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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Linguagem do universo dos cavalos

DE A CAVALO (Ver CRASE e DE A PÉ)

- HOMERO DA COSTA ARAÚJO - Por detrás das taipas - Edit. Insular/Fpolis-SC/2005, p. 59, registrou o uso da expressão de acavalo.

- O Estado de São Paulo (http://www.estadocom.br/redac), sugere aos seus colaboradores falando sobre Ir a ou ir de, em relação ao cavalo, seja adotada a fórmula ir a cavalo, não de cavalo ou, pior ainda, de a cavalo.

- O hábito de usar a construção em destaque foi herdado dos povos de língua espanhola. Compulsando –se o Manual de Hípica, editado pela Sociedade Hípica Britânica e Pônei Clube (Editorial Blume S.A/Barcelona-Espanha/1985, p. 96), lê-se: Todo buen jinete deseará ser un buen “hombre de a caballo” (...)

- Vou de a cavalo (...) - APPARICIO SILVA RILLO – Raspa de Tacho 2 – Tchê Edit. Jornalística Ltda/P. Alegre-RS/1983, p. 34.

DE A PÉ (Ver DE A CAVALO, PEÃO e PINGO PRETO)

- Cabe aqui aduzir as declarações de Loelia, duquesa de Westminster, a observar, associando valor pessoal a conforto material: “Qualquer pessoa que, depois dos trinta, anda de ônibus, foi um fracasso na vida” - OLIVER THOMSON – A assustadora história da maldade - Ediouro Publicações S/A – RJ/2002, p. 27. Assim o era também em relação ao indivíduo que se via na contingência de andar, na época em que o meio de locomoção mais valorizado era o cavalo, “de a pé”.

- (...) Não vou vortá pra casa “de a pé”, de jeito nenhum. E eu sou lá “hôme”de andá de a pë ? (...) - HOMERO DA COSTA ARAÚJO - Prosa de galpão - Editora Insular – Florianópolis/SC – 2004, p. 44.

- (...) O que houve que chegou de a pé? Por acauso o pampa véio deixou o compadre na mão? (...)– HOMERO DA COSTA ARAÚJO – Prosas de galpão - Editora Insular Ltda/Florianóplis-SC/2004, p. 47.

- (...) saiu a passos trôpegos pelo caminhozinho pedregoso, levando os seus arreios de campeiro para vender ao primeiro que lhe desse vinte ou trinta mil réis. Cortava assim o último tento que o prendia à vida passada. Curvava-se à fatalidade, cedendo a um desígnio doloroso de gaúcho “de a pé”.CYRO MARTINS - Porteira Fechada - Edit. Movimento/ P. Alegre-RS/1986, p. 95.

DE ARREPIO

- Diz-se do salto executado em sentido contrário ao determinado pela sinalização do obstáculo, ou seja, com a bandeira branca à direita ou vermelha à esquerda. Em competições da ABHIR constitui fator de desclassificação – Regulam. Geral, art. 13, item 13.

DE BICO BAIXO

- Diz-se do animal que, cansado do serviço, baixa a cabeça. Ocorre, freqüentemente de, junto com o baixar a cabeça, o animal abrir as orelhas, deixando baixar, também, um pouco, o pênis, quando se lhe permite um certo relaxamento.

DE BRIGAR DE FACA

- Cavalo que é bom de rédea, de tirar boi do rodeio com o bico da bota. Flete de desafio, ágil, nervoso. Dito, também, cavalo de apartar lambari em correnteza! http://64.233.187.104/search?q=cache:WJ1dwe8Cy2QJ:www.gohorse.com.br/emfoco.asp+andareco&hl=pt-BR

DE CABO A RASTO

- Animal de montaria que se encontra largado, abandonado - VALDOMIRO SILVEIRA, obra citada, p. 163.

DE EM PELO (Ver BAREBACK RIDING)

- Cavalcare a bardosso (ou a bisdosso), em Italiano.

- (...) E o chimango ali se via,/Numa égua velha de em pelo, /atacando o sinuelo (...) - AMARO JUVENAL (pseudônimo de RAMIRO BARCELLOS) - Antônio Chimango – Artes e Ofícios Editora/P. Alegre-RS/2000, pág. 42. A expressão significa sem arreio, ou sela de montaria, às vezes com um pelego.

- (...) E os rodeios, que saudades,/Onde contigo, d'empelo (...) - JAIME CAETANO BRAUN - Potreiro de Guachos (poesia Petiço Baio) - Editor Martins Livreiro/P. Alegre-RS/1969, p. 84.

- (...) Na sanga vai nadá, indo de em pelo e sem roupa é capaz de dá (...) - IVAN PEDRO DE MARTINS - Fronteira Agreste - Edit. Movimento/P. Alegre-RS/1981, p. 63.

DE PALHAÇO

- Aquele que acompanha o parelheiro nos seus exercícios na cancha, que se faz de palhaço, de adversário de mentira. Cavalo mestre de cancha, geralmente montado pelo Compositor que dá as ordens, ao lado do Variador, no outro trilho da cancha. http://64.233.187.104/search?q=cache:WJ1dwe8Cy2QJ:www.gohorse.com.br/emfoco.asp+andareco&hl=pt-BR

DE PÉ NOS ESTRIBOS (Ver CRUZAR ESTRIBOS e ESTRIBOS)

- ISABEL LUSTOSA - D.. Pedro I/Um herói sem caráter – Companhia das Letras – SP-SP/2006, p. 153: (...) SEGUNDO O PADRE Belchior, de pé nos estribos ele teria afirmado que a divisa do Brasil seria “Independência ou morte”.

DE PONTA A PONTA (Ver PONTEIRO)

- Diz-se da vitória de determinado animal de carreira que arranca na liderança e ali permanece até o fim da raia.

DEAD-HEAT (Ver FOTOCHART)

- Igualdade de chegada à meta, verificada mediante o exame da fotografia da última fase (Palavra de carreira). Chegada simult6anea de dois cavalos à meta. Cabeça com Cabeça. - http://teleline.terra.es/personal/b0514b/glosario.htm

DEAMBULAÇAO DIFÍCIL (Ver CÁLCIO, CARA INCHADA e OSTEOMALÁCIA)

DEBRUÇADO (Ver RECUADO)

- Diz-se do cavalo desequilibrado para a frente, ou seja, que apresenta conformação em que os membros posteriores são maiores, ou seja, elevam a garupa, avançando o centro de gravidade.

DEBUTANTES (Ver CAVALOS NOVOS)

- Cavalos –Regulamento Nacional de Dressage, da Fed. Eq. Portuguesa, art. 432, item 2.

DEDO DO PROFETA (Ver GOLPE DE LANÇA)

DEDO GRANDE NO ESTRIBO

- (...) outros, metidos nos capotes e sob largos sombreiros, não usam sapatos nem botas; metem o dedo grande no estribo e, carregando fortes e pesadas esporas nos calcanhares nus, não constituem as menos notáveis dentre essas figuras extravagantes. (...) - ALUÍSIO DE ALMEIDA - Vida e morte do Tropeiro – Livraria Martins Editora/SP/1971, p. 71.


DEFEITO OCULTO (Ver VÍCIO REDIBITÓRIO)


A boa-fé

O mundo de hoje, em crise moral, carece de gente que aja costumeiramente de boa-fé. Na vida pública ou na vida privada, é preciso dar adesão espiritual à verdade, dizer aquilo em que se acredita para merecer confiança. Assim, poderemos cumprir a recomendação, simples e boa, expressa na bandeira nacional: viver em ordem e progresso. Cada vez mais, os profissionais do direito (juízes, Ministério Público, procuradores, advogados) são chamados a aquilatar a boa ou a má intenção nos negócios e na vida.
O Novo Código Civil dá relevo especial à boa-fé: a) na interpretação dos negócios jurídicos (art. 112); b) no princípio fundamental dos contratos, boa-fé objetiva (art. 421) e; c) na limitação do exercício de um direito (art. 187). É o estabelecimento do dever de ser correto, tanto na formação quanto na conclusão, e até na execução do contrato.
A novidade é tornar a boa-fé objetiva integrante dos contratos. Não é apenas a subjetiva fidelidade à consciência do contratante. Assim, questionado o contrato, o julgamento do Juiz deve ater-se aos aspectos sociais, o padrão ético de conduta, usos e costumes locais. Em um país continental, rico e injusto, como pode um juiz interpretar a boa-fé dos excluídos?
O Novo Código Civil estabelece a boa-fé como preceito, como norma de agir, visando à necessária relação entre o contrato e a verdade, a bona fides, exigência como condição de licitude. A lei não admite astúcia que prejudique, antes impõe um esforço à retidão e lealdade.
A formalidade perde terreno em favor do verdadeiro para que se mantenha o que Dante Alighieri (1265-1321) dizia ser “a harmonia das vontades”.
A lei procura dar um sentido positivo, obrigar a semelhança ou identificação do negócio com a realidade, evitando essa patologia da conduta humana que é a má-fé.
Quem age de boa-fé, ainda que possa estar equivocado, exclui de sua ação a mentira. Só tem boa-fé quem respeita a verdade, atua com a convicção de não estar violando a lei, nem prejudicando ninguém.
As manhas do povo cigano são de conhecimento popular. Quando menino, em Nova Cruz, ouvi a história de um cigano que oferecia trocar um belo cavalo pedrês por uma mula maltratada. O dono da mula examina o cavalo procurando descobrir algum defeito. Interroga. O cigano lhe responde que o defeito está na vista. Não encontrando qualquer defeito, o negócio é fechado e o cigano vai embora. No dia seguinte, o “feliz” fazendeiro descobre que o defeito estava na vista: o cavalo era cego.
Era o defeito oculto. A conformação entre o que dizia o cigano e a verdade era apenas formal, usou o cigano do duplo sentido da palavra para enganar.
Ninguém tem a liberdade de agir de má-fe, a tranqüilidade de considerar válido um contrato em que enganou o outro que agiu de boa-fé. O importante é que as partes pensem ser verdadeiro o que afirmaram, acima de todo o interesse, além de qualquer vantagem.
O que a lei está a exigir é a conduta leal, a ausência de fraude e até mesmo de malícia, o proceder sem dolo e sem engano. Todavia, deve-se partir do princípio de que todo homem é honesto até que se prove o contrário, ou seja, sempre se presume a boa-fé. Quem alegar o contrário que venha provar.
O fato de se querer levar vantagem em tudo, popularmente conhecida no Brasil como a “lei de Gerson”, já não é indício de violação da boa-fé?


Diógenes Da Cunha Lima
é presidente da Academia Norte-rio-grandense de Letras

http://www.defato.com




DEGOLA DE CAVALOS

- (...) Mazagão era o nome. As muralhas e os torrões da "cité portugaise" são ainda hoje impressionantes e constituem - logo a seguir à cisterna, que mais parece catedral submersa - razão bastante para ficar dois dias em El Jadida.
Em 1769, os habitantes da praça - assediados por vagas de Berberes - embarcaram à pressa. De Mazagão levaram só o nome para a nova vila que em terras do Brasil fundaram. Queimaram as mobílias, degolaram os cavalos, destruíram o que puderam. Vivo, na praça, deixaram só um guardião do ódio português: um suicida disposto a acender a mecha que iria fazer explodir a cidade, logo que bem cheinha de Mouros. Centenas deles ali ficaram - pastas de sangue, homem e cavalo confundidos.
Mazagão - lugar maldito - ficou abandonado, até que os Judeus de Azamor lá se foram instalar, em princípios do século XIX. Também estes se foram, deixando só os muros da sinagoga e alguns maus canhões de ferro com a estrela de David.. (...)

– http://virtual.inesc.pt

DEGOLADURA

- Degoladura f. Zoot. Depressão muito pronunciada que se nota em alguns cavalos na reunião do pescoço com o garrote, e que é vulgar no pescoço de cervo.

- http://letratura.blogspot.coml

DEITAR-SE NA ÁGUA

- Alguns eqüídeos, quando se encontram enclhados e montados, ao serem leavados a vadear um curso dágua, param e procuram, sem a manor cerimônia, deitar-se nas águas refrescantes.

- O cavalo de Hercílio Luz - então Governador de SC – no meio do passo, sente vontade de tomar banho, “nas límpidas águas que correm serenamente”, segundo palavras de um dos viajantes.
Dispensando a permissão governamental, o cavalo deita-se “filosoficamente”, nas águas plácidas do regato.
Pasmam todos, receando que o Governador esteja ferido. Vendo-o rir do incidente, a comitiva faz o resto da travessia cmentando gostosamente o ocorrido.

- CELESTINO e SÉREGIO SACHET - Santa Catarina – 100 anos de História – 1997, vol. 1, p. 230.

DELANTERO

- La parte delantera de un cuero vacuno o equino. Cuando se refiere a un cuero vacuno, consiste en el cuello y las garras delanteras. Cuando se refiere a un cuero equino, consiste en la parte delantera del cuero hasta unos dos tercios del mismo.

- http://www.cueronet.com

DELEGADO TÉCNICO

- Pessoa encarregada de fiscalizar competição eqüestre internacional, zelando pela observância das regras do esporte. Normalmente provém de país diverso daquele que sedia a competição.

DEMÉTER (Mitologia grega)

- (...) A história de Deméter se confunde com a da criação do mundo. Filha de Cronos (Saturno) e Ops (Réia), irmã de Zeus (Júpiter) e Hera (Juno), ao contrário destes dois, não escapou da insanidade de seu pai e foi por ele devorada assim que nasceu. Durante anos esperou dentro do ventre paterno, crescendo junto aos outros irmãos, Poseidon (Netuno), Hades (Plutão) e X(Vesta), até ser libertada por Zeus, que tomara o lugar do pai no Olimpo.
Livre, a dourada Deméter pôde passar a exercer suas funções, protegendo os campos e os pomares, indiferente ao encanto que produzia em homens e deuses. Dentre todos os que a cortejavam, Netuno não aceitou a recusa e passou a persegui-la de tal forma que seu último recurso foi transformar-se em uma égua, indo se refugiar em um bando de cavalos que pastavam. O deus percebeu o truque e também juntou-se ao grupo na forma de um cavalo. Sob este disfarce, possuiu Deméter.(...)

- http://www.areliquia.com.br

DEMÔNIO

- (...) Um demônio, mais alto e mais terrível do que os outros, estilhaçou o portão de um só golpe (gritou o nome da mulher, fazendo-a levantar do seu esquife, após o que a arrastou para fora da igreja e, insensível aos seus gritos desesperados, disparou com ela a galope num cavalo negro (...)

- Relato de Guilherme de Malmesbury, historiador do século XII, sobre a "Bruxa de Berkeley", in História da Feitiçaria, de JEFFREY BURTON RUSSEL - Edit. Campus Ltda/RJ/1997, p. 50.

DENTADA (Ver COICE, CORCOVO, DISPARAR, EQÜINOFOBIA, HIPOFOBIA e MORDER O FREIO)

- (...) uma dentada do colhudo do general, que lhe levou parte do traseiro (...) - APPARICIO SILVA RILLO - Raspa de Tacho 2 - Tchê Edit. Jornal. Ltda/P. Alegre-RS/1983, p. 92.

- Eu tive um PSI, alazão e colhudo, brabo que só ele, que bocou meu caseiro pela pele das costelas e o levantou no ar, arrancando-lhe uma tira de epiderme. Fazia isto e também coiceava violentamente, quando estava comendo no coxo e alguém dele se aproximava, fosse para escová-lo, fosse para limpar a baia. Acabei, por falta de confiança, vendendo-o para um amigo, avisando-o (sobretudo porque tinha crianças) das referidas baldas. Algum tempo depois aquele veio a passá-lo à frente, mas sem avisar o novo proprietário, cujo caseiro foi morto por um coice duplo do malvado.

DENTES (Ver RESTAURAÇÃO DE DENTES FRATURADOS)

- A feitiçaria da Idade do Bronze na Europa setentrional era semelhante à feitiçaria do mundo inteiro: um cemitério revelou uma mulher da idade do Bronze, possivelmente uma feiticeira, sepultada com uma pata de lince, os ossos de uma doninha, vértebras de serpente, dentes de cavalo, um galho de sorveira brava, uma lâmina quebrada de faca e dois pedaços de pirita; segundo parece, acreditava-se que tudo possuía qualidades mágicas. (...)
- JEFFREY BURTON RUSSEL - História da Feitiçaria - Edit. Campus Ltda/RJ/1997, p. 31.

- Cleópatra não gostava da calvície de Júlio César, e o obrigava a usar fórmulas à base de rato doméstico cozido, dente de cavalo, gordura de urso e medula de cervo (...)

- http://www.jmarcosderm.med.br

DENTIÇÃO (Ver RESTAURAÇÃO ...)

- O cavalo só a completa aos seis anos de idade. O macho chega a possuir 40, sendo 6 incisivos por mandíbula (total de 12), 4 caninos (1 em cada lado da queixada inferior e superior) e 24 molares (6 em cima e 6 em baixo, de cada lado). As fêmeas não desenvolvem os caninos, também conhecidos como COLMILHOS.

DEPURAÇÃO (Ver EUGENIA)

- Na obra de Platão intitulada As Leis (Edipro Edições Profissionais Ltda/sp/1999, pág.211), lê-se: (...) Ao cuidar de um rebanho de qualquer tipo, o pastor ou boiadeiro, aquele que cuida de cavalos ou quaisquer desses animais, jamais tentará fazê-lo enquanto não estiver aplicado a cada grupo de animais a devida depuração – que consiste em separar os animais saudáveis dos que não estão saudáveis e os de boa raça dos que não o são, enviando em seguida estes últimos a outros rebanhos e mantendo apenas os primeiros sob seu cuidado, visto que reconhece que seu labor seria infrutífero e interminável se despendido em corpos e almas que a natureza e a má formação se combinaram para arruinar, esses corpos e almas mesmos promovendo a ruína de rebanhos saudáveis e incólumes nos hábitos e nos corpos – seja qual for a espécie de animal – se uma completa depuração não for feita no rebanho existente. (...).

DERBY

- Derby Paulista: competição turfística criada em 1917.

- Palavra derivada do nome do fundador das corridas de Epson Downs, em Surrey, perto de Londres. Grande corrida anual de cavalos. Deve usar-se a adaptação dérbi, plural dérbis. - A. TITO FILHO - Ob. cit., p. 166.



DERMOVILITE EXSUDATIVA DA RANILHA (Ver BROCA e PODRIDÃO DA RANILHA).

DERRABADO (Ver COTÓ e PITOCO)

- Animal que teve o rabo cortado - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948.

DERRENGADERA (Ver BAMBERA, ENCEFALOMIELITE EQUINA, MAL DAS CADEIRAS, MURRINA, NAGANA, RENGUERA, SURRA, TRYPANOSOMA EVANSI e WOBBER)

- Derrengadera (der·ren·ga·de·ra) (da-rāng-gah-da´rah) [Sp. “crookedness” or “lameness”] murrina.

http://www.mercksource.com

Derrengadera: los aminales enfermos son apáticos, enflaquecidos, incapaces de mover sus extremidades posteriores de manera coordinada, solitarios y pueden permanecer en el mismo sitio por semanas (Ojasti 1973)

- http://www.humboldt.org.co


DESABOTINADA

- (...) E a “andorinha”? Isso é que é mulinha desabotinada! Sopra de longe que nem um bicho do mato e desanda na carreira. Ela me ojerizou tanto, que eu soltei nela um matacão de pedra, de que ela havia de gostar pouco. (...) - AFFONSO ARINOS - Pelo Sertão/Assombramento - Tecnoprint Gráfica S.A/RJ/1967, p. 54.

DESABRIDO

- (...) Pega um cavalo, enfia-lhe pela boca o bridão e, em pelo, galopa desabrido na direção do CEJI (...) - JOSUÉ GUIMARÃES – A ferro e fogo - L&PM Editores S.A/Floresta-RS/2000, p. 80.

DESABRIGAR

- É separar o cavaleiro as pernas do ventre do animal, para aliviá-lo da pressão que com ele as exercia - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948, pág. 778.

DESAFIO SEM RESERVAS (Ver CANCHA RETA, CARREIRA, COMBATE DE MARCAS, CORRIDA ...)

- Sem chegar a ser, propriamente, uma modalidade a parte de carreira de retas, o “desafio sem reservas” merece pelo menos um breve registro, pela singularidade de sua disputa, pelo intempestivo e pelo que representou como tradicional nos “comércios” das médias e pequenas canchas de carreira do Rio Grande do Sul. Realizada a “carreira grande”, a cancha é liberada para quem deseje competir os cavalos que haja trazido para a ocasião. Parelheiros, cavalos amilhados, de campo e até matungos, são enfrenados para carreiras concertadas sem maiores delongas – alguns pedindo vantagens, outros as oferecendo. É nessa ocasião, quando as disputas pegam fogo, que aparece alguém, a cavalo, levando um parelheiro de boa estampa pelo cabresto, desafiando a todo e qualquer cavalo presente no ‘comércio”, sem respeitar “pelo, marca ou sinal”. A este tipo de desafio dá-se o nome de “gritar sem reserva”, o que se deve às expressões tradicionalmente usadas pelo desafiante: - Este meu zaino não respeita pelo, sinal ou marca! Quem tiver cavalo que me emparelhe, se apresente no más! Dou cinqüenta quilos por nada e luz para quem me igualar o peso! Nem sempre o desafiante encontra contendor. Esperto, já verificou que a cavalhada presente à carreira não tem condições de enfrentar seu parelheiro. Mas já sucedeu – e quantas vezes! – haver alguém com cavalo de bom tempo escondido em algum mato próximo, esperando exatamente a oportunidade do “grito sem reserva” . Manda trazer o cavalo; espertamente, deprecia-o, pede maiores vantagens , elogiando o parelheiro do desafiante. Este, que também não nasceu para bobo, estabelece condições. Entre avanços e recuos de uma e outra parte. A careira é concertada. São escolhidos os juízes de largada e de chegada, estabelecida a “parada” (valor do prêmio). Puxados para a cabeceira da cancha, enfrenados e com os corredores no lombo, são levados os contendores até meia-cancha, para o “passeio” tradicional. E o jogo pega fogo ...- APPARÍCIO SILVA RILLO – Boca do Povo – Tchê! Editora Ltda/1986, pág. 75.

DESAGUAXAR

- Exercitar um cavalo que permaneceu muito tempo parado - AMADEU AMARAL - O Dialeto Caipira - Edit. Hucitec/SP/1982, p. 126.

DESAINADURA

- Termo espanhol. Enfermidade de que padecem os eqüinos, nos cascos, quando estão muito gordos.

DESÂNIMO (Ver BAMBEIRA, ENCEFALOMIELITE EQUINA e NUTALIOSE)

DESAPEAR (Ver APEAR)

- Desapeia, desapeia, compradre, e chega pra cá (...) - HUGO DE CARVALHO RAMOS – Tropas e boiadas/Gente da gleba - Instituto Centro Brasileiro de Cultura/1917.

- (...) no alto sertão nordestino, aos sertanejos, o verbo apear não parece tão expressivo como o desapear-se. Naturalmente por analogia com desmontar. - Nota de rodapé de nº 13, às págs. 27, do livro de GUSTAVO BARROSO - Praias e várzeas/Alma sertaneja - Liv. José Olympio Editora/RJ/1979.

- Rumorejou afável que desapeasse, prendesse o cavalo à tacaniça e entrasse.

http://64.233.187.104/search?q=cache:jsM5oIz0y2UJ:www.academia.org.br/imortais/cads/19/barroso2.htm+abandono+de+cavalo&hl=pt-BR

- VISCONDE DE TAUNAY – Memórias – Edição preparada por Sérgio Medeiros/Editora Iluminuras Ltda/SP-SP/2005, p. 365, utilizou-se da expressão: (...) é só desapear (...)

DESAPÊIO

- Ato ou efeito de desapear, desmontar. O acento circunflexo no ditongo fechado permanece, contrário aos preceitos ortográficos, na 3ª edi., p. 84: “Pelo que ouvimos: um galope, o chegar , o riscar, o desapêio” (87) - NEI LEANDRO DE CASTRO - Universo e Vocabulário do Grande Sertão - Edições Achiamé Ltda/1982, p. 87.

DESARAR (Ver AGUAMENTO e LAMINITE)

- Despegar-se (o casco da besta) - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948, pág. 788.

DESARREAR

- Suspirava arreando e desarreando o cavalo (...) - JOÃO GUIMARÃES ROSA – Tutaméia/Barra da Vaca - Editora Nova Fronteira/RJ/1985, p. 206.

- Retirar o arreio do lombo do eqüino, muar, asinino. O mesmo que DESENCILHAR e DESCER OS COUROS.

DESARZONAR

- Espanhol. Fazer o animal com que com que o ginete saia rapidamente do seu lombo.

DESAVAGAR

- Desavagar v. Arrancar (a ferradura), depois de se lhe cortarem os rebites. http://letratura.blogspot.com/2006/12/glossrio-equinos-e-asininos.html

DESBARRIGADO (Ver AMILHADO)

- Diz-se do animal cujo ventre está vazio, com pouco volume de verde no intestino.

DESBASTADOR (Ver DOMADOR)

- O que desbasta cavalos - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948, pág. 794.

DESBASTAR (Ver DOMAR)

DESBASTE (Ver BOCAL e DESBASTADOR)

- Espécie de iniciação do animal na equitação, quando se lhe coloca uma embocadura.

Em http://meusite.osite.com.br lê-se: O desbaste de um cavalo novo deve ser feito em bridão. Por mais suave que o freio seja, este castiga sempre muito mais a boca do poldro do que um simples bridão, que se presta muito melhor para que o animal se habitue ao contato de ferros e aos movimentos de mão do cavaleiro, para que se encoste, como se diz entre nós em linguagem eqüestre.

- Palavra usada pela Fed. Eq. Portuguesa, no Regulamento Nacional de Dressage, art. 404, item 1: (...) Conquistada a confiança do poldro na domesticação, o cavaleiro deve, durante o desbaste, garantir a calma empregando ajudas simples e suaves, às quais o jovem cavalo seja capaz de obedecer sem tentar furtar-se ou lutar contra elas. (...)

DESBOCAR

- Tornar o cavalo duro de boca - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948, pág. 795. Calejar as barras (gengivas), tornando o animal insensível à ação do freio.

DESBRIDAR

- Retirar a brida, isto é, a embocadura, do animal.

DESCAVALGAR

- Descer da cavalgadura. Apear. Desmontar.

- (...) Não descavalgou (...) - EUCLIDES DA CUNHA - Os Sertões - Edit. Record/RJ-SP/2000, p. 330.

- VISCONDE DE TAUNAY – A retirada da Laguna – 1867/Cap. V : (...) Não descavalgou; estendeu a desta trêmula ao filho, que a beijou. (...) - Cap. VII: (...) Descavalgaram todos os homens, assentando-se uns à sombra das macaúbas (...).


Um comentário:

Anônimo disse...
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