Aqui em Florianópolis e muitas outras cidades do Brasil, as festas do Divino Espírito Santo e do Senhor Bom Jesus dos Passos, dentre outras de cunho cultural/"religioso", prestam-se a safadezas bem semelhantes às do nordeste, sob o olhar complacente do Ministério Público, embora os valores sejam bem mais modestos.
-=-=-=-=
Uma operação da Polícia Federal, do Ministério Público da Paraíba e
da Controladoria Geral da União (CGU) deflagrada nesta quinta-feira
prendeu três prefeitos de cidades paraibanas acusados de
superfaturamento em contratos de festas como o São João e o Carnaval.
Batizada de Operação Pão e Circo, a ação da PF tem como objetivo
desarticular uma quadrilha que desviava recursos públicos em 13 cidades
paraibanas em valores que passam dos R$ 65 milhões.
Segundo a PF, a operação consiste no cumprimento de 93 mandados
judiciais, sendo 65 de busca e apreensão, 28 de prisão temporária, cinco
de condução coercitiva, além de ordens de sequestro de bens móveis e
imóveis. As investigações tentam comprovar a existência de uma rede que
desviava recursos públicos federais, estaduais e municipais destinados a
custear a realização de eventos festivos em diversos municípios do
Estado da Paraíba.
Os investigados fraudavam licitações e processos de inexigibilidade
de licitação através da utilização de empresas fantasmas e documentos
falsos, contando com a efetiva participação de servidores públicos e, em
alguns casos, dos próprios prefeitos municipais, para operacionalizar o
esquema.
As fraudes envolviam contratações para eventos festivos, shows
pirotécnicos e montagem de estruturas para eventos. As irregularidades
concentravam-se, sobretudo, em festividades como emancipações políticas,
São João, São Pedro, Carnaval e Ano Novo. Além dos prefeitos, que não
tiveram os nomes divulgados pela PF, três secretários municipais também
foram presos durante a operação.
Dos 65 mandados de busca e apreensão, 13 devem ser cumpridos na sede
das prefeituras de Cabedelo, Sapé, Solânea, Jacarau, Itapororoca, Boa
Ventura, Alhandra, Mamanguape, Mulungu, Santa Rita, Conde, Cuité de
Mamanguape e Capim.
Devido à complexidade do esquema de fraudes, foram feitas duas
investigações paralelas e simultâneas: uma pelo Ministério Público
Estadual da Paraíba, para apurar o desvio de recursos públicos
municipais e estaduais e outra, da Polícia Federal, para apurar o desvio
de recursos públicos federais destinados aos municípios contemplados
com as verbas repassadas.
Os investigados devem responder, na medida de suas participações, por
fraude a licitações, corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia
administrativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário