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sábado, 20 de junho de 2015

EFICIÊNCIA E CORRUPÇÃO - PÚBLICO E/OU PRIVADO?

O discurso mais persistente e menos consentâneo com a realidade, diz respeito à suposta eficiência das empresas privadas, em detrimento dos serviços públicos.
Na verdade, o crescimento de grandes grupos, como a Odebrecht e a Andrade Gutierres, para muitos fruto de eficiência administrativa, em verdade decorrem de maracutaias envolvendo dinheiro público e alianças espúrias com políticos de todas as "ideologias".
As investigações da Lavajato estão a evidenciar tal realidade.
Aqui mesmo em Florianópolis, conheço vários empresários, tidos por bem sucedidos, que só cresceram e se firmaram, no mercado de automóveis, por exemplo, à custa de muita sacanagem e propinas, além da tradicional aliança entre eles, para superfaturar produtos e serviços e da escandalosa manipulação de licitações.
Quanto à acusação de envolvimento de lideranças do PT com as duas empreiteiras citadas, cumpre dizer que em nada difere do que ocorria antes da era Lula. Só alguém muito ingênuo pode acreditar que em governos - federais, estaduais e municipais - de partidos cujos programas são manifestamente pela privatização não acontecia nada do que se vê nos corruptos governos do PT. 
Basta lembrar de SC sob o governo do PMDB, onde o caso MONTREAL apontou para o envolvimento direto do vice-governador Eduardo Pinho Moreira. E seria lógico imaginarmos que o governador não sabia de nada sobre a maracutaia orquestrada pelo seu vice? E não pensem que estou a apontar o dedo apenas para o PMDB. No governo AMIN e de muitos outros acontecia a mesmíssima sacanagem.
Mas, do jeito como as coisas eram colocadas até bem pouco tempo, parecia que só nos poderes públicos há corrupção e que a iniciativa privada é território de pura probidade.
Onde há corruptos, há corruptores, por óbvio.  Aliás, penso que o vício da corrupção, à caça de lucros, atinge principalmente os empresários. Eles atiram-se aos cofres públicos com uma fome desmedida e imoral, levando de roldão os que ocupam cargos públicos e não sabem resistir à tentação do ganho fácil.
Quando falo em empresários não refiro-me apenas aos que como tal se reconhecem, mas também aos falsos: a Igreja Católica, v.g, que abocanha, com frequência e descaramento inigualáveis, polpudos recursos públicos, sob pretexto de preservação da cultura e do patrimônio histórico. A cada 2/3 anos, o golpe é repetido, porque os restauros de templos são feitos de forma a mostrar-se obra de fancaria dentro de pouco tempo, de tal sorte (sorte dos corruptos) que são demandadas novas medidas para conservação e, portanto, mais sangria de dinheiro público, já que o Judiciário (estadual e federal) é conivente com tais sacanagens. 
Como se vê, ninguém é impoluto, quando se trata de mamar nas tetas do Estado e a suposta eficiência privada não passa de debochada falácia.
Logo...pobres dos cidadãos contribuintes.

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