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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Recebi este e-mail, em defesa do PT


CORRENTE O TRABALHO DO PT • ARTIGO DA EDIÇÃO 718  • 27 DE SETEMBRO DE 2012
STF QUER
CONDENAR O PT

A nossa moral e a deles!
por Markus Sokol

Nos próximos dias, os juízes do Supremo Tribunal Federal completarão a Ação Penal 470.

Como por encanto, deixaram o “núcleo político” do julgamento para a véspera do 1º turno das eleições.

Mas os tambores da mídia e do PSDB já condenaram: o réu  é o PT, e o PT é culpado!
QUANTA HIPOCRISIA!

O próprio Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, confessa: o PP custou R$ 8 milhões, o PTB R$ 4 milhões, o PMDB R$ 2 milhões e o PL (hoje PR) R$ 10 milhões.

Assim foi construída a “base aliada”, desde a campanha de Lula que tinha o industrial José Alencar (PL) na vice. Está nos autos, é um fato.

Foi o que dissemos desde a origem do escândalo, em 2005.

Mas, quando o PT não fazia essas alianças, era culpado pela maioria de nossos moralistas por ser “estreito e sectário”! Esses moralistas também esquecem que o “mensalão” vem de muito antes, do PSDB que nunca foi julgado!

A indignação da mídia é a descoberta do “ineditismo do esquema, um caixa único que financia legendas aliadas no Congresso ou nas eleições” (Dora Kramer, OESP, 19/9). É como se a elite incomodada dissesse: “como eles ousam?!” Que a classe dominante se locuplete é normal, mas “esses daí” não podem.

Na verdade, o crime da cúpula do PT foi ter abaixado as bandeiras históricas do partido, para se abraçar a estes partidos acima citados, e assumir os seus “usos e costumes”.

Nessa aliança contra a natureza, a única liga que pode juntar o PT com os partidos de patrões, fazendeiros e especuladores, é dinheiro, cargos e mais dinheiro. É o que dizemos desde 2005.

Mas dirigentes gostaram tanto do modelo que o estenderam para dentro do PT, introduzindo o sistema de “eleições diretas” (PED) para controlar o PT com meios parecidos, às vezes até financiados pelo esquemas dos “aliados”.
QUEM É O STF?

É a instituição que assistiu a posse do “presidente” advindo do golpe militar de 1964 (que cassou alguns de seus ministros), e legitimou todas as perseguições do regime ditatorial. Hoje, o STF pretexta a “lei de anistia” para não punir aqueles crimes. O STF é o tribunal que, desde 1998, engaveta uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a lei das Organizações Sociais (OS’s) que privatiza a saúde, entre outras matérias de interesse popular.

É o tribunal que não encontrou “provas” para condenar o ex-presidente Collor, derrubado por um movimento de milhões nas ruas.

Mas que parece dispensar provas (“atos de ofício”) para condenar os ex-presidentes do PT, Zé Dirceu e Genoíno.

É da responsabilidade de Dirceu, Genoino, como da de Lula e de Dilma, ter colocado o “inocente” Collor na base aliada.

Mas o STF não quer nem saber que a legislação eleitoral - que mesmo os especialistas consideram confusa e nebulosa-, empurra à troca de votos por vantagens. E que dentro das coligações não é permitida a transferência legal de recursos, só por debaixo do pano.

O “presidencialismo de coalizão” precisa de um “balcão de negócios” no Congresso, pois um eleito (ainda mais do PT!) não terá maioria pelas regras absurdas de representação (1 eleitor  de  Rondônia  vale  11  de  São Paulo; Senado antidemocrático; império do dinheiro etc.).
A EXCEÇÃO E A REGRA

Como disse o professor Wanderley Guilherme dos Santos, “o julgamento é de exceção”.

Não querem julgar a regra, querem pegar o PT. Mas é da regra que se trata, do sistema como tal.

Todavia, o sistema não vai se auto-reformar. Nem a turma de Sarney no Senado, nem os juízes togados no STF vão largar os seus privilégios.

Na verdade, uma reforma política em profundidade, só uma Constituinte Soberana pode fazer, para abrir caminho para as profundas aspirações sociais e nacionais do povo represadas.

Represadas, inclusive, pela adaptação do PT no governo à estas instituições, é preciso dizer.

O caminho não é curto.

Mas mais cedo ou mais tarde o povo passará o sistema corrupto a limpo. Assim como os petistas saberão “julgar” seus dirigentes.

Para os trabalhadores, é moral tudo aquilo que reforça a sua capacidade de agir em defesa de seus interesses. E é imoral todo procedimento indigno, que joga um setor contra outro, ou ainda que substitua a organização pelo culto dos chefes.

Nem o STF, nem muito menos o PSDB e seus assemelhados tem qualquer moral para julgar o PT.
       

PSDB NO ATAQUE

O PSDB, do ex-presidente FHC, que há anos é a principal agência imperialista no país, continua ativíssimo contra o PT.

Em sintonia com a agenda do STF, FHC foi à TV e saiu em artigos para atacar Lula e o PT: “O mensalão é outra dor de cabeça”, pontua o ex-presidente, “de tal desvio de conduta a presidenta passou longe e continua se distanciando. Mas seu partido não tem jeito”.

Para este agente do imperialismo, aí está o problema que “não tem jeito”, o PT!

Já a acusação contra o governo Lula é a de que “deixou de lado as reformas politicamente custosas: não enfrentou as questões regulatórias para acelerar as parcerias público-privadas e retomar as concessões de certos serviços públicos”. E FHC acrescenta, “que dizer, então, de modificações para flexibilizar a legislação trabalhista?” (OESP 9.09.12).

Expressão mais completa do programa imperialista, o ex-presidente cobra do PT que, apesar de todas as concessões já feitas no “governo de coalizão”, faça ataques contra os direitos sociais e nacionais ainda mais profundos do que o próprio FHC conseguiu fazer quando governou.

Em ambos os casos, o que ele busca é desmoralizar os militantes do PT.
    

PSTU QUER “JUSTIÇA” DO STF!

Alguns grupos políticos de esquerda ou extrema-esquerda estão indignados com o mensalão, “moralmente”.

Na TV, em São Paulo, a candidata a prefeita do PSTU acusa os grandes partidos, e pede “cadeia para todos”, como se todos fossem iguais.

No seu site (17/9), o PSTU pergunta: “Justiça será feita? Mesmo que os réus sejam condenados, é improvável que alguém vá realmente preso”.

Zé Maria, presidente do PSTU, publicou um artigo (26/9) aprofundando a abordagem: “O STF está frente ao desafio de, além de condenar aqueles contra os quais haja provas de corrupção no processo em curso do mensalão, também julgar com celeridade, e condenar aqueles contra os quais haja provas de corrupção no processo de mensalão de Minas”.

A linha, como se vê, é a mesma, o seu programa é “todos na cadeia”.

Ora, desde o escândalo 2005, o mote “todos iguais” é um dos ângulos da mídia para desmoralizar os petistas e abrir caminho para a volta da direita.

A quem interessa repeti-lo? Não deveria interessar nem ao PSTU!   

Trotsky já alertara para o que, na época, chamou de “centrismo da extrema-esquerda pequeno-burguesa”.

Segundo ele, esse comportamento era “a melhor forma de identificar a moral burguesa com a moral em ‘geral’”, isto é, uma moral por cima dos conteúdos de classe.

No caso, alinhando-se com os apelos de setores das elites para que uma instituição como STF faça “justiça”.

Confia também o PSTU no STF?

   

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