Que tal limitar os políticos?

A pior garupa que existe é a do Estado. Atraca-se na gente, grudento que é, para cobrar tributos (e depois repassá-los aos bancos, às empreiteiras, às Igrejas e aos corruptos) e não despluga, apegando-se ao nosso bolso qual um chiclete, tudo sob o pretexto de solidariedade social, mas não propicia serviços básicos no tempo necessário, nem com a qualidade esperada.

Se houvessem serviços de transporte coletivo qualificados e ágeis, com certeza muita gente que se utiliza de carros e motos seria seduzido a correr menores riscos e a não contribuir para a tranqueira do trânsito enervante.

Os assaltos maiores não são praticados pelos motoqueiros, obviamente.

Se fizermos um cálculo dos desvios de dinheiro público para os setores já citados, aos quais podem ser acrescentados os órgãos da mídia tradicional - lembram do PROMÍDIA, que favoreceu a Globo com cerca de 2 bilhões? - veremos que os assaltos praticados por malucos de bermudões são insiginficâncias diante dos que praticam os que trajam sóbrios ternos e gravatas.

Argumenta-se que os motoqueiros são grandes demandantes de leitos hospitalares, os quais, diga-se de passagem, são bem poucos, porque grande parte das verbas que deveriam ser destinadas à saúde são "garfadas" por espertalhões. Diz-se que os custos  dos acidentes com motociclistas oneram a Previdência pública: pura sem-vergonhice, eis que a roubalheira no setor é constante e mal combatida, superando, de longe, os gastos com tratamentos de acidentados.

Enfim, o leitor que teceu os comentários abaixo está coberto de razão: o que se precisa limitar é o número de políticos e seus assessores incompetentes e trambiqueiros.

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'Deve haver lei que limite políticos e não que proíba garupa', diz leitor

LEITOR WILSON NUNES HIPOLITODE SANTOS (SP)

Fiquei realmente perplexo que, mais uma vez, um de nossos políticos, o deputado Jooji Hato (PMDB), conseguiu aprovar uma lei que nem no tempo da ditadura alguém pensou em aprovar.
Assembleia de SP aprova lei que proíbe garupa em motos
Proibir garupas em motocicletas nos dias úteis é considerar que todo motociclista é bandido. Somente mentes distorcidas e preconceituosas poderiam criar tal aberração.
Se formos levar em consideração o raciocínio --se é que existe-- deste deputado, deveremos criar uma lei para limitar os políticos.
Basta abrir os jornais e acompanhar os noticiários para ver o quanto que eles trabalham em beneficio próprio.
Vale lembrar ao 'nobre' deputado que assaltantes também usam carro, bicicleta, táxis e até caminhões para roubar.
Que tal propor uma lei que todos andem à pé e só usem veículos no fim de semana?

Fonte: FOLHA DE SP