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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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terça-feira, 17 de julho de 2012

A opção do Colombo pelos pregadores, ao invés dos professores

Acaba de ser anunciada a realização de concurso para a admissão, aos quadros da Polícia Militar, de capelães católicos e evangélicos.
Enquanto isto, os gestores do Estado proclamam impossibilidade de pagar melhor aos professores e alardeiam que o Estado "está falido".
Há muito estou de olho nessa aberração e vou estudar ação popular para questionar o que considero um desrespeito gritante ao art. 19 da CF, isto se o MP, a quem vou representar, não assumir o encargo de fazer o questionamento.
O Estado (gênero)  é laico, segundo a Carta Magna. É um princípio republicano, que veda o patrocínio de cultos, notadamente quando se escolhe os que devem ser privilegiados: cristãos (católicos e evangélicos).
Contratar capelães vai, ao meu entender, de encontro à vedação republicana e a escolha de cristãos fere o princípio da igualdade, contemplado no art. 37 da Carta Magna, que disciplina a administração pública.
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ATUALIZAÇÃO I - Dica de leitura:


O Capelão do Diabo



O Capelão do Diabo (A Devil's Chaplain, no original em inglês) é um livro do biólogo Richard Dawkins, lançado em 2003. O livro reúne resenhas, reflexões, discussões, elogios fúnebres e prefácios publicados ao longo de 25 anos, e que foram compilados por Latha Menon.

A obra



O Capelão do Diabo agrupa 32 ensaios sobre darwinismo, ética, religião, educação, justiça, ciência e textos pessoais em sete capítulos:

I. Ciência e Sensibilidade

II. A Luz Será Lançada

III. A Mente Infectada

IV. Disseram-me, Heráclito

V. Mesmo os Exércitos da Toscana

VI. Toda a África e Seus Prodígios Estão Dentre de Nós
VII. Oração Para Minha Filha

O título do livro é uma referência a uma citação de Charles Darwin, em que fica evidente a descrença de Darwin num mundo perfeito que tenha sido elaborado por Deus: "Que livro não escreveria um capelão do Diabo sobre o trabalho desajeitado, desatinado, vil e horrivelmente cruel da natureza!".



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ATUALIZAÇÃO II - Curiosidade histórica:

Assassinato do capelão da esquadra de São Vicente

O assassinato do capelão da esquadra de São Vicente foi um crime cometido em São Paulo. Em 1583, quando a esquadra do navegador espanhol Diogo Flores de Valdés deixou o litoral de Santa Catarina com destino ao Estreito de Magalhães uma tempestade lançou a esquadra para São Vicente onde esta aportou. Lá chegando o capelão da esquadra seguiu para São Paulo acompanhado de dois auxiliares, durante o caminho pediu esmola ao soldado Pedro Dias, o Coxo, que se recusa a lhe dar dinheiro e o ofende. Visto isso o frade ameaça o soldado com o castigo de Deus. No dia seguinte, ao avistar o frade a caminho da ermida da Luz (no hoje bairro da Luz) o soldado novamente o xinga e o mata a punhaladas. Esse teria sido o primeiro assassinato registrado na cidade de São Paulo.

Fonte: WIKIPEDIA


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ATUALIZAÇÃO III - Papo de embusteiro:


Se eu fosse gay, com certeza entraria com uma Interpelação Judicial para fazê-lo demonstrar sua alegada capacidade. 
O Ministério Público deveria estudar uma ação de dano moral coletivo contra o embusteiro referido na notícia abaixo.

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Ex-capelão da Marinha diz conseguir exorcizar gays - com 50% de sucesso
05/07/2012 | 16h36min


Um ex-capelão da Marinha disse em um programa na TV, via webcam, que é capaz de"exorcizar gays" e arrancar deles "o demônio da homossexualidade".

Gordon James Klingenschmitt falou ao programa "The David Pakman Show" sobre a terapia "reparadora". Ele citou o exemplo de uma suposta lésbica que se "curou" com ele por meio de exorcismo.

"Quando o Espírito Santo entrou nela, e ela permitiu, estávamos aptos para fazer o demônio sair dela. Houve um exorcismo e ela passou a sair com pessoas do sexo oposto", contou.

Wayne Besen, diretor de uma ONG que combate o extremismo religioso anti-gay, classificou no programa as ações de Klingenschmitt como "loucura"e"charlatanismo".


"É um absurdo. As pessoas não são curadas, as pessoas não estão doentes. Isso não é cristão", afirmou Besen.

Klingenschmitt disse já ter realizado 50 sessões de exorcismo de gays - com 50% de sucesso.

"Pessoas que apoiam o pecado homossexual serão julgado por Deus, incluindo o nosso presidente, Barack Obama", comentou o ex-capelão em outra oportunidade.

Fonte: O Globo

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ATUALIZAÇÃO IV - Curiosidade:


CAPELÃO ATEU?

No final de abril passado saiu em notícia do jornal The New York Times*, uma reportagem  no mínimo curiosa. 
Segundo ela, há mais de 3 mil capelães que ministram às necessidades espirituais e emocionais das tropas de militares estadunidenses da ativa, cuja vasta maioria é de cristãos, e com alguns judeus, muçulmanos, budistas, hindus e até adeptos da Wicca. 

E questiona: agora, um capelão ateu?

Há uma agremiação nos Estados Unidos, a Associação Militar de Ateístas e LivresPensadores, que se reúne para distinguir a assistência a dar ao que - segundo dizem - é um grupo numeroso por lá. Outro grupo é o de Militares Ateus e Humanistas Seculares (MASH, em inglês), que solicitou apontar ao exército de lá um líder ateu para atuar junto ao Forte Bragg. Capelães estadunidenses que servem nesse Forte se mostraram perplexos, alegando que os militares ateus não são um grupo de fé, e sim um grupo sem fé.

Os militares ateus alegam que, embora o proselitismo por parte dos capelães seja proibido, a crença cristã invade a cultura militar, criando pressão sutil para que não cristãos se convertam.

Outro aspecto abordado pelos militares ateus foi o fato de ter havido apoio institucional a um evento evangelístico promovido pela Associação Evangélica Billy Graham no Forte Bragg, denominado "Agitando o Forte" (Rock the Fort). O apoio foi garantido com investimento financeiro e recursos humanos para a realização do evento. Em resposta, eles querem realizar um evento de natureza humanista secular, trazendo, entre os presentes, o escritor Richard Dawkins, autor do polêmico "Deus, um delírio".

Um dos seus membros, o sargento Griffith, de 28 anos de idade, foi cristão durante sua juventude, e hoje ostenta o ateísmo como preferência religiosa, dizendo que apoia a ideia de soldados religiosos precisarem de suporte religioso de capelães religiosos, mas que há uma linha tênue entre dar apoio a soldados religiosos e promover religião.

Nosso comentário ocorre no sentido de afirmar a posição de respeito entre crentes e não crentes, em que um grupo não tem de se sobrepor ao outro, sendo a Força, Armada ou Auxiliar, composta de nacionais de todos os matizes e preferências religiosas, na qual não deve haver preconceito de qualquer espécie. O serviço de assistência religiosa nas Forças Armadas, de quem fala a Constituição da República, é dado a quem quiser, não como algo imposto. Cabe, entretanto, ao capelão cristão mostrar a todos, crentes e não crentes, a importância de se viver um bom testemunho, realizar um bom trabalho, e com isso não
provocar divisão, mas demonstrar que vale a pena seguir a Jesus, dentro e fora de uma unidade.

Num momento em que parece que o mundo está cada vez mais humanizado, e que ocorre proselitismo de todos os lados, o capelão militar protestante deve fazer com que as unidades enxerguem seu papel de auxiliar nos assuntos espirituais e emocionais, anunciando o Evangelho mais com sua vida do que com eventos ou folhetos. Ademais, que nele deve haver um espírito de excelência e cooperação, a despeito de tantas denominações, para que os contrários à fé cristã não tenham o que ponderar sobre sua atuação na caserna.


*DAO, James. Atheists Seek Chaplain Role in the Military. The New York Times. New York, EUA, 26 abr. 2011.

Disponível no hipertexto . Acesso em 08/05/2011.17/07/12 Militar Cristão || Portal Capelania Protestante | Notícias da Capelania | Capelão Ateu?

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