Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



domingo, 2 de dezembro de 2012

Rede de organizações mostra divergências internas na comunidade judaica



International Jewish Anti-Zionist Network faz duras críticas à atual política do Estado de Israel
 
 
O Estado de Israel e o movimento sionista utilizam a história do povo judeu de perseguição e genocídio para justificar o massacre e a colonização que realizam há 67 anos contra os palestinos, mas nem todos os judeus concordam com isso. Este é o princípio fundamental da International Jewish Anti-Zionist Network, rede de organizações compostas por membros da comunidade judaica em diversos países do mundo, que está presente no Fórum Social Mundial Palestina Livre em Porto Alegre durante esta semana.

O Opera Mundi conversou com as ativistas Sara Kershnar e Mich Levy, responsáveis pela formação do movimento há cinco anos, sobre os ideais, o funcionamento e o trabalho em rede que realizam.

A organização teve início logo após o período da segunda intifada e, de acordo com Kershnar, seus princípios nasceram do questionamento trazido pelo movimento de libertação palestino da época. “Nós éramos contra os 65 anos de ocupação e os acordos de Oslo, mas tínhamos muita dificuldade de nos organizar e a rede vem dessa necessidade de estarmos unidos para poder fazer algo de fato”, conta Levy que morava em Jerusalém.

Direito de retorno dos refugiados de 1948, justiça, direitos iguais e a criação de um Estado democrático para todos os povos – e não um Estado para o povo judeu - se tornaram os eixos para o estabelecimento da rede. “A libertação da Palestina e a luta contra o sionismo são nossas principais metas, mas nós também apoiamos outras causas anti-discriminatórias”, acrescenta Kershnar.

Apesar de seus ideais igualitários, o movimento é constituído apenas por membros do judaísmo. “Como judeus, nós temos nossa própria discordância com a ideia do sionismo. Nós não acreditamos que um povo possa encontrar segurança estando sozinho e sendo agressivo contra outras populações”, explica Kershnar.

Segundo as ativistas, a organização tem a necessidade de mostrar à própria comunidade judaica que os sionistas e o governo israelense não podem os representar. “Muitas pessoas se sentem isoladas na comunidade religiosa, em sua família e rede de amigos. Quando eles conhecem o nosso trabalho, eles se identificam e isso constrói uma confiança para se posicionarem também”, afirma Levy.

O futuro do movimento anti-sionista, na análise das fundadoras da organização, é muito positivo. De acordo com Kershnar, o número de judeus contra a política segregacionista israelense está crescendo e deve aumentar ainda mais com a intensificação do fascismo das autoridades do país.

“Eles apagam toda a parte da nossa história que não cabe em seu programa. Eles não nos reconhecem como judeus e nos chamam de dissidentes”, acrescenta ela. “Isso tem que acabar”.

Fonte: OPERA MUNDI

Nenhum comentário: