Parece que a professora queixosa recobrou o bom-senso ...
Bem melhor assim para a "educadora", porque penso que ela iria passar por sérios constrangimentos se desse continuidade à sua infeliz iniciativa.
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Denúncia contra aluna que fez diário da escola deve ser arquivada
NATÁLIA CANCIAN
A denúncia contra a estudante Isadora Faber, 13, que criou um diário virtual para mostrar os problemas da escola pública onde estuda, não deve seguir adiante, segundo a Polícia Civil de Santa Catarina. A aluna havia sido acusada de calúnia e difamação por uma das professoras da escola, que fica em Florianópolis.
Segundo o delegado Marcos Alessandro Vieira Assad, após registrar um boletim de ocorrência contra a aluna no final de agosto, a professora decidiu não fazer uma representação criminal contra ela, o que impede a abertura de um inquérito policial para investigar o caso.
"Não houve representação por nenhuma das partes, o que é uma exigência legal. Com isso, [o caso] não poderá ir para frente", afirma Assad.
O delegado diz ainda que vai ouvir a diretora da escola e enviar o caso à Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente e ao Ministério Público, para acompanhamento. "Fisicamente, ele vai à Justiça, mas não deve ter prosseguimento. O mais provável é que seja arquivado", diz.
Alvarlio Kurossu/Agência RBS/Folhapress
Professora registrou boletim de ocorrência acusando aluna da 7ª série de calúnia e difamação em SC
Isadora foi intimada a prestar depoimento na terça-feira (18), acompanhada do pai. "Nunca tinha entrado numa delegacia antes", escreveu a jovem na página "Diário de Classe".
Segundo a mãe de Isadora, a produtora de vídeos Mel Faber, 45, a professora de português incomodou-se com um comentário feito no dia 24 de agosto.
"Hoje a professora de português Queila, preparou uma aula pra me 'humilhar' na frente dos meus colegas, a aula falava sobre política e internet, ela falava que ninguém podia falar da vida dos professores, porque nós podíamos ter feito muitas coisas erradas pra eles odiarem e etc. Eu e acho que a maioria dos meus colegas entenderam o recado 'pra mim". (...) Confesso que fiquei muito triste", escreveu Isadora à época.
A mãe da aluna disse que a professora já havia conversado com Isadora e o assunto estava encerrado. A família surpreendeu-se quando recebeu a intimação.
"Ela ficou um pouco assustada [quando foi intimada], mas voltou bem contente. Foi muito bem tratada e falou o que tinha feito", diz Mel.
CRÍTICAS
Criada em julho, a página de Isadora no Facebook já conta com mais de 280 mil seguidores. Segundo a mãe, após criar a página, a aluna passou a receber críticas e indiretas na escola. "Ela chega a sofrer ameaça de alguns colegas", conta.
A reportagem tentou falar com a diretora da escola nos últimos dois dias, mas não conseguiu contato. Já a Secretaria de Educação de Florianópolis disse que "a situação tornou-se um caso particular entre a professora e a família da aluna" e que não iria interferir.
O Ministério Público diz que, após receber os depoimentos, vai verificar se os direitos da criança estão sendo respeitados.
Fonte: FOLHA DE SP
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