Quase no mesmo horário em que virou pai, um advogado de 38 anos foi morto numa operação da Polícia Militar em Goiânia. O caso causou protestos e motivou a criação de um grupo numa rede social que já tem mais de 9.000 pessoas.
Davi Sebba foi morto a tiros no estacionamento do supermercado Carrefour Sudoeste, por volta das 19h do dia 5.
O nome do soldado suspeito de ter atirado, Jonathas Atenevir Jordão, só foi divulgado anteontem pela Polícia Civil. A PM apurava o caso, mas mantinha a identidade sob sigilo.
O grupo Justiça por Davi! reunia 9.018 membros no Facebook até ontem à noite. No dia 11, amigos fizeram um protesto em frente ao estacionamento do supermercado.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito e dois outros PMs disseram em depoimento que receberam informações da Polícia Federal de que Sebba vendia drogas no local.
Durante a operação, disseram, o advogado apontou um revólver contra Jordão, que atirou. Mesmo baleado no peito, Sebba arrancou com o carro e bateu numa pilastra do estacionamento. Segundo a Polícia Civil, não foram encontradas drogas com Sebba.
O advogado da vítima, Manoel Rocha, disse que "Sebba era usuário de drogas e sofria extorsão por policiais".
Segundo a PM, os militares estão afastados do serviço operacional. Dois inquéritos foram abertos: um administrativo, que pode levar à exclusão dos envolvidos, e outro criminal.(CARLA GUIMARÃES)
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