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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O que a "Justiça" popular está esperando? Pela justiça oficial?

O QUE A JUSTIÇA BRASILEIRA ESTÁ ESPERANDO, PARA JULGAR A AÇÃO QUE ENTRAVA UM POSICIONAMENTO SOBRE O DIREITO DOS POUPADORES ÀS CORREÇÕES E MILHÕES DE AÇÕES MOVIDAS PELOS PREJUDICADOS?

MILHÕES DE PESSOAS ESTÃO À ESPERA DA MANIFESTAÇÃO JUDICIAL ENQUANTO ALGUM(NS) VENDIDO(S) ESTÃO SENTADO(S) (e não debruçados) SOBRE O PROCESSO.

EM ALGUNS  MOMENTOS, AQUILO A QUE  CHAMAMOS DE JUSTIÇA ME DÁ ASCO.

 É preciso ser dito que a escolha de ministros do STJ  e do STF não atende apenas ao conhecimento jurídico, mas, sobretudo, à afinação com setores que dominam a política, a economia e as finanças. Com raras exceções, quando chegam lá em cima e vestem suas togas, viram quase portavozes daqueles que os entronizaram.
É uma vergonha!

Quando a justiça deixa de fazer prestação jurisdicional célere, viola a ordem jurídica (a Constituição Federal afirma que é direito de qualquer cidadão o andamento razoável dos processos), espécie que integra o gênero ordem pública e, se o Estado não respeita a ordem pública, por que o povo está obrigado a fazê-lo?

A submissão à corja que os políticos e comentaristas econômicos denominam de "mercado" (eufemismo com que se evita uma classificação direta, incisiva, dos usurpadores) - a qual conseguiu extirpar da Constituição Federal o famoso art. 192, o qual limitava os juros a 12% - faz a gente cogitar se o que se chama de República e Democracia são mesmo regimes voltados para os interesses populares ou de umas poucas categorias privilegiadas.

Os bandidos e quadrilheiros que exploram impiedosamente o povo  - bancos, financeiras,  igrejas, políticos, certos setores empresariais como as montadoras de automóveis, as petroleiras, etc... - não temem a República (onde o poder está aparentemente diluído, mas, em verdade, concentrado nas mãos de velhos grupelhos - basta lembrar dos Sarney, no Maranhão), fazem de conta que valorizam a democracia, mas, no fundo, transformam o País num grande feudo.

Manipulam a opinião pública como querem - inclusive com recursos públicos pagos à mídia cooptada - fazem as leis confusas, para permitir múltiplas interpretações e, assim colaborar para a procrastinação, quase infinita, da prestação jurisdicional definitiva, enquanto multiplicam suas riquezas.

Ainda hoje, li uma entrevista com um  membro da Família Imperial,   na qual reclamava um dos seus membros remanescentes de  que o processo em que pedem a reintegração de posse sobre o Palácio Guanabara já dura 120 anos. Enfatizo que não sou monarquista tal qual o era o famoso jurista PONTES DE MIRANDA, mas os monarquistas também acreditaram na "justiça" republicana (que opção tinham naquele momento?) e tomaram ...., ou seja, o descalabro da incompetência do Judiciário não é coisa recente. Para dizer sim ou não à reintegração pretendida, uma manifestação judicial foi solicitada, seus postulantes pagaram custas ao Estado e merecem uma decisão que nunca vem.

Os operadores do Judiciário exigem respeito e bons salários, mas não fazem por merecê-los. Deixam de corresponder às esperanças do povo - porque o povo, pobre povo, sempre acredita na Justiça - e as mazelas se perpetuam.

A justiça (o "j" foi proposital) deste País é um nojo, convenhamos! Na base da "caneta" (hoje "teclado") não resolveremos nada. O povo precisa valer-se de outros meios, efetivos, contundentes, de distribuir Justiça.

Está certo que este não é um problema tipicamente brasileiro - ou toda a Europa e os EUA não estariam "na merda" - pois, mundo afora, a justiça labora em favor dos poderosos, distribuindo migalhas ao povo, mas nosso País é novo, e temos condições de virar esse jogo.

Chega de nos reconhecermos e acomodar-nos como mais uma "Colônia de Banqueiros", incluindo o Império Financeiro do Vaticano.

Que ninguém imagine que estou a pregar um golpe militar
porque os militares, quando tiveram oportunidade, fizeram tudo errado e entregaram o País para as multinacionais (incluindo o Vaticano, sempre eles!) as quais, aliás, foram as verdadeiras mentoras do golpe.


No caso norteamericano, se o povo "pegasse o touro à unha", como já o fez no passado, quando quis se libertar do jugo bretão, seria um exemplo a mais a se somar exitosamente aos povos do oriente que estão a derrubar seus exploradores.

Mas, como se fala em movimento pacífico, não acredito que nada de efetivo venha a ocorrer no sentido de coartar os abusos das elites. O exemplo vem dos próprios poderosos: quando querem derrubar algum regime que contraria seus interesses: bombardeiam, eliminam sumariamente, não jogam conversa fora!

Enquanto os povos de todo o mundo não se utilizarem de força bruta (ficando apenas a falar de "paz" e a brincar de "caras pintadas") na defesa dos interesses verdadeiramente coletivos, não se chegará a lugar algum.

A história recente do Brasil está a nos mostrar que de nada adianta derrubar um Collor ou um Sarney com "caras pintadas", os quais só almejam aparecer na televisão.

Os caras pintadas que precisam se mobilizar e agir são aqueles explorados nas minas de carvão, antes que morram de pneumoconiose e silicose, bem como os trabalhadores de outros segmentos cuja saúde e força de trabalho são igualmente esbulhadas, a troco de muito pouco, enquanto os donos de minas e outros setores empresariais enriquecem impunemente.
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Protesto em Wall Street termina com 700 presos

02 de outubro de 2011 | 18h 15DENISE CHRISPIM MARIN, CORRESPONDENTE - Agência Estado

O maior protesto da organização Ocupar Wall Street terminou hoje com a prisão de 700 dos cerca de 1.500 manifestantes que bloqueavam a ponte do Brooklin, um dos principais acessos a Manhattan, em Nova York. Nas últimas duas semanas, esse movimento pacífico contra os excessos econômicos e políticos das grandes corporações e do mercado financeiro dos Estados Unidos manteve-se concentrado no Parque Zucotti (ou Liberdade), na vizinhança da Bolsa de Valores de Nova York.
Na tarde de sábado, o protesto tomara as vias espressas da ponte.
Respaldada pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, a reação da polícia chamou ainda mais a atenção do país para o movimento. Trata-se de uma versão americana dos protestos em favor da democracia, no mundo árabe, e dos acampamentos contra o ajuste fiscal e a recessão, nos países europeus com risco de quebra.
Nos EUA, o foco está na ação de grandes companhias e de agentes do mercado financeiro, supostamente beneficiados pela crise de 2008. Assim como nos países árabes e na Europa, não há lideranças, e as decisões são ditadas pelo voto da maioria em assembleias, das quais qualquer um pode participar.
A ocupação simbólica de Wall Street foi acompanhada por manifestações similares em Washington, em Los Angeles, em Boston, em Chicago, em Albuquerque e em Portland, realizadas no último sábado.

"É chegada a hora de os 99% serem ouvidos. Somos sindicatos, estudantes, professores, veteranos, famílias, empregados e desempregados. Somos de todas as raças, sexos e credos. Nós somos a maioria. Nós somos os 99%. E não vamos mais continuar silenciosos", resume o Ocupar Wall Street em sua página na internet.

Nas últimas duas semanas, cerca de 300 manifestantes do Ocupar Wall Street foram detidos durante os protestos no Parque Zucotti, aos quais se juntaram celebridades, como a atriz Susan Sarandon e o cineasta Michael Moore, e veteranos dos protestos contra a Guerra do Vietnã nos anos 70. Ontem, porém, a polícia de Nova York foi acusada de ter permitido o acesso dos manifestantes à ponte sobre o East River para, horas depois, iniciar a trabalhosa e demorada operação de prisão das 700 pessoas.
Os presos foram levados em ônibus para as delegacias, com as mãos presas por algemas de plástico. Liberados em seguida, responderão à Justiça por desordem pública. "A polícia fez exatamente o que se esperava dela. É muito fácil conseguir uma permissão (para uma marcha ou manifestação)", defendeu Bloomberg.
A prisão das centenas de manifestantes, entretanto, acabou sendo comparada ao pequeno número de encarcerados entre os responsáveis pela crise financeira de 2008.
"A economia mundial tem sido arruinada por esses negociantes gananciosos. Porém, são os manifestantes que vão para a cadeia", disse o escritor Salman Rushdie, por meio do Twitter.

Fonte: ESTADO DE SP

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