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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Abertura do Japão ao Mundo

150 anos do Tratado de Paz

Portugal abriu o Japão ao mundo

27 abril 2010

Botan e pan são duas palavras de origem portuguesa que os japoneses do século XXI ainda utilizam para designar um objecto e um alimento do seu quotidiano — o botão e o pão — dois elementos que desconheciam até ao dia em que os primeiros aventureiros portugueses desembarcaram no Japão, a bordo de navios asiáticos. Não se sabe ao certo quem foram os protagonistas deste primeiro encontro, nem em que data terá ocorrido: “1542, 1543”, adiantou, como datas possíveis, João Paulo Oliveira e Costa, director do CHAM — Centro de História de Além-Mar, em conversa com o EXPRESSO

O aspecto mais importante desse legado é que “os meninos japoneses que frequentam as escolas primárias, aprendem que foram os portugueses que abriram o Japão ao mundo”, diz Oliveira e Costa. O impacto foi tão profundo que o publicista japonês Ken Takeuchi afirmou que a chegada dos portugueses ao Japão “foi o maior acontecimento desde que a cultura chinesa foi introduzida no Japão no século VI” [Takeuchi é citado pelo embaixador Martins Janeira no livro “O Impacto Português Sobre a Civilização Japonesa”].

A relação entre estes dois povos foi essencialmente comercial, mas os portugueses acabaram por transmitir aos japoneses a consciência de que precisavam de construir uma unidade nacional, que substituísse a fragmentação quase feudal no país. Como não há bela sem senão, a introdução da espingarda e de outras armas de fogo, e da pólvora, foi uma consequência decisiva para o evoluir da guerra, e os armeiros nipónicos rapidamente aprenderam as técnicas do seu fabrico.

O idílio luso-nipónico durou até 1639, altura em que os portugueses foram expulsos e decretada a proibição da entrada dos nossos barcos no país. O Japão voltou a ficar (quase) fechado ao mundo por mais 200 anos, restabelecendo relações em 1853 com os americanos. Em 1860, o País do Sol Nascente assinou um Tratado de Paz com Portugal — do qual se comemora este ano o 150º aniversário.

Texto de Manuela Goucha Soares


Fonte: The Times (Inglaterra)

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