Cético critica associação entre conhecimento científico e ateísmo
Para Radford, é contraproducente
forçar as pessoas a terem um lado
Benjamin Radford (foto), 41, editor da revista americana Skpetical Inquirer, criticou os divagadores da ciência — tendo à frente o biólogo britânico Richard Dawkins — que associam o conhecimento científico ao ateísmo. “Discordo de Dawkins”, disse. “Forçar as pessoas a escolherem um lado, ou a ciência ou a religião, pode ser contraproducente.”
De passagem pelo Brasil, Radford, que diz ser um “cético profissional”, afirmou que não lhe agrada a postura binária do “estar comigo ou contra mim”. Disse que não faz nenhuma restrição a quem for religioso e nem tentará convertê-lo à descrença. Afirmou que conhece céticos que, embora rigorosos com tais, acreditam em Deus.
Ele admitiu que Dawkins tem feito um “trabalho fantástico” ao explicar ao grande público a teoria da evolução, principalmente porque o sistema educacional não está estimulando a ciência nem o pensamento crítico.
"Uma coisa que claramente não está dando certo é a educação", disse, conforme relato de Reinaldo José Lopes, da Folha de S.Paulo. “Precisamos fazer com que o pensamento crítico seja uma ferramenta para a vida, ensinada nas escolas, como parte integrante das disciplinas."
Formado em psicologia, Radford nasceu no Novo México, Estados Unidos. Ele investiga supostas ocorrências extraordinárias, como pessoas que afirmam ter sido abduzidas por extraterrestres e relatos sobre supostos monstros que chupam sangue de animais na América Latina — os chupa-cabras. Um dos seus livros se chama “Em Busca do Chupa-cabras: A Fera Vampira como Fato, Ficção e Folclore”.
Afirmou que as pessoas sempre vão acreditar em “maluquices”, porque isso faz parte da natureza humana.
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