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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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sábado, 24 de julho de 2010

Stallone errou, quando se desculpou.

O ator e diretor de cinema referido no título errou quando se desculpou, após haver feito uma afirmação bastante procedente, como se vê na matéria abaixo.
Com efeito, o nosso país está cheio de bananas, que aceitam tudo que vem do estrangeiro, mas também da elite dominante, abusada, debochada, que temos aqui dentro mesmo.
Grande parte do nosso povo porta-se como deslumbrada e subserviente, à simples presença de uma câmera de TV ou de um artista que já não consegue ganhar dinheiro, porque sua fama se esvaiu, lá fora.

Precisamos deixar de agir como eternos colonos de Portugal, da França, da Espanha, dos EUA, da Inglaterra, de Israel, do escambau. Todo mundo se sente no direito de mandar em nós e, se reagimos, somos rotulados de xenófobos.
Lá, nos países de suas origens, gente como Stallone repele os estrangeiros, menospreza os brasileiros, demonstra claramente aversão pelos nossos, que se aventuram em busca de melhores condições de vida.
Aqui, muitos dos nossos babam os ovos dos gringos. Dão-lhes só massagens e elogios. Não sabem responder ofensas à altura, portando-se como reles
capachos.
Existe gente mais abusada que os membros da Igreja Católica e do Vaticano, a multinacional cujo patrimônio dizem corresponder a mais do que a soma das cinco maiores corporações do mundo? Duvido.
Aqui, eles pintam e bordam, fazem nossos presidentes dobrar a cerviz, lamber a mão de seus dirigentes, assinar concordatas (pactos internacioinais) leoninas e prejudiciais aos interesses coletivos brasileiros, ao argumento de que são representantes da falácia "Deus". Nossa Constituição é um vergonhoso diploma de colono, que nos outrogaram as multinacionais, mormente no campo da chamada "liberdade religiosa".
Grande parte do nosso povo, que inclui gestores públicos, não tem a mínima dignidade. Tal fatia da população, provavelmente, sequer ouviu falar em "liberdade de consciência", de direito natural à desobediência civil, diante dos que não nos respeitam.
Acham que o Estado pode tudo e que os cidadãos só podem obedecer, mesmo às leis mais absurdas.
Os órgãos de arrecadação, mostram-se famintos na atividade de cobrar tributos, para repassá-los, sob a forma de "encargos financeiros" para os nossos credores, sem que a dívida interna e externa seja auditada, negociada e comprimida até chegar a valores justos.
Do outro lado, a precariedade dos serviços essenciais, que deveriam ser o principal destinatário dos recursos arrecadados, são relegados a segundo plano, funcionando com a precariedade que todos conhecemos, onde existem, porque grande parte da população é totalmente desassistida.
Presidentes da República portam-se como servos do Estado-cidade-multinacional Vaticano, esquecendo-se de que, no exercício do cargo, não estão a agir como fiéis da Igreja Católica, mas como representantes de "todos" os brasileiros, católicos, cristãos de outros cultos, adeptos do judaísmo, dos credos africanos, dos espíritas, dos muçulmanos e dos que não acreditam nas babozeiras das religiões.
Vale lembrar, recuando na história, o caso do Contestado, quando a Lamber, uma empresa madeireira estrangeira, trucidou milhares de pessoas, nossos pobres caboclos, a bala, com a licença e o apoio oficial brasileiro, estando metido entre os agressores um padre, pra variar.
O que dizer dos íncolas que, no Brasil, foram impiedosamente dizimados, para que governos e companhias estrangeiras, entre elas a Igreja Católica (e nacionais, é claro) se apoderassem de riquezas minerais, enormes áreas de terra agricultável ou destinadas à pecuária, depois de completamente arrasadas e desmatadas, pela retirada de toda a madeira nobre?
Daria para desfiar, aqui, uma centena de exemplos desastrosos de interferência estrangeira (a começar pelos "missionários" religiosos que andam pela Amazônia e pelo resto do País) na vida do nosso povo, sob o olhar complacente dos nossos governantes e intelectuais, a colher informações para repassar às hierarquias dos seus "cultos" .
Getúlio Vargas foi um prepotente, mas criou diversas empresas, em setores fundamentais que, após a sua morte, foram sendo desnacionalizadas e entregues aos interesses estrangeiros, de forma vergonhosa. Setores importantes, como o do petróleo, da energia elétrica, da telefonia, da informática, dos transportes, etc... estão dominados pelo capital internacional, porque nossos governantes obedecem mais aos interesses do "mercado" do que aos da nação brasileira.
Comete-se crimes de lesa pátria, a toda hora, sem que os encarregados da defesa dos interesses públicos tomem qualquer atitude.

O exército (notem que estou escrevendo com minúsculas), assim como as outras forças armadas, perderam o senso de patriotismo (se é o que o possuiram, de verdade, algum dia), foram cooptados e submetidos, desde que começaram a frequentar academias militares de outros países. Seus integrantes, deviam despir as fardas e chorar, a cada cerimônia de hasteamento da bandeira, ou mudar de atividade.
Não estão em condições de dizer que recebem seus soldos porque defendem os interesses nacionais.

Enfim, temos séria herança de subserviência enquistada na nossa psicologia e nas nossas práticas. Parece que nascemos e continuaremos, com raras exceções, por falta de cultura, agradecidos e submissos, "bonzinhos".

Este é o rótulo que nos colocaram e do qual incontáveis idiotas se orgulham.


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Stallone detona revolta no Twitter e pede desculpas

'Você pode explodir o país inteiro e eles dizem obrigado', disse o ator durante a Comic-Con

23 de julho de 2010 | 14h 15


SÃO PAULO - Sylvester Stallone divulgou uma mensagem pedindo desculpas ao Brasil. Leia a íntegra: "Peço desculpas sinceras ao povo do Brasil e ao escritório de "film comission". Toda minha experiência no Brasil foi fantástica e eu disse a todos os meus amigos que valia a pena filmar no País. Ontem, eu estava tentado fazer graça, mas meus comentários escaparam de uma maneira infeliz. Eu não tenho nada além de respeito pelo grande país que é o Brasil. Novamente, eu peço desculpas. Amor, Sly".
Dan Steinberg/AP
Dan Steinberg/AP
Sylvester Stallone, que escreveu, dirigiu e é o astro de 'Os Mercenários'

Tudo começou nesta manhã, quando o protagonista de Rambo e Rocky, virou astro do Twitter no Brasil por suas declarações sobre o País na Comic-Con - 2010, a maior feira de histórias e quadrinhos do mundo, que ocorre anualmente em San Diego, nos EUA.

O astro de Os Mercenários, que participou da promoção do filme na feira, disse que adorou rodar sua produção no Rio de Janeiro, em 2009. O Brasil foi escolhido pela liberdade que a produção teria para gravar as sequências mais agressivas do filme, trabalhando com armas de fogo mais perigosas e destruindo propriedades e veículos, segundo publicou a revista Variety sobre as declarações do ator. "Você pode explodir o país inteiro e eles dizem, 'obrigado e aqui está um macaco para você levar com você para casa', disse Stallone

Stallone causou a revolta entre os internautas brasileiros que já lançam uma campanha no Twitter imitando a realizada contra Galvão Bueno durante a Copa: 'cala a boca Sylvester Stallone'. E já começa também uma corrente de boicote ao filme Os Mercenários, escrito, dirigido e estrelado por Stallone, e com elenco de peso: Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger, Jet Li, Dolph Lundgren e Jason Statham.


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Podemos e devemos boicotar o filme do Stallone. Aliás, as produções de que participa são, em regra, verdadeiras bostas.
Mas, que ele disse a verdade, em relação a grande parte da nossa população, lá isto também não podemos negar.
Grande parte do nosso povo porta-se como "macacos", razão pela qual os argentinos nos têm em pouca consideração e já nos rotularam de República das bananas, embora vivam eternamente pendurados na nossa economia, ao mesmo tempo em que nos metem os pés, com inaudita frequência, porque elegemos Presidentes que trabalham em favor de setores da nossa economia, que possuem interesses no "mercado" de consumidores de lá e não respondem às ofensas na proporção da intensidade das mesmas.
A brasilidade (o amor pelo nosso País) não pode se revelar apenas quando um descerebrado, do tipo Stallone, vem aqui e "solta os cachorros', com ou sem razão. Precisamos estar permanentemente vigilantes e reagir aos desmandos dos nossos governantes, a quem não outorgamos procuração para demonstrarem, lá fora, que somos um povo desfibrado, sujeito a todo tipo de dominação e deboche estrangeiros.

Temos que mandar, de vez em quando, com toda vontade e vigor, o pé na bunda dos que nos ofendem e desconsideram, mas, para assim agir, inevitável que primeiro nos eduquemos. Ler, tomar consciência de que nosso queixo deve estar erguido, insubmisso a gente que, como os padres, fazem ajoelhar os que consideram úteis apenas como crentes, pagadores de dízimo, gente sem brio e sem dignidade, dando-nos o status de lixo.

A proclamação da República, foi, aos poucos, sendo esquecida e desvirtuada. A canalha da Igreja voltou a mandar e a explorar as riquezas nacionais, que o Vaticano acumula sob a forma de lingotes de ouro e outros ativos. Além do Vaticano, milhares de outras organizações ditas "religiosas", igualmente mal intencionadas, passaram a drenar as economias do nosso povo que, desinformado, ainda agradece "aos céus" o fato de estar sendo permanente e impiedosamente explorado.
Que vergonha eu sinto da impotência que me acomete, da incapacidade para motivar uma reação do meu pobre povo, desconsiderado, explorado e humilhado, mas grato, bonzinho.

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