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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Requentando

Igreja apoiou a
ditadura na Argentina
Justiça liberta ex-repressores que poderiam ser extraditados

Buenos Aires - O juiz Rodolfo Canicoba Corral colocou ontem em liberdade os ex-repressores argentinos cujas detenções haviam sido solicitadas semanas atrás pelo juiz espanhol Baltazar Garzón. A intenção de Garzón era a de extraditar os 39 militares e um civil para julgamento na Espanha pelos crimes de terrorismo de Estado, tortura, genocídio e seqüestros durante a última ditadura militar (1976-83). No entanto, na sexta-feira, o vice-chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, anunciou que não pediria as extradições. O general Benito Bignone afirmou que os bispos da Igreja Católica argentina concordavam com a política da última ditadura militar.
O "garoto-prodígio" da ditadura, o ex-capitão Alfredo Astiz, também foi liberado. O juiz argumentou que a chancelaria argentina ainda não havia encaminhado o pedido de extradição à Justiça. No entanto, uma dezena de ex-repressores, como o general Jorge Rafael Videla, o ex-almirante Emílio Massera e o ex-capitão Jorge Tigre Acosta, continuarão presos, já que estavam detidos antes do pedido de Garzón.
A líder das Avós da Praça de Mayo, Estela de Carlotto, sustentou que era preciso que um juiz ordenasse uma nova detenção dos militares "para evitar que essas pessoas convivam novamente conosco". No fim da tarde, um promotor pediu uma nova detenção de militares. Neste caso, trata-se de onze oficiais envolvidos no Plano Cóndor, denominação do sistema de troca de prisioneiros políticos existente nos anos 70 entre as ditaduras da Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Chile. Além disso, a Câmara de Justiça Federal de Buenos Aires ordenou a reabertura dos denominados "megaprocessos" relativos às violações aos direitos humanos.

Padres

"Eles estavam de acordo". Com estas palavras, o general Benito Bignone afirmou que os bispos da Igreja Católica argentina concordavam com a política da última ditadura militar de torturar os "desaparecidos" políticos. As declarações foram feitas por Bignone - que foi ditador da Argentina entre 1982 e 1983 - para um documentário do canal Plus da França. O general Bignone afirmou que o know-how de tortura e extermínio de opositores políticos proveio de militares franceses veteranos da guerra da Argélia, que treinaram os argentinos.
Relatos de diversos sobreviventes dos campos de concentração da ditadura indicam a presença de padres da Igreja Católica nas salas de tortura. Em vez de dar assistência religiosa, os clérigos dedicavam-se a realizar as torturas, além de participar dos interrogatórios. A própria cúpula da Igreja apoiou ostensivamente o regime militar, como forma de "salvar" a Argentina do comunismo internacional.


http://www1.an.com.br/2003/set/02/0mun.htm

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Agora, uma novidade:


20/07/2010 11.55.46



ARGENTINA: IGREJA QUER CANONIZAR PADRES VÍTIMAS DA DITADURA




Buenos Aires, 20 jul (RV) – A Igreja Católica na Argentina quer canonizar dois sacerdotes assinados durante a ditadura, entre 1976 e 1983.


O anúncio foi feito pelo Bispo da Diocese de La Rioja, no nordeste do país, Dom Roberto Rodríguez. Os dois sacerdotes são o argentino Carlos de Dios Murias e o francês Gabriel Longueville, sepultados no cemitério de El Chamical, a 150 km de La Rioja.

Os dois sacerdotes foram levados no dia 18 de julho de 1976 da paróquia do Salvador, em El Chamical. Seus corpos foram encontrados cravados de tiros, com os olhos vendados, num terreno próximo à cidade. Padre Longueville, um dos 18 franceses assassinados ou desaparecidos durante a ditadura argentina, fazia parte do Comitê Episcopal francês para a América Latina e do Movimento dos Padres para o Terceiro Mundo.

Dom Rodríguez anunciou que em 12 de dezembro apresentará o processo à Congregação das Causas dos Santos.

A morte dos dois sacerdotes foi atribuída ao ex-chefe Luciano Benjamin Menendez, que já foi três vezes condenado à prisão perpétua por crimes contra a humanidade.

Segundo o Movimento Ecumênico para os Direitos Humanos, 10 padres, dois seminaristas e cinco leigos foram assassinados durante a ditadura, e outros 10 sacerdotes, quatro religiosos, sete seminaristas e 45 leigos são considerados desaparecidos.

O número total dos desaparecidos na Argentina é estimado em cerca de 30 mil. (BF)

Fonte: http://www.radiovaticana.org

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