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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Nada como um povo politicamente consciente!

Greve contra medidas fiscais gera confrontos entre policiais e manifestantes na Grécia

O oitavo dia de greve na Grécia com grandes protestos nas ruas de Atenas gerou duros confrontos entre manifestantes e policiais e uma área do Ministério das Finanças foi incendiada com coquetéis molotov.
Segundo a polícia, cerca de 15.000 pessoas saíram às ruas na capital grega em duas mobilizações, uma organizada pelos comunistas e outra pelos dois principais sindicatos gregos.
Em Tessalônica, no norte do país, também houve enfrentamentos entre jovens e as forças da ordem em frente à sede da autoridade regional, ponto de concentração dos cerca de 20.000 manifestantes, de acordo com a imprensa.
As tropas de choque recorreram ao uso de gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para dispersar a multidão reunida diante do Parlamento grego, segundo imagens do canal de internet Zougla.gr.
Em outro incidente, o ex-ministro dos Transportes e ex-comissário europeu, o conservador Kostis Hatzidakis, foi atingido por manifestantes quando caminhava por uma das avenidas do centro da cidade.
Grupos de radicais encapuzados atiraram bombas que atearam fogo a uma área do Ministério das Finanças e no primeiro andar de um edifício na praça Sindagma.
Vigiadas de perto pelas tropas de choque que cercaram os arredores dos edifícios públicos para evitar incidentes, milhares de pessoas compareceram às manifestações convocadas pelos sindicatos majoritários em toda a Grécia.
Os protestos acontecem em meio a uma greve geral de 24 horas contra as medidas de austeridade do governo que paralisou o país e da qual participam também os jornalistas, o que faz com que a difusão de notícias seja escassa.
Um grupo da juventude do partido parlamentar da Coalizão de Esquerda (Synaspismos) pendurou um imenso cartaz em frente ao Ministério das Finanças que dizia "Não à Idade Média trabalhista".
Próximo à reitoria da Universidade de Atenas, a cerca de 400 metros do Parlamento, os policiais foram recebidos com uma chuva de pedras e responderam com gás lacrimogêneo e golpes. Os confrontos entre manifestantes e a Polícia continuava corpo a corpo pelas avenidas e as ruas adjacentes ao núcleo da manifestação.
Participantes dos protestos atearam fogo em dezenas de contêineres de lixo e quebraram vitrines de lojas e agências bancárias. Testemunhas denunciaram que a Polícia atacava até transeuntes e batia em pessoas que observavam os incidentes.
"Ladrões. Ladrões. Devolvam o dinheiro do povo", "Não pagaremos. Não pagaremos. Que seja a plutocracia que pague", gritavam os manifestantes em direção aos 300 parlamentares da Câmara e em sinal de ira contra a corrupção dos políticos.
Segundo o canal privado "Zougla.gr", a Polícia realizou as primeiras prisões nos arredores da praça central.
CRISE
Em maio, a UE e o FMI fecharam um acordo de resgate financeiro de 110 bilhões de euros (R$ 256,3 bilhões), válido por três anos, para salvar a economia da Grécia, que enfrentava o risco de um calote da dívida devido à sua grave situação fiscal.
A Grécia planeja reduzir seu deficit público em 2011 para 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Em 2009, o número chegou a 15,4% do PIB.
Os esforços da Grécia em cortar gastos gerou greves e protestos violentos no país ao longo deste ano. Outros países da zona do euro em grave situação fiscal, como Irlanda e Portugal, são alvos em potencial de novos resgates financeiros.
Ao finalizarem a sua segunda revisão do programa econômico grego, as equipes da UE, do FMI e do Banco Central Europeu emitiram nota afirmando que o país está "no caminho certo" e que esperam uma "virada" na economia do país em 2011.
No entanto, embora elogiem os cortes de gastos feitos, as equipes destacam que os esforços da Grécia podem ser menores do que o exigido para o país sair da crise. 

Fonte: FOLHA DE SP

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Não nos esqueçamos de que a Grécia é considerada o berço da democracia, assim como de que "plutocracia", a que se referiu o povo grego é o regime onde mandam os mais ricos, isto é, os banqueiros, as grandes empresas e seus parceiros.
Obviamente, aqui no Brasil, temos o mesmo mandonismo de grupos enriquecidos inescrupulosa e impunemente à custa do povo.

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