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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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sábado, 8 de maio de 2010

Sobre as praias de Florianópolis

LIZ - www.leismunicipais.com.br




LEI Nº 5847, de 04 de junho de 2001


CRIA A DENOMINAÇÃO OFICIAL DAS PRAIAS, NO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.


Faço saber a todos os habitantes do Município de Florianópolis, que Câmara Municipal de Florianópolis, aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º
Fica criada a denominação oficial de todas as praias do Município de Florianópolis de acordo com o inventário (em anexo I) e o mapa de localização (anexo II), parte integrante desta Lei.

Art. 2º
Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Florianópolis, aos 04 de junho de 2001.

ANGELA REGINA HEINZEN AMIN HELOU
PREFEITA MUNICIPAL

ANEXO I


INVENTÁRIO DAS PRAIAS - Grupo insular

Praias Marítimas

Denominação:

001 - PRAIA DE RITA MARIA

001.1 - Denominação Primitiva

Nos vários mapas consultados, encontrou-se duas denominações, Praia da Arataca para a pequena "calheta" ao pé do Morro de Rita Maria, ou de Rita Maria para todo o trecho considerado.

001.2 - Denominações Outras.

Oficial ou oficiosamente, não possui, e não possuiu outra denominação. Popularmente foram detectados os seguintes: Praia do Estaleiro Arataca; Praia do Riachuelo e Praia do Cais do Porto.

001.3 - Denominação Atual

Praia de Rita Maria

001-4 - Histórico

A Praia de Rita Maria (aparece a grafia DA e DO Rita Maria) é tradicional e sua denominação decorreu, segundo se depreende da "Planta da Villa Capital de Sancta Catharina", datada de 1774, e atribuída a autoria de técnicos espanhóis com a finalidade de orientar o ataque de sua esquadra à Ilha, o que realmente ocorreu em 1777, do monte que ela banha e que tinha a designação de MONTE DE RITA MARIA.

Esse monte é ocupado, hoje, pela Alameda Adolfo Konder, Praça Hercílio Luz cabeceira insular da Ponte Hercílio Luz e altos da Rua Felipe Schimidt. Sua denominação de Monte de Rita Maria, claramente escrito na planta referida, deve ter provindo de ser propriedade de um senhor com o nome de João de Rita Maria.

O Monte de Rita Maria abrigou entre 1862 e 1928 o Cemitério Municipal que transferiu-se, a partir de 1929, para as Três Pontes, no Itacorubi (Hoje o Cemitério Municipal São Francisco de Assis) em decorrência da abertura ao tráfego da Ponte Hercílio Luz. O outro topônimo Arataca, que veio a ser aplicado ao Estaleiro, vem da configuração do morro com forma de "Cabeça achatada".

001.5 - Descrição Física

Praia de areia fina, alva, tendo aos bordos algum depósito de lodo de fundo de mar. Acompanha os regulares movimentos de marés, ficando totalmente coberta com marés mais altas.

001.6 - Dimensões

Atualmente possui uma extensão aproximada e variável de 580 metros (apresenta variações semelhantes as variações de marés), com largura irregular entre 50cm. e 8m. Face a indefinição do seu início e término, não se pode ter precisão de medidas.

001.7 - Usos e Costumes

Foi utilizada, em tempos afastados (até à abertura da Ponte Hercílio Luz) como praia pesqueira e

para ancoradouro de pequenas embarcações que faziam a travessia do canal entre a Ilha e o Continente. Funcionou sempre, como apoio para Clubes de Remo e de provas, Regatas, com barcos a remo.

Com a criação da Empresa Carlos Hoepcke S/A, a Praia de Rita Maria passou a sofrer profundas transformações. Ocorreram aterros destinados a construções dos armazéns (por exemplo, Super Mercado Imperatriz, hoje. Fabrica de Gelo e de Pregos Rita Maria e outros) e do Cais do Porto, grande referencial social de Florianópolis, pois partiam e chegavam os navios de transportes de passageiros e de cargas, estas tanto nacionais como de importação e exportação. O Cais do Porto dos navios Carlos Hoepcke, Max e Anna, fez história em Florianópolis e quase sempre era denominado de Cais Rita Maria. Não é sem razão que o Terminal Rodoviário de Florianópolis foi denominado Rita Maria.

Junto à base do Monte a Firma Hoepcke montou um estaleiro para reparos e construção de embarcações de médio porte. O Estaleiro foi denominado de Rita Maria e conhecido popularmente como arataca denominação que a firma passa a adotar a partir de 1930 - Estaleiro Arataca.

Em 1972 ocorreu um grande aterro que soterrou a antiga praia. Porém as obras complementares ensejaram a surgimento de um outra praia para nela serem colocados os Galpões dos Clubes de Remo da Capital. Além de sede náutica de remo, tem hoje um pequeno ancoradouro para embarque e desembarque de turistas em passeios de escuna pelos mares da Ilha.

Denominação:

002 - PRAIA DO MIRA MAR

002.1 - Denominação Primitiva

A denominação mais antiga encontrada está inserida no mapa de 1774, e com o genérico, desde a Rita Maria até a saída da Fonte da Bulha ou Canal da Avenida Hercílio Luz, é o de Praia da Vila.

002.2 - Denominação Outras

A "Praia da Vila" ao longo dos anos, foi subdividida em várias outras denominações como, Praia do Mercado (1896 a 1970), Praia Vai Quem Quer (1962 a 1972), Praia do Rita Maria, Praia da Alfândega, Praia do Reduto, etc.

002.3 - Denominação Atual
Deve ser "Mira Mar", face seu conteúdo histórico, cultural e social.

002.4 - Histórico

A primitiva denominação de Praia da Vila da Nossa Senhora do Desterro, diz tudo o que era a praia que circundava desde Rita Maria até a desembocadura da Fonte ou Córrego do Bulha, hoje Canal da Avenida Hercílio Luz.

Com o passar dos anos alcançou, a parte fronteira da Praça XV de Novembro, o nome de "Praia do Reduto". Entendendo-se por reduto, o local abrigado que servia de ancoradouro para os barcos de carga e passageiros que chegavam á vila, e dela partiam para outras vilas insulares ou continentais.

Com a ampliação do movimento dos barcos, foi preciso construir-se um novo "Reduto" tendo surgido, em 1920, o cais da estação de passageiros, um alpendre que recebeu o nome de Trapiche Municipal, ao qual o ilhéu denominou de Mira Mar, estendendo-se a denominação à pequena

praia que se formava em marés baixas (houve vários aterros entre o final da praça XV e o Mira Mar) em torno do Trapiche Municipal e que era utilizada para balneário. Com marés mais altas os freqüentadores do "Mira Mar" jogavam moedas dentro d`água para os "guris" mergulharem e irem colhê-las como "féria", presente ou receita.

Com o aterro hidráulico de 1972, desapareceram o Mira Mar e a Praia. Hoje com o movimento das marés e com o aterro, começa a surgir, por um processo natural, nas bordas do aterro, uma nova "Praia do Mira Mar".

002.5 - Descrições Físicas

Foi uma praia sempre muito suja. Primeiro com os despejos de lixo sólido, desordenadamente feito pela população, pela Alfândega, inclusive pelo Mercado Publico Municipal. Depois tornou-se altamente poluída por ter próxima um terminal de esgoto sanitário da cidade.

Como desapareceu a antiga praia, a que hoje está em reconstituição ás bordas do novo aterro hidráulico, aos fundos do Centro de Convenções em construção (1997/1998) não apresenta dados físicos descritíveis. Aparece e desaparece totalmente com o movimento das marés.

Contudo sua fixação é inevitável. O tempo e o mar, encarregar-se-ão de fazer como trabalho de reconstituição total da Praia do Mira Mar. Por isso recomendamos sua denominação e inserção nos mapas da cidade. Aliás, na Baía Norte, outro fenômeno semelhante está sendo acusado.

002.6 - Dimensões

No momento indefiníveis.

002.7 - Usos e Costumes.

Aponta-se também para a nova praia do Mira Mar o que primitivamente oferecia, lazer e estrutura de atracamento para transportes marítimos de carga e passageiros.

Denominação:

003 - PRAIA DA PRAINHA

003.1 - Denominação Primitiva

Foi encontrada a mesma denominação em todos os mapas e registros consultados.

003.2 - Denominações Outras

Nada há a ser registrado

003.3 - Denominação Atual

PRAINHA. Trata-se, hoje, de uma denominação pouco conhecida, pois, a comunidade que tinha o mesmo nome, com a transformação urbana da Cidade de Florianópolis, passou a ser conhecida com outras designações, como, Comunidade do Morro do Mocotó, Silva Jardim, e outros. Os moradores tradicionais ainda a conhecem como Prainha.

003.4 - Histórico

Prainha é um termo vernáculo, que foi utilizado pelos antigos, não para designar uma praia de pequena extensão, porém um "baixio" muito longo formando uma praia argilo lodosa, e que por isso, apresenta longos movimentos de ocupação das águas pelas marés. Prainha, praia longa e rasa.

A Prainha passou por vários aterros e, do seu traçado original, resta apenas poucos remansos de praia de areia ao sul do Clube Veleiros da Ilha, junto ao Penhasco da Rua Silva Jardim. Aliás são pequeninas praias de areia.

Grande parte que era banhada pelo mar, abriga hoje as construções dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do SESC/SENAC e outros.

Com o último grande aterro hidráulico, de, 1972, nova PRAINHA, de areia fina e clara esta sendo organizada em função dos movimentos de marés. Nos terrenos acrescidos uma nova área de lazer está sendo montada, talvez em substituição ao Largo General Osório com quadras de futebol de areia, Passarela Nego Quirido, pista de Motor Cross, Centro de Convenções, etc.

Com isso é de se retomar a denominação de Prainha para a nova orla marítima.

003.5 - Descrição Física

Localiza-se no centro da Cidade tendo por começo a Foz da Fonte da Bulha ou Canal da Avenida e segue até a base Norte da Ponta do José Mendes,

Foi uma praia longa e lodosa.

003.6 - Dimensões

Extensão . aproximadamente 1.100 metros

Largura variável e instável entre 0,0 e 4,5 metros

003.7 - Usos e Costumes

Foi e é, utilizada para lazer e área livre. Pratica-se tanto os esportes terrestres como náuticos, destacando-se a Marina do Clube Veleiro da Ilha, com capacidade para quatro centena de embarcações de diversos tamanhos e calados. Possui uma boa infra-estrutura.

As pequenas praias (três) são utilizadas como balneário urbano.

Denominação:

004 - PRAIA DO JOSÉ MENDES

004.1 - Denominação Primitiva.

Praia da Ilha das Vinhas, nome dado à ilha fronteiriça, facilmente alcançável por embarcações, e a nado, a partir desta praia.

004.2 - Denominações Outras

Com outros designativos ou usos consagrados, nada foi encontrado. Popularmente, em informações orais colhidas, foi denominada de praia do Gainete, entre o final do século XIX e início do XX. Gainete referia-se a um senhor de origem francesa que, no local tivera uma fábrica de sabão, outra para curtir couros e outra de refrigerantes, essa última vocação ainda presente na localidade. O nome Gainete é uma corruptela de Gean Guinot e, que com o uso, tornou-se nome de registro oficial e familiar, ainda presente em Florianópolis, Família do Sr. Carlos Gainete.

004.3 - Denominação Atual

Praia do José Mendes, que é o topônimo encontrado nos Mapas e em usos por todos os habitantes locais.

004.4 - Histórico

O topônimo deriva do nome do Senhor José Mendes dos Reis, um cidadão que veio de Portugal, contratado pelo Vigário da Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, em 1726, para vir ser o Sacristão da Paróquia. O Sacristão, à época, era, não só ajudante das Missas, como também, o administrador e cartorário dos expedientes paroquiais. Casou-se ele com uma das filhas do Frei Agostinho da Trindade, Vigário da Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, e que por isso, recebeu por dote as terras do Morro da Queimada incluindo a praia e a ponta de terra à jusante. Terras, Ponta e Praia do Senhor José Mendes. Um dos filhos de José Mendes, com o nome do avô, tornou-se sacerdote e passou a se chamar também, de Frei Agostinho da Trindade.

004.5 - Descrição Física

Localiza-se no Bairro do mesmo nome, e integra o território do Sub- Distrito do Saco dos Limões.

Trata-se de uma pequena praia, com pouca largura de areia média, possuindo alguns grãos maiores, e amarelada. Tem águas mansas e rasas, só agitáveis com o vento sudeste. Inicia junto ao lado sul da Ponta do José Mendes e termina em um conjunto de pedras ao norte da Ponta do Saco dos Limões. A população local a utiliza freqüentemente.

Oferece boas condições para entrada e saída de embarcações. É utilizada por pescadores.

Possui uma entrada aberta ao público.

004.6 - Dimensões.

Extensão 320 metros

Largura de 1 a 8 metros

004.7 - Usos e Costumes

Utilizam-na os pescadores para entrada e saída de barcos para a captura do camarão e peixe pequeno, como atividades de esporte ou de complementação de renda familiar.

Denominação:

005 - PRAIA DO CURTUME

005.1 - Denominação Primitiva

Sua denominação primitiva confundia-se com a da Praia do Saco dos Limões, contudo, verifica-se que ela dá seqüência a praia do José Mendes, sendo seccionada tão somente por um conjunto de pedras, formando uma ponta dentro do mar.

005.2 - Denominações Outras

Nos mapas consultados nada foi encontrado, nem mesmo a denominação Curtume. Popularmente foi chamada como Praia da Ponta do Saco dos Limões.

005.3 - Denominação Atual

Praia do Curtume. Popularmente é dito cortume que contraria o vernáculo;

005.4 - Histórico

A Praia do Curtume recebe este nome por ter tido junto à ela as instalações de uma fábrica de curtimento de couros de boi e de cavalos entre 1870 e 1920. Esse foi um período em que muitos outros curtumes, sendo registrada na Ponta do Recife, hoje alguns dizem Coral, a denominação de Praia do Curtume e assinalada na planta baixa dessa unidade de curtimento de couros - Planta da Vila em 1862.

Após 1920, até os anos sessenta, foi a área ocupada por depósito de barris de gasolina, querosene e óleo combustível da Texaco, e para distribuição local. Hoje ela possui diversos moradores, especialmente pescadores, e tem aceso pequeno ao público. É muito concorrida aos Sábados e Domingos.

005.5 - Descrição física

Localiza-se no Sub Distrito do Saco dos Limões, e às margens da Rua José Maria da Luz no Bairro do José Mendes. Tem uma estrutura semelhante a Praia do José Mendes pois é praticamente, continuidade daquela. Praia de baía, águas mansas, areia média e amarelada, com poucos cascalho.

005.6 - Dimensões

Extensão 280 metros.

Largura de 1,5 a 8 metros.

005.7 - Usos e Costumes

Sua utilização principal é feita por pescadores. No local existem vários ranchos de pescadores e cerca de uma dúzia de embarcações.

Os principais pescados são, o camarão, peixes pequenos e coleta do berbigão, Com barcos maiores os pescadores, apenas três profissionais, vão a locais mais profundos em busca de pescado de maior porte.

Denominação:

006 - PRAIA DO SACO DOS LIMÕES

006.1 - Denominação Primitiva

Em todos os mapas consultados, e consultas bibliográficas procedidas, apontaram sempre a mesma denominação.

006.2 - Denominações Outras

Nada a registrar, ainda que, antes do aterro para a construção da Avenida Waldemar Vieira tenha, pelo povo, subdivisão em Praia da Vila Operária, Praia do seu o Campo Moré e Praia do Canto do Saco. Eram designações sem nenhum registro cartográfico, e, hoje, nada mais significam para a comunidade, a não ser a Praia do Ferrujo, a ser relatada logo a seguir.

006.3 - Denominação Atual

Praia do Saco dos Limões.

006.4 - Histórico

A denominação Saco dos Limões deriva, em primeiro lugar, da configuração Geográfica saco, isto é, uma prolongada e fechada enseada. E, segundo, dos limões, por ter, a região banhada pela praia e pelo Saco, muitos limoeiros.

O limão era fruto muito procurado pelas embarcações, com a finalidade de preparar refresco, e xarope para o tratamento do escorbuto, uma virose que provocava elevada desidratação, podendo levar a morte. Era considerada, a temida doença de bordo, e por isso, todo o navio que se prezasse deveria ter limões a vontade para socorre à tripulação e passageiros. Todos os barcos que passassem pelo Porto e pela Ilha de Santa Catarina deveriam colher, ou comprar, limões, no Saco dos Limões.

Virgílio Várzea em "A Ilha", registra que na Praia de Saco dos Limões funcionaram muitas caieiras.

Com o aterro para a construção da Avenida Wademar Vieira, a praia sofreu muitas alterações. Atualmente com mais um aterro, agora para implantação da Via Expressa Sul, a antiga praia, desapareceu .

Uma nova praia de areia branca e fina, está a se formar na orla nova. É a nova Praia do Saco dos Limões.

006.5 - Descrição Física

Localiza-se na Sede do Sub- Distrito do Saco dos Limões, tendo início no lado Sul da Ponta do Saco e termina junto a foz do riacho da Gema do Ovo no Canto do Saco. Trata-se de uma praia argilo lodosa.

Apresenta uma constituição de mangue.

006.6 - Dimensões

Extensão 1.350 metros

Largura de 2 a 28 metros

006.7 - Usos e Costumes

Tem ela como principal uso, servir de acesso ao mar pelos pescadores, para a pesca do camarão e da coleta do berbigão. Existe no local grande quantidade de berbigão, e sua coleta é procedida, principalmente por mulheres.

Em função da pesca, surgiram, ao longo dela, muitos ranchos de pescadores para guarda de seus apetrechos e de embarcações, Foram 120 ranchos, e mais de trezentas embarcações. Contudo, pescadores profissionais, não alcançam uma dúzia, sendo os demais amadores para complementação de renda familiar e pratica esportiva. Esses ranchos foram indenizados por ocasião do Aterro hidráulico (1996), porém com a paralisação das obras, vão aos poucos retomando, muito embora a empresa construtora tenha edificado três grandes galpões, para as mesmas funções.

Denominação:

007. PRAIA DO FERRUJO

007.1 - Denominação Primitiva

Tem-se que todo o contorno do Saco dos Limões, Canto Ferrujo e Costeira do Pirajubaé, compunha a mesma praia. Com surgimentos de pequenos povoados, afastados, e sem comunicação direta à época, foi, a praia, sendo desmembrada para identificar cada aglomerado. Resultou, então, o desdobramento da Praia do Saco dos Limões em diversas outras, como a do Ferrujo.

007.2 - Denominações Outras

Nada consta.

007.3 - Denominação Atual

Praia do Ferrujo na Localidade do Ferrujo.

007.4 - Histórico

Origina-se o topônimo "ferrujo", de duas vertentes. Uma relativa a uma doença renal do gado bovino denominada ferrujão (teria o gado local sido dizimado por ela) e outra, talvez a mais provável, por ter a água do mar local, uma coloração ferruginosa - cor de óxido de ferro.

O Verbete ferrujo, não é encontrado nos dicionários brasileiros, somente nos editados em Portugal e antigos, dando-o como de origem latina e ligada ao óxido de Ferro ou da doença do gado. Dada a singularidade do topônimo, também dado à comunidade local, merece ser conservada e cultuada, muito embora seja uma palavra de português arcaico, e talvez, grafada incorretamente.

007.5 - Descrição Física.

Tem, a praia do Ferrujo, início no Canto do Saco, foz do riacho da Gema do Ovo e termina em outro riacho, o do seu Jacques, quando começa a Costeira do Pirajubaé,

Originariamente era a única parte arenosa, areia média e amarelada (cor de ferrugem) do Saco dos Limões. Tinha o fundo lodoso e com muitos detritos, resultado de despejos descontrolados, e ainda os trazidos do norte. É uma praia de mar manso. Com os aterros, a praia antiga desapareceu. Quando antes do último soterramento estava a ser naturalmente reorganizada. Atualmente foi deslocada para a orla do aterro hidráulico da Via Expressa Sul e, com boas perspectivas de poder servir à comunidade, para lazer e pesca.

007.6 - Dimensões

Extensão 680 metros

Largura entre 1 e 6 metros (medidas atuais).

007.7 - Usos e Costumes

Sempre foi utilizada pelos locais como área de lazer, banho e, eventualmente pesca. Hoje, na área do aterro da Via Expressa Sul, a velha praia do Ferrujo adquiri melhores alternativas de usos.

Denominação:

008 - PRAIA DA COSTEIRA DO PIRAJUBAÉ

008.1 - Denominação Primitiva

Foi sempre conhecida como Praia da Costeira.

008.2 - Denominações Outras

Praia da Costeira do Saco; Praia da Costeira do Pregibaé; Praia da Costeira do Pirajubaé. A grafia de pirajubaé aparece com varias formas aproximadas, e tem sempre a finalidade de identificar uma espécie de peixe.

008.3 - Denominação Atual

Praia da Costeira do Pirajubaé.

008.4 - Histórica

A Costeira do Pirajubaé é um bairro no Sul da Capital catarinense, e dos mais antigos e tradidonais, que evoluiu de setor agrícola para área residencial de classe média B e C. Virgílio

Várzea dedica à ela, capítulo especial no seu livro, A Ilha de 1900. A atividade pesqueira foi, e ainda é, muito desenvolvida para a coleta do berbigão e captura de camarão "miúdo". Outras variedades como camarão branco de médio porte, e também, de peixes e Sul, são capturados na área. As canoas e ranchos de pesca aparecem ao longo de toda a praia. Como é passagem obrigatória para quem demanda ao Sul da Ilha, surgiu ao longo da Avenida Jorge Lacerda, um expressivo comércio de mercadorias, voltado para a alimentação tendo o pescado como principal produto.

Foi, a praia primitiva lodacenta, totalmente aterrada com vista a implantação da Via Expressa Sul.

O mangue ao término da Praia da Costeira, junto a foz do Rio Tavares, se estende até a praia do Caiacangamirim, e é denominado de Carianos, denominação decorrente do fato dos primeiros moradores desse local terem provindo da região da Cária, povoado ao Norte de Portugal. Cária com gentílico cariano.

008.5 - Descrição Física

Integra o Sub-distrito do Saco dos Limões, tendo por limites, ao Norte o riacho Jacques, e término, na Foz do Rio Tavares. É uma praia com fundo argilo - lodacento . Possui algumas áreas coberta com areia fina decorrente do aterro hidráulico de 1996/97, por isso, nova praia poderá oferecer melhores condições, tanto para pesca, como para o lazer.

008.6 - Dimensões

Extensão - 3.200 metros

Largura - muito irregular variando do zero até 18 metros.

008.7 - Usos e Costumes

Seu uso principal é voltado para as atividades pesqueiras.

Denominação:

009 - PRAIA DE CAIACANGAMIRIM

009. 1 - Denominação Primitiva

Adotou sempre esta denominação

009.2 - Denominações outras

Nos mapas encontrou-se sempre essa denominação porém, popularmente é designada de Praia do Aeroporto ou Praia da Base Aérea por estar confinada em propriedade territorial administrada pelo Destacamento da Base Aérea de Florianópolis.

009.3 - Denominação atual

Praia de Caiacangamirim.

009.4 - Histórico

Trata-se de uma das mais antigas praias com denominação fixa, na Ilha de Santa Catarina. O topônimo deriva do tupi - guarani e significa, praia situada junto à "Ponta de Terra" sobre o mar, com cabeça de macaco pequena (mirim). O adjetivo pequeno é para distinguí-la de outra Ponta semelhante, mais o Sul que é, porém, maior, logo açu (grande) Ponta de Caiacangaçu.

Na região habitaram os índios chamados de carijó, identificados pelo Arqueólogo João Alfredo Rohr. SJ., entre 1955 e 1970, mediante escavações onde foram encontrados fosseis e muitos

outros registros culturais que foram datados entre 3000 e 1800 anos antes de Cristo. Outros fósseis, porém mais próximos, incluindo alguns já nos contatos com os europeus, também foram colhidos.

Ao homem aqui identificado resolveu o pesquisador, atribuir-lhe as características do "Homem Americano".

Todos os registros e demais materiais coletados, estão expostos no Museu do Homem Americano, no Colégio Catarinense ou no Museu de Arqueologia, da Unisinos, Rio Grande do Sul.

009.5 - Descrição Física

Esta localizada no extremo norte do Distrito do Ribeirão da Ilha dentro da área de domínio da Base Aérea de Florianópolis, extremando com o Carianos.

É uma praia de areis claras, levemente amarelada, com fundo semi lodoso, mar interno de baia, com pequenas ondas, e acompanha todas as oscilações de marés.

É uma região piscosa com peixes de pequeno porte, camarão e muito berbigão.

009.6 - Dimensões

Extensão 1500 metros

Largura - média de 5 metros.

009.7 - Usos e Costumes

Primitivamente foi área de coleta pelos índios Carijó. Com o homem branco europeu foi utilizada para as atividades de pesca e ancoradouro de barcos. Camarão, berbigão e peixe pequeno, constituem as espécies capturadas próxima a praia. Atualmente tem uso restrito aos aquartelados, militares e moradores da Base Área, para balneário e lazer.

Possui um pequeno trapiche para aporte de barcos de manobras e treinamentos da Base Aérea.

Os barcos de pesca, que se aproximam do local, procedem do Saco dos Limões, da Costeira do Pirajubaé, da Tapera e adjacências, mesmo assim, não podem aproximar-se em demasia da praia de Caíacangamirim, por ser área militar.

Denominação:

010 - PRAIA DA TAPERA

010.1 - Denominação Primitiva

Praia de Fora. Uma antiga prática toponímica, para identificar a praia que ficava do outro lado de uma pequena península, e secundária da principal, neste caso, a de Caiacangamirim. Várias são, ainda hoje, as praias com essa denominação.

010.2 - Denominações outras

Tapera da Base Aérea, Tapera do Norte e Taperinha buscando não confundir com praia da Tapera, mais ao sul e após a Ponta do Caiacangaçu.

010.3 - Denominação Atual

Praia da Tapera, já consagrada pelo uso e assim registrada em muitos mapas.

010.4 - Histórico

Assim como a Praia de Caiacangamirim, ao norte da Ponta do mesmo nome, a Praia da Tapera foi local de vivência dos índios Carijó. Tapera é designação de pequena casa de índios. Popularmente, no português, veio a designar casa abandonada, em ruínas, ou simplesmente, local abandonado . Tal leva a crer, que a Praia da Tapera foi desabitada e abandonada por muitos anos, desde o extermínio do Carijó.

Realmente é do início do século, provavelmente ao final da década de vinte, quando a região começa a ser ocupada pela Base Aérea, é que surgem os primeiros habitantes brancos. Passou a servir de apoio para a pesca, pois a proximidade de duas pequenas ilhas, a das Laranjeiras e a da Dona Francisca (das Flechas ou do Fleury) facilita a faina da pesca e ainda mais que há um enorme baixio onde abunda o berbigão.

Somente nos anos sessenta, é que entra no rol de praias de veraneio e de recreio dos florianopolitanos, ficando, a praia, com característica de praia familiar e semi pública.

010.5 - Descrição Física

É uma praia de baía, interna, de águas mansas. Recebe maior impacto com o vento sudoeste ficando protegida por duas ilhotas. Tem limites ao norte com a ponta de Caiacangamirim e, ao sul na restinga que liga a praia, em marés baixas, a Ilha Dona Francisca. Sua areia é média e amarelada. O fundo do mar apresenta-se levemente lodoso e algumas partes cascalhadas. É piscosa e muito freqüentada por banhistas e pescadores amadores. Integra a área do Distrito do Ribeirão da Ilha.

010.6 - Dimensões

Extensão - Aproximadamente 520 metros

Largura de 2 a 11 metros.

010.7 - Usos e Costumes

Atualmente é uma praia de recreio. Possui mais de quarenta residências fixas junto a praia e uma centena circunvizinhas, sendo portanto bairro residencial e familiar.

A pesca está, aos poucos, sendo deslocada para a praia do Garcia e/ou, Canto do Rio e Saco.

Denominação:

011 - PRAIA DO GARCIA

011. 1 - Denominação Primitiva

Segundo foi verificado, obedeceu a mesma denominação de Praia da Tapera, até 1960, quando passou a consagrar o topônimo do Garcia.

011.2 - Denominações Outras

Nada a registrar.

011.3 - Denominação Atual

Praia do Garcia

011.4 - Histórico

Seu nome deriva de um proprietário que viveu, desde o final século passado, até, os anos sessenta, quando faleceu com mais de oitenta anos. Suas terras terminavam na praia. Segundo o

Senhor Concelino Tristão, falecido em 1994 com 99 anos, esse senhor chegou a trabalhar, e ser armador, da Companhia de Pesca de Baleias da Armação do Pântano do Sul.

É uma praia de pequena referência popular, pois só pode ser efetivamente acanhada por mar, ou através da Praia da Tapera.

Historicamente é praia pesqueira.

011.5 - Descrição Física

A Praia do Garcia integra o território do Distrito do Ribeirão da Ilha e próxima do Canto do Rio. Praia de mar manso, areia média e acinzentada, baixio, e fundo lodoso. É realmente um longo baixio, chegando até a Ilha Dona Francisca com pouquíssima profundidade, mesmo em marés altas. Quando há maré baixa, é possível ir-se até à Ilha Dona Francisca, andando sobre os cascalhos da restinga com que é formada.

Inicia seu limite Norte na restinga retro explicada, e termina em posição imprecisa junto ao Saco das Ameixas, ao Leste, ou também chamado de Canto do Rio, Praia do Saco ou Praia da Mutuca.

011.6 - Dimensões

Extensão de aproximadamente 500 metros.

Largura - entre 3 e 190 metros.

011. 7 - Usos e Costumes

Inicialmente destinava-se a abrigar ranchos de pescadores. Aos poucos foram surgindo casas de veraneio e moradores fixos.

Atualmente está tomada com muitas casas e ranchos e, é o ponto de apoio para alcançar-se a ilha Dona Francisca, bem como para a coleta do berbigão.

Denominação:

012 - PRAIA DA TIPITINGA

012.1 - Denominação Primitiva

Sendo nome indígena tem mantido secularmente a mesma denominação.

012.2 - Denominações Outras

Banco da Tipitinga, Laje da Tipitinga, Ilha das Tipitingas ou Pedras das Tipitingas Sul.

012.3 - Denominação Atual

As mesmas - Ilha da Tipitinga, Pedra da Tipitinga e Banco da Tipitinga.

012.4 - Histórico

O banco da Tipitinga é resultado de um processo natural dos movimentos das marés que provocam um deslocamento de areia, e as deposita quando ocorre encontro de outras correntes marítimas. O bolsão é formado na curvatura da foz do Rio Tavares e que vai forçando a locação de areia, próxima a Ponta do Capim, junto a Pedra da Tipitinga, e, junto à essa formação, surge uma longa praia afastada da costa .

Tem efeito tão somente de natureza do ecossistema biológico e propiciando condições de desenvolvimento de determinadas espécies aquáticas.

É hoje uma área de preservação permanente.

012.5 - Descrição Física

Trata-se da formação de uma praia instável e fora da costa só atingível mediante o uso de embarcações. Seus limites são as coordenadas geográficas pois não possui outras referências de começo e fim. Circunda o banco que aparece e desaparece nas vazantes e enchentes das marés.

É de suma importância para a navegação, para os ecossistemas aquáticos e para beleza ambiental. As areias da tipitinga são alvas e finas.

012.6 - Dimensões

Variável. Há momentos de dois quilômetros de extensão e momentos de zero.

012.7 - Usos e Costumes

As reservas ambientais da Tipitinga tem tido utilidade de caixa de empréstimo para aterros hidráulicos.

Denominação:

013 - PRAIA DO SACO

013.1- Denominação Primitiva

Praia do Frade.

013.2- Denominações Outras

Além de Saco, configuração da costa em confronto com o mar, encontrou-se mais as seguintes denominações: Saco das Ameixas; Praia do Porto do Ribeirão, em referência a um pequeno riacho que tem desembocadura junto com o Ribeirão; Praia do Canto do Rio em referência a denominação da localidade que banha, Praia da Mutuca por nela existir esse inseto em abundância.

013.3 - Denominação Atual

Praia do Saco.

013.4 - Histórico

A denominação, que freqüentemente surge na toponímia, provém do desenho da costa, isto é, uma entrada em arco acentuado e pequeno, do mar junto a costa e em semicírculo, como é o desenho da foz do Rio Ribeirão, que desemboca nesta praia, lodosa e podendo ser caracterizada como mangue.

A denominação variante de, das ameixas, é por que segundo os antigos, em terra fronteira, haviam muitas ameixeiras. O local também é conhecido como Porto do Ribeirão.

O canto, ou Porto do Ribeirão, foi durante muitos anos conhecido por Canto do Candonga, homem que possuía uma armazém junto ao local, e depois, deixou para seu filho adotivo, José, e, por isso, passou a ser chamado de Canto do Zéca do Candonga.

O designativo porto, vem do fato de identificar o local de travessia de rios e também é um topônimo muito usado, como Porto do no Tavares, Porto da Lagoa e outros.

Junto ao Canto do Rio existe uma Cruz Missionária, tradicional, e um estádio de futebol para partidas e torneios amadores .

013.5 - Descrição Física

A praia forma um longo baixio, com fundo cascalhado e lodoso, com muito berbigão, siris e Caranguejos.

Localiza-se no Distrito do Ribeirão da Ilha, iniciando junto a praia do Garcia e terminando junto a Ponta do Canto do Rio, quando se aproxima da Rodovia Baldicero Filomeno. Esses marcos são pouco definíveis, pois nascem da indicação popular sem referencial geográfico claro.

013.6 - Dimensões

Extensão, cerca de 1.000 metros

Largura de 0 a 40 metros

013.7 - Usos e Costumes

É utilizada exclusivamente para a pesca. Junto a orla começam a ser erguidos ranchos de pescadores, que estão sendo deslocados da praia do Garcia, na medida em que aquela é ocupada por veranistas e moradores. Atualmente os ranchos alcançam a marca dos cinqüenta.

Denominação:

014 - PRAIA DAS FLECHEIRAS

014.1 - Denominação Primitiva

Não foi encontrada outra referência.

014.2 - Denominações Outras

Nada a registrar.

014.3 - Denominação Atual

Praia das Flecheiras.

014.4 - Histórico

Trata-se de uma pequenina praia cerca de cem metros, a noroeste da Ilha Dona Francisca, ou das Flores ou do Flery (diversas denominações encontradas nos mapas e nos relatos históricos), contudo o nome atual mais empregado é o de Ilha Dona Francisca.

O topônimo, Praia das Flecheiras, deriva do fato de que nessa praia há uma "malha" de canas da índia, a qual é muito propicia à montagem de um caniço para a pesca. Quando os pescadores necessitam de novo caniço, acorrem à Praia das Flecheiras para cortar as varas ou flechas. Flechas também são empregada na confecção de varas para foguetes- Foguete de Vara.

014.5 - Descrição Física

A Ilha Dona Francisca fica localizada ao Norte do território do Distrito do Ribeirão da Ilha. Na ilha, a praia das Flecheiras também pode ser utilizada como porto de acesso, ou melhor ancoradouro de barcos. A denominação desta ilha aparece, erroneamente, como Maria Francisca, em alguns mapas.

Praia de mar calmo, de baía, insular, pouquíssima areia média misturada com cascalhos de berbigão, cascas de ostras e lodo. Seu início e término são determinados por aglomerados rochosos de médio porte.

Na ilha Dona Francisca, existem quatro edificações de uso residencial para recreio e estar.

Um outro detalhe, esta Ilha é designada, em alguns mapas oficiais como Maria Francisca, denominação essa que está equivocada, devendo os respectivos mapas serem retificados.

014.6 - Dimensões

Extensão aproximadamente 100 metros

Largura, a 5 metros.

014.7 - Usos e Costumes

Como ficou assinalado no histórico tem duas funções, a saber, colheita de flechas ou varetas de cana e acesso para ingresso na Ilha Dona Francisca.

Denominação:

015 - PRAIA DO CONTRATO

015.1 - Denominação Primitiva

Praia do Baixio

015.2 - Denominações Outras

Praia do Cadete e Praia do Riberô

015.3 - Denominação Atual

Praia do Contrato.

015.4 - Histórico

A orla marítima que organiza a Praia do Contrato é uma região de um grande baixio, isto é, pouca profundidade, e que penetra longamente adentro no mar, propiciando o acostamento de barcaças de pequena quilha e chatas de transporte de cargas volumosas ou de grande peso. Fica a região protegida dos ventos, tanto do Sul como do Norte pela Ilha Dona Francisca e pela Ponta do Contrato. Por essas razões, aliada à maior proximidade da Armação e do Pântano do Sul, passou a ser utilizada como porto para o comércio de mercadorias diversas. Além de atender a população, e produtores do Ribeirão da Ilha, Tapera e adjacências, atraia compradores e vendedores do Sul da Ilha. Tornou-se a região um local de CONTRATOS de compra e venda, donde então derivou a denominação.

Também a região está arrolada como uma das hipóteses da arribada de Sebastião Cabotto e sua comitiva, em 1526, ocasião em que batizou a Ilha com o nome de Santa Catarina a Virgem Mártir de Alexandria. Nesse local, Sebastião Cabotto houvera construído uma Capela, casas para seus marinheiros, e demais pessoas de bordo, e um estaleiro para conserto de sua Barca Capitânea.

O Porto do Contrato operava com cereais, peixe e carne salgados, camarão, óleo de baleia, carvão e muita lenha.

A partir dos anos cinqüenta de nosso século, com a evolução do transporte terrestre, o Porto do Contrato foi declinando e hoje, nada mais existe daquela atividade passada e importante, que foi para o Ribeirão e o Sul da Ilha.

015.5 - Descrição Física

O detalhamento do histórico penetrou sobre a descrição física da região. Resta contudo, dizer que é uma praia de fundo lodoso com areia grossa e cascalho. Apresenta algumas faixas com areia média amarelada. No conjunto é fracionada em vários pequenos segmentos intercalados por rochas e alguns molhes artificialmente montados para protegerem ondas e ensejar melhor acostamento das embarcações.

Por limites, tem inicio ao final da Praia do Saco, e termina na Ponta do Contrato bem defronte a primitiva Capelinha de Nossa Senhora da Lapa do Barro Vermelho.

Apresenta grande variação de nível das águas, nas oscilações das marés altas e baixas, respectivamente.

015.6 - Dimensões

Extensão de 1.200 metros

Largura de 0 a 40 metros.

015.7 - Usos e Costumes

Tanto o histórico como a descrição física dissecaram os usos que se fez, com a Praia do Contrato, no passado.

Hoje em dia, é uma região de recreio, muito embora suas águas sejam turvas e que se sujam muito com o vento ou com o pisar-se em seu fundo. É, porém, bastante utilizada pela população local para banho de mar e para a coleta do berbigão. Não perdeu a função de entrada e saída de embarcações, geralmente "canoas de um pau só",

Denominação:

016 - PRAIA DO BARRO VERMELHO

016.1 - Denominação Primitiva Simplício.

016.2 - Denominações Outras

Passou e passa por várias denominações, pois é um trecho longo e formado por uma orla sinuosa, com várias pequenas praias, e pontas de pedras secionando-as. São muitos contornos, sem acesso por terra, a não ser através de propriedades, e, por isso, passam a ser chamadas em função do proprietário do terreno de acesso, como Seu Thiago, Seu Garcia, Seu Olinger, Seu Antônio, Seu Aguiar, e outros mais.

016.3 - Denominação Atual

Praia do Barro Vermelho.

Contudo é conhecida, em alguns trechos como Praia do Seu Thiago, Praia do Aguiar e Praia do Seu Mário Olinger.

016.4 - Histórico

Sabe-se, que a comunidade do Ribeirão da Ilha, teve seu começo pelo contorno desta praia, que adotava a denominação de Simplícío. Todos as referências da presença de povoadores por esta região, confirmam a hipótese de Sebastião Cabotto em 1526, e os marujos náufragos de Solis, 1514, e que este foi o local dos primeiros habitantes europeus da Ilha de Santa Catarina

Manoel de Valgas Rodriques, considerado o fundador da Freguesia do Ribeirão em 1760 foi quem construiu a primeira Capela de Nossa Senhora da Lapa, no Barro Vermelho e desse fato, o Simplído passa a chamar de Barro Vermelho, nome que se aplica a toda a orla marítima confinante.

016.5 - Descrição Física

E uma praia totalmente irregular de difícil acesso, de encontro à uma elevação forte do terreno bastante íngreme, como um costão. As pequenas porções de areia apresentam-se de coloração amarelada, textura média e fundo lodoso dado ao lixo, e esgotos, despejados pelos moradores locais, provocando elevada poluição das águas.

Tem por limites, no início Norte com a Ponta do Contrato e final com o riacho da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes à entrada da Freguesia.

016.6 - Dimensões

Extensão 1.500 metros

Largura totalmente irregular comportando muitas medidas.

016.7 - Usos e Costumes

É utilizada pelos moradores locais como lazer e entrada e sadia de barcos para o Mar.

Denominação:

017 - PRAIA DO RIBEIRÃO DA ILHA

017.1 - Denominação Primitiva

Não foi encontrada outra denominação anterior.

017.2 - Denominações Outras

Praia da Freguesia, Praia de Nossa Senhora da Lapa, Praia do Ribeirão.

017.3 - Denominação Atual

Praia do Ribeirão da Ilha.

017.4 - Histórico

O Ribeirão da Ilha, além de ter sido a primeira comunidade européia da Ilha de Santa Catarina, tem, na sua praia, um local de muita referência histórico-cultural. Guarda o principal relicário dos traços da Colonização Açoriana, do século XVIII.

Sem dúvida, que os primeiros ocupantes da praia, foram os Carijó que viviam desde o Caiacangamirim até o Caiacangaçu.

Antes da chegada dos Açorianos, os moradores do Ribeirão radicavam-se na Praia do Barro Vermelho, localidade do Simplício. Para a atual praça e praia, só chegaram em 1760, e a partir daí, deram a configuração que a Freguesia de Nossa Senhora da Lapa e sua praia apresenta, hoje.

O topônimo Ribeirão, deriva do pequeno rio que nasce no Morro da Cabeça do Macaco o pico mais elevado da Ilha de Santa Catarina, com 532 metros e deságua na Praia do Saco a cerca de três quilômetros ao Norte da Freguesia.

017.5 - Descrição Física

Inicia-se, a praia do Ribeirão da Ilha, no Riacho da Gruta, entrada da Freguesia e termina no Riacho do seu Rita, quando inicia a Praia do mesmo nome, riacho do seu Rita.

É formada por três trechos, sendo o mais importante, e maior, o do centro junto à área residencial considerada, dos Pobres, e a primeira praia na área considerada dos ricos.

Possui areia média e de boa apresentação e, em anexo, duas praças que abrigam os freqüentadores. O local é bastante aprazível.

017.6- Dimensões

Extensão - 750 metros somatório de todos os segmentos,

Largura de 2 a 15 metros.

017.7 - Usos e Costumes.

No início da colonização, era utilizada como porto, isto é local de entrada e sadia de embarcações de transporte de pessoas e carga. Chegou a possuir um bom trapiche, desmontado nos anos quarenta, quando foi organizada a primeira empresa de ônibus urbano ligando a Vila ao Centro de Florianópolis. Tanto o turismo, como a população local, está a reclamar a reconstituição do transporte marítimo de passageiros para o centro da cidade e outras freguesias.

Passou, a Praia do Ribeirão, até os anos sessenta, a abrigar vários estaleiros de construção de lanchas baleeiras, e outros barcos de porte médios para fins diversos.

Atualmente é área de lazer e balneário. Uma tradicional festa na praia acontece uma semana antes do Carnaval, "Banho a Fantasia" e "Joga n`água", como eventos da Festa do Camarão.

Denominação:

018 - PRAIA DO RITA

018.1 - Denominação Primitiva

Antes de ter essa denominação era conhecida como Praia do Ribeirão.

018.2 - Denominações Outras

Nada a registrar

018.3 - Denominação Atual

Praia do Rita

018.4 - Histórico

A Praia do Rita foi conhecida por este nome desde muito tempo, que segundo a tradição oral, origina-se do nome de um proprietário de terras banhadas pelo mar nessa região e que tinha o nome de Manoel de Rita Maria.

O nome e dado ao longo de um caminho, aliás uma trilha, que se tomava, por atalhos, até a Costeira do Ribeirão passando pela toca do Uga, local que diziam mal assobrado, e onde apareciam almas do outro mundo e uma linda mulher sedutora de homens.

018.5 - Descrição Física

O trecho da Praia do Rita, vai desde a Freguesia, aos fundos do Centro Social, até a Toca do Uga, ao Norte da Ponta do Itaqui.

Constituída por uma série de pequenas praias, que algumas vezes tem nomes de seus moradores, como por exemplo Praia do D`Acâmpora, sem contudo ter confirmação oficial ou mesmo, no domínio popular.

São poucos os trechos com areia, sendo um na Freguesia, outro próximo a Cachoeira do Seu Ari, mais outro trezentos metros após, e outro aos fundos da propriedade dos herdeiros de Oswaldo D`Acâmpora.

018.6 - Dimensões

Extensão - 1.100 metros

Largura - nos trechos utilizáveis como praia apresenta variações entre 3 e 8 metros

018.7 - Usos e Costumes

Ao longo da costa, encontram-se diversos usos. Praia para banho, praia para pesca, sítio criatório de ostras e mariscos (maricultura) e algumas residências sobre o mar.

Denominação:

019 - PRAIA DO DOUTOR IVO

019.1 - Denominação Primitiva

Praia da Ponta do ltaquí

019.2 - Denominações Outras

Praia da Toca do Uga; Praia da Cruz; Praia do Seu Ivo; Praia das pedras; Praia do Norte.

019.3 - Denominação Atual

Praia do Doutor lvo.

019.4 - Histórico

A denominação atual advém do nome do Deputado Ivo Montenegro, já falecido, e que foi proprietário dessa ponta. Foi ele, o primeiro veranista a adquirir propriedade na Costeira do Ribeirão (1951). As outras denominações podem ser assim explicadas: ltaqui termo explicado na Praia do ltaqui- 020; Da Cruz, pois, dizem antigos moradores, teria havido no local, uma Cruz identificando que, no local, morrera afogado um pescador. Essa Cruz não mais existe; Praia da Toca do Uga, que é um nome interessante e, dizem, identificar um animal que se escondia dentro de um poço, aos fundos de uma enorme gruta, no Barranco próximo. O animal atacava todos que da gruta se aproximassem. A gruta, foi destruída com o alargamento e modernização da Rodovia Baldicero Filomeno. Na verdade, "Uga" o verbete identifica o peixe arraia, quando tem grande tamanho, também chamada de "jamanta", sendo, a arraia, peixe freqüente nessa praia. Praia do Norte por ficar no lado Norte da Ponta do Itaqui; Praia das Pedras, vez que tanto o mar, o barranco, como a praia, terem muitas pedras de diversos tamanhos e formas; e do Seu lvo uma forma popular em relação ao nome do Deputado Ivo Montenegro.

019.5 - Descrição Física

É uma praia aprazível e pequena. Suas águas são claras e mansas, semelhante a um lago. É sombreada por muitas árvores, e totalmente abrigada do vento sul. Aprofunda-se em suave declive de fundo de mar, e sua areia é clara e de textura média.

019. 6 - Dimensões.

Extensão - 350 metros

Largura entre 2 e 16 metros.

019.7 - Usos e Costumes

No passado foi praia de pescadores. Hoje é uma praia semi particular, pois toda a Ponta do ltaqui é uma única propriedade e só alcançável, por terra, com licença especial.

Tem uso para recreio e balneário. Alguns maricultores usam-na para irem até sua área de cultivo, que está em frente a praia.

Denominação:

020 - PRAIA DO ITAQUI

020.1 - Denominação Primitiva

Praia do Itaqui

020.2 - Denominações Outras

Praia da Ponta do lvo, Praia da Cachoeira da Sinha Oliva, Praia da Sinha Aninha, Praia do seu Nereu, Praia do Seu Olavo, Praia do Seu Ernesto, e outros . São Aliais, sub-divisões da praia.

020.3 - Denominação Atual

Praia do ltaqui.

020.4 - Histórico

Muito embora a Praia do Itaqui seja dividida em cinco lances, o maior e mais adequado à utilização geral, com 630 metros, que é o terceiro segmento da direção Norte/Sul limita-se entre a foz da Cachoeira da Sinha Oliva e a Ponta do Museu, e recebe a denominação genérica do verdadeiro nome, muito embora se a identifique por Praia do Seu Nereu, que possui uma propriedade (Pousada e Restaurante) no Local, ou ainda do Museu, pois lhe fica fronteiriço, o Ecomuseu do Ribeirão da Ilha.

ITAQUI, vem do tupi-guarani (Carijó), sendo assim uma denominação das mais antigas da Ilha de Santa Catarina, e significa, pedras pequenas sobre o mar, ou para o mar. Esta é a figura geográfica, uma ponta de pequenas pedras mar a dentro, que recebeu, dos indígenas, o nome de Itaqui. É uma bela designação como o é também de muita beleza todo o desenho visual da Ponta do Itaqui.

020.5 - Descrição Física

A Praia do ltaqui, tem início junto ao lado Sul da Ponta do Itaqui (ou do Doutor Ivo) e segue na direção Sul até a Cachoeira do Seu Ernesto. Com se assinalou anteriormente, ela se apresenta com cinco divisões feitas, por pequenas pontas de pedras, sendo, o segundo constituído por uma praia bastante aprazível, com muita sombra à beira mar, águas calmas, areia média e clara, com boas características de balnearidade. Os demais segmentos apresentam fundo lodoso e areia semi cinzenta.

Em toda a sua extensão existem apenas dois caminhos, e pequenos, de acesso ao público, caracterizando a área como de praias semi-particulares. A Praia do Seu Ernesto, as vezes denominada do Seu Osni que possuiu (ainda em atividade) um armazém no local, filho do Sr. Ernesto, ambos já falecidos, está aberta ao público, pois o Armazém, assim, fica mais ao alcance dos compradores. A venda do Seu Osni, é um marco histórico e referencial da Praia do Itaqui, como é o Museu ou a Propriedade do Professor Nereu do Vale Pereira.

020.6 - Dimensões

Extensão - 1.300 metros (incluindo todos os trechos)

Largura de 2 a 22 metros.

020.7 - Usos e Costumes

Tradicionalmente a Praia do ltaqui tem a função de praia de pesca, em especial para o camarão branco e médio, que tem período sazonal, ou de safra, entre Janeiro e Março.

No período da captura o mar, assim como a praia, ficam repletos de embarcações e tarrafeiros,

pois o camarão do Ribeirão é muito apreciado, muito procurado e proporciona bons rendimentos aos pescadores, na maioria amadores ou de complementação de renda familiar.

Hoje em dia, é muito freqüentada como balneário, e para a montagem de maricultura tendo ao seu redor, cerca de seis destes pontos de produção de ostras e mariscos.

Denominação:

021 - PRAIA DO SEU ERNESTO

021.1 - Denominação Primitiva

Acompanhava o nome do morador mais conhecido.

021.2 - Denominações Outras

Praia do Seu João Serafim, Praia do Seu Olavo, Praia do Seu Luiz, Praia do Seu Osni ou da "venda do seu Osni".

021.3 - Denominação Atual

Praia do Seu Ernesto.

021.4 - Histórico

Historicamente esta praia integrava a Praia do Itaqui, mas se configura por uma outra totalmente independente e de característica bem diferentes daquela. Também foi, ou era, designada pelo nome do morador mais próximo e mais conhecido.

Somente nos tempos atuais, a partir de 1950, é que começa a ter uma aplicação mais geral ao público e só então passa a ser chamada pelos diversos nomes acima arrolados. A opção pelo nome do Senhor Ernesto Vieira, falecido em 1968, é uma consolidação e homenagem ao principal e mais conhecido morador desta praia e onde deixou uma grande descendência.

021.5 - Descrição Física

A Praia do Seu Ernesto tem início junto a Ponta do Museu, uma forte e majestosa estrutura de pedras penetrando ao mar, ao Sul da Praia do Itaqui que vai até às Pedras do Seu Lino Cunha ou do Júlio Capenga.

É uma praia de baía, no Distrito do Ribeirão da Ilha, com águas mansas e rasa, com fundo lodacento ao norte e melhorando para o sul. Areias claras para acinzentado até a saída do Riacho do Júlio e clareia para o lado sul.

É hoje uma praia de recreio e de pesca. Três pequenos riachos deságuam nela e suas águas estão em normais condições de balnearidade.

021.6 - Dimensões

Extensão - 508 metros

Largura de 3 a 25 metros

021.7 - Usos e Costumes

A primeira parte da Praia ao norte tem aplicação para entrada e saída de embarcações, para a pesca do siri ou recreio de praia. Banhos de mar somente ao sul e está tendo regular presença de público. Aos poucos ela vai sendo fechada ao acesso popular pelo cercamento das propriedades que ficam entre ela e a Rodovia Baldicero Filomeno.

Denominação

022 - PRAIA DO SEU LINO CUNHA

022.1 - Denominação Primitiva

Muito embora o nome adotado seja de uso recente, não foi possível identificar topônimo mais antigo.

022.2 - Denominações Outras

Praia da Dona Marina Lopes; Praia da Dona Adélia, Praia do seu Lúcio.

022.3 - Denominação Atual

Praia do Seu Lino Cunha.

022.4 - Histórico

É uma praia sem muita tradição ou referências, não tendo história. É contudo anotada pela população local como indicativo de moradores e outros referencias geográficas. Na verdade é um trecho composto por quatro pequeninas praias e seis costões de pedras em barranco íngreme. As praias variam de 40 a 150 metros e seguem pela Rodovia Baldicero Filomeno desde 10,6 km. Seus nomes, com se percebe facilmente, derivam de moradores que passaram pela região (aliás, todos já falecidos), sendo o mais antigo, cujo nome vai por nós selecionado, o Senhor Lino Cunha.

022.5 - Descrição Física

Inicia-se, como se disse no histórico, no marco de 10,6 km, e termina no km 11, da Rodovia Baldicero Filomeno. As suas quatros pequenas praias, são constituídas em mar interno, baía, águas calmas e levemente turvas, com areia amarelada e manchas cinza, textura média e de fundo do mar lodoso.

022.6 - Dimensões

Extensão - 400 metros

Largura - 1 a 8 metros

22.7 - Usos e Costumes.

Foi, e ainda é, utilizada como apoio para a entrada e saída de embarcações, para o mar, em atividade de pesca e de passeio. Foi, também porto de embarque e desembarque de passageiros em épocas quando a comunidade não contava com estradas.

Hoje em dia, constituem-se em área de lazer, nada mais, e quase que particulares pois, não tem fácil acesso ao público.

Denominação:

023 - PRAIA DA COSTEIRA DO RIBEIRÃO

023.1 - Denominação Primitiva

Em todos os mapas consultados encontrou-se a mesma denominação

023.2 - Denominações Outras

Não possui

023.3 - Denominação Atual

Praia da Costeira do Ribeirão.

023.4 - Histórico

Como comunidade, a Costeira do Ribeirão da Ilha é muito antiga e resulta, desde 1760, da colonização açoriana do século XVIII. Teve moradores e filhos ilustres, dentre eles, Marcelino Antônio Dutra, que foi considerado o " Poeta do Prejo" e o primeiro escritor catarinense a publicar um livro. Tem hoje, a costeira do Ribeirão, vários descendentes do poeta, político e importante homem da literatura catarinense.

Primitivamente foi habitat dos índios do grupo Carijó.

Seu desenvolvimento acelerou-se muito recentemente, com a abertura de estradas e chegada dos modernos meios e serviços sociais, alcançando uma população de aproximadamente 1.500 habitantes.

Em sua área, existem muitas construções antigas, sendo a principal o Casarão (século XVIII) Colonial, de dona Cotinha (Falecida em 1978), que é um bem tombado pelo Patrimônio Nacional.

O designativo Costeira, é aplicação dada à uma configuração da orla marítima com vários, segmentos junto ao mar e, com algumas pedras e queda íngreme. É "costeira", um topônimo muito empregado em todo o território nacional, daí porque sempre vir completando por qualificativo, como, no caso, do Ribeirão da Ilha.

023.5 - Descrição Física

Seus limites são: ao Norte no quilometro 11 da Rodovia Baldicero Filomeno, e ao Sul com a Ponta do Morro do Céu no Canto da Nogueira ou na casa da dona Natalícia.

É uma praia dividida em dois trechos, através de uma elevação mais ou menos nos primeiros seiscentos metros para o sul, e nela deságuam vários riacho, dando-lhe um colorido diferenciado.

Possui águas claras e mansas e profundidade normal em declive suave, com a pequenina e bela Capela de São José bem defronte ao meio da praia. Suas características, são ajustadas naturalmente para entrada e saída de barcos e para banhos de mar.

Em toda a sua extensão, oferece um belo panorama do mar e do continente fronteiros.

O canto terminal foi designado de Morro do Céu por ser o morro, muito alto e íngreme (hoje foi recortado para dar andamento à rodovia) e Canto da Nogueira, por ter no local, uma árvore, pé de noz, muito grande e antiga. Seu fruto, denominado, popularmente, de "anóga" é oleaginoso e utilizado para o fabrico doméstico do sabão - "sabão de anóga". Industrialmente a anóga produz óleo vegetal de inúmeras aplicações.

023.6 - Dimensões

Extensão - 1350 metros.

Largura - 3 a 18 metros.

023.7 - Usos e Costumes

Tradicionalmente foi praia de serviços, isto é, pesca, pois permite a utilização de arrasto e diversas outra formas de pescaria. Foi também ponto de apoio para o transporte marítimo de passageiros e carga.

Hoje é praia de lazer, turismo, balneário e pesca. Como é uma praia aberta, e junto à rodovia tem fácil acesso ao público, e, por isso, bastante freqüentada. As Casas de Veraneio, na maioria, ficam do outro lado da Rodovia, necessitando, os usuários, atravessar a mesma, para alcançarem o mar.

Denominação:

024 - PRAIA DA CAIACANGAÇU

024.1 - Denominação Primitiva

Nome Tupi Guarani, e muito antigo

024.2 - Denominações Outras

Praia da ponta, praia do Romalino em seu início norte.

024.3 - Denominação Atual

Praia da Caiacangaçu

024.4 - Histórico

Caiacangaçu, é uma expressão do tupi-guarani que quer dizer ponta de terra tendo uma cabeça grande, e cuja a cabeça seja parecida com a cabeça de um macaco.

O sufixo açu, corresponde a grande, pois, esta ponta é uma reprodução da Caicangamirim, ao Norte.

Fica a dúvida em se escrever, DA, DE ou DO Caicangaçu. Por se tratar de uma ponta, feminino, e praia também feminino, optamos pela grafia DA, muito embora, popularmente, se use mais, Praia DO Caiacangaçu.

A praia fica ao lado Norte da Ponta, guarnecendo-a, e é hoje propriedade de uma única pessoa, embora tenha um pedaço, bem na costa, ocupada por outros proprietários, e freqüentada em todo o seu percurso, por pescadores e banhistas.

Trata-se, a área de praia e a ponta de terra e vegetação existente, aqui incluindo também a Praia de Fora, a seguir descrita, de um "Sítio Arqueológico", Patrimônio Nacional e reserva da cultura dos Carijó, e com política de preservação permanente.

024.5 - Descrição Física.

É uma praia de excelente formação de areia e mar suave, integrando a Baía Sul da Ilha de Santa Catarina. Está localizada no Distrito do Ribeirão da Ilha, e nas proximidades do quilometro 12 da Rodovia Baldicero Filomeno

Está protegida contra o vento sul e aberta aos ventos do norte. É uma praia de águas

limpas e fundo arenoso, com raros depósitos de lodo. Oferece condições boas para a pesca e partida de barcos para esporte, passeio e pesca pela Ponta da Caicangaçu e Naufragados.

024 6 - Dimensões

Extensão - 1.100 metros.

Largura - 2 a 30 metros

024.7 - Usos e Costumes

Além das atividades de pesca de mar, pratica-se a pesca de praia, como do siri e conchas, ou ainda de linha e redes diversas.

Seu uso, principal hoje em dia, é como praia de veraneio e turismo, pois, muitos são os freqüentadores, muito embora, tenha dificuldades de acesso.

Denominação:

025 - PRAIA DE FORA OU DA PONTA DO CAIACANGAÇU

025.1 - Denominação Primitiva

Caiacangaçu do Sul

025.2 - Denominações Outras

Durante muito tempo inclusive ainda hoje é conhecida pelas duas denominações, Caiacangaçu do Sul e Praia de Fora.

025.3 - Denominação Atual

Praia de Fora.

025.4 - Histórico

O topônimo, Praia de Fora, é muito empregado em todo o território brasileiro, e com o objetivo de determinar a posição geográfica de uma praia secundária, em relação à uma outra, considerada a principal. Neste caso, de fora, tem a função de indicar que é uma praia secundária e subordinada a primeira encontrada e mais utilizada pelo povo.

No Centro de Florianópolis, há outra Praia de Fora, que obedece à essa conceituação, portanto a mesma figura da presente Praia de Fora, isto é, do outro lado, secundária e posterior, à Ponta de Caiagangaçu.

025.5 - Descrição Física

Tem, Praia de Fora características de um baixio, semi cascalhado, e areia relativamente grossa, com águas as vezes bastante turvas, especialmente quando sopra o Vento Sul. Descreve um curva bem suave e longa e tendo vários aglomerados de pedras, com características de pequenas ilhas, algumas com vegetação rasteira e pobre.

A vegetação costeira, constituída de gramíneas, chega, em alguns trechos, a penetrar no mar, infiltrando-se pela areia e deixando-se banhar pelas mares, em elevação.

Limita-se, ao Norte na Ponta de Caiacangaçu, e ao Sul, com a Ponta do Nuta, ou do Nilto, ou do Nilton.

025.6 - Dimensões

Extensão - 1.200 metros

Largura - 0 a 11 metros

025.7 - Usos e Costumes

Tradicionalmente é uma praia de pescaria. Berbigão, ostras, conchas diversas, siri e peixe de caniço, peixe muito miúdo como, corcoroca, canhanha, xerelete, papa terra, curvinote, etc.

Também serviu (e ainda serve), como caixa de empréstimo de material cascalhado para aterros e cobertura de pisos. Serviu, inclusive, para alimentar caieiras.

Hoje, com o avanço do turismo, especialmente o local, com casas de veraneio, adquiri as funções de balneário e recreio.

Seu panorama é muito bonito e tranqüilo, calmas são suas águas, só agitáveis como o Vento Sul.

É um sítio arqueológico, onde foi encontrado farto material fóssil pertencente a grupos tribais.

O Carijó, como mostra o Museu do Homem Americano do Colégio Catarinense.

Denominação:

026 - PRAIA DA SINHÁ

026.1 - Denominação Primitiva

Praia Linda

026.2 - Denominações Outras

Praia da ponta das Pombas, Praia da Sinhá

026.3 - Denominação Atual

Praia da Sinhá

026.4 - Histórico

A Praia da Sinhá tem essa denominação, não em relação a uma pessoa como possa parecer pois o termo sinhá refere-se a tratamento popular para senhora, ou para moça, dizendo-se, Sinhá Moça, porém a beleza da praia. Aliás, o nome primitivo da praia era, Praia Linda como a se dizer bela como uma sinhá.

Banhava uma região erma, com planície junto ao mar, e com apenas uma habitação, até os anos 70.

A singularidade e a facilidade de acesso ao mar, pois a nova estrada lhe passa encostada, atraiu muitos compradores de terrenos, que passaram a edificar cerca de três dezenas de casas de veraneio, hoje existentes, trazendo movimento à região, o que está em seqüência à Praia de Fora e junto a comunidade de Caiacangaçu .

026.5 - Descrição Física

Não se trata, na verdade, de uma praia contínua, porém um conjunto de pequenos pedaços arenosos e misturados com muitas pedras, em pequenas pontas para dentro do mar, e mais um conjunto de rochas espalhadas dentro d´agua, formando uma praia diferente das convencionais, daí, talvez, a denominação de Praia Linda ou da Sinhá.

Desenha-se, a praia, entre as Pontas das Pombas e do Poço, considerando a direção Norte para o Sul.

Sua areia, tende para ser fina, pois, está mais próxima da Barra do Sul, recebendo impactos mais significativos das variações de marés e das correntes marinhas, em função do canal da referida barra.

Como tem muitas pedras, tem muitas algas, que o povo chama de limo, e por isso suas águas facilmente se turvam deixando as areias com muito material orgânico, na maioria de origem marinha.

026.6 - Dimensões

Extensão - 950 metros

Largura - muito pouco definível, entre os diversos trechos de areia, pois, normalmente as marés, quando na cheia, cobrem toda a costa e indo até as áreas com gramíneas, ou muros de aterro, para nivelamento de terrenos confinantes. São casas de veraneio que fazem fundos para a praia, numa forma de invasão para dentro do mar. Existem, também, algumas rampas para entrada e saída de barcos, nos galpões.

026.7 - Usos e Costumes

Primitivamente, teve sua função totalmente voltada para a pesca, que não existe no local, a não ser, amadoristicamente.

Denominação:

027 - PRAIA DA TAPERA DO SUL

027.1 - Denominação Primitiva

Praia da Taperinha.

027.2- Denominações Outras

Praia da Tapera, Praia da Tapera do Sul, Porto da Tapera, Praia do Seu Joca.

027.3 - Denominação Atual

Praia da Tapera do Sul

027.4 - Histórico

O topônimo, Tapera, já foi explicado no histórico da Praia da Tapera, da Base Aérea ou do Norte, não havendo necessidade de repeti-lo aqui, tem ele portanto as mesmas raízes.

Desde o final do século XVIII, até o início do XX, toda a praia e em especial a Ponta dos Correias (em referência ao seu proprietário, tronco dos Correias), teve a função de porto de comércio clandestino de mercadorias, com embarcações que se aproximavam da Barra do Sul e vinham comprar café, cachaça, milho, farinha de mandioca, carne, e outros viveres, dos produtores locais. Era um comércio clandestino e pouco controlado pela Coroa portuguesa e mesmo depois, do Governo Brasileiro.

Por isso, a Praia da Tapera, ou Taperinha ou do Seu Correia, veio a se tornar bastante procurada e freqüentada por embarcações.

Atribui-se a esse comércio clandestino de café, o surgimento do café sombreado símbolo do café da ilha de Santa Catarina, pois, para fugir da fiscalização sobre os cafezais, eram eles cultivados encobertos por bananeiras e laranjeiras, ficando, seus frutos, à sombra e, se escondidos, mais fácil de ser comercializados em grãos. O que se teria de verdade sobre isso? Ficam, a dúvida e a lenda!

027.5 - Descrição Física

É, a Praia da Tapera do Sul, uma longa faixa de mangue e que recebe, em seu trecho o deságüe de três riacho de maior volume d`agua e outros pequeninos, formando um largo baixio lodoso, com pequenos bolsões de areia fina, porém de cor cinza.

Seu limite tem início no Rio Basilio na Base do Morro da Tapera, ao Norte e seque para o Sul, até a Ponta dos Correias. A rodovia segue paralela a praia, em distância que varia de 40 a 10 metros e, está, esta área, entre a estrada e a praia, sendo totalmente ocupada, por construções, desordenada e perigosamente para a vida do ecossistema da Tapera e Rio Basílio.

027.6 - Dimensões

Extensão - 1.500 metros

Largura de 1 a 50 metros

027.7 - Usos e Costumes

Atualmente, tem inadequada função de balneário, pois é um mangue, e com grande profundidade de lama e um longo baixio. Tem uso de recreio e pesca, esses mais ajustados à natureza do local.

Na região existe o camarão, siri e muito berbigão. Facilita a entrada e saída de barcos de pequeno calado.

Denominação:

028 - PRAIA GRANDE.

028.1 - Denominação Primitiva

Fazia parte da Praia da Caieira

028.2 - Denominação Outras

Praia do Seu Pedrinho

028.3 - Denominação Atual

Praia Grande

028.4 - Histórico

É uma praia com poucos dados históricos referenciais. Ela integrava o conjunto do Saco da Caieira da Barra do Sul, sendo o primeiro segmento da Praia da Caieira até a Ponta do mesmo nome.

Posteriormente, para diferenciá-la da outra, passou a ser chamada de Praia Grande ou Praia do Seu Pedrinho, um Senhor dono de um armazém na localidade. Nos mapas consultados o nome de Praia Grande, vem aparecer após os anos sessenta. Foi encontrado, no Mapa de Bellegarde, o nome, nunca conhecido pela população, de Praia do Sítio Velho, talvez por possuir, no local, duas antigas casas coloniais, de grande porte, e de proprietários rurais constituindo um sítio.

028.5 - Descrição Física

É uma bela praia, de areia fina e branca, com algumas formações de Dunas, e chegada de alguns córregos. Rodeiam-na um Morro com exuberante vegetação que integra a Reserva Florestal da Mata Atlântica. Entre a estrada e a praia, por cima das dunas, existe uma vegetação, pequenos arbustos, com muitas pitangueiras, dando-lhe muita sombra. O mar é límpido e calmo, com característica intermediária entre o mar grosso e o mar manso, pois está quase ao término da Baía Sul. Seu porto inicial fica na Ponta do Sinal, e termina na Ponta da Caieira, onde se localiza uma bela vivenda colonial do século XIX.

Tanto em seu começo, como ao final, desembocam córregos de caudal expressivo, ou cachoeiras, como são designados, pelo povo.

028.6 - Dimensões

Extensão - 1.000 metros

Largura - 8 a 40 metros

028.7 - Usos e Costumes

Tem como principal função ser Balneário, e secundariamente, como veraneio, ou residenciais temporárias, muita embora possua uma população fixa, em trono de 600 habitantes. Tem infra estrutura para acampamento - Camping, com aluguéis de áreas e de Barracas, sendo bastante freqüentado .

É utilizada, raramente, como praia de pesca e entrada e saída de embarcações.

Denominação:

029 - PRAIA DA CAIEIRA DA BARRA DO SUL

029. 1 - Denominação Primitiva

Sempre foi encontrada com a mesma denominação

029 2 - Denominações Outras

Praia da Caieira, Praia do Dr. Aderbal.

029.3 - Denominação Atual

Praia da Caieira da Barra do Sul

029.4 - Histórico

Caieira é a denominação que se dava ao processo de produção da cal originária de conchas marinhas. Na localidade, junto a praia, como era na prática, pois a matéria prima, as conchas, ficavam nessa situação, construía-se um forno de caieira. Essa é uma denominação bastante freqüente, não só aqui mas em muitos outros lugares. Portanto a toponímia advém da presenças desses fornos de cal, nesta praia.

Lucas Alexandre Boiteux, em seu livro, Pequena História de Santa Catarina, aponta a Caieira como uma da possível estada de Sebastião Caboto, em 1526, quando batizou a Ilha com o nome de Santa Catarina em referência a Virgem Mártir de Alexandria. A outra alternativa, teria sido a da foz do Rio Ribeirão, mais ao Norte.

A denominação popular, de Praia do Doutor Aderbal, decorre de que o Ex-Governador Doutor Aderbal Ramos da Silva, ter tido, nesta praia, uma propriedade por muito anos, e que servia de pernoites, ancorarem e guarda de barcos de pesca. Era o apoio para pescarias fora da Barra do Sul, em alto mar nas ilhas das Irmãs ou dos Moleques do Sul, aliás uma pratica ainda vivida por muitos na Ilha de Santa Catarina. Dispunha inclusive de um excelente trapiche.

O nome ampliado para Caieira da Praia do Sul está sendo empregado há pouco tempo, para diferenciá-la de outras praias que tenham a mesma denominação, muito embora a maioria da população, use a forma simplificada de, somente, Praia da Caieira.

029.5 - Descrição Física

Seu traçado de praia, em linha curva suave, tem início na Ponta da Caieira e termina na Ponta do Caetano.

É uma Praia de areia fina, em grande baixio, pois o aprofundamento é muito lento e prolongado até cerca de cem metros, mar adentro, facilitando a entrada e saída de embarcações, sendo também, muito segura para banhos de mar e a pesca com redes de arrastão, especialmente para tainha.

Apresenta pequenas formações de dunas, e um estuário de uma cachoeira denominada de Cachoeira Grande, que nasce no morro fronteiro.

Tem águas límpidas e mansa, embora, localizada na saída da Barra ao Sul da Ilha de Santa Catarina e no Distrito do Ribeirão da Ilha.

029.6 - Dimensões

Extensão - 860 metros

Largura de 2 a 40 metros

029.7 - Usos e Costumes

Mesmo tendo tido, outrora, função para a pesca, tem hoje utilidade para balneário e entrada e saída de barcos que partiam para pesca em alto mar, ou para visitas, por meio de baleeiras, à Praia dos Naufragados e à Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição da Barra Sul.

Seu acesso é feito pela Rodovia Baldicero Filomeno, e tem boas condições de tráfego, mesmo tendo muitos trechos, não pavimentados . É também, o caminho natural para Naufragados.

Denominação:

030 - PRAIA DO SEU NORBERTO

030.1 - Denominação Primitiva

Integrava o conjunto de pequenas enseadas do complexo da Praia da Caieira da Barra do Sul e Praia do Defunto.

030.2 - Denominações Outras

Nada foi encontrado com segurança de registros.

030.3 - Denominação Atual

Praia do Seu Norberto.

030.4 - Histórico

Por tratar-se de uma pequena e estratégica praia, porém muito tranqüila esteve sempre aberta à entrada e saída de embarcações de pescadores.

Sua denominação acompanha o nome de antigo morador e proprietário da praia. O Seu Norberto já é falecido e muito pouco lembrado por quem utiliza esta praia.

Realmente foi prática dos antigos açorianos se considerarem proprietários de praias (aliás isto está confirmado em algumas antigas escrituras) e por isso, essas tomavam o nome do seu possível proprietário

Segundo se apurou o Senhor Norberto de Tal, faleceu antes de 1960, suas antigas terras estão hoje subdivididas entre vários terceiros adquirentes e a praia ficou com difícil acesso por estreito e pequeno caminho dificultando seu uso por um maior público.

030.5 - Descrição Física

É uma praia de baía (Baía Sul) em mar intermédio e próximo da Barra do Sul. Tem aprofundamento suave ao mar, areia amarelo claro, de textura média, com algumas pedras de diversos tamanhos e no seu canto direito deságua um pequeno riacho desenhando um bonito panorama e tornando-a muito agradável. Situa-se entre a Praia da Caieira da Barra do Sul e a Praia do Defunto. Seu desenho é de um pequeno saco.

030.6 - Dimensões

Extensão - 42 metros

Largura de 3 a 15 metros

030.7 - Usos e Costumes

Tem três utilidades básicas: primeiramente como porto para as baleeiras que transportam turistas com destino a naufragados e ou passeios marítimos; em segundo como local de recreio para banhistas, camping e apoio para a pesca submarina e em terceiro para práticas de pescadores artesanais ou mesmo amadores de pescaria em alto mar, partindo para as Ilhas das Três Irmãs, Moleques do Sul e outras.

Denominação:

031 - PRAIA DO DEFUNTO

031.1 - Denominação Primitiva

Nada foi encontrado

031.2 - Denominações 0utras

Praia do Laguna, Praia do Seu Norberto

031.3 - Denominação Atual

Praia do Defunto

031.4 - Histórico

Por ser uma pequenina praia, é muito pouco conhecida. Recentemente, como tem tido utilidade para o embarque e desembarque de passageiros que vão visitar a Barra Sul e Naufragados, por meio de lanchas baleeiras, passou a ser mais, referenciada, algumas vezes como praia do Defunto, e outras como praia do Seu Laguna, ou ainda do Seu Norberto mais ao norte.

Do Defunto porque, nos anos 50, foi encontrado um corpo, sem vida, isto é um defunto, nessa pequenina praia. E, do Seu Laguna, ou simplesmente Laguna, pois a propriedade ao termino do caminho que dá acesso à praia, existe um grande portão da propriedade de um senhor conhecido, como Hélio Laguna, ou, somente, Seu Laguna

031.5 - Descrição Física

Trata-se de um pequenina praia, um pequeníssimo saco, que teria aplicação tão somente para entrada e saída de barcos. Suas águas são claras e muito mansas, areia fina e fundo de declive suave. É cercada por dois costões de pedras, com porte, agigantados. É de difícil acesso, e, antes dela existem duas outras pequenas que compõem o conjunto do defunto, sendo a primeira, a do Seu Norberto a mais usada pelos barcos de passageiros.

031.6 - Dimensões

Extensão - 60 metros

Largura - de 0 a 5 metros

031.7 - Usos e Costumes

Como se disse nos itens anteriores, tem muito poucas aplicações, se está referenciada neste inventário, é, porque tem por função fundamental, dar o embarque e desembarque de passageiros

que vão passear de baleeira nos Naufragados e na Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Sul.

No caminho de acesso à praia, aliás muito estreito e íngreme com difícil trânsito de veículos, existem cerca de oito casas de veraneio, e uma de morada fixa com criação de gado, cultivo de mandioca, e engenho de farinha.

A área contígua esta incluída na Reserva do Tabuleiro, tendo o zelador do parque, residência fixa no local.

Denominação:

032 - PRAIA DOS NAUFRAGADOS

032.1 - Denominação Primitiva

A mesma denominação

032. 2 - Denominações Outras

Nada foi encontrado, sempre foi designada como Praia dos Naufragados

032.3 - Denominação Atual

Praia dos Naufragados.

032. 4 - Histórico

Não restam dúvidas, de que a denominação de Naufragados, à esta praia, advém de terem chegado à ela pessoas que sofreram naufrágios de suas embarcações.

Qual, ou quais, naufrágios teriam determinado esse topônimo, isto sim, fica a dúvida pois foram vários os naufrágios verificados na Barra Sul da Ilha de Santa Catarina, e, em várias épocas remotas, tanto no início da presença de espanhóis, 1514 a 1531, como por ocasião da epopéia açoriana, de 1748 a 1756.

No primeiro caso, Juan Dias de Solis, um dos descobridores e fundadores de Buenos Aires, em 1514, deixara, aqui na Ilha 21 dos seus marujos, sob a alegação de ter naufragado uma de suas embarcações faltando espaço para todos. Cá ficaram os náufragos de Solis, que como se sabe, ficaram na ilha por mais de quarenta anos, é o que regista o relatório de Sebastião Caboto, quando por aqui passara. Como ficaram na região, teriam identificado a Praia do extremo Sul da Ilha, virada para o alto mar, para o oceano, com o título de Praia dos Naufragados.

No que se refere ao segundo episódio, o dos açorianos, é mais contundente. Uma Galera que levava 250 açorianos, retirados da Ilha de Santa Catarina, após permanência de três anos de adaptação, para irem fundar, como o Brigadeiro Silva Paes a hoje Cidade de Porto Alegre, naufragou ao passar pela Barra Sul. Quase todos os açorianos morreram, tendo a maioria dos corpos dado nessa praia e lá foram sepultados. Morreram 241 pessoas. Supomos que essa versão para a denominação de naufragados, seja a mais acertada.

Depois, a denominação foi aplicada à ponta sul da Ilha - Ponta dos Naufragados, passagem estratégica, de mar muito agitado por fortes correntes marinhas, e por isso, de dificílima travessia, donde se explica os muitos, e outros naufrágios ocorridos no local.

Como se percebe, é, uma denominação muito ajustada à realidade, e de muito sentido histórico e épico.

032.5 - Descrição Física

A Praia dos Naufragados se estende desde a ponta do mesmo nome, até a Ponta do Frade, formando uma grande enseada, em grande curva aberta para o Oceano Atlântico, tendo à sua esquerda, as Ilhas Três irmãs e a dos Moleques do Sul, proporcionando um encantador visual. Integra o território do Distrito do Ribeirão da Ilha, sendo a estrada que lhe chega próximo, distando 4 km de caminho pela floresta, a Rodovia Baldicero Filomeno, a principal rodovia do Ribeirão e do Sul da Ilha, tendo parte sem pavimentação. Naufragados é uma longa e larga faixa de areia, tendo quase ao centro, a foz de uma Cachoeira, que também recebe o nome de Cachoeira dos Naufragados.

Sua areia e fina e branca, sendo as águas de mar alto com ondas largas e fortes, especialmente quando sopra o Vento Sul.

Em seu contorno, na Costa, há um, maciço de morros muito fortes, dificultando o acesso por terra, tanto para pessoas e totalmente impossível por veículos terrestres.

032.6 - Dimensões

Extensão - 1.450 metros

Largura - de 15, 100 metros

032.7 - Usos e Costumes

Ir à Praia dos Naufragados é um passeio ecológico dos mais fascinantes e inesquecíveis. E poético e salutar. Por isso é a principal atividade no local, turismo ecológico através de suas trilhas de acesso e vagar pelos morros, visitar o farol e retomar de baleeira.

Porém é ainda muito utilizada para a pesca, especialmente de tainha através da rede de arrasto, cercada ao mar e puxada, com milhares de peixes para a terra.

No local, há pequena estrutura de serviços e, ameaçadamente, alguns posseiros e invasores, ou mesmo proprietários legais, constróem prédios clandestinamente, estando pela falta de um projeto técnico, a mutilar o ambiente e o ecossistema, e todo o complexo dos Naufragados.

Junto à Ponta dos Naufragados, próximo ao Farol (1871), uma Bateria de canhões (1914), mantida e fiscalizada pelo Exército Nacional, que por isso, mantém, no local, alguns soldados e graduado, permanentemente.

Na Ilha de Araçatuba, na entrada da Barra, há uma Fortaleza (1765) Nossa Senhora Conceição da Barra Sul, que a UFSC recém assumiu a administração e restauração para estudos e turismo.

Denominação:

033- PRAIA DO SACO DA BALEIA.

033.1 - Denominação Primitiva

A mesma em todos os mapas consultados

033.2 - Denominação Outras

Não possui.

033.3 - Denominação Atual

Praia do Saco da Baleia.

033.4 - Histórico

Saco, como já foi dito, significa uma formação geográfica da costa do mar em profundo semicírculo, que pode ser maior ou menor, saco ou saquinho.

Sua denominação deve provir de ter nele dado uma baleia ou local de observação da passagem de baleias, como a própria designação está à indicar.

Nunca teve outra designação, também, por ser uma região difícil de ser atingida, por caminhos de pé, ou mesmo através de embarcações. Até é bom, que nenhum abelhudo e metido a inovador, lá não apareça, procurando colocar topônimos novos.

033.5 - Descrição Física

É um belo exemplo de praia pedregosa, daí porque não poder ficar de fora deste inventário, embora pouco, ou quase nenhum, uso se faça dela. Na sua orla existem muitas e pequenas pedras e quase nada de areia que tem uma textura fina.

É uma praia pequena a única que se encontra desenhada, entre as Pontas do Pasto e do Saquinho

Toda a orla do Leste da Ilha de Santa Catarina, nessa região é formada por costões especialmente, até encontra-se o Rio e a Praia das Pacas.

033.6 - Dimensões

Extensão - 230 Metros

Largura - aproximadamente, entre 1 e 15 metros

033.7 - Usos e Costumes.

É uma região pouco freqüentada, pois tem acesso muito difícil, por isso, só eventualmente, lá aparece alguém, para pescar e fazer passeios em forma de aventura, formas chamadas de radicais, e/ou para saciar o desejo, quase sempre salutar, de quem queira conhecer tudo o que tenha a maravilhosa e surpreendente, Ilha de Santa Catarina.

É uma praia para aventuras.

Denominação:

034 - PRAIA DO SAQUINHO

034.1 - Denominação Primitiva

Sempre foi encontrada a mesma denominação

034.2 - Denominações Outras

Nada para registrar

034.3 - Denominação Atual

Praia do Saquinho

034.4 - Histórico

A denominação, refere-se à formação da costa e a penetração do mar. Saquinho diminutivo de saco, acidente geográfico, pequena enseada.

É de se admirar, como os açorianos, no século XVIII chegaram até esta região, para organizar a sua propriedade rural. Deve, sem dúvida ter sido uma aventura. Um começar de toda a vida. Não há estradas, não há energia elétrica não há comunicações e, fica-se a pensar, o que teria levado os primeiros moradores, a lá chegar! Seria o espírito de aventura? Seria a oportunidade de ter uma pedaço de terra, doada pelo governo?

Hoje em dia, praticamente uma só família tem o controle fundiário da localidade e que aos poucos, vêm vendendo áreas à veranistas, e novos aventureiros. É uma região íngreme, de difícil acesso, solo irregular, terras fracas para a agricultura, restando tão somente o bucolismo, o espírito de ermitão, ou a "doce vida" fora do mundo agitado dos centros urbanos do chamado mundo moderno, de hoje.

034.5 - Descrição Física.

Trata-se de uma pequena praia, em forma de saco, aberta para o oceano, areia fina e branca, com algumas pedras a adorná-la, e um panorama de horizonte aberto e enigmático.

A praia, é cercada por dois costões. Situa-se, a leste da Ilha de Santa Catarina, integra o Distrito de Pântano do Sul, mais ou menos, à 27º e 46` de latitude sul.

034.6 - Dimensões

Extensão - 400 metros

Largura - 4 a 10 metros

034.7 - Usos e Costumes

Como a Praia do Saquinho e inclusive sua região, possui uma Cruz Missioneira colocada no início do século XX, quando Missionários partiam para lugares isolados, para pregarem a palavra de Deus, Religião Católica, é aproveitada para a realização da única festa anual da comunidade e que reúne cerca de duas dezena de moradores locais, e mais um bom número de interessados e cultores, das tradições do interior da Ilha de Santa Catarina, a Festa da Santa Cruz do Saquinho.

Possui dois caminhos. Um que dá acesso à Praia dos Naufragados, e um outro para o Norte, indo até a Praia do Rio das Pacas e Pântano do Sul, única forma de chegar-se ao centro da Cidade de Florianópolis.

Não tem estradas para veículos, porém, somente para o trânsito feito a pé, aliás e, por mar.

Outrora, foi um centro produtor de farinha de mandioca e cultura do milho. Pescaria muito pouca, ou somente para auto consumo.

Denominação:

035 - PRAIA DO SACO DO CALDEIRÃO

035.1 - Denominação Primitiva

A mesma

035.2 - Denominações Outras

Nada foi encontrado.

035.3 - Denominação Atual

Praia do Saco do Caldeirão

035.4 - Histórico

Caldeirão, pode significar várias coisas ou situações, como: lugar, no, ou numa parte do mar, onde não se toma pé; concavidade nos lajeados, ou em grandes pedras, onde acumula água da chuva, ou do mar lançada pelas ondas; uma grande panela, de ferro, onde se preparava, ao fogo, o óleo de baleia.

O povo não sabe dizer, por qual desses significados, este saco teria sido denominado de caldeirão.

O que se percebe, pela configuração geográfica do local e da natureza, com um pequeno regato chegando à praia, formando um grande buraco na areia, que fica escondido pelas ondas, tem-se, no visual, a idéia da formação de um caldeirão, encaixando-se com a primeira interpretação semântica. De outro ângulo, vê-se que uma grande pedra da costa, possui a forma de caldeirão. Outros, afirmam que lá foi encontrado, em destruição pela ferrugem, um caldeirão de preparar o óleo de baleia, e que o mar tivera trazido desde a Armação.

Para explicar a origem da denominação, ficamos com a primeira versão, isto é, um grande buraco, um caldeirão, no fundo do mar, próximo da praia.

035.5 - Descrição Física

Trata-se de continuidade da Praia do Saquinho, pois só é separado por uma pequena formação rochosa, e o saco, dando deságüe de um pequeno riacho, e segue até a Ponta das Pacas, ou Ponta do Rio das Pacas.

É uma praia cascalhada e areia fina, de mar alto, com ondas fortes, pois está aberta ao oceano. Suas águas são límpidas.

035.6 - Dimensões

Extensão - 150 metros

Largura - de 0 a 15 metros

035.7 - Usos e Costumes

Tem muito pouco uso e utilidade, o Saco do Caldeirão. Trata-se de uma passagem para o Saquinho, porém pode ser utilizada como apoio para a prática da pesca de costões, aliás no que é esporadicamente utilizada.

Tem pouca expressão na vida local, e não apresenta maiores referências, contudo sua identificação remonta a mapas geográficos desde 1780, merecendo assim ser citada.

Denominação:

036 - PRAIA DO RIO DAS PACAS

036.1 - Denominação Primitiva

Sempre foi encontrada a mesma denominação.

036.2 - Denominações Outras

Praia das Pacas e Praia da Solidão.

036.3 - Denominação Atual

Praia do Rio das Pacas.

036.4 - Histórico

Trata-se, o topônimo Rio das Pacas, uma das mais antigas denominações geográficas da Ilha de Santa Catarina. O topônimo Rio das Pacas, foi encontrado em todos os mapas consultados, tendo assim, uma aplicação mais do que consagrada.

Do nome do rio, que desemboca nesta praia, vem o nome da praia, isto é, Praia do Rio das Pacas.

O nome identifica o fato de que, nesse rio, eram encontradas muitas pacas, e era local de caça. Caçaram tantas pacas, que foram extintas na região.

Ao início dos anos sessenta, novos moradores do local, considerando-o retirado e escondido, resolveram chamá-lo de solidão, e buscam imagem para consagrar uma substituição toponímica, que a população local não deseja, e se rebela, pois, fere a tradição.

A localidade do Rio das Pacas, é muito antiga, e faz ponto de apoio para quem passa pela costa leste da Ilha, em direção Sul, para o Saquinho, para a Ponta do Pastinho e mesmo, para Naufragados.

036.6 - Descrição Física

É uma bela praia. Seu conjunto com o rio, o horizonte oceânico, o morro com vegetação exuberante, aos fundos, o sol brilhando pela manhã, com um lindo nascer, enfim tudo é paradisíaco.

Suas águas são cristalinas e mansas, apesar de aberta ao oceano, é, que o rio amortece o bater das ondas, criando uma praia de fundo macio e de suave declive, contornado por areias brancas.

Tem início na Ponta das Pacas, e termina, fazendo limite Norte, com a Praia de Pântano do Sul, na Ponta da Régua.

O Rio das Pacas, que nela desemboca, tem pouca correnteza e pouco volume de d´água, a não ser com fortes chuvas quando traz águas embarradas, desde os morros da Costa de Dentro e do Trombudo.

036.6 - Dimensões

Extensão - aproximadamente 830 metros.

Largura - de 3 a 40 metros.

036.7 - Usos e Costumes

Tradicionalmente foi área de pesca, em especial para tainha, que vindo do corsos perdia-se das redes acostando na foz do Rio das Pacas e se fazendo preza fácil das tarrafas. Serve para apoio de embarcações, e de passagem, para as outras comunidades mais adiante.

Pouquíssimos eram os habitantes nativos, e que hoje substituídos por aportes de outras origens, para morada fixa, poucos, ou para veraneio, diversos.

Transformou-se, para melhor, num balneário, que oferece um futuro promissor, pois é um local de exuberante beleza.

Denominação:

037 - PRAIA DO PÂNTANO DO SUL

037.1 - Denominação Primitiva

A mesma
037.2 - Denominações Outras

Não possui

037.3 - Denominação Atual

Praia do Pântano do Sul

037.4 - Histórico.

Desde muitos anos, que a população denomina a localidade de Pantano e não de Pântano do Sul. Numa pronúncia rápida parece estarem dizendo, PANTO SUL. O topônimo, pântano tem origem no fato de que toda a faixa a oeste da praia, era pantanosa, estruturada por uma série de pequenos rios, que vêm dos morros circunvizinhos. Era um pantanal, e que fora utilizado por muito tempo, para cultivo do arroz irrigado.

A grafia antiga e registrada até 1970, nas Cartas Geográficas e, inclusive pelo uso da comunidade, era pantano sem o acento circunflexo, e não Pântano, com vem sendo aplicado hoje. A mudança da grafia altera a origem popular, que não usa a acentuação, inclusive na pronúncia, logo pantano, o que ortograficamente não estaria correto.

Contudo, fica uma pronúncia provocante o dizer-se pantano, em lugar de pântano, dai porque, ter-se que dar por aceita a nova forma gráfica, alias, correta.

Até a organização da Companha de Pesca de Baleia da Lagoinha, a comunidade de Pântano do Sul, era pequeníssima, e, dizem, lá só habitavam índios (1768).

O Ciclo da Baleia, trouxe o desenvolvimento e a expansão da Armação - Praia do Mandú e do Pântano do Sul, hoje sede do Distrito do mesmo nome.

037.5 - Descrição Física

Pântano do Sul, é uma praia de pescadores. Muitas embarcações, do tipo baleeira, ocupam praticamente toda a longa praia que vai desde a Ponta da Régua, ao Sul, até a Ponta do Marisco, ao Norte.

Tem uma larga faixa de areia, mais de cem metros em alguns trechos, de areia acinzentada, talvez por estar recebendo através dos anos, depósito de toneladas de restos de peixes, muito geralmente, do cação mangona, principal espécie capturada no Pântano do Sul.

Suas ondas morrem suavemente ao longo da praia.

037.6 - Dimensões

Extensão - 3.000 metros

Largura - 5 a 100 metros

037.7 - Usos e Costumes

Pântano do Sul, é mais tradicional praia de pesca, de todo o Estado de Santa Catarina.

Destaca-se pela pesca do cação mangona, e dos cercos de tainha. Tem ainda, atividades de alto mar, com barcos maiores, tanto para captura dos peixes já assinalados, como peixes finos como, garoupa, pijareba, robalo, lagosta, enfim, uma grande variedade de peixes, que são colocados no mercado local, e de outros importantes centros consumidores, do país. Atualmente, a Praia também entrou no circuito do turismo, com razoável infra-estrutura, e bons restaurantes especializados em frutos do mar.

Denominação:

038 - PRAIA DA LAGOINHA DO LESTE

038.1 - Denominação Primitiva

A mesma.

038 2 - Denominações Outras

Não possui

038.3 - Denominação Atual

Praia da Lagoinha do Leste

038.4 - Histórico

A Praia da Lagoinha do Leste, fica entre uma praia lacustre, ou fluvial, ou ainda marítima. É muito pouco freqüentada dada as extremas dificuldades de acesso, que é, feito através do Morro do Matadouro, ou no popular, do "matadeiro", fortemente íngreme, dando oportunidade para a formação do rio que deságua numa enseada, formando uma pequena lagoa de estuário e uma bela praia de areias alvas e limpas.

O topônimo deriva, como se vê, dessas características geográficas locais.

038.5 - Descrição Física

É uma praia muito bonita e alternada entre água doce e água salgada, em confronto com a chegada no do Matadouro e o bater das ondas do mar, e dos momentos de marés altas e baixas. É longa e muito larga, com areias alvas e piso firme, com algumas áreas de areia mole, às margens da parte interna da lagoinha.

Fica dentro de uma enseada profunda, a Leste da Ilha de Santa Catarina, e integra o complexo do Pântano do Sul, e do Distrito do mesmo nome.

038.6 - Dimensões

Extensão - 680 metros.

Largura - de 10 a 120 metros.

038.7 - Usos e Costumes.

Durante muito tempo foi somente freqüentada por pescadores do Pântano do Sul. Hoje em dia, atrai cada vez mais, curiosos e aventureiros, na prática do turismo ecológico e das atividades radicais. Seu acesso dá-se por trilhas, em subida íngreme, ou através de embarcações .

Oferece um belo visual, com seu, exuberantes contornos, e os contrastes da natureza entre o mar, o rio, o lago e o verde dos morros circunvizinhos, com destaque para o Morro do Matadouro que lhe emoldura.

Por meio de Lei, toda a área leste dos morros tributários da Lagoinha do Leste, foram transformada em Parque Municipal da Lagoinha do Leste e, de preservação permanente todo o ecossistema.

Denominação:

039 - PRAIA DO SACO DO MATADOURO

039.1 - Denominação Primitiva

Saco do Matadouro.

039.2 - Denominações Outras

Praia do Matadeiro, Praia do Sangrador.

039.3 - Denominação Atual

Praia do Matadeiro

039.4 - Histórico

A primitiva denominação encontrada a partir de 1785, é de Saco do Matadouro fazendo alusão, do que acontecia nessa praia, que se completava a matança de baleias, que chegassem ainda vivas, próxima ao local de operações de esquartejamento, nos galpões da Armação.

Este nome também foi atribuído ao morro que lhe fica defronte. O povo simples deturpou a palavra correta do vernáculo, e passou a designar o Morro e o local de, matadeiro. Ao morro, porque além de fronteiro, era "de matar o cidadão", vencê-lo subindo e descendo para chegar até a Lagoinha do Leste ou mesmo ao Saco do Matadouro.

Hoje em dia emprega-se mais o termo errado matadeiro. Raramente encontramos alguém dizer matadouro, ainda mais que há uma outra praia, com este nome, no Continente.

Na ponta de terra próxima, que era denominada, Ponta da Companha de Pesca da baleia, virou hoje das campanhas, quando o correto deveria ser, Ponta da Companhia.

Por isso, entendemos que se deva voltar a aplicar o termo correto de Saco do Matadouro, ou melhor, Praia do Saco do Matadouro, segundo se vê nas Cartas Geográficas antigas (até 1960 ) e no Dicionário Geográfico de José Arthur Boiteux,

039.5 - Descrição Física

É uma praia bravia, ondas fortes e largas, com muito repuxo, areia fina e clara, águas claras, de muita salinidade e muito fria. Limita-se, ao Sul, com a Ponta do Quebra Remo e, ao Norte, com o canal sangradouro da Lagoa do Peri.

Está guarnecida pelos contrafortes do Morro do Matadouro, forma de um semicírculo, e nela deságua um pequeno riacho.

Integra o território do Distrito de Pântano do Sul, sendo uma praia de muita beleza.

039.6 - Dimensões

Extensão - 850 metros

Largura entre 2 a 18 metros.

039.7 - Usos e Costumes

O uso tradicional de abate de baleias, não faz mais sentido, mesmo porque foi uma página, ecologicamente feia e criminosa, portanto negra na história econômica da Ilha de Santa Catarina. Presentemente é utilizada para entrada e saída de barcos de pesca e de acesso aos costões para a pesca de garoupa ou a prática de pesca de mergulho.

Também, é utilizada para esportes mais radicais, que necessitam de ondas, como surf e Hindy surf.

Como balneário, é bastante procurada, mas por outro lado é uma praia perigosa, e que só deva ser freqüentada por pessoas experientes em mar bravio. Na região existem várias casas de veraneio, e algumas famílias, com residência permanente.

Denominação:

040 - PRAIA DA ARMAÇÃO

040.1 - Denominação Primitiva

Praia do Mandú

040.2 - Denominações Outras

Praia da Companhia de Pesca, Praia da Armação.

040.3 - Denominação Atual

Praia da Armação.

040.4 - Histórico

Em princípio, a denominação de Praia do Mandú, se estendia desde a Ponta da Companha até a Ponta das Garças. O nome mandú, é de um peixe cação, ou cação mangona, abundante nas águas frias dessa costa oceânica. Na gíria aplica-se o termo mandú para uma pessoa atoleimada. Também pode referir-se a um peixe de água doce - mandú.

A partir de 1830, a Praia do Mandú, ficou restrita até a Ponta das Pedras, onde se iniciava a Praia das Areias. Estes são os marcos dos limites da Praia da Armação, e que aplica aos nossos dias.

A denominação "armação", está relacionada à faina da baleia. Designava o local onde os cetáceos eram esquartejados e colocados, em pedaços dentro de grandes caldeirões, para a extração do seu precioso óleo iluminante,

No local, funcionava toda a Companhia de Pesca da Baleia da Armação da Lagoinha do Peri, ou da Armação do Pântano do Sul (1772).

Ruínas das construções da Armação, ainda podem ser vistas, na praia, e a capela, com muitas alterações, dedicada a Nossa Senhora, ainda continua de pé e prestando serviços à comunidade. Pelo que se vê, o empreendimento embora hoje previsto como crime ecológico, foi o grande impulsionador do progresso do Sul da Ilha de Santa Catarina e, muito especialmente, para a Armação, hoje, um moderno ponto turístico da Ilha.

040.5 - Descrição Física

É, a Praia da Armação do Pântano do Sul, uma das mais belas praias da Ilha de Santa Catarina. Longa, com larga faixa de areias brancas e finas, ondas serenas, em alguns trechos, e agitadas em outros ao Norte, e propicia para o Surf. Suas águas são límpidas, porém muito frias. Fica localizada no Distrito de Pântano do Sul, e a 22 km do centro de Florianópolis.

Tem início na Ponta da Companhia e termina no lado Sul da Ponta do Morro das Pedras. É uma região sujeita a ressacas, desgastando continuamente a praia, que avança sobre a costa e perigosamente sobre as construções praieiras.

040.6 - Dimensões

Extensão - 3.200 metros

Largura - 2 a 50 metros.

040.7 - Usos e Costumes

A Armação integra, com Campeche e Pântano do Sul, o maior complexo pesqueiro da Ilha de Santa Catarina, sendo assim, uma praia essencialmente de pescadores, e que produzem pescado para os mercados, local e os de grandes centro do país.

Apesar de ter sido de 1772 a 1910 o grande centro de captura e exploração de baleias, e grande centro pesqueiro hoje, também tornou-se uma praia balneária, a mais concorrida no Sul da Ilha.

O fluxo, e a freqüência turística em Armação, cresce rapidamente tendo a praia uma boa infra-estrutura para essa finalidade com restaurantes e pousadas. Em sua praia está situada uma das mais antigas capelas de Santa Catarina, e a comunidade local, em população fixa, aproxima-se dos 8.000 habitantes, número esse que se quintuplica na alta temporada turística.

Integra o complexo turístico da Armação, o Parque Municipal da Lagoa do Peri, em toda a área dessa bacia com seus morros, o que contribui para a oferta de turismo ecológico.

Denominação:

041 - PRAIA DO MORRO DAS PEDRAS.

041.1 - Denominação Primitiva

Praia do Mandú

041.2 - Denominações Outras

Praia do Mandú, Praia do Campeche, Praia das Areias

041.3 - Denominação Atual

Praia do Morro das Pedras

041.4 - Histórico

Toda a costa leste, da Ilha de Santa Catarina, volta-se para o Oceano Atlântico, e é adornada por um conjunto de praias alvas e longas, separadas entre si por fracos detalhes geográficos, geralmente pequeníssimas pontas de terra.

A Praia do Morro das Pedras, como é chamada a partir de 1970, é uma dessas praias do leste ilhéu, e que apresenta uma utilização muito recente.

Sua denominação teve várias raízes, e não se firmou com as designações anteriores por ter realmente pouca utilização. Passou em princípio, a ser chamada de Mandú como numa seqüência da Praia que hoje é a Armação. Depois, Areias porque a área que lhe fica confinante é denominada de Areias do Campeche, e finalmente do Morro das Pedras, porque a comunidade local, passa a ser conhecida por essa denominação, separando-se das Areias. É uma comunidade muito recente, embora o Morro das Pedras seja referenciado, segundo o Atlas Geográfico de Santa Catarina, desde a metade do século XIX. Realmente o nome, Morro das Pedras lhe fica mais ajustado, pois a Ponta que lhe dá início, tem essa denominação.

041.5 - Descrição Física

Quem chega ao lado leste da Ilha de Santa Catarina, pela Rodovia SC-405, Km 20, assim que avista o mar, depara-se com esplendoroso panorama. A Praia do Morro das Pedras com ondas largas, bravias cobertas de espuma branca a aspergir água pelo ar, como diz o poeta "O mar bramia, e erguendo seu dorso altivo, sacudia a branca espuma para o céu sereno", o bater junto ao conjunto de gigantescas pedras na costa, espumando e se banhando como mar todo o horizonte, desenha uma quadro que retém o observador, por horas a fio, tendo inclusive, já consagrado, um mirante com estacionamento e local para fotos.

A praia é longa e larga, com ondas fortes, perigosa para banhos de mar, porém propícia aos esportes do surf, no que é muito recorrida.

Integra o Distrito do Ribeirão da Ilha fazendo limite com o novo Distrito do Campeche.

041.6 - Dimensões

Extensão - 2.450 metros.

Largura - 5 a 45 metros.

041.7 - Usos e Costumes

Trata-se de pequeno uso para a pesca, sendo uma praia preferentemente balnearia muito embora tenha fortes ondas e muito repuxo, portanto, desaconselhável para quem não tem bom domínio de marés.

É muito procurada pelos surfista, pois suas ondas são muito favoráveis a prática desse esporte, que está em moda na juventude.

Tem um boa infra-estrutura turística, com hotéis, restaurantes e outros serviços, e tem fácil acesso, está aberta ao grande público.

Coisa relativamente rara, na Ilha de Santa Catarina, é encontrar praias tão aberta ao público, como é o caso.

Denominação:

042 - PRAIA DO CAMPECHE

042.1 - Denominação Primitiva

Praia do Mandú

042.2 - Denominações Outras

Praia das Areias e do Campeche

042.3 - Denominação Atual

Praia do Campeche

042.4 - Histórico

Primitivamente, como vê-se no Mapa de 1786, toda orla leste desde a Ponta das Companhas até a Ponta das Garças, hoje Ponta do Retiro, era tida como uma única praia, a Praia do Mandú.

O nome que passou a se adotar a partir de 1860, para a praia, Campeche ou Areias do Campeche (aliás, a praia do Campeche vinha desde a Ponta do Morro das Pedras até a Ponta do Retiro não havendo ainda a Joaquina) e decorre do nome da Ilha que lhe fica defronte, designada, como tal, desde 1790, como se verifica no Mapa de Paulo José Miguel de Brito.

O nome campeche deriva de um vegetal, da família das folheáceas, utilizado para, tinturaria, e que foi muito procurada, no início da colonização, a exemplo do Pau Brasil. Apresenta características semelhantes ao Pau Brasil, porém é um arbusto de médio porte, e foi abundante na ilha que por isso foi denominada de, Ilha do Campeche.

Sendo assim, a versão dada por alguns, que o topônimo campeche deriva do francês, quando, em 1923 passou a servir de campo de pouso para os vôos internacionais de Saint Experi, isto é, Champ et pechê (campo de pesca), está totalmente equivocada, pois o emprego do termo vem muito antes do fato apontado.

Fica sem dúvida assegurado que campeche refere-se ao vegetal.

Contudo, é dever dizer-se que o Campo do Campeche foi o primeiro aeroporto de Florianópolis, e também o primeiro do sul do Brasil, por isso, é internacionalmente conhecido - campo de pouso da Sociêté Latécoère.

042.5 - Descrição

Hoje, a praia do Campeche tem início após a Praia do Morro das Pedras; sem qualquer marco geográfico, por isso, anota-se a sua latitude, que é de 27º e 41` de Latitude Sul, e se estende até ao extremo norte da Lagoinha Pequena, aos 27º 38` 25"de Latitude Sul.

É uma praia de mar grosso, ondas fortes e bravias, em oceano aberto e tendo a sua frente, quebrando, em parte, a força das ondas uma pequena ilha também denominada Campeche.

Foi sempre temida e considerada muito perigosa, e para alguns desaconselhada para banho de mar. Suas águas contém forte salinidade, são frias e a areia apresenta-se com textura fina e alva, tendo formação de dunas em alguns trechos. As dunas represam pequenos córregos ensejando a formação de pequeninas lagoas. (quatro ao todo)

042.6 - Dimensões

Extensão - 3.800 metros.

Largura mínima 5 metros e máxima 150 metros de areia.

042.7 - Usos e Costumes

Tradicionalmente, é utilizada para atividades de pesca e porto de partida e chegada em relação a Ilha do Campeche, onde há a sede campestre e de pescaria de um clube de caça, tiro e pesca.

Junto a Praia, que é hoje um centro turístico importante, cresce uma comunidade que possui um núcleo tradicional, com folclore hábitos e tradições.

O Campeche possui uma boa estrutura turística com hotéis, restaurantes e serviços pertinentes. Está organizado em Conselho Comunitário, atuante.

Denominação:

043 - PRAIA DA ILHA DO CAMPECHE

043.1 - Denominação Primitiva

A mesma

043.2 - Denominações Outras

Nada foi encontrado

043.3 - Denominação Atual

Praia da Ilha do Campeche.

043.4 - Histórico

Dentre as 21 outras pequenas ilhas que rodeiam a Ilha de Santa Catarina, não é só nesta do Campeche, que se encontram praias. Outras também as possuem, porém registre-se, que ela tem singularidade significativa dado ao uso histórico do que nela se faz, com estrutura de lazer e de sede social, por um clube social que tem fortes tradições no Município de Florianópolis.

Por outro lado, é uma praia relativamente grande, que tem aplicação para a pesca, e é freqüentada com muita constância.

Quanto a denominação Campeche, nada há para ser acrescentado ao que foi relatado no histórico da Praia do Campeche.

043.5 - Descrição Física

Toma, a Praia da Ilha do Campeche, as características de uma praia de baía. Areia média, levemente amarelada, ondas serenas e águas claras. Declive forte em direção ao fundo do mar, voltado para o lado leste da Ilha de Santa Catarina, bem defronte ao Pontal de Areia do Campeche.

043.6 - Dimensões

Extensão - 300 metros

Largura - 3 a 8 metros.

043.7 - Usos e Costumes.

Como se disse anteriormente, a praia tem a principal função de chegada e saída da Ilha. Atividades de pesca, também são desenvolvidas na praia e em complementação, ao redor de toda a pequena ilha.

A ilha está povoada por macacos, quatis, gambás, pássaros diversos, e tem edificações, como suporte das atividades do Clube de Caça e Pesca Couto de Magalhães.

Para os turistas, são oferecidos passeios desde a Praia do Campeche, até a Ilha, sendo, a Praia da Ilha, o porto natural.

Na Ilha do Campeche há um sítio arqueológico, sambaqui e inscrições rupestres.

Denominação:

044 - PRAIA DA JOAQUINA

044.1 - Denominação Primitiva

Praia da Ponta das Garças

044.2 - Denominações Outras

Praia do Campeche. Praia do Mar Grosso. Praia das Dunas

044.3 - Denominação Atual

Praia da Joaquina

044.4 - Histórico

A denominação da Praia da Joaquina, é bastante recente. Só aparecendo esta denominação nos mapas desenhados após 1975. Até então era grafada por, Praia do Campeche, como aliás, é toda a orla uma só praia. As separações, hoje em dia do Campeche para a Joaquina tem apoio nos usos populares. Não há um acidente geográfico para apoio.

Durante os anos de 1941 até 1952, aproximadamente, foi denominada de Praia do Mar Grosso, e tida como a praia mais perigosa da Ilha de Santa Catarina, onde ocorriam, todos os anos afogamentos. Recebia também a denominação de Praia das Dunas, pois para chegar nela o único caminho existente, era atravessando as dunas, hoje, avenida das Rendeiras.

Joaquina é denominação conhecida internacionalmente, e tem origem atribuída ao nome de uma Senhora, proprietária junto à essa praia, próxima à Ponta do Retiro outrora denominada de Ponta das Garças.

Trata-se de um topônimo consagrado e fixado definitivamente.

044.5 - Descrição Física

É uma praia oceânica, de areias claras e fina, ondas largas e fortes e com muito repuxo, sendo assim, muito perigosa na chamada "quebra da onda".

Seu início, ao término da Praia do Campeche, ao Sul, não tem marco geográfico, tomando-se a Lagoinha Pequena como indicativo e terminando na Ponta do Retiro.

Neste capitulo é bom registrar-se, que entre a Ponta do Retiro e a Ponta do Gravatá, existe uma pequenina praia, sem aceso por terra e que não tem registros cartográficos, por isso, fica de fora de nosso inventário.

É talvez, como praia esportiva, a mais badalada Praia da Ilha de Santa Catarina.

É cercada por grandes e belas dunas, tendo estradas de boa qualidade e uma população local expressiva, constituindo a Comunidade da Praia da Joaquina.

044.6 - Dimensões

Extensão - 3.000 metros.

Largura 8 a 70 metros

044.7 - Usos e Costumes

Outrora praia exclusivamente de pesca transformou-se, no presente, em uma praia de turismo e esporte.

Dotada de uma beleza esfuziante, é praia preferida para as competições internacionais de surf ou no português surfe.

Para tornar ainda mais singular a Praia da Joaquina, criou-se o surf sobre as dunas, uma inovação inteligente e criativa, e por isso monopoliza as atenções da juventude.

Pertence ao conjunto da Lagoa da Conceição, no Distrito do mesmo nome, e tem uma moderna infra-estrutura, com hotéis, restaurantes, estacionamento, quadras para esporte, enfim, o necessário para o desenvolvimento do lazer, do esporte e dos serviços de balneário.

Tradicional e antigamente, era o melhor local para deslumbrar-se com o nascer do sol.

Denominação

045 - PRAIA DO GRAVATÁ

045.1 - Denominação Primitiva

Praia da Ponta do Gravatá

045.2 - Denominações Outras

Nada para registro

045.3 - Denominação Atual

Praia do Gravatá

045.4 - Histórico

O topônimo desta praia deriva do nome da ponta de terra, em elevado morro, situada ao seu lado norte, com o nome de Ponta do Gravatá. Essa Ponta é muito antiga e recebeu esta denominação dos pescadores e navegadores para os quais servia de orientação.

Suas pedras possuíam e ainda possuem, muitas bromélias as quais o povo denomina genérica e equivocadamente de gravatá. Aliás, o gravatá é um vegetal que tem também o nome indígena de caraguatá e com os gêneros Aechnnea, Belbergia, Bromelia, cryplanthus, Dickia etc.

Tanto a ponta, bem como, a praia estão registradas em todos os mapas consultados desde do ano 1786.

045.5 - Descrição Física

Trata-se à Praia do Gravatá de uma pequenina praia, virada para o Oceano Atlântico, lado leste da Ilha de Santa Catarina e portanto com ondas fortes, águas frias, cristalinas e de forte salinidade.

Seu piso é de areia fina, alva, macia ao pisar e aprofundamento suave.

Situa-se num pequeno saco ou calheta, no Distrito da Lagoa da Conceição e entre as Praia da Joaquina e Praia Mole, ao sul da Ponta do Gravatá.

045.6 - Dimensões

Extensão - de 43 metros

Largura de 12 a 18 metros.

045.7 - Usos e Costumes

A Praia do Gravatá tem uso bastante limitado e restrito. Seu acesso é dificílimo sendo proeza para quem gosta de alpinismo ou de exercícios de fortes caminhadas, portanto missão para quem tenha muita habilidade em trilhas pedregosas e repleta de obstáculos.

Pelo mar seu atracamento é também difícil, porém é o mais freqüentemente adotado.

Só muito recentemente está sendo descoberta e referenciada para os amantes do excursionismo e do ecoturismo.

Denominação:

046 - PRAIA MOLE

046.1 - Denominação Primitiva

Praia do Retiro

046.2 - Denominações Outras

Praia da Lagoa, Praia Molle

046.3 - Denominação Atual

Praia Mole

046.4 - Histórico

Tradicionalmente foi conhecida como Praia do Retiro da Lagoa outras vezes designada concomitantemente, como Praia Molle (com dois eles).

No mapa de 1870, aparece como sendo Praia da Lagoa, como de resto toda a costa até a Ponta das Aranhas.

Com o tempo, se afirma como Praia Mole, nome que deriva, de ter um piso muito mole e a areia movendo-se ao pisar dos pés, constituindo um fundo macio, digamos movediço ao ser pisado.

Seu uso é recente, talvez no começar dos anos 80, quando uma empresa decide investir num complexo hoteleiro no local.

046.5 - Descrição Física

É como a Joaquina, uma praia aberta para o Oceano Atlântico, com ondas fortes e longas, águas cristalinas, límpidas e uma faixa de areia fina e encorpada com grãos maiores, o que lhe dá uma mobilidade de piso.

Tem início no costão ao Norte da Ponta do Gravatá, e termina junto a uma pequena ponta de terra, recentemente intitulada de Ponta do Meio.

Fica a beira da rodovia e totalmente aberta ao público em geral, é contornada por vegetação rasteira com pequenos arbustos. Está livremente aberta ao sol, dando-lhe muita luminosidade.

046.6 - Dimensões

Extensão 960 Metros

Largura de 10 a 120 metros.

046.7 - Usos e Costumes

Na atualidade, a Praia Mole, tem utilização exclusiva para o turismo, lazer e esporte, tendo as características de uma praia livre e aberta a público de diversas categorias e gostos.

É uma bela praia, com muito sol e muitas ondas. Boas áreas de estacionamento. Possuí hotel e restaurante e integra o território do Distrito da Lagoa da Conceição.

Denominação:

047 - PRAIA DA ILHA DO XAVIER

047.1 - Denominação Primitiva

Não foi encontrada qualquer outra denominação.

047.2 - Denominações Outras

Nada para registar.

047.3 - Denominação Atual

Praia da Ilha do Xavier.

047.4 - Histórico

A Ilha do Xavier integra um conjunto de mais de uma dezena de ilhas que circundam a Ilha de Santa Catarina. É uma ilha oceânica e localizada em aproximadamente cinco quilômetros em linha perpendicular ao centro da Praia Mole.

Na face voltada para a Praia Mole possui uma pequena praia que serve de aporte e partida de embarcações. Recebe a praia o mesmo nome da Ilha porque, é assim, referência indicativa.

Provavelmente o topônimo XAVIER teria provindo de algum senhor que houvesse se radicado na ilha tornando-se presumível proprietário. Muito embora tivéssemos entrevistado muitos idosos das proximidades não foi possível chegar-se às bases concretas e explicativas dessa denominação.

047.5 - Descrição Física

É uma praia de areia fina, clara, com ondas médias e águas cristalinas. Fica cercada por fortes costões de pedras, e rochas de diversos tamanhos, é por isso muito procurada para pesca de garoupas por meio de linhas ou mesmo na pesca de mergulho, aliás seu principal atrativo.

A ilha possui uma escassa vegetação pois tem passado por algumas queimadas e possui pouquíssimas nascentes.

047.6 - Dimensões

Extensão - cerca de 100 metros

Largura de 5 a 20 metros

047.7 - Usos e Costumes

Trata-se de uma praia pouco procurada pelo homem. Somente os amadores ou navegadores e/ou de ecoturismo a procuram para percorrer a ilha.

Também os pescadores, especialmente de pesca submarina, a utilizam com maior freqüência.

Denominação:

048 - PRAIA DA GALHETA OU DA CALHETA

04.1 - Denominação Primitiva

Praia da Calheta

048.2 - Denominações Outras

Praia da Lagoa e Praia da Galheta

048.3 - Denominação Atual

Praia da Calheta, muito embora tenha mais aplicação popular e cartográfica como da Galheta.

048.4 - Histórico

O topônimo dado a esta Praia é um daqueles que sofreu alteração significativa e deturpada ao longo do tempo.

Nada se justifica para o designativo de Praia da Galheta. Galheta é uma pequena jarra para líquidos especiais, e são usados na celebração da Missa e para temperos e que se incorpora ao galheteiro.

Já a palavra CALHETA, identifica uma forma, ou desenho, que toma a costa marítima, em uma entrada mais aguda e mas profunda, embora pequena, do mar, isto é, uma variante de saco. Aliás, esse é o desenho que toma a costa, onde está a praia localizada. Ademais, é uma tradição açoriana e, lembrem-se de que foram os açorianos, que colonizaram a Lagoa da Conceição, e portanto, lhe definira toda a toponímia.

Lá, no Arquipélago dos Açores, existem três praias e comunidades, denominadas de Calheta, e nenhuma de galheta.

É por esta razão, que José Arthur Boiteux, em seu Dicionário Histórico e Geográfico de Santa Catarina, determina para a Ponta e para a Praia, a grafia Calheta, e não galheta, como o popular passou a adotar, talvez por erro de interpretação, em meados do Século passado.

Tendo por suporte a conceituação retro exposta, é que propomos se retome a grafia primitiva, colocando nos futuros mapas e diplomas legais que venham oficializar a toponímia das praias florianopolitanas, a denominação CALHETA.

048.5 - Descrição Física.

A Praia da Calheta obedece ao padrão de praia oceânica, formada por uma calha, ou pequena enseada profunda, que por isso, tem suas ondas levemente amortecidas, porém derramando-se longamente sobre a areia branca e fina.

Possui águas límpidas e claras. Tem início na Ponta do Meio, e termina na Ponta do Caçador, ficando a Ponta da Calheta mais a norte, após uma formação de dois quilômetros de costões.

Seu contorno em terra, é formado por um Morro, que recebe o mesmo nome, com exuberante vegetação, tornando a localidade bonita, alegre e nostálgica ao mesmo tempo.

048.6 - Dimensões

Extensão - 800 metros

Largura de 3 a 35 metros,

048.7 - Usos e Costumes

A Praia da Calheta integra a área do Parque Municipal da Calheta e o território do Distrito da Lagoa da Conceição, sendo área de preservação permanente.

Está reservada à pratica do naturalismo, Lei nº CMF 195/97.

Denominação

049 - PRAINHA DO LESTE

049.1 - Denominação Primitiva

Como é uma praia de uso recente não teve denominação anterior.

049.2 - Denominações Outras

Praia da Mariazinha ou da Dona Maria e Prainha.

049.3 - Denominação Atual

Prainha do Leste.

049.4 - Histórico

Como se trata de uma pequena praia de uso bastante recente, sua denominação escolhida pela produção, foi a que mais está em uso por seus freqüentadores, ou seja, prainha.

Porém, como já existe uma praia com o designativo de prainha no centro da cidade para distingui-la, optamos pelo atributo do Leste. Assim, PRAINHA DO LESTE.

Na prática, segundo está em cima exposto, o povo a tem designado com outros topônimos, que no entanto, não se afirmaram.

Para entender o termo prainha, que não se refere a uma praia pequena porém á características físicas não encontradas nesta praia, recomenda-se ler o que está escrito no item 003.4, deste inventário.

Esta praia não possui ainda uma história, visto que seu uso seja bastante recente, mas trata-se de uma agradável praia e tem seu acesso muito difícil.

049.5 - Descrição Física

Aberta para o Oceano Atlântico, situada ao pé do pico sul do canal sangrador da Lagoa da Conceição (Barra da Lagoa), adquiri as características de praia de mar alto, ou mar grosso no dizer popular, com ondas altas porém abrandadas pelo desenho da costa em forma de calheta (o termo calheta, no Lello Universal, assim é explicado: "angra estreita ou enseada estreita").

Difere de um saco, porquanto este abre-se para fora, enquanto a calheta tem mais largura no centro da enseada, isto é, uma saída mais estreita, aliás, como é o desenho desta e da famosa Praia da Calheta.

A Prainha do Leste é uma praia de areia fina e alva, macia no pisar e de aprofundamento rápido. Algumas rochas aos cantos deixam o seu desenho bonito, mas de difícil acesso feito somente à pé, através de trilha estreita, irregular e íngreme.

Localiza-se entre a Ponta da Galheta e a Ponta do Canal da Barra da Lagoa, distando deste cerca de uns quatrocentos metros.

049.6 - Dimensões

Extensão - 70 metros

Largura de 8 a 40 metros

049.7 - Usos e Costumes

Somente área de lazer e mesmo assim, como já se disse, de uso rescentíssimo. Por considerar-se uma praia descoberta recentemente pelos turistas que veraneiam na Barra da Lagoa e/ou que possuam casa de veraneio após a Ponte Pênsil.

Denominação:

050 - PRAIA DA BARRA DA LAGOA

050.1 - Denominação Primitiva

Praia da Lagoa

050.2 - Denominações Outras

Nada foi encontrado

050.3 - Denominação Atual

Praia da Barra da Lagoa

050.4 - Histórico

É recente, a denominação da Praia da Barra da Lagoa. O primeiro mapa editado por um órgão oficial a registrar o nome dessa praia, sem marcar limites, pois, na verdade desde a Barra da Lagoa, até a Ponta das Aranhas, é tudo uma única praia e denominada Praia da Lagoa, foi divulgado em 1989. Nem mesmo o Atlas de Santa Catarina, editado em 1986, no Governo Esperidião Amim, que contou na sua elaboração, com a competente equipe técnica, que registrara o nome de Praia da Barra da Lagoa.

Então, diga-se que a subdivisão da Praia Grande ou do Moçambique, instituindo a Praia da Barra da Lagoa, é de 1990.

O nome Barra da Lagoa é realmente muito antigo e secular, porém sempre foi aplicado para identificar a comunidade local e não à praia.

050.5 - Descrição Física.

Como não há limites definidos e tão pouco pontos geográficos naturais para marco sugerimos, que a Praia da Barra, se estenda desde o Canal da Barra até a linha de limite entre os Distritos da Lagoa da Conceição e São João do no Vermelho.

A Praia da Barra da Lagoa é uma praia de mar aberto porém tem tranqüilidade de águas pois, a correnteza do canal da barra provoca uma freajem das ondas, tornando-as suaves. É uma praia de águas piscosas, limpas, de baixa salinidade pela mistura da água doce vinda da Lagoa e sua areia é branca e fina.

Toda a natureza que a cerca, somando-se a geografia do canal da barra, e os morros circunvizinhos, construiu um panorama muito bonito, irradiando tranqüilidade e oferecendo excelentes condições para recreio, turismo e pesca.

A comunidade local é atuante e dotada de uma população com cerca de 8.000 habitantes fixos e uma flutuante entre 10 e 30.000 pessoas acompanhando as temporadas turísticas.

050.6 - Dimensões

Extensão - 650 metros

Largura - de 5 a 50 metros.

050.7 - Usos e Costumes

Pelo histórico vê-se que é uma praia que tem múltiplas funções. Pesca, turismo, recreio, residência, sede comunitária, vida social e tradição

O folclore local é muito rico, sendo que em todos os anos se realiza a "Festa da Tainha".

A tainha, é o principal peixe capturado na Barra da Lagoa, em grande quantidade, na época de safra, nos meses que não têm "R" na grafia, isto é, maio, junho, julho e agosto .

Denominação:

051 - PRAIA DO MOÇAMBIQUE

051.1 - Denominação Primitiva

Praia da Lagoa

051.2 - Denominações Outras

Praia Grande, Praia do Moçambique

051.3 - Denominação Atual

Praia do Moçambique

051.4 - Histórico

Os mapas mais antigos, dão à praia a denominação de Praia da Lagoa ou Praia Comprida, isto em razão de ter oito quilômetros e meio de extensão.

Posteriormente começa a ser chamada de Praia Grande, também pela sua dimensão sendo a maior praia da Ilha de Santa Catarina e uma das maiores do Estado.

Moçambique é uma denominação que se vê pela primeira vez grafada, por volta de 1850, e a partir daí vai se afirmando, em alternância com outros topônimos, até consagrar pelo uso, sendo atualmente o nome mais empregado.

Com o desenvolvimento turístico da Barra da Lagoa, vê seu trecho ao Sul, começar a ser denominado de Praia da Barra da Lagoa, configurando a forma atual.

O termo, moçambique, se aplica a três sentidos. O primeiro e mais ajustado à praia é a que se refere a um molusco, uma pequena concha comestível, de forma alongada e pequena, cerca de três centímetros, que é encontrada nesta praia. Um segundo significado, para identificar um tipo de indígena da região africana e que habitava nos territórios, que deram origem à nação Moçambiquenha. Uma terceira explicação para o nome, está na ligação histórica do descobridor do Moçambique, que nada mais foi do que o mesmo Pedro Álvares Cabral. Cabral foi ao Moçambique, logo a seguir a sua estada no Brasil, em 1500. Assim a denominação desta praia em Santa Catarina teria referência a esse fato histórico, e também uma homenagem ao território africano, que forneceu muitos escravos para o Brasil.

O que se pode tomar como principal referência, é que a nossa denominação advém da presença da concha "moçambique", nesta praia.

051.5 - Descrição Física

A Praia do Moçambique integra o Parque Florestal do Rio Vermelho e por possuir um ecossistema arenoso e plano foi utilizado pelo Doutor Henrique Berenhausen, como experimento

do cultivo do Pinus Elliot, transformando a sua área, com dunas, em uma reserva florestal densa, com essa espécie vegetal.

Hoje, por leis, Federal, Estadual e Municipal, integrante do Parque Florestal do Rio Vermelho, e, fazendo parte do Distrito de São Batista do Rio Vermelho.

Por ser uma reserva que está resistindo à ocupação humana, e por isso torna-se uma praia muito pouco procurada por turistas e veranistas.

É uma praia oceânica, de ondas fortes e largas, areia alva e águas com forte salinidade muito límpidas. Além do molusco moçambique, oferece um siri pintadinho, peixes diversos, e ótimas condições para a rede de tainha ou de cerco.

A Praia do Moçambique, tem por limites extremos, ao norte a Ponta das Aranhas e, ao sul a linha divisória dos Distrito da Lagoa da Conceição como o de São João Batista do Rio Vermelho.

051.6 - Dimensões

Extensão - 7.500 metros

Largura - 8 a 50 metros

051.7 - Usos e Costumes

Praia muito isolada e muito pouco freqüentada e por isso, tem escassa ou rara utilização, tanto para veraneio, esporte, lazer ou pesca, essa um pouco mais, porém na maioria como pesca esportiva e amadorística.

Dentro do Parque Florestal do Rio Vermelho encontram-se os seguintes serviços: Três "Campings" e a Administração do Parque, com um moderno setor de pesquisas, com destaque para a maricultura - ostras, mariscos e camarão. Todos esses serviços estão abertos ao público para uso e à visitação .

Denominação:

052 - PRAIA DO SANTINHO

052.1 - Denominação Primitiva

Praia das Aranhas

052.2 - Denominações Outras

Praia Dazaranha e Praia do Santinho.

052.3 - Denominação Atual

Aparecem com freqüência as duas: Praia das Aranhas e Praia do Santinho

052.4 - Histórico

O topônimo mais antigo e mais aplicado em relação a esta praia, é sem duvida das Aranhas. A de Praia do Santinho, só vem aparecer em uso muito recente, e nos mapas impressos, após 1970. O topônimo Aranhas, advém das ilhas que ficam ao Sul da praia e defronte à ponta de terra, que também é denominada Ponta das Ilhas das Aranhas. Hoje simplificada para Ponta das Aranhas.

Nas ilhas, foi aplicado o nome aranha, pelo fato de que teriam nelas muitas aranhas, daí Ilhas das Aranhas. Eram três ilhas, que tendo duas delas se unificado por assoreamento dada a proximidade foram transformadas em duas.

Como o povo nativo do local, comunidade das Aranhas, fala muito ligeiro oferecem o entendimento de unificação das palavras, onde vem a denominação dazaranhas.

Quanto ao topônimo Santinho, vem ele da versão ou lenda popular, que segundo a qual, nos rochedos da Ponta das Aranhas junto ao Calhau Miúdo, aparecia um Santinho. Outros diziam ser coisas de bruxaria e ainda outra versão, das mensagens rupestres encontradas nas rochas do costão que seriam mensagens dos santos. Por isso, o Costão passou a ser denominado de Costão do Santinho.

Por outro lado, na medida em que algum empreendimento de vulto surge muda tudo no local, inclusive o topônimo (vejam Jurerê e Daniela), que passa a acompanhar aquela denominação econômica. A implantação do moderno complexo, denominado de Costão do Santinho, influenciou na adoção desse nome, também para a praia, porém o nome registrado, inclusive no Dicionário Histórico e Geográfico de Santa Catarina, de José Arthur Boiteux, é Praia das Aranhas, nome que sugerimos para oficialização, sem prejuízo para o notável empreendimento turístico, que continuará fazendo referências, ao balneário do Costão do Santinho.

052.5 - Descrição Física

Banha a Praia das Aranhas uma larga faixa de areia branca, fina e límpida. É uma praia de beleza indescritível, com ondas fortes, muito repuxo (muito perigosa), longas com características oceânicas.

Integra o território do Distrito de Ingleses do Rio Vermelho ao norte da Ilha de Santa Catarina, tendo por limites ao sul a Ponta das Aranhas, na pedra do Calhau Miúdo e ao norte, o Morro dos Ingleses sendo ligada a essa praia por meio de longas dunas.

Essas dunas adornam toda a faixa da Praia das Aranhas, organizando um belo visual.

052.6 - Dimensões

Extensão - 2.200 metros

Largura - 10 a 120 metros

052.7 - Usos e Costumes

Primitivamente foi praia exclusiva de pesca e ainda "com muito respeito", diziam os antigos, pois era uma praia traiçoeira e muito perigosa.

Por experiência pessoal, vimos várias vezes os pescadores impedirem a aproximação do mar por pessoas menos conhecedoras da região.

Está tendo utilização de recreio, lazer, turismo e esportes náuticos a partir de 1985 com a implantação do Ressort do Costão do Santinho, e da presença de veranistas com casas construídas na localidade, que continua a ser chamada de Aranhas dos Ingleses.

A região detém a maior reserva de inscrições rupestres do Sul do Brasil, e por isso, precisa de uma política de proteção e apoio para pesquisa. De acordo com a legislação brasileira todo o Sítio Arqueológico como este é Patrimônio Nacional e área de preservação permanente.

Denominação:

053 - PRAIA DOS INGLESES

053.1 - Denominação Primitiva

Adotou sempre a mesma denominação

053.2 - Denominações Outras

Somente esta denominação, dos Ingleses.

053.3 - Denominação Atual

Praia dos Ingleses

053.4 - Histórico

Como é uma praia, que sempre adotou o mesmo topônimo, pouco há que se comentar em seu histórico.

Pelo menos, vejamos as explicações para sua denominação, que tem nascedouro na imaginação, ou na memória popular e de tradição oral.

A primeira versão, refere-se ao naufrágio de uma embarcação pirata inglesa, em que seus tripulantes foram dar a salvos na ponta de terra ao extremo noroeste, da Ilha de Santa Catarina, e por isso, passou a denominar-se de Ponta dos Ingleses, e por extensão também à praia próxima, de Praia dos Ingleses. Uma segunda, que um cidadão de naturalidade inglesa tivera sido o primeiro ocupante da praia. Uma terceira, pouco provável, de que os Piratas Ingleses que pôr vingança mataram Dias Velho, tivessem fundeado nesta praia, para tê-la como apoio logístico ao ataque à sede do povoado de Nossa Senhora do Desterro, em 1689.

A comunidade da Praia dos Ingleses que integrava o Distrito de São João Batista do Rio Vermelho, adquiriu o estatus de Distrito, em 1958, sendo hoje uma grande "cidade" turística.

053.5 - Descrição Física

É uma praia oceânica, virada para o norte, extensa, com fortes e longas ondas, areia finíssima, branca e limpa. Suas águas são cristalinas e de temperatura agradável.

Como é uma bela praia, tornou-se um grande centro turístico do sul do Brasil. Na parte leste, possui um conjunto de dunas, ligando-a a Praia das Aranhas e a Ponta dos Ingleses, no morro do mesmo nome. Limita-se ao leste com a Ponta dos Ingleses, e a oeste com a Ponta da Feiticeira.

053.6 - Dimensões

Extensão - 4.830 metros

Largura - 6 a 50 metros

053.7 - Usos - e Costumes

Historicamente, a Praia dos Ingleses foi um centro de pesca, sendo a praia recordista em lances de tainha, com mais de 80.000 em um só lance.

Hoje em dia a atividade de pesca está bastante reduzida, porém, não parou de todo muito embora, o movimento turístico, especialmente o de verão, esteja a impedir o trabalho dos pescadores, que por isso, estão procurando outras atividades, ou outros locais de trabalho.

É também, uma área residencial, com mais de 15.000 moradores permanentes, pois as estradas de acesso, agora com pistas duplicadas são de boas características rodoviárias. Possui muitos hotéis, restaurantes, agências bancárias postos de saúde, serviços gerais e demais estruturas urbanas.

Ingleses integra as rotas de turismo internacional, oferecendo atrativos, para lazer, esporte, música, casas noturnas, passeios, camping etc...

Denominação:

054 - PRAIA BRAVA

054.1 - Denominação Primitiva

Praia Brava

054.2 - Denominações Outras

Sempre a mesma

053.3 - Denominação Atual

Praia Brava

053.4 - Histórico

Brava, forte, perigosa, raivosa, irada, com belo e agressivo porte, enfim tudo se aplica a esta praia, como justificativa para que o povo, tradicionalmente, passasse a designá-la e isso, desde os mais remotos tempos, de Praia Brava.

Por estar cercada por íngremes e elevados maciços de argila e pedra, teve difícil acesso, e por isso, raríssimamente alguém lá aparecera para pescar, mesmo assim na maioria das vezes chegados pelo mar.

Aos anos 70, uma empresa passou a ocupar a praia Brava e aos poucos transformando-a num Complexo Turístico e Hoteleiro.

054.5 - Descrição Física

É uma praia que se estende desde a Ponta da Feiticeira, que a separa da Praia dos ingleses, indo até a Ponta da Bota, a Sudoeste.

Localiza-se no Distrito de Cachoeira do Bom Jesus, e aberta ao norte de característica oceânica. Apresenta ondas bravias, daí a denominação, com forte repuxo, e que só deve ser freqüentada com muito cuidado, e, para quem tenha bom domínio de mar.

Águas límpidas, com muita salinidade, e de temperatura agradável. Sua areia é finíssima e macia, oferecendo encantador visual. Possui quebra ondas, com poços profundos, e depois o fundo do mar segue com suave declive. É piscosa e possui excelente infra-estrutura.

054.6 - Dimensões

Extensão - 920 metros

Largura - 10 a 150 metros.

054.7 - Usos e Costumes

Tivera, primitivamente, pouca utilização, e de pesca, com as embarcações vindas pelo mar, e de outras praias. Nos costumes, era uma praia temida pelos pescadores, dada as suas bravias ondas, e mar como, diziam, de fundo "falseado".

Seu uso tomou vulto com a implantação de um empreendimento de turismo no local, e além de ofertas de residências turísticas, oferece hotéis e restaurantes, possuindo um pequeno número, de moradores permanentes.

Denominação:

055 - PRAIA DA LAGOINHA DA PONTA DAS CANAS

055.1 - Denominação Primitiva

Praia da Lagoinha

055.2 - Denominações Outras

Praia da Lagoinha.

055.3 - Denominação Atual

Praia da Lagoinha da Ponta das Canas

055.4 - Histórico

A denominação desta praia, é claramente derivada das características físicas da região.

O qualificativo, das canas, deriva do vegetal que era abundante na área em estudo. Denominada primitivamente por apenas, Praia da Lagoinha, necessitou, com o tempo, aplicar um qualificativo diferenciativo, de Ponta das Canas, vez que existem outras praias de lagoinha no Município de Florianópolis .

Destinou-se para as atividades da cultura da mandioca, do milho, do café e da pesca servindo sua pequena lagoa, como local para deixar,as embarcações, em repouso e abrigo contra as intempéries, esperando o momento de ir ao mar lançar as redes.

055.5 - Descrição Física

Geograficamente, o local é um estuário, dividido em mar e lagoa de água doce, sendo que a lagoa, ou Lagoinha é formada por diversos rios, pequenos, tributários, e que se transformaram, na foz, em lagoa, pelo represamento das areias do mar, junto à praia, que recebe o nome de Praia da Lagoinha.

Tem, a praia, início na costa esquerda da Ponta do Rapa e se estende até a ponta da Lagoinha, com um traçado em semicírculo, tendo mais à direita o sangradouro ou deságüe da pequena lagoa. Integra o território do Distrito de Cachoeira do Bom Jesus.

A praia de mar, tem areia fina, é de ondas calmas, e fundo que se aprofunda suavemente, facilitando a entrada e saída de embarcações, como também para rede de arrasto para a pesca da tainha.

No contorno da lagoinha, vê-se alguns morros, com espessa vegetação entre a qual surgem construções residenciais e de veraneio temporário.

055.6 - Dimensões

Extensão - 760 metros

Largura - 12 a 35 metros

055.7 - Usos e Costumes

Muito embora seja uma região famosa é muito procurada para veraneio e usos pouco diversificados.

Primitivamente, e ainda hoje, tem atividades de pesca associada ao recreio e turismo.

Também é área residencial para moradores permanentes possuindo muitas residências de temporadas, hotéis e colônias de férias.

Denominação:

056 - PRAIA DA PONTA DAS CANAS

056.1 - Denominação Primitiva

Praia da Ponta das Canas

056.2 - Denominações Outras

Nada foi encontrado como outras denominações.

056.3 - Denominação Atual

Praia da Ponta das Canas

056.4 - Histórico

A denominação desta praia decorre, como a anterior e outras a seguir, da geografia e do vegetal encontrado no local . Uma ponta de areia, parte argilosa com pedras, junto a qual vicejava um canavial, e da variedade vieira ou "cana vieira".

O local serviu para organização de uma comunidade que trabalhava com lavouras associando à pesca, pois a praia oferecia, aliás ainda oferece, ótimas condições para essas atividades.

Com o advento da prática de veraneio e casas de sítios de descanso e repouso, a região foi escolhida por mais de duas centenas de famílias que passaram a disputar com os nativos os espaços residenciais e da praia. Esta tornou-se uma área balneária.

056.5 - Descrição Física

A Praia da Ponta das Canas, tem início na Ponta da Lagoa e se estende até o final da Ponta das Canas, quando tem início a Praia da Cachoeira.

É uma praia calma, águas claras e areia fina, com fundo do mar descendo em suave declive. A temperatura da água é agradável, e todo o conjunto oferece atrativos para lazer e recreio.

Situa-se entre o alto mar e o mar de baía, aliás a Baía Norte da Ilha de Santa Catarina pode ter como marco a ponta das Canas, e, por isso, pode ser considerada como praia de mar interno e manso.

A área de Ponta das Canas sofre o processo de erosão provocado pelas correntes marinhas e por isso a praia é carregada lentamente, necessitando de estudos e execução de obras para reduzir o impacto do fenômeno.

Integra o território do Distrito de Cachoeira do Bom Jesus.

056.6 - Dimensões

Extensão - 950 metros

Largura de 1 a 18 metros

056.7 - Usos e Costumes

Ponta das Canas é uma área de recreio e férias para famílias. Parece ser um território familiar, mesmo assim continua tendo muitos moradores nativos e que se dedicam à pesca, e a prestação de serviços para veranistas e turistas.

Tem ambiente tranqüilo, afastado das rodovias e dos movimentos estressantes, possuindo restaurantes, bares e serviços de apoio.

Denominação:

057 - PRAIA DA CACHOEIRA DO BOM JESUS

057.1 - Denominação Primitiva

Praia de Canna Vieiras

057.2- Denominações Outras

Praia de Canavieiras, Praia de Canavieira, Praia de Canas Vieiras Praia de Canasvieiras e finalmente Praia da Cachoeira.

057.3 - Denominação Atual

Praia da Cachoeira

057.4 - Histórico

A Praia de Cachoeira veio aparecer com essa designação, nos Mapas Cartográficos, somente a partir de 1960, em conseqüência de uma revisão dos topônimos distritais do Município de Florianópolis, e sendo resultante de uma subdivisão da então Praia de Cana Vieiras, que se estendia até a Ponta das Canas. Aliás, em toda essa região, era encontrada essa variedade de cana.

A denominação de Cachoeira, deriva do nome do Distrito e que legalmente é denominado de Cachoeira do Bom Jesus. Por seu turno, o nome do Distrito vem da realidade geográfica do seu território, que começa num morro - Morro da Cachoeira, onde nasce uma Cachoeira, que deságua na Praia de Canasvieiras (hoje Cachoeira). O orago da Comunidade da Região é o Senhor Bom Jesus, e, assim, a localidade e sua cachoeira, passaram a ser identificadas como Cachoeira do Bom Jesus.

Como o povo procura simplificar as coisas, reduziu a denominação da Praia, para somente, Cachoeira, deixando o Senhor Bom Jesus, de lado.

057.5 - Descrição Física

O Distrito de Cachoeira do Bom Jesus é dotado de uma população expressiva, superior a 15.000 habitantes residentes, sendo, sua área de praia, organizada com um excelente complexo de serviços turísticos,

A Praia tem início na Ponta das Canas e segue em direção sudoeste até encontrar a foz do rio do Braz onde também fica o marco de divisa entre os distrito de Cachoeira do Bom Jesus e o de Canasvieiras.

É uma excelente praia e que conta, em altas temporadas, com uma centena de milhar de freqüentadores, tanto de moradores locais, de proprietários de casas de recreio e veraneio e de hóspedes de muitos hotéis lá existentes, e ainda mais os turistas de presença diária.

Suas águas são limpas, as areias brancas e finas, ondas suaves e temperatura da água em nível agradável.

Suas características são entre aberto e mar de baía, pois situa-se à entrada da Baía Norte da Ilha de Santa Catarina.

057.6 - Dimensões

Extensão - 2.800 metros

Largura de 5 a 30 metros

057.7 - Usos e Costumes

Mesmo considerando que o Distrito de Cachoeira do Bom Jesus, seja um dos mais antigos do Município de Florianópolis, sua praia só conseguiu expressão após 1970. A sede Distrital ficava longe da Praia, pois seus moradores dedicavam-se mais a agricultura que à pesca.

A função balneária, veio para ficar e suplantar todas as demais atividades produtivas do povoado e é considerado, hoje, um grande centro turístico do Estado de Santa Catarina, sendo preferido, como Ponta das Canas e Canasvieiras, pelos turistas argentinos e uruguaios.

Oferece todos os serviços básicos necessários e seu sistema viário é eficiente, e adequado as atuais necessidades.

Denominação:

058 - PRAIA DE CANASVIEIRAS

058.1 - Denominação Primitiva

Praia de Canna Vieira

058.2 - Denominações Outras

Praia de Canas Vieiras, Praia de Canavieira, Praia de Canasvieiras

058.3 - Denominação Atual

Praia de Canavieiras

058.4 - Histórico

Desde o Mapa de 1786, encontra-se o registro da de Praia Cana Vieiras, sendo esta a primeira grafia para o topônimo. Tal designativo, deriva de uma variedade de cana que deve ter existido no local, ou fora cultivada pelos açorianos, pois foram eles que deram início a Vila de São Francisco de Paula das Cana Vieiras. A Carta Hidrográfica de Bellegarde - 1830, também registra a grafia de Cana Vieiras (1).

Consultando vários dicionários brasileiros e outros editados em Portugal, antigos, ou de publicação recente, o verbete canasvieiras, não foi encontrado, mais tão somente canavieira ou canavieiras, aliás, como é a grafia de uma cidade e de um rio, na Bahia .

Por isso, a grafia adotada hoje, para a praia, resulta de um erro lingüistico, que foi consagrado pelo uso

Como registra a história, o Povoado dedicado a São Francisco de Paula das Cana Vieiras, foi fundado pelos açorianos em 1754, sendo que a sua primeira denominação adotada, foi a do Santo Padroeiro, aliás, foi o nome dado à Ilha, que lhe fica defronte, e que hoje é denominada do Francês.

Pelas excelentes qualidades das suas águas, beleza do local e a tranqüilidade de suas ondas, e da proximidade das Fortalezas de Santa Cruz do Anhatomirim e de São José da Ponta Grossa, transformou-se no primeiro balneário do Município de Florianópolis, fazendo história como tal a partir do século passado. Recebeu grandes impulsos governamentais a partir de 1930, e a SC 401 hoje, teve o primeiro traçado, com respectivo projeto de engenharia, em 1942, como .sendo a Estrada para o Balneário de Canasvieiras.

058.5 - Descrição Física

Inicialmente a Praia de Canavieiras englobava a de Cachoeira pois, é, na verdade uma única praia, somente dividida por convenções sociais. Trata-se de uma praia de mar intermediário entre o mar oceânico e o de baía. Fica aberta para, o Norte e, por isso, tem águas claras, areia e ondas suaves, e que, dada a suavidade do declive do fundo do mar, suas ondas se estendem na praia por mais de 50 Metros.

Seu limite, ao Norte, é a divisa distrital - Cachoeira do Bom Jesus com o de Canasvieiras - e, ao Sul, com a Ponta dos Morretes, numa linha quase reta, partindo da Capela de São Francisco de Paula, que alguns dizem ser São Francisco Xavier.

058.6 - Dimensões

Extensão - 2.200 metros

Largura de 8 a 60 metros

058.7 - Usos e Costumes

As Primeiras atividades dos açorianos, na região, foram direcionadas para a agricultura e para a pecuária. A pesca veio depois e, se firmou como principal função para a praia, isto é, praia de pescaria e ranchos de pescadores, que foram desaparecendo na medida em que o balneário ganhava expressão. Contudo, ainda restam alguns pouquíssimos desses ranchos.

O uso como balneário veio a partir do início do século, e num rápido crescimento tornou-se, em nossos dias, um dos principais pólos balneários do Sul do Brasil. O maior impulso foi dado pelo Prefeitura de Florianópolis, em 1956, quando toda a área foi projetada em lotes e ruas, e colocados, os lotes, à venda. Realmente, este foi o momento decisivo para o arranque do balneário que hoje possui uma grande rede hoteleira e demais serviços turísticos necessários. Recebe muitos turistas internacionais, e resto os nacionais, de São Paulo e do Rio Grande do Sul.

(1) - Canavieira, s.f. Bot. 1- Planta gramínea (sorgum saccharatum) 2-Erva graminacea (arundinaria canavieira)

Denominação

059 - PRAIA DA ILHA DO FRANCÊS

059.1 - Denominação Primitiva

Praia da Ilha de São Francisco de Paula.

059.2 - Denominações Outras

Praia da Ilha do Argentino e da Ilha do Francês.

059.3 - Denominação Atual

Praia da Ilha do Francês.

059.4 - Histórico

A Ilha do Francês é uma pequena ilhota, situada na altura da ponta sul da Praia de Canasvieiras e distando cerca de 1.100 metros em linha reta da costa.

Primitivamente era denominada, conforme registram mapas cartográficos passados, de Ilha de São Francisco de Paula vez que é o Padroeiro de Canasvieiras. Aliás, foi um topônimo aplicado inclusive para hoje Praia de Jurerê, e que tivera sido chamada também de Praia da Ponta Grossa.

Assim a pequenina praia, que facilita o aporte, entrada e saída, inclusive para quem chega a nado, desde a praia de Canasvieiras à Ilha do Francês, recebe esta denominação Praia da Ilha do Francês.

059.5 - Descrição Física

Apresenta características de praia de baía, Baía Norte, mar manso e calmo, águas límpidas, areia média amarelada e piso com declive suave.

059.6 - Dimensões

Extensão - aproximadamente 60 metros

Largura - 1 a 8 metros

059.7 - Usos e Costumes

Na verdade esta praia é tida popularmente como praia particular, o que não pode legalmente acontecer, pois todas as praias são, constitucionalmente Patrimônio da União, bens públicos e de livre acesso.

Mesmo assim é freqüentemente utilizada por embarcações de veranistas, pescadores e esportistas. Há quem a visite, provindo a nado desde Canasvieiras ou de Jurerê Internacional.

A Ilha hoje não é mais propriedade de um cidadão francês, porém de um argentino e por isso, a praia chega a ser denominada de Praia do Argentino.

Denominação

060 - PRAIA DE CANAJURÊ

060.1 - Denominação Primitiva

O povo considerava o trecho integrante da Praia de Canasvíeiras.

060.2 - Denominações Outras

Além de Canasvieiras e de São Francisco de Paula, Praia do Iate Clube, Praia do Hotel Canajurê, Praia dos Gomes e Praia da Ponta Grossa.

060.3 - Denominação Atual

Praia de Canajurê.

060.4 - Histórico

A denominação caracterizando esta praia como autônoma, da praia de Canasvieiras ou da Ponta Grossa, é muito recente. No máximo 10 anos.

Realmente trata-se de uma praia independente e desde o momento em que se construiu nela um hotel e um condomínio residencial de grande porte, para os turistas internacionais, foi batizada com o nome de CANAJURE identificando suas raízes, isto é, um pouco de Canasvieiras - CANA, e um pouco de Jurere, ex-praia da Ponta Grossa, JURE.

060.5 - Descrição Física

Tem ela seu começo junto a Ponta dos Morretes e segue em direção sudoeste até a ponta de pedras, sem denominação, e que dá inicio a Praia de Jurerê.

É uma praia bonita e agradável. De águas cristalinas, ondas suaves, fundo de areia fina e de afundamento bastante suave. Pode-se dizer que trata-se de uma praia intermediária entre as de baía e as de alto mar.

Por colocar a disposição do turismo um complexo expressivo, a presença de público, embora restrito, é fortemente significativa.

Não possui entrada livre para a população em geral.

Junto à ela deságuam dois pequenos córregos.

Situa-se no Distrito de Canasvieiras.

060.6 - Dimensões

Extensão de 105 metros

Largura entre 15 e 40 metros

0607 - Usos e Costumes

A Praia de Canajurê atualmente, esta com utilização restrita aos usuários do condomínio ou do hotel.

Aparecem transeuntes que se movimentam entre as praias de Canasvieiras e a de Jurerê.

Outrora serviu para as fainas de pescas, especialmente como nos disse o Senhor Otaciliano Alves da Luz: "para grandes lances de tainha, mas hoje seu moço, nem mas tainha tem neste mar".

Denominação:

061 - PRAIA DE JURERÊ

061.1 - Denominação Primitiva

Praia da Ponta Grossa

061.2 - Denominações Outras

Praia de São Francisco; Praia do Forte, Praia de Jurerê Internacional

061.3 - Denominação Atual

Praia de Jurerê

061.4 - Histórico

Esta praia, das mais tradicionais da Ilha de Santa Catarina, pela sua posição estratégica, em conjunto com a Ponta de terra a Oeste, teve como primeiro nome, Praia da Ponta Grossa, em referência à citada ponta, que foi escolhida para localizar um dos pontos de defesa da Ilha de Santa Catarina, plano do Brigadeiro José da Silva Paes.

Com a fundação da Póvoa de São Francisco de Paula, passou a denominar-se Praia de São Francisco de Paula, e, posteriormente, de Jurerê nome introduzido pela empresa imobiliária responsável pelo primeiro plano de loteamento desta praia, cuja razão social era, Imobiliária Jurerê.

Foi uma alteração programada, e que chocou aos moradores e tradicionalistas ilhéus. Bem verdade, que o nome Jurerê, tem história e tradição, pois era um dos nomes, dado à Ilha, pelos Carijó. Seu nome completo era, Y-Jurerê-Mirim, significando Boca d`água Pequena, em relação ao estreito central, que a separa do continente.

Até 1955, quando a imobiliária foi constituída, seu nome era Ponta Grossa, e uma praia de pescadores. Após os primeiros impactos imobiliários, conheceu grande desenvolvimento urbanístico a ponto de se tornar, hoje, um centro turístico internacional.

061.5 - Descrição Física

A Praia de Jurerê, é uma Praia longa, de mar intermediário, com ondas longas e calmas, areia fina e clara, tendo águas de temperatura agradável, límpidas e de média salinidade.

Tem inicio na Ponta dos Morretes, que a separa da de Canasvieiras, e segue até a entrada da ponta de terra que é ocupada pela Bateria de São Caetano, o Forte de São José e muitos moradores tradicionais, base da população da comunidade de Ponta Grossa. Como a família de minha mãe ( do Professor Nereu) é deste local, conheci-o bem, informando que até 1956, não havendo estrada de acesso ao local, seu alcance dava-se pela Praia de Canasvieiras, com maré baixa, quando era possível atravessar, pela areia da praia (Carroça, carro de boi "ou automóvel), a Ponta dos Morretes, indo até a comunidade de Ponta Grossa, ao Forte e sua Praia ou mesmo à Praia de Ponta Grossa.

O complexo turístico de hoje, integra o Distrito de Canasvieiras, sendo, pelo Forte, uma estrutura histórica de grande importância para Santa Catarina.

061.6 - Dimensões

Extensão 3.200 metros

Largura de 6 a 80 metros.

061.7 - Usos e Costumes

A ocupação da região da Ponta Grossa, tem início com a construção do Forte São José, da Bateria de São Caetano e da Bateria Nova do Pontal.

Junto ao Forte, organizou-se e desenvolveu-se uma comunidade que ficou intitulada oficialmente, como Ponta Grossa, dedicando-se à pesca como atividade principal e na agricultura e serviços junto ao Forte, como secundárias.

Com a implantação do empreendimento imobiliário, sob a responsabilidade da Imobiliária Jurerê, tem início a transformação da região, de área de pesca e de segurança, para a do turismo de Praia e histórico, pois o Forte de São José, restaurado pela universidade Federal de Santa Catarina, é uma visita obrigatória para quem desejar conhecer, mais um pouco, da história de Santa Catarina e do Sul do Brasil.

No momento, o complexo turístico de Jurerê, tem foro internacional e usufruindo de todos os serviços básicos para essa atividade.

Denominação:

062 - PRAIA DO FORTE

062.1 - Denominação Primitiva

Praia do Forte

062.2 - Denominações Outras

Nada foi encontrado

062.3 - Denominação Atual

Praia do Forte

062.4 - Histórico

Dentre as muitas praias, encontradas no Município de Florianópolis, a do Forte talvez seja uma delas que jamais teria sido conhecida com outra denominação, pois a presença de um forte na Ponta Grossa, assegurava-lhe permanente toponímia.

Claro que sua denominação derivou-se do Forte de São José da Ponta Grossa, e das Baterias Nova e de São Caetano, construídas nas proximidades

O Forte, integrava as bases de defesa da Ilha de Santa Catarina no Brasil Colônia, e foi desativado a partir de 1935, ficando desprezado e entregue à destruição. Suas telhas e muitos outros materiais, serviram para as construções residenciais próximas, edificadas pelos nativos da comunidade de Ponta Grossa . Muitos chegaram a ter residência dentro do Forte.

No Plano de Desenvolvimento Local Integrado da Micro região da Grande Florianópolis, de 1970, o Forte foi incluído como Patrimônio Nacional Restaurável, tendo a universidade Federal de Santa Catarina assumido essa tarefa de restauro, e lá mantém um programa permanente de turismo educativo e histórico, aliás, um trabalho de excelente qualidade.

062.5 - Descrição Física

A Praia do Forte não é uma praia longa. É contudo muito boa para recreio e balneário. Tem areia branca e fina, águas mansas, claras e com temperatura agradável.

Seus limites vão desde a face Sul da Ponta Grossa até um conjunto de pedras que a separa do Pontal. Entre as Praias do Forte e do Pontal existe uma pequena praia com cerca de sessenta metros, sem denominação.

062.6 - Dimensões

Extensão - 400 metros

Largura de 2 a 15 metros

062.7 - Usos e Costumes

Em tempos primitivos, servia de apoio para os moradores locais, quer na faina de pesca, quer para entrada e saída de barcos, quer para a salga do peixe, no varal e ao sol e o vento.

Com o surgimento dos sítios de veraneio, e casas de fim de semana, passou a assumir essas funções isto é lazer e repouso.

Na atualidade, como o turismo, tanto de balneário, como o histórico e cultural, tomou vulto e cresceram muito os fluxos para o local, perdeu todas as funções antigas, para se incluir no Complexo Turístico de Jurerê Internacional,

A praia permanece com a mesma denominação, enquanto nenhum aventureiro queira inovar ou macular a nossa cultura tradicional.

É utilizada, também, para atividades esportivas.

Denominação

063 - PRAIA DA PONTA GROSSA

063.1 - Denominação Primitiva

Praia da Ponta Grossa.

063.2 - Denominações Outras

Praia de São Francisco de Paula e Praia do Forte.

063.3 - Denominação Atual

Praia da Ponta Grossa.

063 4 - Histórico

Todo o progresso, desenvolvimento e/ou modernizações ensejam alterações toponímicas. Algumas válidas, porém outras nem tanto. No caso da presente praia constata-se o fenômeno de ter ela perdido totalmente suas origens. É uma praia totalmente independente da Praia do Forte porém, popularmente é assim considerada.

Na verdade, toda a praia, que parte da Ponta dos Morretes em direção sudoeste e terminando junto a ponta que marca o limite noroeste da Praia do Pontal, foi designada como Praia da Ponta Grossa em função do acidente geográfico do local. Por causa disso é que o Forte de São José, recebe o atributo locacional "da Ponta Grossa". Aliás, a comunidade local é conhecida como da Ponta Grossa.

Conversando com o Senhor Otaciliano Alves da Luz, morador nascido no local, com 96 anos bem vividos, afirmou-nos ele, que o presente trecho de praia onde ele mora "sempre foi chamado de Praia da Ponta Grossa e não como do Forte, que é coisa inventada pelo pessoal de hoje".

Partindo desta constatação, a proposta que fazemos, é a de consagrar, para esta praia total autonomia do Forte (aliás como já o é geograficamente) para a denominação de PRAIA DA PONTA GROSSA.

063.5 - Descrição Física

A Praia da Ponta Grossa é uma praia de mar intermediário entra a baía e o alto mar. Por isso, suas águas são límpidas, com largas porém suaves ondas, piso de areia fina e alva e com aprofundamento suave e longo. É possível penetrar-se ao mar tomando pé á quase 220 metros.

Seus limites noroeste-sudoeste já foram definidos no histórico. Integra o território do Distrito de Canasvieiras e situa-se a costa norte do Pontal.

No Alto da Ponta Grossa encontra-se edificado, restaurado e administrado pela Universidade Federal de Santa Catarina, o Forte de São José da Ponta Grossa, construído em 1750, pela Coroa Portuguesa, dentro da estratégia de defesa da Ilha de Santa Catarina.

063.6 - Dimensões

Extensão de 90 metros

Largura de 15 a 45 metros

063.7 - Usos e Costumes

Outrora tratou-se de uma praia exclusive de pescadores e adequada aos lances de tainha por "rede arrasto".

Teve aplicação por escassa população local, pois só era atingível por mar ou por trilhas íngremes e acidentadas.

Nos dias atuais, trata-se de uma praia turística, com incipiente infra estrutura sendo que o acesso de veículos só pode ser feito pela Praia do Forte, com o carro chegando somente até aproximadamente a uns duzentos metros, após à pé e por entre as rochas que separam essas duas praias.

Denominação:

064 - PRAIA DO PONTAL DE JURERÊ

064.1 - Denominação Primitiva

Praia do Pontal

064.2 - Denominações Outras

Praia da Daniela ou Praia do Mangue do Rio dos Ratones

064.3 - Denominação Atual

Praia do Pontal

064.4 - Histórico

A Praia do Pontal, adquiriu esta denominação pela configuração geográfica que apresenta a região. É uma ponta de areia que avança em direção à Ilha do Raton Grande (a grafia encontrada, em alguns mapas é de ratones, neste caso plural de raton, expressão castelhana, e portanto inadequada, pois o certo, quando se refira à uma só das Ilhas dos Ratones, vem no singular - raton), crescendo constantemente pelos depósitos de areia, extraídas de Canasvieiras e da Ponta das Canas pelas correntes marinhas trazidas pelas águas, e que ao se encontrarem com o bloqueio da saída ao Rio dos Ratones, se voltam para a terra em sistema de contribuição permanente.

O Pontal em nossos dias, está bem maior que há 20 anos atrás, quando teve início o lançamento do Balneário Daniela.

Essa Empresa, entendeu de passar a chamar a praia de Daniela, por ser o nome de sua primeira neta, deixando de lado a denominação tradicional e histórica do Pontal. Aliás, nos Mapas sempre foi grafado o nome original, e, muito raramente em mapas turístico, sem precisão técnica, como de Daniela. Por isso, entendemos que, na oficialização toponímica das praias municipais, seja mantida a denominação de Praia do Pontal, reservando a denominação, Daniela para o Balneário, e olhe lá, que já é muito! Ficaria Balneário Daniela, na Praia do Pontal.

Se a denominação das praias de Florianópolis, foi estabelecida através desta lei, deve ser levado em conta, que a legislação atual não permite nominar logradouros públicos com nomes de pessoas vivas, como é o caso de Daniela.

064.5 - Descrição Física.

Trata-se de uma praia ainda em formação. Tem uma face para o mar aberto e, uma outra, para a foz do Rio dos Ratones, e está constituída de um grande mangue. Aliás, toda a região tem fundo de lama o que dificulta a organização dos sistemas de drenagem e de saneamento básico, especialmente esgotos domésticos, tendo, como conseqüência elevado risco de contaminação de suas águas.

Toda a areia da praia é clara, fina, e no conjunto apresenta características de mar de baía, isto é, mar manso.

Seu início está assinalado por um conjunto de pedras naturais, ao final da Praia do Forte e termina, junto ao mar, no extremo oeste do pontal que se dirige à Ilha do Raton Grande. A Ponta final do Pontal aparece denominada em mapas antigos de Ponta da Gamboa.

064.6 - Dimensões

Extensão - 2.200 metros

Largura de 3 a 20 metros.

064.7 - Usos e Costumes

O Pontal foi secularmente uma região pouco procurada. Lá não habitavam, nem nativos nem veranistas. Raramente morou ali algum pescador, tendo, contudo, vários ranchos de embarcações que se aventuravam a pesca de mar, ou à captura do siri, do camarão e do berbigão. Como era, e é, um mangue, entendiam, os antigos, que não oferecia condições habitáveis. Os aterros levados a efeito pela imobiliária incorporadora do Balneário Daniela, organizaram ruas, praça e os lotes. Mesmo assim, mantém, na atualidade um grande número de residências de veraneio e recreio.

Na verdade, sua praia, Praia do Pontal, oferece excelentes qualidades balneárias, finalidade essa que assumiu, tendo para tanto forte esforço comunitário e apoio governamental. É uma localidade tranqüila, bonita e afastada das pressões do turismo de massa, qualidades que muitos buscam, para fugir do estresse urbano.

Denominação

065- PRAIA DA ILHA DO "RATON" PEQUENO

065.1 - Denominação Primitiva

Adotou sempre a mesma denominação.

065.2 - Denominações Outras

Nada para registro.

065.3 - Denominação Atual

Praia das Ilhas dos Ratones Pequeno.

065.4 - Histórico

Atribui-se a Juan Dias de Solis, navegador e explorador a serviço da Coroa Espanhola, que aportou à Ilha de Santa Catarina, primeiramente em 1514, quando ainda era esta somente conhecida pelos indígenas e chamada por estes de Meiembipe, e ao avistar essas duas ilhas em forma de dois ratos deitados sobre o mar, na Baía Norte, a qual denominou de Baía dos Ramos, tê-las batizado com os nomes de "Raton" Grande e "Raton" Pequeno, logo "Islas de los Ratones".

Na prática, essa denominação não foi traduzida para o português e vem se colocando erroneamente, cada ilha no plural espanhol ratones grande ou ratones pequeno. Que tal corrigir essa anomalia lingüística?

A pequena praia a única existente nas ilhas recebe pois o nome de Praia da Ilha dos Ratones Pequeno.

065.5 - Descrição Física

A praia da Ilha dos Ratones Pequeno fica defronte a Ponta do Sambaqui dando seqüência ao maciço do Pontal, afastada da Praia do Pontal ou Balneário Daniela cerca de 6 quilômetros e a dois quilômetros e meio da Ponta do Sambaqui.

Apresenta características de praia de baía, Baía Norte da Ilha de Santa Catarina. Possui águas mansas e claras, areia amarela e textura média.

Discute-se, ainda hoje a qual jurisdição municipal estão estas ilhas se ao Município de Biguaçu ou ao de Florianópolis, como ocorre com a ilha de Anhatomirim.

065.6 - Dimensões

Extensão - 60 metros

Largura - 3 a 8 metros

065.7 - Usos e Costumes

Destina-se exclusivamente para porto de chegada e/ou partida de embarcações de aventureiros ou amantes do ecoturismo que buscam visitar a Ilha dos Ratones Pequeno.

Os pescadores tanto profissionais como amadores também freqüentam essa praia.

Denominação:

066 - PRAIA DO ROLA

066.1 - Denominação Primitiva

Praia da Barra do Sambaqui, Praia da Ponta da Luz, Praia do Seu Raulino.

066.2 - Denominações Outras

As mesmas anteriores.

066.3 - Denominação Atual

Praia do Rola.

066.4 - Histórico

A Praia do Rola é a última praia da Ponta do Sambaqui antes de encontrar com o estuário do Rio dos Ratones.

A denominação que é utilizada pela população, inclusive dos mais antigos, é do Seu Rola, ou simplesmente Rola, apelido do Senhor Raulino de Andrade, que foi morador desta praia desde o

século passado, e falecido há muito tempo, fincando raízes familiares no Sambaqui.

Mais ao Norte desta praia, e antes de chegar-se a Ponta da Luz, existe uma outra curta praia, que é conhecida como Praia do Venceslau, porém como não tem referências sociais ou cartográficas, deixa de ser inscrita neste inventário

066.5 - Descrição Física

Trata-se de uma pequenina praia de mar de baía, de águas quase paradas, e que serve de estuário para um conjunto de pequenos regatos que descem do morro da Barra do Sambaqui.

Seus limites são consensuais pois faltam marcos geográficos definidos. De qualquer forma, são duas pequenas pontas de pedras sem denominações uma ao Norte e outra ao Sul, que determinam seu início e término, respectivamente.

O piso é de areia média, acinzentada apresentando formação de limo e algas costeiras. O fundo do mar desce em suavíssimo declive e, como está muito junto à costa, que é banhada por muita água doce, possui uma forte e densa vegetação cercando-a, formando um local aprazível.

066.6 - Dimensões

Extensão - 360 metros

Largura de 0 a 6 metros.

066.7 - Usos e Costumes

Destina-se exclusivamente para recreio. São poucos, os moradores locais e os proprietários de casas de veraneio.

Denominação:

067 - PRAIA DO SINFRÔNIO

067.1 - Denominação Primitiva

Não foram encontradas referências

067.2 - Denominações Outras

Praia do Toló ou da Ratazana

067.3 - Denominação Atual

Praia do Sinfrônio

067.4 - Histórico

Esta Praia do Sinfrônio, inscreve-se naquelas que têm pouca história para contar. O nome como se percebe, deriva de um Senhor, nome próprio, que era o proprietário das terras que encostavam nela. Um outro vizinho próximo, o Seu Toló, que alguns dizem ser Toloa também é lembrado para identificar a praia. Outros ainda, a denominam de Praia da Ratazana, por que muitos são os grandes ratos, no local

De qualquer forma, o maior número dos entrevistados, a conhecem pelo nome Sinfrônio como indicativo seguro desta Praia. Fica então consagrada a denominação de Praia do Sinfrónio.

067.5 - Descrição Física

E, a Praia do Sinfrônio, uma pequena e aprazível Praia, pouquíssimos são os moradores próximos, tendo gramíneas e árvores a cercá-la, proporcionando a organização de uma praia bastante sombreada.

Suas águas são tranqüilas e aparentemente limpas. Integra o Conjunto da Ponta do Sambaqui, também denominada de Barra do Sambaqui, no Distrito de Santo Antônio de Lisboa.

Seus limites são definidos, ao Norte e ao Sul, por pequenas pontas de terra, que não possuem denominação. Está aberta ao público, em sua maior parte.

Nela deságuam dois pequenos riachos, deixando as areias com coloração acinzentada.

067.6 - Dimensões

Extensão - 300 metros

Largura 1 a 8 metros

067.7 - Usos e Costumes

Dentre as funções estão a de recreio e pesca. Poucos são os Moradores fixos, junto à praia. Na sua maioria, moram nos morros da Barra do Sambaqui.

Denominação:

068 - PRAIA DO POSTO DO SAMBAQUI

068.1 - Denominação Primitiva

Praia da Ponta do Sambaqui

068.2- Denominações Outras

Nada foi encontrado

068.3 - Denominação Atual

Praia do Posto do Sambaqui

068.4 - Histórico

A denominação desta praia, deu-se em decorrência da presença no local de um Posto Alfandegário e de Fiscalização do Trânsito de Embarcações, este por delegação da Capitania dos Portos de Santa Catarina.

O Posto, foi instalado por volta de 1890, e funcionou até 1960, quando o último funcionário aposentou-se. Tinha a finalidade de aduana, para mercadorias importadas e, inclusive, do mercado nacional costeiro, e que ali desembarcavam, provindas de Navios de maior calado, e que não podiam entrar até o Porto do Desterro, por falta de calagem, (outras vezes, o canal necessitava dragagem, o que raramente era feito e, como resultado pesou sobremaneira na desativação, em 1950 do Porto de Florianópolis), ou posteriormente, Florianópolis. As mercadorias chegavam ao trapiche ( do trapiche que esteve de pé até 1975 - aproximadamente - só restam pedaços das estacas),por embarcações chamadas de chatas (ou Xatas ?). Por tudo isso passou a ser a Praia do Posto.

Aliás o prédio do Posto, uma casa de arquitetura colonial, luso-açoriana, lá está, e foi entregue à comunidade para sede de sociedade e cultura, e outros serviços comunitários.

Por todo esse encargo, é que o Sambaqui, transformou-se em uma comunidade tradicional, hoje muito freqüentada.

068.5 - Descrição Física

É uma praia de mar manso, com areia amarela escura, grossa e contorno irregular começando no

pé do Morro da Barra do Sambaqui, onde, também tem início a estrada, e terminando junto à Cruz da Ponta do Sambaqui.

Serve também, como ponto de apoio para a maricultura.

068.6 - Dimensões

Extensão - 380 metros

Largura de 1 a 10 metros

068.7- Usos e Costumes

Toda a região desempenha dupla função social, área residencial e área de turismo. Complementarmente desenvolve atividade de pesca e de criação de ostras e mariscos - maricultura, possuindo muitos ranchos de pescadores.

Como se disse, a bela Ponta do Sambaqui é Sitio Arqueológico, e portanto Patrimônio Nacional, sendo área de proteção e de conservação permanentes, e, por isso não edificante.

Denominação:

069 - PRAIA DO SAMBAQUI

069.1 - Denominação Primitiva

Várias com predomínio de Sambaqui

069.2 - Denominações Outras

Várias anotadas no histórico, Praia das Flores e Praia do Fogo

069.3 - Denominação Atual

Praia do Sambaqui

069.4 - Histórico

Toda a sua costa de mar interno, é desenhada por um conjunto variado e numeroso de pequenas praias. Suas denominações decorrem de acidentes, ou formações geofísicas, ou ainda de antigos moradores, e que foram proprietários das áreas limítrofes com essas praias.

A Praia do Sambaqui é, assim, uma praia recortada em quatro trechos de pequenas e aprazíveis praias. Recebem cada uma dessas, nomes diferentes, formando todo o conjunto da Praia do Sambaqui. Por isso, existem as denominações populares para cada trecho como Praia do Seu Rafael, Praia do Seu Zéca, Praia da Laje do Gato, Praia do Canto do Sambaqui, Praia da Ponta, e outras.

Como quase toda a extensão da praia está constituída de propriedades, tanto o lado do mar como as terras à direita da estrada, e que estão essas edificadas, ficou, a praia, fechada ao público com raríssimos pedaços (Canto Sambaqui) abertos. Essa é a regra geral, para a praia, veranistas e residências temporárias, ou de recreio, do lado do mar, e as da outra margem da estrada de residências fixas, quase sempre de nativos da região.

O Topônimo sambaqui, é de origem indígena - carijó, e identifica monte de lixo, ou de despejos de material inservível dos índios. Aproveitavam, eles, os casqueiros, os demais dejetos para sobre eles fazerem seus fogos de cozimento de alimentos, como também, aproveitavam a área para sepultamentos. Os Sambaquis se constituem em valiosíssimos registros da cultura primitiva e, por isso, são, reservas permanentes e Patrimônio Nacional.

069.5 - Descrição Física

Tomando a direção, Norte/Sul definida para este trabalho, dá-se, a Praia do Sambaqui, iniciada no lado Sul da Ponta do Sambaqui, área muito lodosa e carregada de algas, limo e pedras. Segue até uma outra pequena ponta, sem denominação especifica, quando, após ela tem início um trecho de praia de areia média, escura e de mar manso. Encontra uma outra ponta divisória, formação de pedras sobre o mar, até desaguar no principal trecho de praia, de areia amarela de textura média com ondas calmas, bastante sombreada, e muito bonita. Essa, segue até as pedras da Laje do Gato prosseguindo por trechos entre areia e rocha, até o riacho do Quilombo, que a separa da Praia de Santo Antônio de Lisboa, sede do distrito ao qual integra todo o conjunto do Sambaqui.

069.6 - Dimensões

Extensão - 1.150 metros

Largura entre 0 e 25 metros

069.7 - Usos e Costumes

Trabalho, residência e recreio constituem os principais usos do Sambaqui como comunidade tradicional organizada, densamente ocupada, e que oferece atrativos naturais e culturais abundantes.

A maricultura está bastante desenvolvida, mas há a pesca do camarão e de peixes costeiros, sendo atividade, atuante e dinâmica.

O turismo é muito restrito ao modelo interno, pois não possui instalações hoteleiras restando os aluguéis de casas. Sua infra-estrutura turísticas necessita de melhorias.

Possuiu um grupo folclórico tradicional, para apresentações musicais, com destaque para o Boi de Mamão da Barra do Sambaqui.

Denominação:

070 - PRAIA DE SANTO ANTÔNIO DE LISBOA

070.1 - Denominação Primitiva

Praia do João Manso de Avelar.

070.2 - Denominações Outras

Praia da Sede; Praia da Freguesia; Praia de Santo Antônio.

070.3 - Denominação Atual

Praia de Santo Antônio de Lisboa.

070.4 - Histórico

A comunidade de Santo Antônio de Lisboa é uma das mais antigas da Ilha de Santa Catarina. Seu iniciador, João Manso de Avelar, nome com que foi conhecida, inicialmente a praia, arribou ao local, após a morte de Dias Velho, isto é ao final do século XVII e início do XVIII.

Foi-lhe dado, ao povoado, nome de Santo Antônio de Lisboa, porém, com a chegada dos açorianos em 1750, passou a ser denominada de Nossa Senhora das Necessidades. Contudo, o nome de Santo Antônio, jamais foi retirado do uso popular, até se consagrar, com a organização político administrativa do Brasil, com a Independência. Hoje é um Distrito populoso, próspero, e de muita tradição.

Como a praia banha a Sede do Distrito, bem defronte à praça e à igreja, consagrou-se como sendo a Praia da Sede de Santo Antônio de Lisboa, nome muito apropriado, sendo simplificado no conjunto, retirando-se o indicativo da sede, adquirindo valor cultural, para toda a comunidade e para o Município de Florianópolis.

070.5 - Descrição Física

A Praia de Santo Antônio de Lisboa é, uma praia interna, Baía Norte, de mar manso areia média e amarelada, com alguns trechos acinzentados pelo deságüe de pequenos riachos e que acompanha a estrada de acesso à sede da Vila.

Inicia-se, ao Norte, no riacho Quilombo e termina na Ponta de pedra conhecida como Pedra do Padre.

Em seu contorno, existem, moradores, a Praça da Vila, arborização, acesso aberto ao público e contando com uma paisagem atrativa e repousante. Alguns prédios centenários e históricos a rodeiam, alguns restaurados, e outros, em tratamento pela própria comunidade.

070.6 - Dimensões

Extensão - 750 Metros

Largura de 2 a 40 metros

070.7 - Usos e Costumes

Como se anotou no histórico, a Praia de Santo Antônio de Lisboa, sempre serviu de apoio, para aceso ao mar, pela comunidade local. Primitivamente todos os transportes eram marítimos. Raramente alguém viera ao centro de Florianópolis, para serviços, ou mesmo passeio, por terra, de carroça ou de carro de Boi.

Hoje em dia, tanto a Praia como a sede, têm funções recreativas e de turismo cultural. Verdadeiramente, Santo Antônio, é um forte centro da cultura açoriana.

As atividades de pesca, principalmente do camarão, estão presentes, e a maricultura desta praia é a precursora desta próspera atividade. Foram os experimentos iniciais dessa técnica em Santa Catarina, realizadas em Santo Antônio de Lisboa.

Denominação:

071 - PRAIA COMPRIDA

071.1 - Denominação Primitiva

A mesma

071.2 - Denominações Outras

Nada foi registrado

071.3- Denominação Atual

Praia Comprida

071.4 - Histórico

Topônimo, praia comprida, muito empregado em diversos lugares e regiões, para identificar uma praia, quase sempre lodosa entre areia e argila escura, com vegetação rasteira próxima e que tenha considerável comprimento.

Essas são as características da região e do Distrito de Santo Antônio de Lisboa, que foi denominada de Praia Comprida.

071.5 - Descrição Física

A Praia Comprida tem início na face Sul da Ponta de Santo Antônio e se estende até o mangue próximo, ao lado Norte da Ponta do Forte.

É uma praia de mar manso, de baia, fundo lodoso entre areia acinzentada e argila, média granulação com alguns cascalho de berbigões. Pode ser considerada como mangue dado a sua construção de piso, de vegetação e de fundo, baixio e longo.

071.6 - Dimensões

Extensão - 1.100 metros

Largura de 0 a 15 metros

071.7 - Usos e Costumes

Toda a região banhada pela Praia Comprida foi utilizada, até os anos 70, quase que exclusivamente, por moradores locais como residência, e vivência. Chácaras e plantações, laranja, mandioca e seus engenhos, milho, feijão etc. A pesca, especialmente do camarão, do siri, e da coleta do berbigão, foram atividades desenvolvidas até que os compradores de sítios de veraneio passassem a construir junto à praia.

É contudo uma região bonita, tranqüila e agradável, com muitas árvores, possuindo algumas iniciativas culturais, artísticas, assim como, alguns restaurantes.

Integra o Distrito de Santo Antônio de Lisboa.

Denominação:

072 - PRAIA DO CACUPÉ PEQUENO

072.1 - Denominação Primitiva

Praias do Cacupé.

072.2 - Denominações Outras

Praia do Vivino, Praia do Hipólito ou das Irmãs, Praia do Zé da Benta, Praia do Teodoro.

072.3 - Denominação Atual

Praia do Cacupé Pequeno.

072.4 - Histórico

Cacupé, vocábulo indígena, tupi-guarani, que na versão atual significa verde por-trás do morro. Numa interpretação analítica, é possível dizer-se que se refere à ponta de terra, com verde abundante, no morro e por trás dela. Aliás, este é o panorama de Cacupé, e que se aplica, não somente a uma ponta, aliás para as duas e toda a região, e tudo com muita vegetação. Por serem duas as pontas, estão diferenciadas, na atualidade, em Cacupé Pequeno, ao Norte, e Cacupé Grande, ao Sul.

A denominação Cacupé, se aplica a toda a comunidade e a sua área balneária. O verde que possuem as pontas, que circundam os morros e outras diversas formas adorna todas as praias que compõem o Cacupé, nome originário do Carijó.

Os quatros trechos, separados entre si por falsas pontas de pedras e pequenos morros, são popularmente designadas, pela ordem Norte/Sul, de Praia do Vivino, Praia do Hipólito ou das Irmãs, Praia do Zé da Benta, Praia do Teodoro, todos que foram moradores locais, já falecidos.

É região tradicional da Ilha de Santa Catarina, local afastado dos grandes movimentos de estrada e de turismo massivo.

072.5 - Descrição Física

Na verdade o Cacupé Pequeno é composto de quatro trechos de praias arenosas, de textura média, amarelas claras, mar interno, de baía e manso, sombreados, e com pisos de faixas estreitas e cercadas por um conjunto de edificações, propriedades de veraneio, ou ainda poucos residentes, impedindo, na maior parte, o acesso do público.

No fundo do mar, surgem pequenos pedaços lodosos.

Seus limites podem ser definidos, ao Norte com a Ponta do Forte, e ao Sul, com a Ponta do Cacupé Grande.

072.6 - Dimensões

Extensão - 1.800 metros, entre os dois extremos, e cerca de 1000 metros em praias

Largura de zero a 60 metros

072.7 - Usos e Costumes.

Secularmente, as praias do Cacupé, foram utilizadas para pesca e, do lado oposto para morada de nativos, fruto da colonização açoriana, onde cultivavam a mandioca, o feijão, o milho, laranjas e outras frutas, e ainda criavam o gado. Vários Engenhos de farinha existiram na localidade.

Hoje o Cacupé é área turística, principalmente para o turismo local. Fraco é o movimento de turistas nacionais e/ou internacionais.

No inverno, é uma área quase deserta, com as casas de recreio e de veraneio pouco freqüentadas. Ultimamente está sendo preferida como local residencial de aposentados.

Denominação:

073 - PRAIA DO CACUPÉ GRANDE

073.1 - Denominação Primitiva

A mesma, porém sem o atributo, grande.

073.2 - Denominações Outras

Nada foi encontrado.

073.3 - Denominação Atual

Praia do Cacupé Grande

073.4 - Histórico

A origem toponímica é a mesma registrada na praia anterior do Cacupé Pequeno, nada restando, para ser acrescentado, senão que, esta praia está separada do Cacupé Pequeno pela Ponta do Cacupé Grande, e termina num maciço de pedras ao Sul, denominada de Ponta do Siqueira.

Aos inícios dos anos sessenta, o Serviço Social do Comércio, Regional de Santa Catarina, fundou, nesta praia, uma Colônia de Férias para comerciários e que hoje pode ser enquadrada como de moderna estrutura. É um local agradável, entre morros, selva e mar.

073.5 - Descrição Física

A Praia do Cacupé Grande, é uma praia aberta ao público, não é longa, mas tem excelentes condições balneárias, possuindo ondas fracas, mar calmo de baía, areia amarelo claro, textura média e fundo de mar limpo. Bastante sombreada, e tendo por limites as Pontas do Cacupé Grande e do Siqueira. Tem um desenho em curva suave e nela deságuam dois pequenos riachos vindos do Morro do Cacupé. Seu acesso é fácil, próximo ao centro de Florianópolis e através de Rodovia de excelente qualidade.

073.6 - Dimensões

Extensão - 650 metros

Largura - de 1 a 12 metros.

073.7 - Usos e Costumes

Cacupé Grande é, hoje, uma região balnearia e de recreio. Poucos são os moradores fixos e também poucos os que possuem casa de veraneio, geralmente grandes propriedades.

Além da excelente Colônia de Férias do SESC de Santa Catarina, possui restaurante e regular transporte coletivo.

A infra-estrutura turística está em seu começo, e, durante a temporada de verão, tem grande freqüência por parte de público constituído por pessoas que vêm e voltam num mesmo dia, à praia.

Denominação:

074 - - PRAIA DO SACO GRANDE

074.1 - Denominação Primitiva

A mesma

074.2 - Denominações Outras

Praia do João Pio, Praia da Ponta do Goulart e Praia do João Paulo.

074.3 - Denominação Atual

Praia do Saco Grande

074.4 - Histórico

Saco é o designativo de uma enseada bastante fechada e profunda do mar sobre à costa. Grande é um atributo deste saco. Saco Grande é uma denominação tradicional e que define todo o desenho da costa, nesta região.

Durante muito tempo, também foi designada por Praia do João Pio do Valle Pereira que, tendo herdado de seu pai, a propriedade que chegava da estrada até esta praia, servia de orientação ao local, isto é, a Praia do Seu João Pio.

Também foi conhecida como Praia da Ponta do Goulart, que é a ponta marco do seu limite a Sudoeste, e que lhe empresta esta denominação, ou João Paulo, outro senhor da comunidade.

Na praia, junto, está a propriedade que foi do Senhor João Cypriano Pereira, pai dos Senhores Hyppolito do Valle Pereira, José do Valle Pereira, (Juca do Loide), Donato do Valle Pereira e João Pio do Valle Pereira, tradicional família florianopolitana.

074.5 - Descrição Física

Trata-se, a Praia do Saco Grande, de uma praia de mar interno de baía, Baía Norte, no Bairro do mesmo nome, isto é Bairro do Saco Grande, comunidade de grande população, de expansão recente, e que se vê transformada em área urbana da cidade de Florianópolis destinada a ter funções residenciais.

A faixa de areia é constituída por areia acinzentada, textura média e que as marés altas às cobrem totalmente.

074.6 - Dimensões

Extensão - 550 metros

Largura - 0 a 15 metros

074.7 - Usos e Costumes

Sempre foi uma praia de pouco usos, tanto por parte de pescadores como de banhistas ou moradores locais. Com a penetração da urbanização, tem uso apenas panorâmico e para passeios pela areia e, para descanso, muito embora alguns pescadores amadores a utilizem para a pesca do camarão, do siri e da retirada do berbigão, já bastante escasso. Na praia existem 25 construções entre ranchos de pescadores e residências.

Como área residencial, oferece excelentes perspectivas de tranqüilidade pois está afastada do eixo da SC 401, garantindo-lhe sossego e segurança.

Denominação

075 - PRAIA DA ILHA DOS GUARÁS

075.1 - Denominação Primitiva

Nada foi encontrado

075.2 - Denominações Outras

Nada para registro

075.3 - Denominação Atual

Praia da Ilha dos Guarás

075.4 - Histórico

Para vida social, econômica e política de Florianópolis, as ilhas dos Guarás principalmente a grande, já que a pequena não tem nenhuma aplicação face a pequena área, têm desempenhado várias funções importantes.

Desde os mais remotos tempos era utilizada para a colocação de presos pois entendiam que teriam melhor segurança contra fugas, porém esqueceram-se que não era difícil fugir a nado.

Durante muitos anos foi utilizada para a colocação de leprosos. Chegou a ser construído um hospital, com bom tratamento técnico arquitetônico, para abrigar os atacados pelo mal de Hansen. Nesta ilha funcionou um leprozário até 1930.

Voltou a ser presídio e nos anos cinqüenta passou por uma total restauração e lá foram instalados os serviços de apoio para a dragagem do canal do Porto de Florianópolis. Desativados os serviços em 1958, as instalações ficaram desprezadas e forasteiros depredaram as bonitas edificações, deixando-as em ruínas.

A Partir de 1983 a Policia Militar de Santa Catarina, pelo seu Corpo de Bombeiros, assumiu o controle da Ilha e lá instalou uma unidade de busca e salvamentos, que funciona até os dias atuais. Com isso a ilha e sua praia passaram a ter segurança e defesa, voltando aquelas importantes funções para vida dos florianopolitanos.

075.5 - Descrição Física

É uma praia pequena, mar calmo de baía, águas levemente turvas especialmente com vento sul, areia média e de fácil manejo para as embarcações.

Situa-se ao largo da Baía Norte. junto ao canal central, defronte a Ponta do Goulart e afastada desta cerca de três quilômetros. Do cais Rita Maria ou da Base de Busca e Salvamentos, junto a Praia do Arataca, embaixo da Ponte Hercílio Luz, dista seis quilômetros

075.6 - Dimensões

Extensão - 140 metros.

Largura - de 5 a 20 metros.

075.7 - Usos e Costumes

Como foi anotado no histórico tem hoje o uso exclusivo pelo Corpo de Bombeiros, Batalhão de Florianópolis e Unidade de Busca e Salvamentos.

Denominação:

076 - PRAIA DA PONTA DO LESSA

076.1 - Denominação Primitiva

A mesma

076.2 - Denominações Outras

Nada foi registrado

076.3 - Denominação Atual

Praia da Ponta do Lessa.

076.4 - Histórico

Naturalmente o ponto mais significativo da região, não está na praia porém na própria ponta de terra, que ocupou uma das fortificações de defesa da Ilha de Santa Catarina segundo o Plano de José da Silva Paes, traçado em 1738.

Primitivamente foi local de habitat para os Carijó, onde existe um sambaqui.

Da fortificação que existiu no local, nada mais resta. Foi uma área que integrou o Parque ou Estação da Agronômica, e que se transforma, em 1932, na residência oficial do Governador do Estado. Com a criação do Abrigo dos Menores e depois o traçado da Avenida Beira Mar Norte, ou Governador lrineu Bornhausen, a Ponta do Lessa, ficou entregue à penetração dos "sem teto" e favelados, sendo hoje, uma pequena favela que ocupa, inclusive, a praia, em aglomerado, junto com alguns ranchos de pescadores amadores, e as instalações de uma emissora de Rádio da Capital.

Integra a área urbana do município de Florianópolis.

076.5 - Descrição Física

A Ponta do Lessa, tem a face norte em manguesal, o Mangue das Três Pontes, e ao lado Sul, uma pequena praia de areia amarelada, suja e de mar interno, águas tranqüilas só agitadas quando sopra o vento sul.

O fundo do mar, constituído de muita argila negra e material orgânico, inclusive muito esgoto doméstico levados pelos córregos, é lodoso.

076.6 - Dimensões

Extensão - 400 metros

Largura de 2 a 18 metros.

076.7 - Usos e Costumes

Como ficou registrado no histórico, destinou-se, a Praia e a Ponta do Lessa, primitivamente para área indígena, depois fortificação de defesa e no século passado como estação agronômica experimental. Com a criação da casa de residência e de campo do Governador, por Adolfo Konder, a praia e a ponta, integraram a área de lazer e descanso dessa autoridade.

Com construção e instituição, em 1939, do Abrigo de Menores, a FEBEM de então porém com muito mais humanidade e carinho e que tinham a direção de religiosos, destinada a menores masculinos abandonados ou órfãos (as meninas ficavam no Asilo das Meninas, ou São Vicente de Paula, hoje Lar São Vicente de Paula ) a ponta, como a praia, ficaram entregues ao uso desse educandário. Hoje, perdeu todas essas funções, pois o Educandário masculino desapareceu, e a Beira Mar, secionou a ponta, deixando-a aberta à ocupação popular e livre.

Denominação:

077 - PRAIA DA PONTA DO RECIFE

077.1 - Denominação Primitiva

A mesma

077.2 - Denominações Outras

Nada foi encontrado nos mapas consultados e no popular, Ponta do Coral

077.3 - Denominação Atual

Praia da Ponta do Recife

077.4 - Histórico

A Ponta do Recife é um referencial geográfico de muita utilidade para a navegação e um terminal de entrada e saída para o mar. Para os antigos, assegurava orientação para entrada de carga e descarga, muito embora tenha, bem à sua frente, um arrecife, dai a razão do topônimo, e que é o único e correto para localidade.

A designação de Ponta do Coral, muito empregada hoje, nada tem a ver com a história e tradição, é difícil explicar-lhe as origens. Nos mapas, jamais tal topônimo apareceu, e assim, não há razões para que se altere a tradicional e antiga denominação de Ponta e Praias do Recife.

Desde 1920 até os 50, abrigou um entreposto de distribuição dos tonéis de gasolina, querosene, óleo combustíveis e óleo lubrificante da Esso. Chegavam ao local pela via marítima .

Hoje é uma área abandonada e sem nenhuma utilidade social, e dizem local de criminalidade. Possuiu duas faces, com praias ao norte e ao sul da Ponta

077.5 - Descrição Física

As duas pequenas praias existentes na Ponta do Recife, são de mar de baía, águas mansas, areia amarelada e de textura média e aparecem e desaparecem com os movimentos de mares.

077.6 - Dimensões

Praia do norte:

Extensão - 350 metros

Largura de 2 a 8 metros .

Praia do sul:

Extensão - 400 metros

Largura de 0 a 6 metros

077.7 - Usos e Costumes

Como foi registrado no histórico, a primeira função, tanto da Ponta como das Praias do Recife, tinha por objetivo o apoio à navegação marítima.

Houve recentemente a tentativa de se construir um hotel turístico no local, porém na atualidade é uma área sem nenhuma utilidade, a não ser a mais visível, para a localização no lado norte, de uma dezena de ranchos, presumivelmente, de pescadores, com cerca de vinte embarcações.

Tem próximo ao local uma praça, a Praça do Cochicho, de muita utilidade social especialmente para a juventude florianopolitana, e que poderia servir-se das praias e da localidade para recreio e passeios. É um local aprazível.

Denominação:

078 - PRAIA DA PEDRA GRANDE

078.1 - Denominação Primitiva

A mesma

078.2 - Denominações Outras

Não possui

078.3 - Denominação Atual

Praia da Pedra Grande

078.4 - Histórico

O topônimo Pedra Grande, dado à esta praia deriva de que junto à ela defronte a Igreja matriz da Paróquia local, de São Luiz Gonzaga e Nossa Senhora de Lourdes, existe uma enorme pedra, com formato ovalado que bloqueava o caminho para a Estação da Agronômica, estação que, em parte, onde está situada, hoje a Residência oficial do Governador do Estado. Para entender melhor este histórico é recomendável ler o histórico da Praia do Lessa, e inclusive da Ponta do Recife, pois a Praia da Pedra Grande banhava todos esses pontos.

Foi ela mutilada pelos sucessivos aterros, sendo que o último, para dar amparo à construção da Avenida Beira Mar Norte, acabou com a praia, tendo, hoje ao seu longo, um muro de pedras de arrimo do aterro, com cerca de três metros de altura desde o nível do mar. Já a Pedra Grande, nome dado também à comunidade local, existe ainda um pouco desfigurada pela construção, junto dela de um edifício de apartamentos.

Como, tanto a Praia, como a comunidade e sua pedra, integram a área nobre da cidade de Florianópolis, merecem que se continue a denominar aquela costa como Praia da Pedra Grande. Aliás, boa parte da comunidade ainda a chama assim, e serve o local para passeios, exercícios de andar ou correr, passeio de bicicletas, enfim, faz parte da vida sócio-cultural florianopolitana.

078.5 - Descrição Física

A praia, ou hoje costão de pedras da Pedra Grande, tem início junto à Praça do Cochicho, e se estende até o extremo sul da Praça Celso Ramos, onde tem início a Praia de São Luís.

Como foi dito no histórico, ela hoje não é praia segundo as definições técnicas, pois é um arrocamento de sustentação de um aterro, restando na costa, um conjunto de pedras que alguns banhista a elas recorrem para mergulhar e nadar. Muitos pescadores amadores e outros amantes do esporte da pesca, acorrem as águas limpas da Praia da Pedra Grande, para a sua faina, pois é piscosa e em especial de peixes de anzol. Por isso é a escolhida para os campeonatos de pesca da Ilha de Santa Catarina,

078.6 - Dimensões

Extensão - 750 metros

Largura - não há faixa de areia

078.7 - Usos e Costumes

Os usos dados à Praia da Pedra Grande foram registrados, tanto no histórico, para justificar sua defesa, como na descrição física, pois lhes ficavam pertinente.

Contudo diga-se que teve ela outras funções de importância na área da prática de esportes da vela, pois aí tinha sua sede do Iate Clube de Florianópolis, que se incorporou ao Veleiros da Ilha, quando sua sede social foi inutilizada pelos aterros.

Todo o complexo da Avenida Beira Mar Norte, no presente se beneficia das tradições da Praia da Pedra Grande.

Denominação:

079 - PRAIA DE SÃO LUÍS

079.1 - Denominação Primitiva

A mesma

079.2 - Denominações Outras

Praia de Dias Velho, Praia do Pé de São Luís e Praia do Forte,

079.3 - Denominação Atual

Praia de São Luís

079.4 - Histórico

Não resta dúvida, que a denominação desta praia, vem pelo fato de ter sido construído, no local dentro do Plano de Defesa da Ilha de Santa Catarina, de Silva Paes, um Forte, que recebeu o nome de São Luís. Deste forte nada mais existe, restando tão somente o esforço do Exército Nacional, em tentar assegurar a posse das terras adjacentes e que constituem a Praça Dias Velho, outrora um parque com muitas árvores à beira da Praia de São Luís.

De outro lado, sobre a denominação da Praia e do local, surgem outras versões. Na barra da praia existia uma grande pedra lisa, e que em seu dorso havia sido caprichosamente esculpida, talvez pela natureza, uma escultura em baixo relevo, desenhando a figura de um pé humano. Para muitos, tratava-se do Pé de São Luís, que aparecera sobre esta pedra, deixando desenhado nela o seu pé. Era o Pé de São Luís.

Uma outra versão, era de que o pé seria de Dias Velho, o fundador da Cidade de Florianópolis, hoje com 325 anos, que ao pisar, pela primeira vez, o solo da Ilha, o fizera nesta pedra que caprichosamente deixou seu pé nela desenhado. Para deixar ainda mais o marco da história, foi erguido sobre a pedra, um obelisco em homenagem a Dias Velho.

Com a construção da avenida Beira Mar Norte, a pedra foi detonada, desaparecendo a marca do pé de São Luís, ou de Dias Velho, e o obelisco foi transferido para a foz do riacho do Morro do Céu, onde está pouco visível e totalmente ignorado pela população.

A natureza é caprichosa e conservadora. Atualmente a Praia de São Luís está sendo reconstruída pelos movimentos naturais das marés, e voltando a ser utilizada pela população próxima.

079.5 - Descrição Física

Hoje, a Praia de São Luís, está secionada em três pedaços constituídos de areia média, com coloração amarela, ondas calmas, com mar de baía, tendo início no extremo sul da Praça Celso Ramos e término em um riacho, que deságua próximo a nova estação de lançamento do esgoto da cidade.

079.6 - Dimensões

Extensão - 1.200 metros

Largura de 1 a 15 metros.

079.7- Usos e Costumes

Outrora, a Praia de São Luís fora uma praia popular, freqüentada pela população modesta próxima, ou mesmo de locais mais distantes. Prestou-se às funções militares e alterna-se, na atualidade, para funções comerciais, sociais e culturais mais avançadas. O parque comercial e o de lazer do local, podem ter excelente contribuição, com a retomada da função balneária.

Ao seu longo, hoje se encontra, com freqüência, pessoas se banhando, no mar, e muitos pescadores amadores. Algumas canoas, e outros barcos, encostados na praia, e vez por outras, saem a passeio ou para pesca de tarrafa.

Seu panorama se encaixa no panorama da Beira Mar Norte, e todo o conjunto da Praia de São Luís, está localizado em área nobre da cidade de Florianópolis.

Denominação:

080 - PRAIA DE FORA

080.1 - Denominação Primitiva

A mesma, e muito tradicional

080.2 - Denominações Outras

Nada foi encontrado

080.3 - Denominação Atual

Praia de Fora

080.4 - Histórico

Nasceu, a Vila de Nossa Senhora do Desterro há 325 numa ponta central da Ilha de Santa Catarina, a mais próxima do continente, onde é formado um estreito de mar com cerca de 450 metros de largura. Por ser uma ponta longa e avançada sobre o mar, possui duas faces de Praias, ao lado sul a Praia da Vila, e outra ao norte identificada como, a Praia de Fora, isto é, do outro lado da Vila, menos freqüentado e secundário, pelo lado de fora. Nascia o topônimo da Praia de Fora.

Era pouco habitada a Praia de Fora. Com o passar do tempo, transformou-se numa comunidade, e um bairro de grandes casas à beira mar, tipificando a região como de residências de classe média e alta.

Por isso, a Praia de Fora participou da construção da história social de Florianópolis e é um referencial cultural "imortal". A construção da Avenida Beira Mar Norte destruiu a praia, mas assegurou as funções residenciais e culturais que possuía a região. Com o passar do tempo, a Praia de Fora, está sendo, naturalmente reconstituída e, já possuindo alguns trechos de areia.

Possuía ela, um trapiche alternativo para ancorarem embarcações, e que fora principalmente utilizado pelos barcos de passageiros que faziam por mar, a travessia Ilha/Continente, porém só utilizado quando o forte vento sul impedia à chegada dos barcos no Mira Mar.

Estando na Baía Norte, o mar não era atingido pelo vento sul. Esse trapiche, ficava bem defronte à saída da Rua Esteves Júnior, o caminho natural e reto para o centro da cidade.

Atualmente foi construído um novo trapiche em substituição ao antigo destruído pelas obras infra-estruturais da Beira Mar Norte, porém o fizeram em local diferente. No local de hoje representa o trapiche de atracagem das "Dragas", equipamentos de dragagem do Canal do Porto de Florianópolis, tendo à sua frente o prédio da administração e oficinas de respectivos serviços, denominados popularmente de "AS DRAGAS". Na verdade tratava-se da sede da Diretoria Regional de Portos e Vias Navegáveis de Santa Catarina. Enfim, a Praia de Fora é parte da história da Cidade e por isso, deve continuar a ser denominada e preservada.

080.5 - Descrição Física

É uma praia de baía, com águas calmas, pequenas ondas e atualmente, com pequenas faixas de areia amarelada e de textura média, intercaladas com os costões do muro de arrimo das margens da Avenida Beira Mar Norte. Tem início, ao final da Rua Alves de Brito e termina no novo trapiche da Beira Mar Norte, tendo próximo já no mar, a lendária Pedra do Badejo.

Primitivamente toda Praia de Fora se estendia, desde a Ponta do Recife, até o Forte de Sant`ana, na Praia do Arataca. Com o tempo, foi consensualmente subdividida em várias como: Praia da Pedra Grande, Praia de São Luís, Praia de Fora e Praia do Müller.

080.6 - Dimensões

Extensão - 700 metros

Largura de 0 a 8 metros

080.7 - Usos e Costumes

Toda a área denominada de Praia de Fora, ou Beira Mar Norte, que é banhada pela mesma, insere-se na vida cultural e social de Florianópolis, em especial, para a juventude que marca ponto nela. Também é nela que se realizam as grandes apresentações musicais e esportivas, enfim, é local privilegiado na vida florianopolitana.

Denominação:

081 - PRAIA DO MÜLLER

081.1 - Denominação Primitiva

Praia de Fora

081.2 - Denominações Outras

Praia do Müller

081.3 - Denominação Atual

Praia do Müller

081.4 - Histórico

Primitivamente, esta praia integrava a Praia de Fora pelo menos até ao final do século XIX. Para o extremo sul da Praia de Fora, na região, que fora o Cemitério Municipal, e depois a cabeceira insular da Ponte Hercílio Luz, por volta de 1885, vem morar uma família procedente da Alemanha, e que viera para prestar serviços à Firma Carlos Hoepcke S/A. Essa família utilizava o sobrenome ou o nome de família Müller.

Na medida em que a família Müller, se multiplicava, crescia o número de casas "dos Müller", nesta parte da Praia de Fora. Todos os Müller, passaram a ter participação destacada na vida de Florianópolis, no comércio, na indústria, nos serviços e no esporte e especialmente no Clube Náutico Riachuelo. Tornaram-se os Müller, excelentes remadores e bastante conhecidos popularmente e conceituados.

Disto resulta um referencial de localização de suas moradas, na Praia do Velho Müller. Porém seus limites não eram, e nunca foram claramente definidos, muito embora, para o lado sul ficasse separada da Praia do Arataca ou do Forte, por uma pequena ponta de terra.

Finalmente, ao lado Norte, o limite ficou assinalado pelo Trapiche das Dragas.

Com a construção da avenida Beira Mar Norte, assim como as outras próximas, desapareceu a Praia do Müller, porém a região ainda é assim denominada, especialmente quando se refira ao mar fronteiro e a região que abriga prédios de apartamentos de classe média alta, que se construíram ao seu longo.

081.5 - Descrição Física

Por se tratar de uma continuidade da Praia de Fora, apresenta as mesmas características das anteriormente desenhadas.

Mar de baía, águas mansas e claras, e, menos poluídas que outras áreas da Praia de Fora. Possuía larga faixa de areia clara com grãos de textura média.

A avenida Beira Mar Norte, acabou com a praia, restando hoje, em toda a sua extensão, em curva convexa sobre o mar, um arrocamento de pedras em forma de muro de arrimo aos aterros preparados para leito da avenida. Apesar de não ter mais a praia, é uma região conhecida como Praia do Müller, o que pode ser confirmado na oficialização dos topônimos das Praias florianopolitanas.

081.6 - Dimensões

Extensão - 650 metros

Largura - hoje não há faixa de areia.

081.7 - Usos e Costumes

Em seus primórdios foi uma praia muito procurada por banhistas, especialmente por jovens e homens, que desejavam nadar bastante. Fora também local de partida para a raia de corridas de barcos a remo. Quando soprava o vento sul, as provas de remo, eram transferidas para a Baía Norte tendo, o início da raia, na Praia do Müller. Hoje ainda é referencial para esportes náuticos.

Denominação:

082 - PRAIA DO ARATACA

082.1 - Denominação Primitiva

A mesma

082.2 - Denominações Outras

Praia do Forte; Praia Santana; Praia do Forno do Lixo

082.3 - Denominação Atual

Praia do Arataca

082.4 - Histórico

Eis aqui uma praia, pequenina, cuja denominação não foi fácil de ser determinada para os dias de hoje.

A sua denominação mais antiga é, Arataca, palavra que tem viários significados, tais como, cabeça chata, armadilha, praia fechada. O nome arataca também designava a outra pequena praia do lado sul, abrigou um estaleiro que foi conhecido pelo nome Arataca.

Por ter próximo, o Forte Sant`ana recebeu, e ainda recebe, o designativo de Praia do Forte. Durante muitos anos, o lixo recolhido pela Prefeitura de Florianópolis, na cidade, era incinerado, em um grande forno que existiu defronte à praia, e por isso, foi ela conhecida como Praia do Forno do Lixo, nome aliás, muito feio e degradante porém, identificou a comunidade ali existente até a construção da Avenida Beira Mar Norte, como comunidade do Forno do Lixo.

Em nossos dias esta pequena praia está sendo utilizada por uma Unidade do Corpo de Bombeiros, da Policia Militar de Santa Catarina, especializada em buscas e salvamentos, estando fechada ao acesso do público.

Contudo sua denominação mais tradicional, aqui proposta para oficialização, é Praia do Arataca, significando Morro de Cabeça Chata, referindo-se ao morro da cabeceira insular da Ponte Hercílio Luz.

082.5 - Descrição Física

É uma pequenina praia de areia média, mar interno de baía, bem junto ao Estreito de mar insular, águas poluídas e que tem uso restrito aos serviços de bombeiros.

082.6 - Dimensões

Extensão - 200 metros

Largura - 40 metros (com aterros acrescidos)

082.7 - Usos e Costumes

Na atualidade serve exclusivamente, de base para as operações do Grupo de Busca e Salvamentos do Corpo de Bombeiros da Capital.

Em tempos idos, era o apoio, para entrada e saída de barcos transportando pessoas e materiais para o Forte Sant`ana ou ainda para a travessia do Estreito, em direção ou de chegada do Continente.

Foi depósito de lixo e terminal de lançamento de esgotos.

Raramente foi utilizada como balneário ou recreio, podendo ser considerada uma área sem acesso ao público em geral, em decorrência da natureza dos importantes serviços que estão ali sediados.

2 - PRAIAS LACUSTRES - GRUPO INSULAR

Neste grupo, incluímos tão somente as praias lacustres da Ilha de Santa Catarina. A área Continental, do Município de Florianópolis, não possui dessas praias, mas somente as marítimas.

Outrossim, necessário se faz, apresentar um preâmbulo para dizer, que são várias as praias lagunares dentro da ilha, em particular na Lagoa da Conceição. Tem ela diversas pequenas praias, em toda a sua orla. Neste trabalho, porém, decidimos listar apenas seis delas por serem as mais referenciadas e já estarem consagradas em seus usos, pela população e pelos turistas.

Na Lagoa do Peri, a realidade é parecida, mas na verdade apenas a praia que serve ao Parque Municipal, é que tem utilização pública sendo ela aprazível.

Vejamos pois essas praias, que para melhor enquadramento no quadro geral, como no Documentário Fotográfico, têm a numeração seqüencial, sem interromper-se a ordem cronológica geral.

Denominação:

083 - PRAIA DA LAGOA DO PERI

083.1 - Denominação Primitiva

Como seu registro tem começo agora, não teve qualquer outra denominação anterior.

083.2 - Denominações Outras

Nada à registrar.

083.3 - Denominação Atual

Praia do Parque da Lagoa do Peri.

083.4 - Histórico

A Lagoa do Peri é uma reserva natural, das mais importantes da Ilha de Santa Catarina, porém até 1972, ficou a mercê da construção civil para retirada de areia fina, de excelente qualidade, da faixa que vai da Praia da Armação até a orla da Lagoa.

O primeiro levantamento da Bacia da Lagoa do Peri, realizado pela UFSC em 1973, coordenado pelo Prof. Nereu do Vale Pereira, e serviu este, para instruir o seu tombamento como Patrimônio Natural e Área de Preservação Permanente, pelo Serviço do Patrimônio, Histórico Artístico e Natural do Município de Florianópolis, que cujo o processo, também foi o relator em 1975.

Em 1986, foi Criado, por Lei Municipal, o Parque Municipal da Lagoa do Peri, e ocupando toda a Bacia da Lagoa, que possui algumas pequenas praias, porém a principal e maior é a que vem sendo a área organizada como sua sede administrativa. Neste local e até próximo ao canal sangrador esta a praia organizada.

É um local maravilhoso, aconchegante, com uma larga faixa de areia branca e limpa água doce tranqüila, sendo assim, um ótimo local para recreio, repouso, estudos ecológicos e de aquicultura.

083.5 - Descrição Física

A Praia da Lagoa do Peri é uma praia lacustre, larga e de média extensão. É de água doce, com o fundo da lagoa descendo em declive suave, possuindo vegetação aquática em suas margens. É piscosa especialmente a tilápia, que lá foi colocada, pelo Senhor Ernesto Tremell em 1967.

Outros peixes de água doce também são encontrados, existindo, inclusive o jacaré miúdo, que porém, raramente é visto.

Ao longo da praia existe uma vegetação exuberante proporcionando sombreamento convidativo ao repouso, ao passeio e ao piquenique.

083.6 - Dimensões.

Extensão - 500 metros, aproximadamente

Largura - normalmente com 50 metros, porém pode variar com o regime de chuvas que alteram o volume de água dos rios tributários e que vêm do Morro do Ribeirão e do Peri.

083.7 - Usos e Costumes

Pesca e passeios, são as principais utilizações da Lagoa do Peri. Serve também, para esporte náutico e aos moradores locais como fornecimento de água. Popularmente é utilizada como local de lavação de roupas, particularmente o canal sangrador que desemboca na Praia da Armação, junto a Ponta da Companha e à esquerda da Praia do Matadouro.

Margeando a lagoa existem diversas propriedade de moradores nativos, de moradores provindos de outros centros e muitas moradas temporária de recreio e veraneio

Do outra lado da Lagoa e da estrada, aparece a Praia da Armação, organizando um complexo turístico dos melhores.

Denominação:

084 - PRAIA DA COSTA DA LAGOA

084.1 - Denominação Primitiva

A mesma

084.2 - Denominações Outras

Nada para registrar

084.3 - Denominação Atual

Praia da Costa da Lagoa

084.4 - Histórico

A ocupação da Lagoa da Conceição foi levada a efeito pela colonização Açoriana.

Todas as suas áreas, até então desabitadas pelo homem europeu, eram exploradas pela presença dos Carijó.

Destaque toda à toponímia da região foi patrocinadas pelo açorianos, e que usavam a configuração geográfica por base. Por isso a questão da Calheta.

A denominação da região aqui considerada resulta, claramente da topografia da localidade, é uma costa do lado interno da Lagoa (Costa da Lagoa).

A comunidade local também é denominada de Costa da Lagoa, hoje região mais turística do que como fora outrora de produção agrícola e pesqueira.

084.5 - Descrição Física

A praia da Costa da Lagoa, é uma amostra da formação costeira de toda a lagoa na parte leste. As águas sobem suavemente por sobre a terra banhando ervas gramínias, junto a areia alva e finíssima, porém com alguns trechos, com pequenos cascalhos. É de uma água cristalina levemente salobra.

Seu contorno é irregular com curvas, e pequenas pedras ou pontas de terra, ao seu longo, desenhando e espelhando o fundo da lagoa, pelos menos até uns cinqüenta metros afastados da terra.

Na verdade não se trata de uma só, porém de uma seqüência de pequeninas praias.

Tem vários pequenos trapiches e construções que tocam na água, compondo um cenário diversificado e bonito.

084.6 - Dimensões

Extensão - aproximadamente 1.900 metros

Largura de zero até 50 metros de areia

084.7 - Usos e Costumes

As origens do povoamento da Costa da Lagoa, vem da Colonização açoriana que, para a Lagoa, tem início em 1750.

Como os açorianos eram fundamentalmente agricultores, as atividades na Costa da Lagoa, primitivamente foram os lideres da terra, no cultivo da mandioca, do milho, do café, do algodão, feijão e várias frutas.

As atividades de pesca vieram posteriormente, pois a região é piscosa, e fácil de trabalhar nesse mister.

Sempre foi área de residências permanentes, que ficou isolada de outras comunidades por faltar-lhe comunicações e transporte. Ainda hoje o seu acesso, é feito por meio das águas da Lagoa, através de embarcações ou por trilhas, a pé.

Denominação:

085 - PRAIA DO CENTRO OU DA FREGUESIA DA LAGOA

085.1 - Denominação Primitiva

Praia da Freguesia da Lagoa da Conceição

085-2 - Denominações Outras

Praia da Freguesia, Praia da Ponte da Lagoa

085.3 - Denominação Atual

Praia do Centro da Lagoa

085.4 - Histórico

Tudo leva à conclusão de que o povo da Lagoa, não classificava as praias do contorno 1acunar, como efetivamente, praias. Recebiam o nome sem o atributo praia, como, por exemplo, Freguesia da Lagoa, Costa da Lagoa, Areias da Lagoa etc...

Entretanto, a configuração geográfica desses sítios é de uma praia, assim como seus usos também o são.

Com o acréscimo do turismo na Lagoa da Conceição, o mais belo cartão postal do Município de Florianópolis, veio a aplicação de praia para algumas situações como: Praia do Retiro; Praia das Areias, Praia do Baixio e outros.

No caso presente, à Sede do Distrito da Lagoa, hoje denominado de Centro da Lagoa, o atributo praia, vem sendo aplicado com muitas limitações. Porém, pelos seus usos e características trata-se realmente de praia, sendo assim, a Praia do Centro da Lagoa da Conceição, que fora conhecida como da Freguesia, uma designação adequada.

085.5 - Descrição Física

Localiza-se no Centro do Distrito da Lagoa da Conceição, tendo por começo, ao norte a Ponta das Almas e, ao sul o marco de seiscentos metros após a ponte.

Possui uma estreita faixa de areia fina, alva, macia ao pisar e suas águas são tranqüilas, temperatura ambiente e ótimas para nadar, mergulhar e banhar-se.

085.6 - Dimensões

Extensão - 900 metros

Largura - entre 0 e 3 metros.

085.7 - Usos e Costumes

Nos primórdios era o local de travessia de um lado para o outro da lagoa, pois junto está um estreito ligando as duas margens lacunares e os dois bolsões, o do norte, e o do sul respectivamente, segundo o desenho que ela toma. No início do século XX, no estreito foi construída uma pequena ponte de madeira, no ano de 1955, foi inaugurada uma outra de concreto, permitindo trafego regular de veículos que demandem para outras regiões leste do Distrito da Lagoa da Conceicão.

No local da Ponte, foi organizado um conjunto de plataformas para a pesca do camarão, com tarrafas, prática que ensejou a instituição dos pratos a base de camarão, em especial o "caldo de camarão" tipificando a região. Nos nossos dias, é um grande atrativo para a famosa Lagoa da Conceição, a culinária com base no camarão. Em substituição as plataformas de pesca do camarão, surgiu um porto, para entrada e saída de embarcações de turismo e transporte de passageiros, atividade dinâmica e atrativa,

Toda a sede do Distrito da Lagoa da Conceição, é hoje um grande centro turístico internacional virado para as funções de balneário, gastronomia, passeios de barcos, banhos de mar, promoções culturais, repouso, admiração da natureza etc...

Denominação:

086 - PRAIA DAS AREIAS DA LAGOA OU DAS RENDEIRAS

086.1 - Denominação Primitiva

A mesma

086.2 - Denominação Outras

Praia das Dunas; Praia da Avenida das Rendeiras

086.3 - Denominação Atual

Praia das Areias

086.4 - Histórico

A Praia das Areias, resulta do avanço das dunas que procedem do "mar grosso", Praia da Joaquina, e que se derramam sobre o lençol da Lagoa, formando um remanso e um área de baixa profundidade ficando excelente para uso de recreio dentro das águas.

Decorrente deste processo de transferência de areias, vem a denominação de Praia das Areais, denominação bastante antiga.

Com o progresso do Distrito, foi construída uma avenida ao longo das areias e que foi denominada de Avenida das Rendeiras, em homenagens as artesãs da localidade, que se dedicam a produção de rendas de bilro, uma arte de tradição cultural açoriana, contudo a denominação de areais perdura, sendo a mais ajustada.

086.5 - Descrição Física

Trata-se de uma das mais tranqüilas e limpas praias do Município de Florianópolis.

É um longo traçado de areia branca e fina, com águas calmas e de declive bastante suave, porém aos 40 metros para dentro da Lagoa, há um aprofundamento rápido exigindo muita atenção dos banhistas.

Realmente é uma excelente praia, rodeada de áreas com grama e árvores a sombreá-la.

Tem início marcado junto ao cruzamento da avenida das Rendeiras com a rua Vereador Osni Ortiga e termina aos 900 metros, quando começa a Praia do Retiro.

Integra a sede ou centro do Distrito da Lagoa da Conceição.

086.6 - Dimensões

Extensão - 900 metros

Largura - 1 a 8 metros

086.7 - Usos e Costumes

Sempre foi utilizada como recreio. Raramente desenvolveu-se a pesca nesta praia. Pelas margens, e do lado direito da Avenida das Rendeiras, surgiram várias residências permanentes outras de veraneio, assim como, vários restaurantes típicos, sendo também as dunas existentes no local, muito utilizadas como passeios e esportes diversos,

Denominação:

087 - PRAIA DO RETIRO DA LAGOA

087.1 - Denominação Primitiva

A mesma

087.2 - Denominações Outras

Nada foi registrado

087.3 - Denominação Atual

Praia do Retiro da Lagoa

087.4 - Histórico

O topônimo "retiro", popularmente é empregado para identificar um local afastado e escondido por pequenos morros. Aliás, tanto o morro, como toda a região a leste desta Praia, até a Praia Mole, é denominada de Retiro. Diga-se, que o primitivo nome da Praia Mole fora Praia do Retiro da Lagoa.

Junto à praia, organizou-se uma comunidade que dedicou-se por muitos anos às atividades de pesca, atividades estas que hoje estão quase desaparecidas pela introdução de ofertas de passeios de barcos pela Lagoa da Conceição,

Contudo, alguns pescadores buscam manter a pesca do camarão, produto de bom mercado local.

087.5 - Descrição Física

A Praia do Retiro da Lagoa tem uma beleza natural impressionante, muito embora tenha pequeníssima faixa de areia começando suas águas junto à vegetação rasteira que acompanha toda a praia, com uma largura de aproximadamente 30 metros.

As águas, como na praia vizinha, são tranqüilas e claras e o piso de areia fina e alva originária das dunas é suave e de aprofundamento lento e seguro para os banhistas.

087.6 - Dimensões

Extensão - 650 metros

Largura da areia - no máximo 3 metros e em grama 30 metros

087.7 - Usos e Costumes

Tem, como principal uso, o turismo de praia e recreio. Junto à praia existem vários pequenos trapiches com oferta de passeios de Escuna e outros barcos pela Lagoa da Conceição.

É, também área residencial, fixa ou temporária, possuindo tendas de artesanato e muitos restaurantes.

A infra-estrutura para o turismo, como de resto toda a área central da Lagoa, é de excelente qualidade, porém está a reclamar maior cuidado com os despejos, para não se perder a qualidade das águas da Lagoa, nessa área.

Denominação:

088 - PRAIA DO BAIXIO DA LAGOA

088.1 - Denominação Primitiva

A mesma

088.2 - Denominações Outras

Praia do LIC

088.3 - Denominação Atual

Praia do Baixio da Lagoa

088.4 - Histórico

Trata-se de um topônimo muito freqüente na geografia física geral e tem a finalidade de identificar uma praia que tem um fundo raso e muito longo, para dentro d`água,

Esta é a característica real da Praia do Baixio, sendo esta denominação como se apurou com moradores locais, muito antiga, não tendo mais nenhuma outra, até que agora. Com a afirmação do Lagoa late Clube, vem de se chamar, também de praia do LIC pois é a mais usada pelos seus sócios, tanto para banho como para navegação.

088.5 - Descrição Física

Tem totais características de praia lacunar. Serena, águas claras, fundo de areia fina de baixa profundidade e acesso fácil.

A Praia do Baixio da Lagoa, tem início no extremo Sul da Ponta que tem o mesmo nome e termina em um pequeno riacho, que vem do Morro do Padre Doutor, antes de alcançar a localidade do Canto da Lagoa.

088.6 - Dimensões

Extensão - 600 metros

Largura de 2 a 35 metros.

088.7 - Usos e Costumes

A Praia do Baixio da Lagoa, junto à Ponta do Baixio da Lagoa da Conceição, tem aplicações notadamente balneárias e/ou turismo aquático.

Como foi dito no histórico, a implantação do Lagoa late Clube tornou a praia e o local procurado, tendo hoje além do LIC, mais uma instalação hoteleira, bem como diversas unidades residenciais e de veraneio.

Denominação:

089 - PRAIA DO CANTO DA LAGOA

089.1 - Denominação Primitiva

A mesma

089.2 - Denominações Outras

Nada foi encontrado

089.3 - Denominação Atual

Praia do Canto da Lagoa

089.4 - Histórico

O Canto da Lagoa é uma localidade das mais tradicionais do Distrito da Lagoa da Conceição. Área que foi sempre de muito difícil acesso por transporte terrestre, era normalmente atingida através da localidade próxima chamada de Porto da Lagoa por meio de embarcações ou caminhando a pé.

A denominação de Praia do Canto da Lagoa deriva do nome da comunidade e veio a ser empregado tão somente após o desenvolvimento do turismo interno e de veraneio.

Tradicionalmente, é uma área de residência dos nativos, e que se dedicavam à pesca e à agricultura.

089.5 - Descrição Física

O que se chama de praia na verdade é um conjunto áreas com vegetação rasteira e em remanso tendo muito raramente, pequenos trechos de areia. Tem áreas menos e outras mais profundas e nela surgiram não só construções, como também, marinas de bom nível.

Começa ao final da Praia do Baixio e se estende até a Ponta do Badejo confinando com o Porto da Lagoa

089.6 - Dimensões

Extensão - 700 metros

Largura - de 0 a 3 metros.

089.7 - Usos e Costumes

O Canto da Lagoa, não só da Praia, não só da parte Sul da Lagoa da Conceição, como toda a comunidade que tem a mesma denominação, tem hoje, duas funções primordiais: área residencial e oferta de serviços turísticos em geral.

Tem fortes tradições culturais e é procurada para Colônias de Férias de várias organizações empresariais. O turismo doméstico de veraneio também é fortemente ativo.

Outrossim, toda a parte sul da Lagoa da Conceição está com suas águas fortemente poluídas pelos despejos fecais e de todas as ordens, provindos dos moradores e usuários da localidade

3 - PRAIAS MARÍTIMAS - GRUPO CONTINENTAL

Denominação:

090 - PRAIA DO BALNEÁRIO

090.1 - Denominação Primitiva

Praia do Barreiros

090.2 - Denominações Outras

Praia do Estreito; Praia do Balneário

090.3 - Denominação Atual

Praia do Balneário

090.4 - Histórico

A Praia do Balneário só veio pertencer ao território florianoplitano, ao final do ano de 1943, quando o Distrito de João Pessoa do Município de São José, foi integrado à jurisdição da Capital.

Denominava-se Praia dos Barreiros, que é uma comunidade e localidade que ficou integrada a São José, com pequena parte ligada a Florianópolis.

Por volta de 1952 quando foi construída a Sede de um Clube Social nesta Praia, o Cube Atlético Catarinense e os loteamentos próximos, a praia passou a ser freqüentada por banhistas e a ser conhecida como Balneário do Estreito para diferenciá-lo do Balneário de Canasvieiras.

Finalmente, firmou a denominação simples de Balneário, contudo, a parte norte da praia na atualidade, começa a ser conhecida como a Praia do Jardim Atlântico; porém, falta muito para ter esse topônimo aceitação coletiva, nada mais.

090.5 - Descrição Física

A Praia do Balneário é uma longa praia de mar interno, ondas pequenas, areia de textura média, cor amarelo escuro, temperatura ambiente e com muito riachos nela desaguando.

Inicia-se no Riacho Buchuller, divisa Norte de Florianópolis com São José e termina ao lado Norte da Ponta do Leal no final da Rua José Cândido da Silva.

Integra a área urbana do Município de Florianópolis

090.6 - Dimensões

Extensão - 1.800 metros

Largura - 3 a 15 metros

090.7 - Usos e Costumes

Como é uma praia onde suas águas estão totalmente comprometidas não vem tendo no presente, utilização como balneário, tão somente passeio, recreio e entrada e saída de embarcações.

Contudo apresenta-se como uma área aberta ao mar, para toda a população de Barreiros, Balneário e Canto, servindo como um pulmão a oxigenar toda essa área.

Denominação:

091 - PRAIA DA PONTA DO LEAL

091.1 - Denominação Primitiva

A mesma

091.2 - Denominações Outras

Nada foi encontra

091.3 - Denominação Atual

Praia da Ponta do Leal

091.4 - Histórico

Nos idos de 1920, quando a Texaco S/A, empresa distribuidora de produtos derivados do petróleo, veio operar em Florianópolis, adquiriu a Ponta do Leal no então Distrito de João Pessoa para nela instalar seu terminal marítimo para recebimento dos tambores com óleo combustível, óleo lubrificante, gasolina e querosene, e, daí redistribuí-los pelos atendimentos ao consumidor, pelos postos de revenda.

Os herdeiros de um Senhor Leal, donde provém a denominação dessa ponta, eram os detentores dos direitos de posse dessa área que foi vendida à Texaco. Seu nome primitivo era Ponta da Lama.

Atualmente a ponta está pontilhada de casas possuindo duas pequenas praias de cada lado integrando o viver de muitos moradores locais. A área maior está sob domínio da CASAN.

091.5 - Descrição Física

A Praia da ponta do Leal tem um desenho que a contorna como uma linha convexa que avança para o mar da Baía Norte da Ilha de Santa Catarina. São duas pequenas praias em seqüência começando ao Norte na linha reta do final da Rua José Cândido da Silva, e segue até o final do Beco Xingu, mais ao Sul.

É uma praia com areia média e escura, entrecortada com pequenos aterros que contém vegetação ou outros para dar avanço de propriedade para sobre o mar. Destarte, a faixa de areia não é contínua, aparece e desaparece a cada instante.

Integra a área urbana continental da Cidade de Florianópolis, desde 1943 .

091.6 - Dimensões

Extensão - 800 metros

Largura entre 0 e 8 metros.

091.7 - Usos e Costumes

Outrora e mesmo antes do uso pela Texaco S/A, era uma área de pescadores especialmente porque o mar era limpo e piscoso.

Denominação:

092 - PRAIA DO MATADOURO

092.1 - Denominação Primitiva

Praia do Estreito

092.2 - Denominações Outras

Praia do Canto, Praia dos Navegantes, Praia do Porto e Praia do Matadouro

092.3 - Denominação Atual

Praia do Matadouro

092.4 - Histórico

Está é uma das mais conhecidas praias do Município e por conseguinte de uso muito antigo. Foi utilizada pelos primeiros europeus na região do hoje Estado de Santa Catarina, pois era através dela que se fazia a ligação Ilha - Continente.

Antes mesmo de Dias Velho ter fundado Nossa Senhora do Desterro, em 1673, já fora encontrada nesta praia, uma Cruz com a data de 1651. Os náufragos de Solis (1515) também por esta região andaram a viver.

Foi conhecida por muitos anos com a denominação de Praia do Estreito por evidência geográfica.

Junto ao ponto sul da praia, foi erguido o Forte de São João e por isso, os primeiros povoadores foram residir mais adiante na localidade que foi conhecida, por Canto, donde também, veio o topônimo Praia do Canto.

Ainda por ser um ponto de apoio da travessia Ilha - Continente, especialmente nos casos de vento sul entre a Baia Norte e ela o Canto transformou-se em um Porto alternativo fazendo com que a praia passasse a ser chamada de Praia do Porto.

Já no século XX foi construído no Estreito perto da hoje Rua Heitor Blum até o mar o Abatedouro Municipal para o Gado Bovino e de abastecimento a região metropolitana.

A área adjacente passou a ser denominada de Rua do Fato e seus moradores de "tripeiros" (alusão a comerem as tripas dos bois e os seus buchos-fato) e, a praia, que recebia todos os despejos do abatedouro tornando-se imunda de Praia do Matadouro, denominação que perdura até hoje.

092.5 - Descrição Física

É uma praia longa e simétrica em suave semicírculo com areia média e amarelada, com fundo do mar levemente argiloso, formando fina camada de lodo orgânico e com elevado índice de poluição.

Inicia-se na reta do final do Beco do Xingu e termina na face Norte da Cabeceira Continental da Ponte Hercílio Luz.

Integra a área urbana da Cidade de Florianópolis e banha uma região densamente povoada.

092.6 - Dimensões

Extensão - 1 600 metros

Largura - 3 a 30 metros

Denominação:

093 - PRAIA DO RISO

093.1 - Denominação Primitiva

Praia dos Coqueiros.

093.2 - Denominações Outras

Praia do Saco da Lama, Praia do Doutor Aderbal, Praia do Doutor Rizzo.

093.3 - Denominação Atual

Praia do Rizzo.

093.4 - Histórico

Toda a orla marítima da asa sul da área urbana continental da Cidade de Florianópolis inclusive desde quando integrava o Município de São José era chamada de Praia dos Coqueiros, nome este, encontrado em todos os primeiros mapas da região por possuir ao seu longo muitos pés desse vegetal. Na verdade era uma praia com vários segmentos que gradativamente, foram sendo designados por outros topônimos lentamente consagrados pela população . Restava, somente ao final a Praia das Furnas, sem que fosse denominada de Coqueiros ou dos Coqueiros.

Assim, atualmente a Praia do Rizzo, dá inicio ao complexo das diversas praias dos Coqueiros.

O topônimo Rizzo vem aparecendo com grafia equivocada em todos os mapas recém editados que colocam a palavra riso como indicando a ação de rir quando de fato deriva ele do nome, ou melhor, do sobrenome de origem italiana, de um morador e empreendedor da região já falecido, engenheiro conhecido como "o Doutor Rizzo".

Deve-se pois, corrigir a grafia, passando a adotar-se a sua correta origem, Rizzo.

093.5 - Descrição Física

A Praia do Rizzo é uma praia relativamente pequena, de baia, areia média, amarelada, de desenho regular na costa, com ondas calmas e muitas residências próximas.

Integra a área urbana da Cidade de Florianópolis tendo início junto ao lado sul da Ponta José Francisco e termina no sopé da Ponta do Doutor Aderbal.

093.6 - Dimensões

Extensão - 350 metros

Largura - de 3 a 20 metros

093.7 - Usos e Costumes

Suas areias são utilizadas para recreio da comunidade local, e/ou, para estacionamento de veículos, e por isso, vem passando por aterros.

É muito atrativa e aprazível, pois bem ventilada a beira mar com excelente visão da Ilha e do Centro de Florianópolis.

Denominação:

094 - PRAIA DA SAUDADE

094.1 - Denominação Primitiva

Praia dos Coqueiros

094.2 - Denominações Outras

Praia da Saudade

094.3 - Denominação Atual

Praia da Saudade

094.4 - Histórico

Não foi possível descobrir quando e, por quem, a Praia dos Coqueiros foi pela primeira vez subdividida em várias novas praias e também quando esta tivesse recebido o topônimo da Saudade. E, da Saudade, porque?

Segundo foi possível verificar nos mapas e plantas disponíveis até 1943 quando Coqueiros deixou de pertencer a São José para integrar o território municipal da Capital, que ainda não existiam os diversos nomes hoje existentes.

Após 1945, mais precisamente em 1948, entram em usos os topônimos da Saudade e de Itaguaçu. Assim, podemos considerar que a atual denominação tenha ocorrido em 1948, quando a

Nova Câmara Municipal de Florianópolis edita uma lei reestruturando e restabelecendo, ou ainda criando, os Distritos Municipais.

No ano de 1954, o Clube Doze de Agosto, instala a sua primeira sede balneária, na Praia da Saudade, e consolidando a função que esta praia assumira desde 1945, quando foi fundado o Coqueiros Clube (vendido ao doze).

Coqueiros, tornou-se um bairro de elite e seu centro referencial ficou junto à Praia da Saudade, pois era ali que estava a Igreja Matriz da Comunidade. A expansão de Coqueiros foi bastante rápida, sendo na atualidade um bairro grande, muito populoso e organizado por cinco praias e cinco bairros todos muito aconchegantes e de ótimas condições habitacionais.

094.5 - Descrição Física

A praia da Saudade é de natureza interna, isto é, mar de baia, Baia Sul da Ilha de Santa Catarina na parte continental da Cidade de Florianópolis considerado centro urbano com águas calmas.

Sua longa faixa de areia é bonita e larga, sendo de textura média e de cor amarelada.

Tem início no ponto terminal da Rua José do Valle Pereira, e segue até à Ponta da Ilhota também conhecida pelo nome do morador local como Ponta do Seu Carlos Orilla.

094.6 - Dimensões

Extensão - 650 metros

Largura de 2 a 18 metros

094.7 - Usos e Costumes

Como ficou constando do histórico, a Praia da Saudade assumiu características de balneário de classe média a partir dos anos quarenta e durou até que pela oferta fácil de balneários maiores e mais limpos.

Contudo, há perspectivas de ser recuperada a qualidade de suas águas, pois o sistema de esgotos da capital passa por uma modernização e de outro lado cresce a consciência ambiental da população como um todo.

Denominação:

095 - PRAIA DO MEIO

095.1 - Denominação Primitiva

Praia dos Coqueiros

095.2 - Denominações Outras

Da Saudade, da Ponta da Saudade, da Ponta de Itaguaçu

095.3 - Denominação Atual

Praia do Meio

095.4 - Histórico

A Praia do Meio tem as mesmas origens da Praia da Saudade, pois trata-se de uma subdivisão popular e eficiente levada a efeito pois tem características de praia independente das demais vizinhas.

Como balneário também é função recente e que durou sem dúvida muito pouco enquanto pelo acréscimo populacional local.

095.5 - Descrição Física

Praia de mar manso, interno, de baía, com areia tendendo para grossa, suja, amarelada, com estreita faixa margeada pelo muro de arrimo da estrada geral de Coqueiros.

Tem início na Ponta da Ilhota, ou do Seu Orilla, e segue até a face norte da Ponta de Itaguaçu, em suave curva recebendo em seu curso vários pequenos córregos de água e despejos locais poluidores do ecossistema.

É uma praia urbana em bairro residencial de bom nível.

095.6 - Dimensões

Extensão - 395 metros

Largura - 2 a 15 metros

095.7 - Usos e Costumes

Seu uso primitivo fora para atividades de pesca e de despejos diversos procedidos dos poucos moradores locais.

Assumiu por volta dos anos 40 quando recebeu a denominação de Praia do Meio vez que ficava ao meio da Praia dos Coqueiros por cerca de vinte e cinco anos a função de balneário como um derivativo da Praia da saudade e hoje é apenas um horizonte e um panorama para os milhares de habitantes locais. Passa a ser uma praia de recreio e passeio, porém não de balneário. Aliás a Praça ao seu lado sul é muito convidativa.

Com a Estrada Geral passando-lhe à margem, desenha um exuberante panorama marítimo, e ponto de observação dos contornos da Ilha de Santa Catarina bastante tranqüilo e, por isso, é um bairro residencial de muita procura.

Denominação:

096 - PRAIA DO CASTELINHO

096.1 - Denominação Primitiva

Praia dos Coqueiros

096.2 - Denominações Outras

Praia do Ferro, Praia da AABB, Praia do Canto

096.3 - Denominação Atual

Praia do Castelinho

096.4 - Histórico

Esta é mais uma das praias que compunham no conjunto a Praia dos Coqueiros à época do Distrito de João Pessoa, e mesmo após sua integração à área urbana da Capital do Estado.

A Partir de 1952, passou a ser popularmente denominada de Praia do Ferro, em referência ao sobrenome do proprietário da Ponta do Itaguaçu, onde esta pequenina praia está situada.

Com a instalação no local, da casa do Senhor Ferro, uma residência com arquitetura de um castelo, veio a denominação de Praia do Castelinho, e, na atualidade, como é a sede balneária da Associação Atlética do Banco do Brasil-Florianópolis, passou a ser conhecida também pelo nome de Praia da AABB.

096.5 - Descrição Física

Na realidade são duas pequeninas enseadas na Ponta do Itaguaçu, uma no centro outra para o seu lado sul que compõem a Praia do Castelinho. É uma praia de mar interno, de baía, ondas calmas só agitáveis pelos ventos com areia de textura média e coloração amarelo escuro.

Tem o fundo do mar levemente lodoso e de aprofundamento suave.

Seus limites são marcados por conjuntos de pedras encontrados no contorno da Ponta do Itaguaçu. Seu acesso está aberto por terra somente aos sócios da AABB.

096.6 - Dimensões

Extensão - dos dois trechos, 280 metros

Largura - de 2 a 25 metros.

096.7 - Usos e Costumes

Caracterizou-se historicamente como de uso particular para as diferentes finalidades: pesca, recreio, despejos, balneário, passeio de barco etc...

No momento não deixou de ter utilização privativa, e, desta vez, pela AABB, já anotada nos itens anteriores.

Denominação:

097 - PRAIA DE (OU DO) ITAGUAÇU

097.1 - Denominação Primitiva

Praia dos Coqueiros, Praia na Ponta do Itaguaçu

097.2 - Denominações Outras

Praia da Igrejinha, Praia do Itaguaçu, Praia do Seu Batista, Praia do Canto

097.3 - Denominação Atual

Praia de Itaguaçu

097.4 - Histórico

Trata-se à Praia de Itaguaçu, como uma das mais belas paisagens marítimas do Município de Florianópolis.

Sua denominação também é bela e muito tradicional, pois deriva do tupi-guarani. Os Carijó chamavam de Itaguaçu a formação de uma grande rocha, dentro d`água, quase ao centro da praia. Itaguaçu, queria dizer pedra grande e redonda dentro d`água. Ou ainda, cabeça de pedra dentro d`água.

Esta a origem do topônimo. Fica contudo a dúvida de como grafá-la, se DA, DE ou DO Itaguaçu. Entendemos nós que o designativo mais ajustado é o DE. Caberia, também o DA, fazendo referência à praia ou à pedra, substantivos femininos, exigindo a concordância "de a". Em se tratando, porém do indicativo DE para um determinado local, opinamos por este indicativo, sugerindo a sua adoção oficial, como Praia de Itaguaçu.

A denominação da Ponta de Itaguaçu, já estava registrada nos mapas desenhados no século XVII, porém não à Praia ao seu lado sul.

As outras denominações populares, foram aplicadas, antes que se consagrasse a toponímia, bela significativa e atual, cuja a aplicação para a praia remonta aos anos finais da década de quarenta.

Como se disse antes de 1940, todas essas praias continentais sul, desde a Estreito até à Ponta do

Bom Abrigo, eram conhecidas por Praia dos Coqueiros.

097.5 - Descrição Física

Localizada em área urbana da Cidade de Florianópolis, a Praia de Itaguaçu, tem por limite norte, a ponta do mesmo nome, e, ao sul, uma pequena ponta de pedras, de topônimo não identificado.

É uma praia de mar de baía, águas claras, areia média, de coloração amarelada e de pisar macio, contornada por praças e alguma gramínea silvestre, junto à faixa de areia.

Tem aprofundamento suave, e de muita segurança, pois suas águas são tranqüilas, com um lago, porém sofrem do mesmo problema das praias urbanas.

097.6 - Dimensões

Extensão - 670 metros

Largura de 3 a 20 metros

097.7 - Usos e Costumes

Na atualidade é área de recreio e de encontros da juventude. Possui boa infra-estrutura de lazer e acesso público fácil. Oferece excelentes condições ambientais em panoramas e tranqüilidade, tanto para jovens como para adultos, e de outro lado é uma área residencial nobre da Capital do Estado de Santa Catarina.

É bastante freqüentada, inclusive por banhistas, mesmo com riscos sanitários, muito embora o perigo esteja identificado e assinalado pelos organismos ambientais.

Denominação:

098 - PRAIA DAS PALMEIRAS

098.1 - Denominação Primitiva

Praia dos Coqueiros

098.2 - Denominações Outras

Praia do Canto, Praia do Seu Cavallazzi, Praia de Itaguaçu

098.3 - Denominação Atual

Praia das Palmeiras.

098.4 - Histórico

A denominação, Praia das Palmeiras, foi adotada a partir de aproximadamente 1968, quando à ela chegou para construir residência e morar, junto à essa praia, o Professor Edmond Duarte Nader, que se orgulhava de a tê-la batizado com esse topônimo, por ter como panorama, algumas palmeiras, e até então não ter tido nenhuma denominação efetiva. Na verdade, era uma praia que integrava o complexo da Praia dos Coqueiros, aliás, seu último trecho ao sul, somente separado da Praia de Itaguaçu, por uma pequena ponta de pedras. Pode-se considerar que de fato há uma continuidade da faixa de areia. Como, no entanto, o povo aceitou a denominação e a consagrou, não há porque não mantê-lo. Contudo é dever registrar que lá não existem palmeiras, porém coqueiros.

098.5 - Descrição Física

A Praia das Palmeiras, apresenta as mesmas características das anteriores, e em especial, a de Itaguaçu, não necessitando quaisquer outras anotações.

Tem início ao final da Praia de Itaguaçu e termina na Ponta das Furnas, hoje Ponta do Bom Abrigo.

O conjunto de pedras, de diversos tamanhos e formas, dentro d`água ou nas pontas, desenha um belo e poético panorama.

098.6 - Dimensões

Extensão - 300 metros

Largura - de 1 a 15 metros.

098.7 - Usos e Costumes

Na atualidade, a Praia das Palmeiras, tem uso quase que exclusivo, para recreio dos moradores locais.

Foi considerada como área balneária, e de entrada e saída de embarcações, porém, como tornou-se cercada de residências, transformou-se num fechado bairro residencial de excelentes qualidades. Muito tranqüila e aconchegante pode oferecer boas condições ambientais.

Denominação:

099 - PRAIA DO BOM ABRIGO

099.1 - Denominação Primitiva

Praia das Furnas

099.2 - Denominações Outras

Nada para registrar

099.3 - Denominação Atual

Praia do Bom Abrigo

099.4 - Histórico

Todo o final da orla marítima após a Praia dos Coqueiros, indo até o Riacho Araújo, que separa os Municípios de Florianópolis e São José, ao sul era conhecido e denominado como Praia das Furnas, pelo menos, estão a confirmar os diversos mapas consultados e datados antes de 1945, 1943 é o ano em que essa área veio para Florianópolis.

Com aquelas alterações territoriais entre São José e Florianópolis, a região de Coqueiros, e das Furnas, passaram por grandes transformações urbanas.

A área que organiza o bairro residencial Bom Abrigo, começou a ser montada por uma imobiliária, que a loteou, indo até a praia, a qual denominou de Bom Abrigo, nome antes não adotado. Os senhores Almir Saturnino de Brito e Coronel Américo Silveira D`Ávila, foram os primeiros adquirentes e também corretores das vendas e portanto iniciantes dessa modificação geográfica. Remonta este início ao ano de 1948. Nascia então, nessa época a Praia do Conjunto Residencial do Bom Abrigo. Por isso, a praia local passou a ser denominada de Praia do Bom Abrigo. Na verdade é o que ela proporciona um bom abrigo, sendo assim, um topônimo adequado e bonito.

099.5 - Descrição Física

Trata-se, a Praia do Bom Abrigo, de uma praia de mar interno, praia urbana, totalmente sombreada, ambiente aprazível, bucólico, atrativo, águas tranqüilas, quase lacunares, faixa de areia média e clara, com fundo do mar levemente argiloso em alguns trechos e com uma fina camada de lodo.

Aprofunda-se suavemente enquanto a orla descreve uma suave curva, entre dois conjuntos de rochedos, artisticamente montados pela natureza.

099.6 - Dimensões

Extensão - 300 metros

Largura - 3 a 20 metros

099.7 - Usos e Costumes

Durante toda a vida conhecida desta praia, fora ela, utilizada como área balneária e de recreio. Inicialmente pelos piqueniques, e, mais tarde, com a urbanização, por banhistas gerais, vindos das mais diversas regiões, a busca do Bom Abrigo. Tornou-se uma praia bastante conhecida e famosa pela sua bucolidade e tranqüilidade, e belo panorama natural.

Não perdeu a sua função recreativa e de repouso. Seu acesso é, no momento, facilitado por todos os meios de transportes, em contraste com o início, do século, quando os passeios às Furnas, eram chegados pelo mar.

Denominação:

100 - PRAIA DAS FURNAS

100.1 - Denominação Primitiva

A mesma

100.2 - Denominações Outras

Praia do Abrão

100.3 - Denominação Atual

Praia das Furnas.

100.4 - Histórico

Talvez seja esta a Praia mais primitiva desse trecho da costa continental da Baía Sul da Ilha de Santa Catarina. Pela sua singularidade, pelo seu desenho, por uma área exuberante em pedras que compõem, grutas, monumentos, "dolmens", furnas, entrecortados com trechos de areia e outros de lodo, pequenas enseadas e entrada e saída de barcos, tornou-se um ponto tradicional e referenciado na vida de Florianópolis e do Município de São José.

Todos os mapas desde os mais antigos até os mais recentes, registram a Praia das Furnas, ou região das Furnas.

Compreendia a Praia das Furnas toda a faixa que vinha da Praia dos Coqueiros até o Riacho Araújo. Perdeu o primeiro trecho, ao norte para a Praia do Bom Abrigo.

Com a organização do Bairro do Abraão, e a construção da sede recreativa comunitária desse bairro, a praia passou a ser conhecida, também pelo nome de Praia do Abraão, porém é denominação popular ainda não consagrada. Dada a importância tradicional e histórica do nome primitivo, deve ser ele mantido, isto é, como Praia das Furnas.

100.5 - Descrição Física

O final da Rua Antenor Morais, junto ao mar, é o, marco inicial da Praia das Furnas que tem seu término na margem direita do Riacho Araújo.

Seu traçado Norte Sul é recortado por pedaços de areia, pedaços lodosos e conjuntos de grandes pedras junto a costa ou dentro do mar construindo várias pequenas enseadas onde há vegetação rasteira e pequenos arbustos.

Todo fundo do mar é lodoso, com muito cascalho e alguns trechos de areia fina e calara, podendo ser circulada com facilidade muito embora os locais de aceso ao público sejam poucos e pequenos. A maioria dos trechos são fechados por residências de grande ou de médio porte.

100.6 - Dimensões

Extensão - 1.200 metros

Largura - apresenta uma grande diversidade de situações entre 0 e 30 metros.

100.7 - Usos e Costumes

Historicamente foi local de passeio, diversão, pescaria, balneário e pesquisas.
STATUS
Publicado no sistema em: 24/03/2010

Um comentário:

Unknown disse...

As praias de Florianópolis são uma das mais charmosas do Brasil!
Estive na Argentina e o que mais desfrutei foi Buenos Aires.
Encontrei um hospedagem Buenos Aires muito legal e fiquei duas semanas com minhas amigas.