemia - interrupção da circulação na veia central da retina e formação de neovasos que dificultam a boa circulação.

Hemorragia - por afinamento da parede dos vasos e artérias

Edema do disco óptico - por formação de depósitos, estreitamento das artérias e dilatação das veias.

Prevenção

O médico diz que o controle do sal na dieta abrange até os doces industrializados que podem conter sódio para garantir a conservação. As principais dicas para manter o sal em quantidade saudável na corrente sanguínea são:
- Praticar atividades físicas, pelo menos, 3 vezes por semana.
- Evitar bebidas alcoólicas e cigarros.
- Sal light com redução de 50% do sódio só deve ser usado com prescrição médica. O maior teor de potássio pode ser contra-indicado para quem tem problemas renais.
- Incluir ômega 3 (semente de linha, castanhas, e atum) na dieta melhora a circulação na retina.

Excesso de iodo ataca tireóide

O alto consumo de sal no Brasil fez a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) colocar em consulta pública a redução da concentração de iodo no sal de cozinha - de 20 a 60 miligramas/quilo para 15 a 45 miligramas/ quilo. Isso porque o excesso de iodo provoca um ataque ao sistema imunológico que pode levar à tireoidite, inflamação da tireóide. O médico diz que em alguns pacientes a tireoidite se manifesta como Orbitopatia de Graves. Trata-se de uma doença auto-imune que afeta a cavidade ocular. É caracterizada por olhos vermelhos, retração palpebral, inchaço da conjuntiva e dor. De acordo com Queiroz Neto os tratamentos cada vez mais eficazes da tireoidite diminuíram a incidência da orbitopatia de Graves nos últimos anos. Ele diz que alguns pacientes têm orbitopatia lipogênica, ou seja, a órbita ocular salta para fora. O tratamento é feito com corticóide e descompressão do globo ocular. Outras pessoas são acometidas pela orbitopatia miogênica. Neste caso o deslocamento do globo ocular é mais discreto, mas pode ocorrer estrabismo restritivo, visão dupla, elevação da pressão intra-ocular e neuropatia óptica. O tratamento, observa, depende das alterações e pode incluir desde colírios para controlar a pressão intra-ocular, até cirurgia de correção do estrabismo e aplicação de radioterapia nos casos de neuropatia óptica.
O médico destaca que a tireoidite é uma doença crônica que exige acompanhamento permanente. O problema é que muitos portadores não sabem que têm a doença.
Para identificar, a dica é parar em frente a um espelho com um copo de água, levar a cabeça para trás e tomar um gole da água, colocando a mão sobre a tireóide que fica no pescoço logo abaixo do "pomo de adão".  Se sentir algum nódulo deve procurar um especialista.

Eutrópia Turazzi - LDC Comunicação

Fonte: PRAVDA

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