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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Publicações: Novo livro de José Rodrigues dos Santos questiona imagem de Jesus transmitida pela Igreja Jornalista e escritor português fala em «fraudes» na redação dos textos centrais do cristianismo



OC/Ecclesia | Apresentação de «O Último Segredo», Lisboa
Lisboa, 22 out 2011 (Ecclesia) – O escritor e jornalista português José Rodrigues dos Santos apresentou hoje em Lisboa o seu novo livro, intitulado ‘O último segredo’, afirmando que os textos do Novo Testamento, os mais importantes do cristianismo, incluem várias “fraudes”.
Aos jornalistas, o escritor declarou que muita desta informação está fechada em “ambiente académico”, que não é do conhecimento do grande público.
José Rodrigues dos Santos acredita ter apresentado “uma imagem diferente de quem era Jesus” com base nos textos da própria Bíblia.
“Nem um único autor do Novo Testamento conheceu Jesus pessoalmente”, disse, no lançamento da obra, perante mais de 500 pessoas, antes de acrescentar que os Evangelhos “são textos anónimos”.
No livro, o autor diz basear-se em “informações históricas genuínas” para apresentar uma obra em que procura “a verdadeira identidade de Jesus Cristo”, fruto de uma investigação que o levou, por exemplo, a Jerusalém.
Esta tarde, Rodrigues dos Santos assinalou que o seu livro “não é um fim, um ponto final, mas um ponto de partida, misturando ficção com não ficção, permitindo aos leitores irem investigar”.
“O que é espantoso, naquilo que o livro diz, é que nada do que se diz é novo”, prosseguiu, apontando cinco critérios utilizados na leitura dos textos bíblicos: “Antiguidade”, “abundância de fontes”, “embaraço”, “contexto” e “estilo”.
 “A fé não se discute, os factos é que se podem discutir”, precisou.
Presente na apresentação da obra, o padre Anselmo Borges, afirmou que os “cristãos não habitam todos no asilo da superstição e da ignorância”.
""Não sei se é correcto jogar em dois tabuleiros, no ficcional e no histórico/teológico", apontou ainda.
O 'Último Segredo', editado pela Gradiva, é o nono romance de José Rodrigues dos Santos, que já vendeu mais de um milhão de exemplares e está publicado em dezassete línguas.
O autor entende que “nenhum dos Evangelhos descreve a ressurreição”, afirmando que essa matéria “já é domínio da fé, não da história”.
Este é um tema que Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI, desenvolve longamente na primeira parte do seu livro “Jesus de Nazaré” (2007), no qual, segundo o próprio, quis “fazer a tentativa de apresentar o Jesus dos Evangelhos como o Jesus real, como o Jesus histórico em sentido verdadeiro e próprio”.
Em resposta a uma questão da Agência ECCLESIA, José Rodrigues dos Santos admitiu não ter considerado esta obra do Papa na elaboração do seu novo livro por a considerar “apologética” e de um âmbito teológico, não histórico.
Ao longo das últimas décadas, várias correntes exegéticas acentuam a rutura entre o “Jesus histórico” e o “Cristo da fé”, questão que tem dominado a pesquisa sobre esta figura, nas últimas décadas, criando itinerários contrastantes entre a releitura devocional e a demanda da "verdadeira história".
Curandeiro, sábio, profeta, contador de histórias, rabino galileu, militante social, judeu marginal, camponês mediterrânico ou filósofo itinerante são várias das hipóteses de leitura que se lançam sobre Jesus, após recusar imagens criadas pelas confissões cristãs, completando-se ou mesmo contradizendo-se e excluindo-se.
Neste contexto, para Bento XVI a figura apresentada a partir dos Evangelhos canónicos (Marcos, Mateus, Lucas e João) é “muito mais lógica e mais compreensível, do ponto de vista histórico”, do que as “reconstruções” elaboradas ao longo das últimas décadas.
OC


Fonte: AGência ECCLESIA

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