O advogado Ives Gandra da Silva Martins (foto), 76, escreveu artigo para a edição de hoje (24) da Folha de S.Paulo criticando o “fundamentalismo ateu” que está atacando os “valores das grandes religiões”.
Como exemplo, ele disse ter sido admoestado quando, em nome da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros), defendeu no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do uso de embriões em pesquisas de células-tronco. “Antes da sustentação [no plenário do STF] fui hostilizado, a pretexto de que a Igreja Católica seria contrária à ciência e que iria falar de religião, não de ciência e direito.”
Ives Gandra é porta-voz da Opus Dei, uma entidade ultraconservadora ligada à Igreja Católica. É também professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maio do Exército e da Escola Superior de Guerra.
Ele escreveu que, para quebrar a expectativa de que só falaria de religião no STF, começou sua intervenção no plenário daquela Corte com a informação de que a Academia de Ciência do Vaticano tinha naquela época 20 Prêmios Nobel, e o Brasil nenhum.
Gandra citou autores que ressaltaram a importância que a Igreja Católica teve na construção do mundo moderno, através da educação e cultura.
Por isso ele disse estar sempre surpreso com “todos aqueles que, sem acreditar em Deus, sentem necessidade de atacar permanentemente os que acreditam nos valores próprios das grandes religiões”.
Afirmou que os ateus “só não se assemelham aos 'fundamentalistas' do Oriente Médio porque não há terroristas entre eles”.
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