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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mutirão de cirurgias - Quem estará pagando a publicidade, veiculada em horário nobre da TV?

Entidades Médicas e SES realizam reunião
SIMESC

COSEMESC participará de encontro a partir das 11h, nesta quinta-feira (18)
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Preocupação do Sindicato está relacionada à qualidade de atendimento e à remuneração médica

Na quinta-feira (18), às 11h, o Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (COSEMESC) tem agendada uma reunião com o secretário de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira. Da pauta não constava o tema mutirão de cirurgias, mas de acordo com Soncini não haverá como o tema não ser colocado à mesa.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC), Cyro Soncini, confirmou nesta terça-feira (16), preocupação em relação ao mutirão de cirurgias anunciado pela Secretaria de Estado de Saúde, há três semanas. “Temos participação ativa nos colegiados de saúde e também nas reuniões e ações das entidades médicas catarinenses. E as entidades como o Sindicato, o Conselho Regional de Medicina (CREMESC) e a Associação Catarinense de Medicina (ACM) não foram pelo menos informadas da intenção de realização do mutirão”, alertou.

De acordo com Soncini, a preocupação do Sindicato está relacionada à qualidade de atendimento e à remuneração médica. “Não somos contra mutirões de saúde. Porém entendemos que as políticas públicas têm que ser estabelecidas de modo permanente para evitarmos essa situação de represamento de cirurgias e demais procedimentos de saúde”, declarou.

O presidente do SIMESC informa, que de acordo com a presidente Regional de Caçador, Maria Lucia Bertolini, a secretaria municipal de Saúde daquele município foi a única a entrar em contato com o Sindicato propondo aos médicos mutirão de cirurgia pela tabela SUS. “Esta justamente é a raiz do problema. Uma tabela defasada que o governo não corrige há muito tempo”, disse Soncini.

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Mutirão de cirurgias eletivas causa confusão e reclamações em hospitais de Santa Catarina

Problemas estariam no baixo valor repassado pelo Estado e a quantidade de beneficiados

Sâmia Frantz | samia.frantz@horasc.com.br

Lançado há exatas três semanas, o mutirão de 22,6 mil cirurgias eletivas que Santa Catarina promete realizar até o fim de 2012 ainda está longe de sair do papel na maior parte das regiões. Ao mesmo tempo em que reconhecem a importância da iniciativa, secretários de saúde e dirigentes de hospitais se veem obrigados a denunciar a falta de informações claras sobre o projeto.

Segundo eles, pelo menos dois problemas estão emperrando seu andamento: o baixo valor que o Estado quer pagar a cada procedimento feito e a quantidade de pacientes a serem beneficiados — lista que, até agora, ninguém tem conhecimento.

A origem das reclamações parte, principalmente, do fato de os municípios não terem sido consultados sobre os detalhes do programa durante a sua elaboração.  
Segundo o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina (Cosems), Eloi Trevisan, os secretários estão se sentindo desorientados sobre o funcionamento efetivo do mutirão, já que a maioria ficou sabendo do projeto pelas propagandas de TV. Na mensagem que está no ar, a orientação é de que os pacientes procurem as secretarias de Saúde dos municípios.

— Isso gerou um desconforto muito grande para nós, secretários, que não sabíamos nem como isso iria funcionar. Era preciso um planejamento melhor, antecipado, antes de se lançar a campanha, mas tudo ocorreu ao contrário.  

A propaganda está bonita, mas, infelizmente, na prática, ainda há pouca coisa organizada — lamenta.

O secretário de Saúde de Bombinhas, o cirurgião ortopédico Celso Dellagiustina, lembra que o mutirão deveria ter sido apresentado no que chamam de Comissão Intergestores Bipartite (CIB) — uma equipe de secretários de saúde e técnicos do Estado que discutem, todos os meses, as questões de saúde referentes a ambas as esferas. O mutirão, porém, ficou de fora. Na última reunião da equipe, há um mês, chegou a comentar que o Estado o estava preparando e que ele seria apresentado em momento oportuno. Isso foi numa sexta-feira. Na segunda, o Estado lançou a campanha.

De acordo com Trevisan, que também é coordenador da CIB por parte dos municípios, a equipe tem um novo encontro nesta quinta-feira. O mutirão está na pauta principal. De lá, o colegiado deve se posicionar sobre o programa por meio de um documento a ser encaminhado ao Estado e à imprensa.

— Não se descarta a possibilidade de pedir que a campanha seja retirada do ar — diz.


Fonte: Diário Catarinense



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