Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quarta-feira, 21 de julho de 2010

Quem enganou quem?

Árabe condenado por estupro por 'fingir ser judeu' diz ser alvo de racismo
Leste de Jerusalém, onde Bashur e muitos árabes israelenses vivem (foto: Getty Images)

Leste de Jerusalém, onde Bashur e muitos árabes israelenses vivem (foto: Getty Images)

O homem árabe condenado a prisão nesta segunda-feira por alegadamente ter ter dito ser judeu a uma mulher judia para domir com ela afirmou ser alvo de racismo, segundo o jornal israelense Haaretz.

Sabar Kashur, de 30 anos, recebeu pena de 18 meses de prisão por "estupro por má fé" e disse que vai recorrer da sentença.

No entender do juiz responsável pela sentença, Zvi Segal, a relação sexual só foi consentida porque ele disse à parceira que era um judeu solteiro à procura um relacionamento estável.

Segundo a mulher, os dois se conheceram em 2008 numa rua de Jerusalém e tiveram relações sexuais no mesmo dia.

Apelido

Ao descobrir que o parceiro não era judeu, ela procurou a polícia. Kashur acabou detido e afirma ter passado dois anos sob prisão domiciliar.

Ele, porém, nega ter mentido a respeito de sua religião. Kashur alega que seu apelido, Dudu, é comum entre judeus de nome David – fato que teria levado a um mal entendido.

"Ela que me procurou. Chegou interessada na minha motocicleta e nós conversamos. Eu não fingi nada", afirmou ele ao jornal.

"Se eu fosse judeu, não teriam nem me interrogado", disse.

"O que houve não foi estupro. Eu não a estuprei na floresta e a larguei nua. Ela consentiu tudo."

Seus argumentos, porém, não convenceram a Justiça. "O tribunal está obrigado a proteger o público de criminosos sofisticados que podem enganar vítimas inocentes a um preço insuportável -- a santidade de seus corpos e suas almas", afirmou o juiz Segal.

Precedentes

O caso não é único no país. Em Israel, também já foi condenado por fraude um homem que mentiu ser neurocirurgião para levar uma mulher para cama.

Críticos temem que sentenças semelhantes possam se tornar comuns.

"Os homens podem acabar condenados por estupro toda vez que convencerem uma mulher a ir para cama dizendo que a amam", afirma Elkana Laist, advogada da Defensoria Pública israelense.

Fonte: BBC Brasil

Nenhum comentário: