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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Fundamentalistas católicos franceses tumultuam peça tida como blasfêmia

A polícia francesa deteve mais de 200 católicos fundamentalistas do Instituto Renovação Civitas que vêm tentando impedir a apresentação em Paris da peça "Sobre o conceito do rosto do filho de Deus", dirigida pelo italiano Romeo Castellucci, 50. Quinze deles foram enquadrados na lei que pune quem tenta impedir a liberdade de expressão. A pena poderá ser multa de 15 mil euros (R$ 34 mil) ou prisão de até três anos.

No dia 20, quando começaram as manifestações, os católicos invadiram o teatro e interromperam a peça, mostrando no palco uma faixa acusando o espetáculo de promover blasfêmia e cristofobia (vídeo abaixo).  Em outro dia, eles jogaram ovos e uma bomba de mau cheiro dentro do teatro.

Merda diante de Cristo, uma metáfora
A peça conta a historia de um filho forçado a cuidar de seu pai senil, que, diante de uma grande reprodução de uma pintura de Cristo do renascentista Antonello da Messina, vai depositando o excremento de sua frauda. Quando o espetáculo chega ao fim, há merda em todo o cenário. Na última cena, crianças jogam granadas de plástico no imagem de Cristo, e aparece o frase "Você não é o meu pastor".

A maioria dos fundamentalistas é de jovens recém-saídos da adolescência. Os mais velhos têm cerca de 30 anos. Os Civitas se destacam como a direita cristã francesa mais violenta. Alguns deles têm várias passagens pela polícia.

Todas as noites, diante do teatro, cercado por policiais, alguns deles rezam ajoelhados, enquanto outros gritam que a imagem de Cristo não pode ser maculada pela merda.

A Igreja Católica condenou a violência dos manifestantes. Castellucci, citando a Bíblia, afirmou que perdoa os cristãos porque eles “não sabem o que fazem”.

Castellucci disse que os Civitas consideram a peça como blasfêmia porque não a assistiram ou não a entenderam. Disse que o excremento funciona como uma metáfora à qual ele recorreu para falar da beleza, do sentimento de perda, do amor, do ódio, do trivial e do sagrado.

Além disso, falou, a merda também foi feita por Deus.

Vaia para intolerância religiosa



Com informação do Le Monde, entre outras fontes, via PAULOPES WEBLOG

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