Além do habitual exagero nos preços de tudo (serviços e mercadorias), falta-nos preparo na área de relações humanas, como fica evidente na matéria publicada abaixo.
Ocorre que - como já salientei diversas vezes neste espaço - Florianópolis só recentemente se preocupou com um Plano de Desenvolvimento Turístico, embora sua Lei Orgânica tenha fixado prazo, já em 1990, para a regulamentação (via Lei Complementar) da atividade.
A falta de Planejamento é notória (o Plano baixado pelo Prefeito Dário, por decreto, sob o olhar complacente da Câmara, que teve sua competência esbulhada) e a vocação para o turismo é atropelada, a todo instante, por profissionais mal preparados, como o taxista referido.
É preciso exigir mais dos que trabalham na recepção/condução/hospedagem/alimentação das pessoas que nos visitam, a trabalho, ou como turistas.
Com a tendência de generalização do ser humano, uma recepção desastrada ou a cobrança de preços absurdos passa uma má imagem da cidade, destoando da fama de povo cordial que sempre nos atribuíram. É preciso lembrar, ainda que, muita gente que trabalha hoje em nossa cidade não é nativa, mas adventícia. Já tomei táxi dirigido por um argentino, por sinal bem cordial e falante. A cidade está cada vez mais cosmopolita e fica quase impossível afirmar que um indivíduo, que sequer cumprimenta ou agradece um passageiro que tomou o seu táxi, seja daqui mesmo.
De qualquer forma, atenção pessoal do PROCON municipal: prestação de serviços (de táxi ou qualquer outro) envolve relação de consumo e o consumidor precisa ser tratado com respeito e cordialidade, seja morador ou visitante.
De qualquer forma, atenção pessoal do PROCON municipal: prestação de serviços (de táxi ou qualquer outro) envolve relação de consumo e o consumidor precisa ser tratado com respeito e cordialidade, seja morador ou visitante.
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Se liga, Floripa!
16 de julho de 20127
Semana passada estive em Florianópolis para pegar um voo e, ao tomar um táxi no Centro da cidade para ir ao aeroporto, fiquei chocado com tamanha estupidez por parte do motorista.
O cidadão não foi capaz de me cumprimentar, de interagir comigo durante a corrida de aproximadamente 20 minutos (sabe aquelas conversas tipo “muito trabalho, amigo?” ou “caramba, como esse trânsito é complicado” ou ainda “sou de Lages e estava tão frio hoje por lá”).
O indivíduo simplesmente me ignorou, cara feia e fechada, e sequer me agradeceu ao fim da corrida.
Tudo bem que ele é motorista e precisa prestar atenção à estrada. Mas poxa, pelo menos um “boa noite”, uma cordialidade e um “obrigado” não fazem mal a absolutamente ninguém.
Pelo contrário, até ajuda a melhorar o senso de humor e a relação entre as pessoas.
Não é a primeira vez que isso acontece comigo em Florianópolis, e vejo muita gente fazer a mesma reclamação.
Falando de maneira generalizada, os taxistas da capital catarinense (tomara que seja a minoria, e acredito que sim) não são nada simpáticos e parecem estar prestando um favor aos passageiros ou, pior, parecem considerar que os passageiros estão cumprindo uma obrigação ao procurar os seus serviços.
É essa a Floripa que quer ser vista pelo mundo inteiro como uma cidade agradável e de turismo requintado? Que tenta a todo custo fazer parte da Copa do Mundo?
É? Então precisa começar a se profissionalizar pela raiz, ou seja, pelo taxista que, de fato, é a primeira pessoa com quem muitos turistas têm contato ao chegar à Ilha da Magia.
Pablo Gomes, Lages
Fonte: DIÁRIO DA SERRA
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