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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

WALCYR CARRASCO SE ENCANTA COM POMERODE

GULA EM POMERODE


É incrível como o Brasil tem lugares bonitos e comida gostosa pra gente descobrir. Estive em Pomerode, Santa Catarina. É uma linda cidade alemã, onde as casas e pequenos prédios foram preservados desde a chegada dos primeiros imigrantes. Há muitas construções no estilo enxaimel. Para quem não sabe, enxaimel é uma técnica de construção onde as paredes são montadas da seguinte maneira: hastes de madeira são encaixadas entre si em posições horizontais, verticais ou inclinadas. Os espaços são preenchidos por pedras ou tijolos. As madeiras ficam aparentes. E os telhados são muito inclinados. Os alemães trouxeram o estilo para cá, na imigração. Casas enxaimel são muito vistas na Alemanha. E na região de Santa Catarina.
Pomerode é cercada de verde. Tem um rio que atravessa a cidade, com muita vegetação em torno. (Dá pra ficar pensando se os rios Tietê e Pinheiros, em São Paulo, não fossem poluídos e tivessem as margens verdejantes. Que beleza a cidade seria!)
Enfim, Pomerode dá a impressão de uma casinha de bonecas levada a sério.
Mas o que me levou até lá foi a gula. Eu já havia comido uma vez, há mais de dez anos, o marreco com repolho roxo de Pomerode. Quis repetir. E valeu a pena. Fui ao restaurante Siedlertal. Até os garçons se vestem de típicos alemães, com aquelas calças curtas e chapeuzinho, como dá pra ver na foto. Deve ser um mico para os garçons servirem as mesas fantasiados assim. Mas para mim, como turista, achei ótimo.
Pedi o marreco. É assado, recheado com uma farofa úmida. E os acompanhamentos? Na foto dá pra ver: encheram a mesa! Com destaque para o repolho roxo e o purê de maçã, de sabor suave, que constrastava com a farofa, mais fortes. O marreco veio crocante, uma delícia. Havia um molho para acompanhar, feito com os sucos desprendidos pela carne enquanto é assada. Intenso, complementava perfeitamente o sabor do marraco. Derramei sobre a coxa e depois, os outros pedaços. Mordi. Roi os ossos. Engoli a pele tostada, ai meu Deus, quanta gordura!
De sobremesa, sagu de vinho, com creme branco. O sagu fica uma delícia cozido no vinho com açúcar e canela. É um doce que comi muito na infância. Comer sagu me devolve à meninice, quando minha mãe fazia panelas do doce, que eu e meus irmãos devorávamos! É bom comer doce de mãe!
Gostei tanto que pretendo voltar. Serei prudente, já marquei a data. Só volto daqui a menos dez quilos.
Valha-me Nossa Senhora do Regime!

Fonte: Rev. ÉPOCA

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