Ao término ontem (21) na Espanha da 27ª Jornada Mundial da Juventude, o papa Bento 16 anunciou que o próximo encontro de jovens católicos de mais de cem países ocorrerá em 2013 na "bela cidade", Rio de Janeiro.
Em Madri, Eduardo Paes, o prefeito do Rio, disse que o encontro deverá reunir “mais gente do que a Copa do Mundo” em 2014. A expectativa é de que 2 milhões de jovens católicos participem dessa jornada.
Que Paes, portanto, acelere a reforma no sistema de acesso ao Cristo Redentor, ao Corcovado, que providencie a compra de mais bondinhos, porque o objetivo dessa multidão é, entre uma oração e outra, fazer turismo.
A jornada tem sido grandiosa, mas só no tamanho, porque esses jovens não contribuem em nada para o debate das questões mais urgentes da atualidade, como se fossem extraterrestres, do outro mundo.
O que ocorreu na Espanha e em outros países se repetirá no Brasil: eles vão chegar mudos e partir sem dizer nada, sem nenhuma declaração pública sobre a contemporaneidade.
Esses jovens católicos se reúnem para, em tese, debater um tema proposto pelo papa. O tema deste ano foi "Enraizados e edificados em Cristo... firmes na fé", com o objetivo de analisar os rumos que a Europa tem tomado. Trata-se de uma Europa dilacerada por uma crise econômica que coloca em xeque a própria união europeia. Uma Europa cada vez mais xenófoba e amedrontada por uma suposta invasão de muçulmanos.
Em Madri, Eduardo Paes, o prefeito do Rio, disse que o encontro deverá reunir “mais gente do que a Copa do Mundo” em 2014. A expectativa é de que 2 milhões de jovens católicos participem dessa jornada.
Que Paes, portanto, acelere a reforma no sistema de acesso ao Cristo Redentor, ao Corcovado, que providencie a compra de mais bondinhos, porque o objetivo dessa multidão é, entre uma oração e outra, fazer turismo.
A jornada tem sido grandiosa, mas só no tamanho, porque esses jovens não contribuem em nada para o debate das questões mais urgentes da atualidade, como se fossem extraterrestres, do outro mundo.
O que ocorreu na Espanha e em outros países se repetirá no Brasil: eles vão chegar mudos e partir sem dizer nada, sem nenhuma declaração pública sobre a contemporaneidade.
Esses jovens católicos se reúnem para, em tese, debater um tema proposto pelo papa. O tema deste ano foi "Enraizados e edificados em Cristo... firmes na fé", com o objetivo de analisar os rumos que a Europa tem tomado. Trata-se de uma Europa dilacerada por uma crise econômica que coloca em xeque a própria união europeia. Uma Europa cada vez mais xenófoba e amedrontada por uma suposta invasão de muçulmanos.
E qual foram a conclusões dos jovens? Não se sabe.
Criada em 1984 pelo papa João Paulo 2, a jornada é um evento oficial da Igreja Católica. Mas ela não se manifesta sequer para reverberar o discurso conservador de Bento 16. Seria por constrangimento? Também não se sabe.
Até mesmo uma centena de bispos – que fazem parte, portanto, da hierarquia da igreja – ousa discordar do papa em questões como o celibato.
O que esses jovens têm a dizer do celibato? Ou dos padres pedófilos? Dos direitos dos homossexuais? Do uso de preservativo no combate à Aids? Da intolerância religiosa, da qual, inclusive, os cristãos também são vítimas? Do avanço do secularismo? Da poluição?
O que, afinal, pensam esses jovens católicos? Eles pensam?
Parece que eles compõem, sem exagero, uma imensa massa cerebral amorfa cujo interesse se resume em contemplar a realidade pela janela do bondinho do Corcovado, por exemplo.
Essa é, de fato, uma juventude perdida. Ou a expressão da desimportância que tem hoje e terá amanhã o catolicismo, exceto para o turismo e a ufologia.
Com o histórico de atrocidades da Igreja Católica, essa talvez seja uma boa notícia.
Fonte: PAULOPES WEBLOG
Criada em 1984 pelo papa João Paulo 2, a jornada é um evento oficial da Igreja Católica. Mas ela não se manifesta sequer para reverberar o discurso conservador de Bento 16. Seria por constrangimento? Também não se sabe.
Até mesmo uma centena de bispos – que fazem parte, portanto, da hierarquia da igreja – ousa discordar do papa em questões como o celibato.
O que esses jovens têm a dizer do celibato? Ou dos padres pedófilos? Dos direitos dos homossexuais? Do uso de preservativo no combate à Aids? Da intolerância religiosa, da qual, inclusive, os cristãos também são vítimas? Do avanço do secularismo? Da poluição?
O que, afinal, pensam esses jovens católicos? Eles pensam?
Parece que eles compõem, sem exagero, uma imensa massa cerebral amorfa cujo interesse se resume em contemplar a realidade pela janela do bondinho do Corcovado, por exemplo.
Essa é, de fato, uma juventude perdida. Ou a expressão da desimportância que tem hoje e terá amanhã o catolicismo, exceto para o turismo e a ufologia.
Com o histórico de atrocidades da Igreja Católica, essa talvez seja uma boa notícia.
Fonte: PAULOPES WEBLOG
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