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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Como alguém ainda se encoraja a dar aulas, com tanta violência?

Insatisfeito com notas, aluno mata professor a facadas em MG

Kássio Gomes foi atingido no peito e no pescoço; suspeito do crime está foragido e é usuário de drogas

Ricardo Valota, do estadão.com.br

SÃO PAULO -  O professor de Educação Física, Kássio Vinícius Castro Gomes, de 39 anos, foi morto a facadas, no início da noite de terça-feira, 8, por um de seus alunos no interior do campus do Instituto Metodista Izabela Hendrix localizado na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte(MG).
O crime ocorreu na entrada da instituição, próximo à secretaria. Atingido no peito e no pescoço, o professor acabou morrendo no local. O suspeito pelo crime, que continua foragido, seria Hamilton Loyola Caires, que está no 5º período do curso de Educação Física.
O irmão de Loyola disse à polícia que o rapaz é usuário de drogas. Acredita-se que o motivo do crime seja a insatisfação do aluno com as notas recebidas de Castro. Ainda de acordo com as testemunhas, o suspeito teria fugido em uma moto após o crime, deixando a faca caída próxima à vítima.
De acordo com o delegado Wagner Pinto, chefe da Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte, as câmeras registraram com nitidez o momento do crime. O universitário foi procurado em sua residência, no bairro União, região leste de Belo Horizonte, mas não foi encontrado e continua foragido.
Segundo ainda o delegado, o professor já havia manifestado a outras pessoas preocupação com sua segurança. Outros alunos disseram que Hamilton estava na faculdade havia cerca de um ano e não era de muita conversa. Ele não tem antecedentes criminais, mas, segundo colegas de curso, já havia sido expulso de outra faculdade após agredir um professor.
O professor lecionava no Instituto havia três anos, era morador de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, casado e deixou dois filhos. No mesmo prédio do instituto funciona o Colégio Izabela Hendrix, onde a presidente eleita, Dilma Rousseff, estudou quando criança.
Segue abaixo a nota divulgada pelo Instituto:
"O Instituto Metodista Izabela Hendrix lamenta a tragédia ocorrida nesta terça-feira (dia 7) no seu campus Praça da Liberdade, que resultou na morte do professor Kassio Vinicius Castro Gomes. Estamos certos de que esse foi um episódio isolado, sendo uma instituição confessional e centenária, onde o ambiente sempre foi marcado pela harmonia, a paz e a fraternidade. Por uma questão de filosofia educacional, a instituição mantém livre o acesso aos espaços universitários. Conta com uma equipe com 52 vigilantes e 53 câmeras de circuito interno de TV, com vistas a oferecer segurança aos seus alunos, professores e demais funcionários. A instituição se mobilizou imediatamente, inclusive com sua Pastoral Universitária, para apoiar família, amigos e a comunidade acadêmica. Informa também que está colaborando com as autoridades policiais nas investigações sobre o ocorrido. Neste momento, o Instituto Metodista Izabela Hendrix solidariza-se com a família, sentindo-se também enlutado pela perda de um de seus valiosos professores."


Fonte: ESTADO DE SP


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Professora diz ter sido agredida por mãe de aluna em São José

Ela registrou boletim de ocorrência e diz que não volta mais para o trabalho



Uma professora do Centro de Educação Infantil São Luiz, em São José, na Grande Florianópolis, diz ter sido agredida pela mãe de uma aluna durante o trabalho. Nesta terça-feira, ela fez exames no Instituto Geral de Perícias (IGP).

Os funcionários da creche, que atende a cerca de 60 crianças entre dois e cinco anos, não trabalharam nesta terça-feira. A agressão teria sido na segunda-feira à tarde, enquanto a professora servia uma refeição para uma criança.

— Ela simplesmente veio e deu um soco no meu rosto, me puxou pelos cabelos, me jogou no chão, e ela batia muito forte com a minha cabeça no chão — conta a professora.

Ela diz que a mãe a teria acusado de agredir a aluna:

— Minhas colegas haviam me dito que ela estava me acusando de ter batido na filha dela. E eu jamais toquei um dedo na menina.

A professora cuida de crianças há sete anos na creche e disse que não pretende voltar ao local de trabalho. Ela registrou um boletim de ocorrência na segunda-feira na Delegacia de Forquilhinhas.

De acordo com o investigador Sérgio Safanelli, a professora e a mãe da aluna devem ser intimadas a depor. No começo da noite, a reportagem tentou ouvir a diretora do centro, a suspeita da agressão e a Secretaria de Educação de São José, mas ninguém foi localizado para comentar o caso.



Fonte: DIÁRIO CATARINENSE

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