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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O RESULTADO DAS MAZELAS DA SAÚDE PÚBLICA

Claro que os indivíduos que não encontram respostas eficientes dos serviços públicos tendem a migrar para os serviços privados, seja na saúde, seja na educação, seja na previdência.
Sucessivos governos, que se dizem de orientação socialista, como o PSDB e o PT - sem falar, é claro, daqueles declaradamente adeptos do neoliberalismo - têm agido sistematicamente em favor da iniciativa privada, ou seja, na direção do sucateamento dos serviços públicos e, com tal postura, ferram a população carente.
O pior de tudo, entretanto, é que a população deixa de ser assistida, decentemente, pelos serviços essenciais pelos quais é coagida (em mome da solidariedade) a pagar tributos, ou seja, os serviços são assumidos - também precariamente, é bom que se enfatize, pela iniciativa privada/ou você é bem atendido pela UNIMED e outros tantos Planos de Saúde? - pelos conglomerados de saúde privada, mas a carga tributária continua absurda, com aqueles que migram para os serviços privados sendo duplamente sacrificados.
Então, temos uma espécie de safadeza combinada: o Estado (gênero)  deixa de prestar serviços eficientes (contínuos e de qualidade), empurrando os cidadãos para o consumo de serviços privados. As empresas privadas, favorecidas pelas sacanagens públicas, ao seu turno, enchem os cofres e também não prestam atendimento  que possa ser considerado de qualidade. Isto tudo é público e notório. Não estou a dizer nada que não apareça nas queixas dos usuários.
E daí? Quem se habilita a defender os interesses coletivos? O Ministério Público, que é remunerado para isto?  
Pois, sim!!!


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Planos de saúde chegam a 1 em cada 4 brasileiros

Estudo da ANS revela que o crescimento dos beneficiários tem relação direta com a economia brasileira e que a cobertura nunca esteve maior


Publicado em 26/11/2012 | ALEXANDRE COSTA NASCIMENTO


A parcela da população brasileira que conta com a cobertura de planos de saúde atingiu um patamar recorde no primeiro semestre de 2012. Segundo dados da pesquisa Foco Saúde Suplementar, publicada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), um em cada quatro brasileiros possui algum tipo de cobertura de assistência médica particular.

O estudo revela que a taxa de crescimento dos beneficiários tem relação direta com a saúde da economia brasileira. Apesar de o índice de cobertura de 25% ser o maior da série histórica desde a regulamentação do setor, o ritmo de crescimento da base de usuários de planos coletivos caiu de 12,2% para 5,2%, na comparação entre o 1.º semestre do ano passado com o 1.º semestre deste ano. No mesmo período, o PIB também apresentou desaceleração de 3,7% para 0,6%. Mesmo assim, quase três milhões de brasileiros foram incorporados ao mercado de saúde suplementar.

Estratégia

Setor mira na classe D para continuar em ascensão no país

Com um índice considerado próximo à saturação nas classes sociais A, B e parte da C, o setor de saúde suplementar passará a ter de enfrentar o desafio de equilibrar o crescimento de sua base de usuários com a capacidade de custear o sistema e de garantir a qualidade do atendimento.

“Já há um movimento no mercado de criar produtos para a classe D, que ainda tem baixíssima adesão aos planos de saúde. Isso significa construir valores que essa população possa pagar, sempre torcendo que isso não traga uma redução da qualidade do serviço”, avalia o advogado especialista em saúde suplementar, Cristiano Heineck Schmitt.

De acordo com dados da ANS, em 2011, os beneficiários vinculados às seguradoras desembolsaram em média R$ 2.785,88. Já o valor médio gasto pelos beneficiários de cooperativas médicas foi de R$ 1.730,07 e de R$ 1.242,51, para os planos de medicina de grupo.

O crescimento dependerá do desempenho da economia brasileira e do aumento da massa salarial dos trabalhadores. “As classes C e D vão responder na medida do crescimento de renda que elas tiverem, na medida em que sobrem recursos que não seja para para o tradicional destino que é a simples subsistência”, diz.

Odontologia

Entre junho de 2011 e junho de 2012, a cobertura dos planos odontológicos cresceu mais rapidamente que o segmento de coberturas médicas, atingindo 9,2% da população. O Distrito Federal possui a maior taxa de usuários com esse tipo de cobertura (30,8%). Se consideradas apenas as capitais, Curitiba é a que tem cobertura mais próxima da de Brasília, com abrangência de 29,4% dos planos.

O crescimento do setor também está ancorado na geração de postos de trabalho com carteira assinada. Em junho de 2012, foram gerados 120,4 mil empregos formais no país, um crescimento de 0,3% no estoque de assalariados. No mesmo período, o número de beneficiários vinculados a planos de saúde coletivos cresceu 0,2%. Em termos absolutos, foram criados cerca de 1,05 milhão de empregos ao mesmo tempo em que mais de 850 mil brasileiros passaram a contar com algum tipo de cobertura suplementar.

“O plano de saúde é o que podemos chamar de segunda meta do ‘sonho brasileiro’, logo depois da compra da casa própria. Sabendo das notórias dificuldades do sistema público de saúde, da carência de médicos e do atendimento precário, o trabalhador busca essa garantia quando consegue uma folga no orçamento”, diz o advogado especialista no segmento de saúde suplementar e professor do Uniritter, Cristiano Heineck Schmitt.

Os dados da ANS reforçam a avaliação. O número de beneficiários em planos de assistência médica – tanto coletivos quanto individuais – praticamente dobra na faixa etária dos 18 aos 30 anos, coincidindo com a parcela da população com maior participação entre as pessoas economicamente ativas.

De acordo com a agência reguladora, 91,5% do total de beneficiários contam com cobertura integral (ambulatorial e hospitalar), 1,5% dos usuários possuem apenas assistência hospitalar e 4,5%, apenas ambulatorial. Do total de beneficiários – todos usuários de planos antigos, ou seja, contratados antes da regulamentação do setor em 1999 – têm planos com segmentação indefinida.

As duas modalidades com maior número de beneficiários de planos de assistência médica são Medicina de grupo (37,4%) e Cooperativa médica (36,0%). Nas capitais, predominam as medicinas de grupo (43,5%), ao passo que nos municípios do interior, as cooperativas são predominantes (42,9%).



Fonte: GAZETA DO POVO

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