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quinta-feira, 16 de julho de 2015

DAVI OLIVEIRA RECEBE PRÊMIO IMPORTANTE - Sensor ajuda a medir a qualidade do pescado

Criei-me comendo peixe fresco e reluto, cada vez mais, em ir ao mercado público ou às peixarias comprar os que estão expostos, por saber que são conservados com produtos químicos, que mascaram seu estado de conservação. Sei de muitas pessoas que possuem a mesma preocupação que eu, quanto à qualidade dos pescados e moluscos ofertados ao nosso consumo. 
A invenção do jovem Davi é digna dos melhores encômios.

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Davi Oliveira, premiado no Jovem Cientista, usa biotecnologia para verificar se peixes estão próprios para consumo

Para medir a qualidade dos peixes, os nutricionistas orientam observar a cor da carne, o cheiro e se os olhos do animal não estão embaçados. No entanto, a medição humana é pouco precisa e há o risco de o peixe estar impróprio para consumo. Sabendo dessa dificuldade, o estudante mineiro Davi Oliveira, 21 anos, observou que as escolas praticamente não oferecem peixe na alimentação dos alunos, apesar de seu alto valor nutricional. “São dois problemas interligados: a baixa presença de produtos da pesca nas escolas e a dificuldade de controle de qualidade dos alimentos. O peixe é altamente perecível e pode se deteriorar nas etapas de manipulação, transporte ou armazenamento”, afirma Davi.

Em busca de uma solução, o estudante de Engenharia de Bioprocessos desenvolveu um biossensor de baixo custo que promete ajudar as instituições a medir a qualidade do pescado com mais precisão. A pesquisa, 2ª colocada na categoria Ensino Superior do Prêmio Jovem Cientista, apresenta um pequeno dispositivo que, em contato com o alimento, produz um sinal elétrico ao detectar a presença de aminas biogênicas, ou seja, bases orgânicas tóxicas que, em grande quantidade, podem causar intoxicações alimentares.

“O biossensor poderá ser muito útil não apenas para monitorar a carne do pescado, mas também outros tipos de carnes, como as bovinas, suínas e de aves. O dispositivo pode auxiliar vigilantes sanitários, produtores, consumidores e revendedores dos alimentos, evitando assim a comercialização de alimentos impróprios para o consumo”, diz o graduando da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais. “Procuramos também desenvolver um dispositivo de baixo custo e acessível a todos aqueles que necessitarem de um controle mais rígido da carne, garantindo alimentos de maior qualidade e com mais segurança. Esperamos que, assim, alimentos com importância nutricional, mas perecíveis, como o pescado, possam chegar mais facilmente a lugares onde fazem falta, como as escolas”, defende.

Durante a pesquisa, Davi encontrou alguns obstáculos. “Nem tudo saía como o planejado. Às vezes era necessário repetir o procedimento, mudar a técnica, e isso exigia muita perseverança, paciência e dedicação”, diz. Apesar da rotina intensa na faculdade, Davi conta que desenvolver um experimento útil para a sociedade é muito gratificante. “Ver seu projeto em funcionamento e apresentando resultados é muito bom. Esse foi meu primeiro projeto de pesquisa. Agradeço muito ao meu orientador, Alvaro de Queiroz, que me guiou e me ensinou da melhor maneira possível como se desenvolver uma pesquisa científica".

Ao escolher o estudo de Engenharia de Bioprocessos, Davi levou em conta a interdisciplinaridade do curso, que envolve áreas exatas e biológicas, cujos conhecimentos podem ser aplicados tanto nas pesquisas cientificas quanto no campo da indústria e tecnologia. “Quando li sobre o curso me interessei muito, porque se tratava de uma área do conhecimento nova que, na minha opinião, apresentava um grande potencial, algo que fugia dos cursos mais tradicionais”, diz. “Agora que estou no curso, acredito que me encaixo na área de controle de qualidade, que tem uma importância imensa para aproveitar o melhor de cada alimento”, afirma.

Davi planeja continuar desenvolvendo projetos e adquirir cada vez mais experiência na área que escolheu. Para ele, ser um dos vencedores do Prêmio Jovem Cientista é uma grande responsabilidade e o impulsiona a continuar buscando novas soluções. “Ser um Jovem Cientista é uma grande honra. Trouxe um sentimento de que posso e devo continuar me dedicando e, quem sabe, desenvolver mais projetos de utilidade para a sociedade”, finaliza.
 
Davi Oliveira desenvolveu um biossensor de baixo custo para ajudar as instituições a medir a qualidade do pescado com mais precisão (Foto: Divulgação)

Fonte: http://epoca.globo.com/

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