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terça-feira, 7 de abril de 2020

De Sêneca, sobre a "tranquilidade da alma".

É preciso governar nosso espírito e conceder-lhe de tempos em tempos um descanso que fará sobre ele o efeito de um alimento restaurador. 
É preciso, igualmente, ir passear em pleno campo, pois o céu aberto e o ar puro estimulam e avivam a inteligência; algumas vezes uma alteração, uma viagem, uma mudança de horizontes, assim como uma boa refeição com um pouco mais de bebida do que de costume, lhe darão um novo vigor.
Pode-se mesmo, por vezes, chegar até a embriaguez: não, de modo algum, para nela mergulhar, mas para nela encontrar a calma, pois ela dissipa as inquietações, modifica totalmente o estado da alma e afasta a tristeza, assim como cura certas doenças.
O inventor do vinho não foi chamado Baco, porque ele solta a língua, mas sim porque liberta a alma das inquietações que a escravizam; e a reanima e fortalece e a dispõe para todas as audácias. 
Mas o vinho, assim como a liberdade, não é salutar a não ser tomado com medida.
Afirma-se que Sólon e Arcesilau tinham um gosto acentuado pelo vinho; censurou-se a Catão sua embriaguez: bom meio de reabilitar este vício em vez de rebaixar Catão.
Mas não se deve recorrer a ele muito frequentemente, a fim de não adquirir este detestável hábito; é preciso, todavia, por um instante afrouxar as rédeas à exuberância e à liberdade e fazer uma interrupção momentânea à sobriedade austera demais. 
Fonte: http://www.filosofia.com.br/figuras/livros_inteiros/48.txt

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