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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Prefira fogos de efeitos meramente luminosos - Fazer barulho é falta de civilidade


Além de bom senso, soltar fogos de artifício nas festas de final de ano exige regras que garantem segurança e saúde


BLUMENAU - Dar as boas-vindas ao Ano-Novo com festa faz parte da tradição em todo o planeta. E, como carro-chefe nesta comemoração, aparecem os fogos de artifício. Coloridos e com diferentes formas e tamanhos, eles enfeitam o céu na noite da virada e encantam. Mas, misturados à beleza das cores, surgem foguetes, rojões e bombinhas que emitem ruídos mais altos do que o saudável para o ouvido humano. Fora a falta de bom senso de alguns, que não ligam por tirar o sossego de muita gente e até colocar vidas em risco.

Para a audição, o limite de nocividade é 85 decibéis (dB). Para se ter uma ideia, um aspirador de pó emite cerca de 90 decibéis de ruído. A partir de 110 dB é a faixa de desconforto. Acima de 140 dB é considerado prejudicial. O som emitido por rojões ultrapassa – e muito – o índice de nocividade. Dependendo do modelo do foguete e da distância que a pessoa está, o som emitido chega a 160 dB.


– A cóclea do nosso ouvido tem 21 mil células sensoriais que nos ajudam a ouvir. Com a explosão desses rojões e dependendo da distância que a pessoa está, até mil células morrem. Célula que morre não se regenera. Nosso ouvido tem um sistema de segurança, mas ele leva 0,3 milisegundo para ser acionado. O estouro do rojão é bem mais rápido – explica o otorrinolaringologista Ruysdael Zocoli.



O médico informa que, quando as células morrem, ocorre um trauma acústico. É como quando a pessoa trabalha em um ambiente ruidoso e está exposta ao barulho constantemente. Para quem vai assistir a um show de fogos, a dica é usar abafadores, que ajudam a diminuir o som. A lesão ocorre quando o barulho estridente é repentino.



Cães e gatos têm ouvidos mais sensíveis que seres humanos



Animais sofrem ainda mais com a barulheira provocada por foguetes, rojões e bombas, já que eles têm a audição muito mais apurada do que a nossa. A médica veterinária Monica Martines Castilho Burza conta que, por conta do medo, há casos de animais que pulam cercas e janelas, ficam presos em grades de portões e saem correndo pelas ruas, desnorteados, correndo risco de atropelamento. Ela orienta colocar algodão nos ouvidos do cachorro ou gato para abafar o barulho.



– Também podem ser usados calmantes naturais, como melissa e maracujá. E animais que têm histórico de convulsão devem ter a medicação reforçada porque o medo pode desencadear uma crise.



Outra dica é deixá-los em um quarto fechado, onde os riscos de acidentes são menores. A companhia de alguém da família também pode ajudá-los a se sentir mais seguros.



PRISCILA SELL
Fonte: JORNAL DE SC

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