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quarta-feira, 25 de julho de 2012

"Gineteada" ou com a cara e a coragem

Sem capacete, nem qualquer espécie de proteção, o corajoso peão se expõe, montando o "bruto"(*) chucro. Arriscar-se a bater com a "picanha" no chão, bem como a ser pisoteado, ao cair do lombo de um cavalo que corcoveia violentamente, não é para qualquer um.
É preciso ser macho, ou inconsequente.


Ao pé do "bronco" (*), o cusco (cãozinho) faz a sua festa particular.


De se notar, ainda, que o animal não está com nenhuma faixa nas virilhas para fazê-lo corcovear, o que já é um progresso, em termos de tratamento. 
Bem que se poderia abolir as cortantes esporas pontiagudas (rosetas de "cortar pizza") também, para a "brincadeira" ficar menos cruel. O sangue na virilha do animal demonstra que  foi severamente "picado" pelo "ginete" (palavra que tanto pode ser usada para referir a "montada" - equídeo - quanto o cavaleiro) - de onde derivou "gineteada".
Mais: em Portugal, "peão" era palavra com a qual se designava o viajante não montado, isto é, que caminhava "de a pé", como dizem os serranos, ao contrário do uso que se dá à mesma palavra, atualmente (cidadão que costuma montar).


Aproveito a oportunidade para recomendar a leitura da ENEDINO RIBEIRO, denominada "Gavião de penacho", a qual eu li com muita satisfação e que retrata a vida da região serrana.




Foto colhida do Diário da Serra

(*) Na verdade, brutos e broncos somos nós, humanos, não é mesmo?

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