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quinta-feira, 19 de julho de 2012

O clero ao lado da "elite", até nos enterros



Ossadas do século XIX encontradas durante reforma da Cúria Metropolitana


Milton Ribeiro
(com Bernardo Jardim Ribeiro)

Os operários que trabalham na recuperação da arquitetura original da Cúria Metropolitana passaram a conviver com arqueólogos. O motivo da exótica presença é que a escavação realizada na área em declive ao lado do Muro da Cúria que dá para a Rua Espírito Santo revelou as ossadas de mais de 50 pessoas, o que deu um certo colorido romano à reforma.

A lei obriga que, sempre que numa obra são encontrados acidentes de interesse arqueológico, sejam chamados especialistas. O local – onde será instalada uma subestação de energia elétrica – transformou-se num escritório de arqueologia em que as ferramentas da construção civil foram substituídas por pincéis e espátulas.

Antigamente, no lugar da Igreja da Matriz — oficialmente chamada de Catedral Metropolitana de Porto Alegre – , havia uma igreja menor, de madeira, com um cemitério atrás, na descida do morro. Nele, segundo o costume da época, os mortos eram enterrados nus, enrolados em mortalhas. O cemitério recebeu mortos até 1850 e servia para enterrar padres e membros de famílias abastadas. A construção da atual Catedral começou em 1921.

As arqueólogas Angela Cappelletti e Jocyane Baretta explicam que foram encontrados corpos organizados em fileiras na parte mais profunda das escavações. Sobre estes, havia corpos que aparentemente foram ali jogados de forma desorganizada posteriormente. Eles provavelmente vieram de outro cemitério e colocados ali talvez por razões higiênicas. Neles foram encontradas miçangas, o que aponta provavelmente que os corpos seriam de afrodescendentes.

Fonte: SUL 21

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