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domingo, 13 de novembro de 2011

Alemanha teme terrorismo de extrema-direita depois de prisão de neonazista

Berlim - A descoberta na residência de uma militante neonazista de uma arma usada para matar nove pessoas de origem estrangeira faz as autoridades da Alemanha temerem a existência interna de um "terrorismo de extrema-direita".

A polícia descobriu a pistola calibre 7,5 milímetros em Zwickau (leste da Alemanha), em meio às ruínas do apartamento de Beate Z., de 36 anos, que provocou a explosão de sua residência antes de se entregar à justiça.

Segundo a perícia balística, a arma usada para cometer vários assassinatos que não foram eluciados até o momento. Por exemplo, o de oito homens de origem turca e um oriunda da Grécia em restaurantes kebab entre 2000 e 2006 no norte (Hamburgo, Rostock), sul (Nuremberg, Munique) e oeste (Dortmund, Kassel) do país.

A investigação está a cargo da promotoria federal antiterrorismo.

Beate Z. era procurada em função de uma investigação sobre um ataque a mão armada em 4 de novembro, em Iena (leste).

Os supostos autores do ataque, Uwe B. e Uwe M., velhos conhecidos de Beate Z. em ambientes neonazistas, foram encontrados mortos pouco depois e os investigadores pensaram que se tratava de um suicídio.

Em seu veículo encontraram a arma de uma policial morta com uma bala na cabeça em 2007, outro crime não resolvido.

Neste fim de semana, os rostos dos três suspeitos figuravam no jornal Bild e nas manchetes de outros jornais alemães.

"Este caso mostra que restam extremistas de direita dispostos a fazer uso da violência na Alemanha", lamentou o chefe da bancada parlamentar social-democrata (SPD, oposição), Thomas Oppermann, falando ao jornal Die Welt.

Vários jornais falam de uma possível "Facção do Exército Pardo", referindo-se ao grupo armado de extrema-esquerda "Facção do Exército Vermelho" que, dos anos 70 aos 90, causou a morte de mais de 30 pessoas na Alemanha.

Um jornal questiona como os três suspeitos conseguiram desaparecer durante 13 anos depois de descoberta a oficina de fabricação de bombas caseiras em 1998 em uma garagem alugada por Beate Z. em Iena.
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE

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Autoridades confirmam ascensão de terrorismo neonazista na Alemanha

 

Mais uma prisão nas investigações de atividades de célula terrorista de extrema direita. Políticos da Alemanha falam de nova forma de violência política e exigem banimento de partido neonazista NDP.

 
O procurador-geral da República Rainer Griesbaum informou que foi preso neste domingo (13/11). em Hannover. Holger G., de 37 anos de idade, suspeito de integrar desde o fim da década de 90 um grupo denominado Clandestinidade Nacional-Socialista (NSU na sigla em alemão). A revista de sua residência confirmou as suspeitas.
Entre outras provas, encontrou-se em sua posse o script de um filme de propaganda do grupo, além de uma instalação de tiro camuflada, declarou Griesbaum. Supõe-se que Holger G. tenha providenciado carteiras de habilitação e passaportes para outros três presumíveis terroristas.
Na véspera, a Procuradoria Geral da República divulgara que extremistas de extrema direita seriam responsáveis pela morte de uma policial da cidade de Heilbronn, em 2007, assim como pelo assassinato de nove comerciantes de gastronomia, em diferentes regiões da Alemanha, entre 2000 e 2006. Oito deles eram de nacionalidade turca e um grego.
Encadeamento de indícios
Após um assalto a banco na cidade de Eisenach, no leste do país, a polícia seguiu o rastro de dois suspeitos, mais tarde identificados como Uwe Mundlos e Uwe Böhnhardt, até a casa incendiada onde ambos cometeram suicídio, em Zwickau, no estado da Saxônia.
Na cena do crime, a polícia encontrou uma pistola e DVDs em que os dois homens assumiam a autoria dos nove homicídios, alegando serem membros da NSU, uma "rede de camaradas cujo princípio básico é: ação em vez de palavras". Segundo a revista Der Spiegel, num vídeo de propaganda com 15 minutos de duração, os criminosos anunciavam futuros atentados.
Suspeita de cumplicidade, sua companheira de moradia Beate Zschäpe foi tomada em custódia e ofereceu-se como testemunha de acusação, em troca de abrandamento de sentença. Como os dois suicidas, ela integrava o grupo de extrema direita Defesa da Pátria Turíngia.
Die Kombo zeigt alte Fahndungsfotos der Polizei von Uwe B. und Uwe M. (Fahndungsfoto der Polizei aus dem Jahre 1998).  Für die Morde an einer Polizistin in Heilbronn sowie an acht Türken und einem Griechen ist nach Einschätzung der Bundesanwaltschaft ein aus Thüringen stammendes rechtsextremes Trio verantwortlich, dem Uwe B. und Uwe M. angehörten. Foto: Ostthüringer Zeitung dpa

Ein von der Polizeidirektion Suedwestsachsen am Dienstag (08.11.11) herausgegebenes Fahndungsfoto zeigt die 36-jaehrige Beate Zschaepe. Bei den Ermittlungen zum Polizistenmord in Heilbronn im Zusammenhang mit einem Bankraub und einem explodierten Haus wird nach Angaben der Staatsanwaltschaft Zwickau intensiv nach der 36-Jaehrigen gefahndet. Viereinhalb Jahre nach dem Mord an einer Polizistin in Heilbronn hatte die Polizei die geraubten Dienstpistolen in Thueringen gefunden.  (zu dapd-Text) Foto: Polizeidirektion Suedwestsachsen/dapdBildunterschrift: Neonazistas Uwe Mundlos, Beate Zschäpe e Uwe Böhnhardt
Da agitação ao terrorismo
A série de assassinatos da provável autoria do trio neonazista alarmou as autoridades alemãs para a possibilidade de que certos grupos de extrema direita do país tenham passado da agitação política ao terrorismo declarado.
O ministro alemão do Interior, Hans-Peter Friedrich, declarou neste domingo que o país está vivendo "uma nova forma de terrorismo de extrema direita", a qual "não reivindica publicamente os atentados, nem se gaba de seus atos nos meios radicais de direita".
Hans-Werner Wargel, diretor do Departamento de Defesa da Constituição da Baixa Saxônia, comentou que a Alemanha "está lidando com o pior caso de violência de extrema direita em décadas". A chefe de governo alemã, Angela Merkel, também expressou preocupação com a série de assassinatos, neste domingo.
Clamor pelo banimento do NPD
O deputado de origem turca Cem Özdemir, que lidera a bancada parlamentar do Partido Verde, mostrou-se incrédulo quanto à possibilidade de o trio neonazista ter escapado às autoridades durante tanto tempo, visto que estava ativo desde os anos 90.
O especialista em extremismo de direita Bernd Wagner declarou ao jornal Kölner Stadt-Anzeiger: "Vínhamos alertando que dentro da cena [de direita radical] desenvolveram-se grupos muito militantes, e que possivelmente passaram ao terrorismo. O motivo é sempre o mesmo: uma luta militar organizada contra a democracia e contra os estrangeiros".
O Bundestag (câmara baixa do parlamento alemão) planeja uma sessão extraordinária para discutir o terrorismo neonazista, em reação ao presente caso, o qual reavivou clamores para que o Partido Nacional Democrático (NPD) seja banido. "O NPD, que é o braço político do meio nazista e inimigo da Constituição, recebe atualmente dinheiro dos contribuintes alemães, e deveria ser finalmente banido", exigiu o parlamentar social-democrata Ralf Stegner.
AV/dw/afp/rtr/dapd

Fonte: DEUTSCHE WELLE

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