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sexta-feira, 29 de maio de 2015

POLICIANDO A LEITURA

Era só o que faltava, alguém ser agredido ou constrangido, por ler Carta Capital ou Veja, ou qualquer outra publicação.
Devemos sujeitar-nos  a este tipo de patrulha?
Obviamente que não. 
Cumprimento o cidadão que reagiu à idiotice grupal do pessoal que tentou constrangê-lo.
Sou ateu, como todos sabem, mas já li a Bíblia, o Livro dos Mórmons, O Livro dos Espíritos, o Corão, livros de budismo, livros da Maçonaria e muitos outros, por curiosidade intelectual.
Onde a incoerência ou o crime? 
Só gente descerebrada adota atitude policialesca, em relação aos que os outros leiam.

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Homem é agredido em voo por ler CartaCapital

Homem de 65 anos não imaginava que a simples escolha de uma leitura para a viagem iria provocar uma agressão inusitada. “Esse tipo de postura revela um espírito obtuso e retrógrado, um pensamento autoritário que despreza a democracia, a liberdade de expressão e as diferenças de opinião”, protestou Elbio Flores
Comerciante relata agressão em voo por ler a CartaCapital (Divulgação/Sul21)


Marco Weissheimer, Sul 21

Quando embarcou em um voo em Porto Alegre rumo a Brasília, na manhã de quarta-feira (27), o comerciante Elbio de Freitas Flores, de 65 anos, não suspeitava que a escolha de uma leitura para a viagem iria provocar uma agressão inusitada. Quando o avião aterrissou em Brasília, um grupo de cerca de 20 pessoas, localizadas na parte de trás do avião, começou a entoar gritos contra Dilma, Lula e o PT. Esse grupo estava chegando em Brasília para participar do ato liderado pelo Movimento Brasil Livre peloimpeachment da presidenta Dilma Rousseff.

O comerciante relata que, enquanto aguardava a abertura das portas do avião para desembarcar, foi interpelado e agredido verbalmente por um desses homens pelo fato de estar carregando aCartaCapital, “uma revista idiota e lida por idiotas”, segundo o agressor. Além disso, aos gritos, foi chamado de “bolivariano” e “do Foro de São Paulo”.

Elbio Flores resolveu não ficar quieto diante do ataque e chamou o agressor de golpista, entreguista e integrante da TFP (Tradição, Família e Propriedade). “Eles se mostraram muito covardes e tentaram me intimidar com gritos e impedir que eu falasse, tudo porque eu estava lendo a Carta Capital”, relatou ao Sul21. Um dos integrantes desse grupo gravou o ocorrido com um celular. Um trecho de 1min30seg foi publicado na página do deputado estadual Marcel Vam Hattem (PP-RS), com o seguinte texto: “La Banda Loka Liberal pousa em Brasília: faz um avião inteiro feliz e deixa um petista raivoso magoado”.

O comerciante resolveu falar publicamente sobre o caso pois entende que estão ocorrendo agressões semelhantes a essas que devem ser respondidas. “Já ouvi vários relatos de casos semelhantes e não podemos ficar calados. Eles tinham o comportamento característico de covardes e despreparados. Estavam constrangendo as pessoas, agindo em bando, como uma matilha. Os partidos democráticos têm que reagir diante desse tipo de agressão. Tenho amigos no PP, no PSDB e em vários outros partidos e convivo com urbanidade e respeito com eles, sem agredir ninguém. Fui agredido e reagi”.

Esse tipo de postura, acrescentou Elbio Flores, “revela um espírito obtuso e retrógrado, um pensamento obscurantista e autoritário que despreza a democracia, a liberdade de expressão e as diferenças de opinião”.

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