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sábado, 18 de dezembro de 2010

A velha tática da ICAR

Igreja histórica clama por reforma


Pintura e restauração da fachada da Igreja do Rosário devem ser feitas até metade de 2011. Recuperação faz parte de acordo firmado com paróquia recentemente



Walter Alves/Gazeta do Povo

Walter Alves/Gazeta do Povo /  

História
De templo dos escravos a matriz
A atual Igreja Nossa Senhora do Rosário – Santuário das Almas carrega a história de sua antecessora, a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de São Benedito, de 1737.
Erguida por escravos e a eles destinada, a antiga construção acabou servindo de igreja matriz de Curitiba durante 18 anos, enquanto a Catedral Nossa Senhora da Luz era construída. Isso aconteceu mesmo a contra-gosto da socialite curitibana. Depois da abolição dos escravos, o santuário passou a ser conhecido como “Igreja dos Mortos”. Instalado no trajeto para o Cemitério Municipal, o local era a escolha preferida da comunidade para a realização das missas de corpo presente. O costume foi preservado na nova igreja, com a missa diária pelos falecidos das últimas 24 horas, sempre às 17 horas, e a da trintena das almas, no mês de novembro, todos os anos. Considerando a tradição foi que dom Pedro Fedalto, em seu segundo ano como arcebispo de Curitiba, determinou que a igreja também fosse chamada de Santuário das Almas. (AA)

A fachada pichada e a pintura descascada das paredes da Igreja do Rosário, no Largo da Ordem de Curitiba, expõem a quem passa pelo local parte dos cuidados que o prédio histórico da cidade necessita. A urgência de restauro da igreja, considerada Unidade de Interesse de Preservação (UIP), se agravou depois que parte do beiral esquerdo da igreja desabou, em meados de novembro passado.



Quinze dias depois do ocorrido, o padre Silvino Pedro Ra­­buske, pároco do local, recebeu a notícia de que uma empresa de tintas bancaria a pintura externa e restauro da fachada do edifício. Era Dia de Nossa Senhora da Conceição (8 de dezembro), pa­­droeira de Portugal, quando a boa-nova veio. “Temos muitas pombas que fazem ninhos e entopem as calhas. Com a chuvarada, a estrutura não aguentou”, conta o pároco.



A restauração e a pintura estão previstas no projeto Tudo de Cor para Você, desenvolvido pela Tintas Coral. O estudo de cores da fachada já foi aprovado pela Fundação Cultural de Curitiba. Além disso, a empresa garante que a restauração priorizará aspectos estéticos e de instalação, que seguirão os critérios internacionais estabelecidos na recuperação de monumentos históricos. De acordo com o padre Silvino, o início da restauração depende das condições climáticas. “É preciso parar de chover”, conta.

A expectativa é de que a restauração seja concluída no primeiro semestre de 2011, para as cerimônias em comemoração aos 65 anos da igreja. Construída sobre as ruínas da primeira Igreja do Rosário, demolida em 1931, a igreja atual foi tombada pelo município de Curitiba e mantém as características da arquitetura neocolonial. Na fachada, azulejos portugueses representam a santidade de Nossa Senhora do Rosário e uma procissão de colonos.
Restaurações
O próximo passo para finalizar as restaurações da igreja é conseguir uma parceria, por meio do programa de apoio e incentivo à cultura, para desenvolver o projeto de recuperação dos vitrais – muitos foram quebrados por vândalos. Para esse trabalho, um orçamento de quase R$ 72 mil já foi aprovado pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura.
As restaurações da igreja começaram em 2004 com recursos obtidos em campanhas de arrecadação entre a comunidade. Desde então, já foram substituídos o forro de madeira, a escada da torre e o telhado. Em 2009, os bancos receberam almofadas para ajoelhar. A igreja agora possui nova instalação elétrica e infraestrutura para sonorização, além de duas tevês LCD de 50 polegadas interligadas por computador que servem para projeção de textos e vídeos durante as missas. A sacristia, secretaria e gabinete também receberam móveis sob medidas, o órgão foi melhorado e os sinos voltaram a tocar.


Fonte: GAZETA DO POVO

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Deixar um templo histórico (mesmo que a história seja a da dominação do Vaticano sobre o Brasil) ficar "no bagaço", para que a comunidade reclame o restauro do mesmo ÀS CUSTAS DO DINHEIRO PÚBLICO, é velha prática da "Prostituta de Roma".
No Paraná, a história se repete. LÁ, AO QUE PARECE, TODAVIA, O PÁROCO TEM CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE QUE CONSTITUI O INVESTIMENTO DE DINHEIRO PÚBLICO EM TEMPLO DA ICAR, mesmo que tombado e a parceria está sendo feita com outra empresa particular.



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