Holmes pode ter agido sob o domínio do diabo, na versão do padre
Se a Justiça dos Estados Unidos aceitasse argumentação extraordinária, os advogados de James Holmes (foto), o autor do massacre de 12 pessoas em um cinema de Aurora (Colorado), poderiam recorrer ao testemunho do padre Dwight Longnecker, para quem a violência foi cometida talvez porque o rapaz estivesse endemoniado.
Por essa possibilidade, a culpa pela matança recairia sobre uma entidade sobrenatural. E Holmes ficaria livre após passar por uma sessão de exorcismo.
Em seu blog, ao examinar as possíveis motivações do massacre, Longnecker escreveu que a possessão demoníaca “é uma doença rara, estranha e terrível” que afeta a "psico-espiritualidade" das pessoas.
Argumentou que se trata de um “fenômeno real”, mas complexo porque pertence ao “reino demoníaco”. Disse que se trata de uma doença de difícil diagnóstico, porque o ser humano é composto por um “organismo complexo em que os aspectos físicos, mentais e espirituais estão interligados”.
Ou seja, o padre explicou, explicou, mas não explicou nada.
Já era de se esperar que surgisse um religioso para dizer que o massacre foi coisa do Satanás. A surpresa ficou por conta da “explicação científica” do padre sobre a possessão demoníaca.
Ao que tudo indica, Holmes sofre de esquizofrenia, porque ele estava se tratando com uma psiquiatra especializada nesse tipo de transtorno.
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